Lean Construction auxilia a lidar com instabilidade do mercado

Filosofia de gestão traz maior planejamento para obras e ajuda no manejo de recursos

O Last Planner System parte do Plano mestre, definindo durações das etapas do projeto, com uma programação semanal e reuniões diárias.
Crédito: Envato

Os anos de 2021 e 2022 foram de crescimento para a construção civil, mesmo após um período de muita cautela. O PIB do setor da construção civil foi maior que o índice total brasileiro no período. Ao mesmo tempo, em 2021, a redução da taxa de juros e a inflação mexeram com o mercado. Em 2022, ainda houve um aumento no preço de insumos da construção civil, bem como de combustíveis. Como manter o custo final e a receita neste cenário? Para Bernardo Etges, Founding-Partner da Climb Consulting, a resposta passa pelo Lean Construction, filosofia de gestão aplicada ao mercado de construção. 

No entanto, esta ainda é uma ferramenta pouco utilizada no Brasil. Uma pesquisa realizada pela Climb Consulting Group em 2020, com mais de 65 empresas do setor de construção civil, mostrou que a maturidade é muito baixa quando o tema são as práticas de planejamento que garantem a antecipação

“A ausência de rotinas estruturadas de planejamento com visão de 8 a 12 semanas, somadas a baixa colaboração e a incapacidade de enxergar restrições são ingredientes para o insucesso de muitas empresas no setor”, afirma Marcus Fireman, sócio fundador da Climb. 

A gestão de recursos também é um grande desafio para a construção civil. Nesse sentido, o Lean Construction vem para auxiliar a organizar processos – em especial o Last Planner System. O método de planejamento de obras tradicional não prioriza os pontos de atenção entre etapas da construção, e acaba gerando atrasos na obra por não os tornar evidentes. Por outro lado, o Last Planner System é um método do Lean Construction que foca na melhoria do desempenho do processo de planejamento e controle de produção (PCP) por meio da aplicação da produção puxada

“Enquanto no sistema tradicional de construção elabora-se um único cronograma excessivamente detalhado com uma visão de longo prazo, o Sistema Last Planner introduz planejamentos operacionais de médio e curto prazo. Com a implantação do LPS, não há uma preocupação só com as datas de entrega, mas também com a disponibilidade de recursos para a liberação de atividades. Além disso, o sistema facilita a gestão de todas as equipes envolvidas na obra”, comenta Paula Lunardelli, CEO e Founder da Prevision.

Planos de ação a curto, médio e longo prazos

Segundo Bernardo Etges, Founding-Partner da Climb Consulting, adotar planos de ação de médio e curto prazo não elimina a necessidade de um plano de longo prazo. “Os planejamentos são todos essenciais, e devem cumprir cada um seu propósito específico. O plano a longo prazo, conhecido como Plano Mestre, precisa ser mais enxuto, oferecer uma visão menos detalhada e mais estratégica sobre os principais marcos da construção. Já os planos de produção, trazem informações operacionais com mais detalhes, mas com horizonte de tempo menor. O Last Planner System parte do Plano mestre, definindo durações das etapas do projeto e desdobrando-o em Pull Plan, Look-Ahead Plan, com uma programação semanal e reuniões diárias”, explica.  

Para Sérgio Kemmer, Diretor na SK Consultoria e Treinamento, o sistema garante a proteção da produção, assim como um aumento da confiabilidade do planejamento. “As atividades, portanto, seguem um fluxo contínuo, sem interrupções, aumentando a produtividade da obra. A identificação das causas raízes dos desvios de produção possibilita a melhoria contínua, e como consequência das reuniões diárias, a tomada de decisão se torna mais rápida e assertiva”, complementa Kemmer

Fontes

Bernardo Etges é Founding-Partner da Climb Consulting.

Marcus Fireman é sócio fundador da Climb. 

Paula Lunardelli é CEO e Founder da Prevision.

Sérgio Kemmer é diretor na SK Consultoria e Treinamento.

Contato
Assessoria de imprensa – vanessa@relationow.com

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP



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