Itaqui (RS) investe em sarjetas permeáveis de concreto para evitar alagamentos

Projeto contou com investimento de R$ 17 milhões, que prevê pavimentação de concreto em 82 quadras

As sarjetas ficam assentadas sobre uma estrutura drenante.
Crédito: Instituto Ruas

A prefeitura de Itaqui, no Rio Grande do Sul, deu início no dia 9 de fevereiro à pavimentação de concreto de 82 quadras da cidade, totalizando 20 ruas. O projeto também inclui a construção de sarjetas permeáveis de concreto em toda a estrutura, para conter a água das chuvas e evitar alagamentos

A primeira fase prevê a finalização de 36 quadras, que já estão com obras aceleradas. A segunda fase, que engloba as outras 46 quadras, deve começar em abril e terminar até o fim deste ano, segundo informações da prefeitura. 

A iniciativa contou com investimento de R$ 17 milhões, a partir de uma parceria entre a prefeitura da cidade e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). É o maior financiamento já realizado na história do município.

Como funciona a sarjeta permeável

O projeto foi desenvolvido pelo Instituto Ruas, de Curitiba, que elaborou a solução, realizou testes e promoveu a capacitação dos funcionários para a execução e fiscalização das obras.

Alex Maschio, diretor do Instituto e responsável técnico do projeto, diz que o sistema de sarjetas permeáveis ainda é bem novo no Brasil. Além do exemplo de Itaqui, ele cita dois projetos-piloto já realizados: um pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e outro na cidade de São Luiz Gonzaga (RS), do qual fez parte.

Maschio explica que a sarjeta permeável fica assentada sobre uma estrutura drenante, uma espécie de trincheira, composta por material granular, pedra, que atua como um filtro com granulometrias diferentes e leva a água de forma devagar para o solo. “Essa estrutura robusta que fica embaixo foi dimensionada para conter um volume que dê conta da maior chuva que já aconteceu no município, historicamente”, explica o engenheiro civil.

Crédito: Instituto Ruas

O diretor do Instituto Ruas também ressalta o fato de que as estruturas das sarjetas não causam impacto no pavimento, em si, já que a água não circula por baixo dele. “A gente tem uma estrutura dimensionada e montada para isolar a trincheira do pavimento, com materiais isolantes, então, o pavimento está resguardado.” Ele destaca outro ponto importante em relação ao assunto, que é o fato de terem usado pavimento de concreto nestas obras, já que ele “não precisa de uma estrutura tão profunda quanto o pavimento asfáltico, e isso também contribui, nesse caso, para não haver impacto ali naquela região”.

Maschio explica que esta solução de sarjetas permeáveis não precisa ser utilizada exatamente no ponto onde há alagamento. “A gente utiliza essas soluções de microdrenagem justamente para evitar o acúmulo de água em algumas regiões e evitar esse deslocamento da água superficial que vai gerar o alagamento”, diz. “Então, por exemplo, se a gente fosse imaginar um ponto de alagamento aqui em Curitiba ou em São Paulo, a gente trabalharia as regiões que antecedem essa área de alagamento. As regiões que geram essa água é que seriam tratadas com as sarjetas permeáveis, para evitar que a água vá sendo direcionada adiante.”

A ideia é expandir o uso desta solução para outras cidades, já que, segundo o especialista, a técnica pode ser aplicada em qualquer lugar do país, levando em conta as características do solo e de suas possibilidades. “Em uma cidade grande, que já tenha tudo implantado, teria [a possibilidade de] uma obra barata, de fácil implantação e que ajudaria muito na questão das enxurradas nos centros urbanos.”

Fontes
Alex Maschio, diretor do Instituto Ruas

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.



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