Laboratório da Rio Bonito busca acreditação do Inmetro

Meta é prestar serviços de gestão de resíduos e análises laboratoriais para outros parceiros, além da Cia. de Cimento Itambé

Meta é prestar serviços de gestão de resíduos e análises laboratoriais para outros parceiros, além da Cia. de Cimento Itambé

Por: Altair Santos

Inaugurada em 19 de agosto de 2013, a Rio Bonito Soluções em Coprocessamento prepara-se para levar sua expertise para outros parceiros. Hoje, a empresa presta serviço exclusivamente à Cia. de Cimento Itambé, mas adquiriu know-how para expandir os conhecimentos adquiridos nas áreas de gestão de resíduos, licenciamento ambiental e análises laboratoriais de materiais com potencial para serem coprocessados. Por isso, uma das prioridades da Rio Bonito é buscar certificação do Inmetro para oferecer esses serviços ao mercado. “A acreditação nos dará a possibilidade de ofertar serviço nesta área e expandir nossos negócios”, avalia Alcione Rezende, superintendente industrial da Itambé.

Sede da Rio Bonito: 84 especialistas, prontos para atender o mercado de coprocessamento

Com uma equipe formada por 84 colaboradores, a Rio Bonito agrega todo o conhecimento adquirido ao longo de quase 22 anos pela cimenteira, na área de coprocessamento. Em 1993, a Cia. de Cimento Itambé foi pioneira no aproveitamento de resíduos industriais em fornos rotativos. Ao longo destas mais de duas décadas, qualificou profissionais nas tecnologias de coprocessar e de produzir combustíveis alternativos certificados para serem usados em fornos rotativos. “O que é um combustível certificado? É um combustível que tem características físicas e químicas controladas e adequadas para substituir o combustível principal, que no caso da indústria de cimento no momento, é o coque de petróleo”, explica Alcione Rezende.

Empresas com o perfil da Rio Bonito são fundamentais para a cadeia produtiva industrial, pois detêm o conhecimento de aproveitar uma grande maioria dos resíduos gerados, através do coprocessamento, ao contrário de outras alternativas – como a incineração e os aterros. “Para a sociedade, o coprocessamento é o mais recomendado. Ele destrói resíduos sem gerar outros resíduos. Já para a indústria cimenteira, a tecnologia permite fabricar cimento sem afetar a qualidade do produto, pelo fato de estar recebendo resíduos industriais. É uma economia para todos”, diz o superintendente industrial da Cia. de Cimento Itambé.

Alcione Rezende: até 2018, Rio Bonito e Itambé planejam coprocessar 200 mil toneladas/ano de resíduos industriais

Produtividade

Em 2014, a Rio Bonito e a Itambé coprocessaram 62,5 mil toneladas de resíduos industriais. Para 2015, em função da desaceleração econômica do país, a meta está em 64 mil toneladas. Isso resultará em uma economia de 17 mil toneladas/ano na importação de coque de petróleo.

Se o consumo de cimento estivesse em viés de alta no Brasil, a economia na importação de coque seria ainda maior. Atualmente, as linhas 2 e 3 da cimenteira têm capacidade instalada para coprocessar 90 mil toneladas/ano. “Quando a Itambé adquiriu a linha 3, que está operando desde maio de 2012, já o fez com essa finalidade: a de coprocessar um volume maior de resíduos industriais. Por isso temos condições de, até 2018, transformar as atuais 90 mil toneladas de capacidade instalada em 200 mil toneladas. Para isso, precisamos produzir clínquer. Para produzir clínquer, precisamos que haja consumo de cimento. Assim, precisamos que a economia se acelere um pouco”, lembra Alcione Rezende.

Laboratório da Rio Bonito: investimento em tecnologia o qualifica a buscar a acreditação do Inmetro

Além de buscar acreditação do Inmetro para seu laboratório, a Rio Bonito já começa a viabilizar outros objetivos. Um deles é investir na preparação de resíduos trituráveis (plástico e papel) como complemento e alternativa para os materiais pastosos (sobras de fabricação de tintas e vernizes e da indústria petroquímica, como exemplos). Outra meta é estar pronta para mudanças que tendem a ocorrer na Resolução Conama 264/99, que hoje regula o coprocessamento. Atualmente, a lei proíbe queimar resíduos de tratamento de efluentes domésticos, resíduos de agrotóxicos e resíduos de materiais radioativos. “Como já vêm ocorrendo no resto do mundo, em breve acreditamos que haverá mudanças nesta legislação, o que permitirá coprocessar resíduos de estações de tratamento de efluentes domésticos. Quando isso ocorrer, a Rio Bonito estará preparada para essa nova era no coprocessamento”, assegura o superintendente industrial da Itambé.

Entrevistado
Engenheiro químico Alcione Rezende, com especialização em segurança do trabalho, e superintendente industrial da Cia. de Cimento Itambé

Rio Bonito projeta coprocessar 64 mil toneladas de resíduos industriais em 2015

Contato: rezende@cimentoitambe.com.br

Crédito fotos: Divulgação/Cia. Cimento Itambé

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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