Itambé moderniza sua linha para beneficiar clientes, mercado e o meio ambiente
Novas tecnologias permitirão ampliar capacidade de produção e reduzir as emissões de carbono
Uma linha de produção moderna e ampliada, equipada com máquinas de última geração, para atender as variadas demandas dos clientes por cimentos de alta qualidade, além dos requisitos das normas técnicas e os valores de preservação do meio ambiente. Essa é a proposta da Cimento Itambé, que iniciou a modernização de uma de suas três linhas de produção, conhecida por Linha 1, implantada em 1976, ano que marca o início de suas atividades.
A decisão está em linha com a estratégia da companhia em investir constantemente em tecnologia para entregar produtos de maior qualidade para o mercado, elevando o nível de prestação de serviços aos clientes.
“A modernização vai propiciar um aumento de competitividade da nossa empresa, pela redução de custos de produção, devido ao alto nível tecnológico dos equipamentos instalados, e pelo crescimento da capacidade de produção de cimento, em aproximadamente 550 mil toneladas por ano”, afirma Luís Gandolfi, diretor superintendente da Cimento Itambé.
Outro benefício desse processo está relacionado ao meio ambiente. A linha estará apta para realizar o coprocessamento de Combustível Derivado de Resíduos Sólidos Urbanos (CDRU), tecnologia que possibilita a utilização de resíduos industriais ou urbanos como combustível alternativo para a produção de cimento, diminuindo o uso de combustível fóssil, especialmente, o coque. Como resultado, haverá a redução de emissões de gases de efeito estufa, e melhor destinação dos resíduos.
A obra para a modernização da Linha 1 trará ainda benefícios econômicos, ao promover a contratação de profissionais e de empresas da região de Campo Largo, no Paraná. Os investimentos previstos para o projeto são de aproximadamente R$ 500 milhões. “São cerca de 600 pessoas contratadas para esta obra”, pontua Fabio Garcia, diretor Industrial da Cimento Itambé.
Tecnologia para melhor eficiência
A renovação do parque industrial da Companhia contemplou a busca no mercado internacional pelas principais indústrias de equipamentos. Com isso, a Linha 1 contará com novos moinho de cru, torres de ciclone, resfriadores, filtros e queimador, vindos de países como Alemanha, Áustria, Itália e Tailândia.
“Selecionamos as melhores opções tecnológicas disponíveis de cada processo para montar uma linha de produção de alta performance e extremamente produtiva”, destaca Fabio Garcia. “A nova tecnologia vai mais do que dobrar a capacidade produtiva desta linha, passando das atuais 1.100 toneladas por dia de clínquer para 2.400 toneladas, ampliando a produção de cimento”, complementa.
A produtividade também será elevada pelo uso de novos equipamentos, segundo Fabio Garcia, pois a fábrica utilizará menos energia, tanto elétrica como térmica, para produzir a mesma quantidade de clínquer, além do que sua matriz energética estará dimensionada com 40% de combustível alternativo, através do coprocessamento.
Para Marcio Lobo, diretor comercial da Cimento Itambé, a modernização da Linha 1 traz muitos benefícios ao mercado, especialmente para os clientes atuais, para os parceiros e para os novos compradores, pois amplia a qualidade e regularidade dos produtos, a segurança na produção, a garantia de estoque, resultando em prestação de serviços e um atendimento ainda mais eficientes.
Gandolfi avalia ainda que a Cimento Itambé tem sempre atendido as exigências técnicas trazidas pelos clientes, como por exemplo, em especificações mais complexas, que demandam resistência inicial mais alta do cimento, para se obter um produto final com maior resistência e durabilidade.
Contribuição para o Road Map do Cimento
Ao remodelar a Linha 1 para realizar o coprocessamento de combustível alternativo, a Cimento Itambé reafirma seu alinhamento com o Roadmap Tecnológico do Cimento, documento elaborado pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), que traça a ambição e as diretrizes para contribuir para a redução da emissão de CO2 na indústria brasileira do cimento em dois cenários, sendo um primeiro estágio até 2030 e um segundo até 2050.
“Temos o objetivo de reduzir o impacto ambiental da empresa, principalmente no que tange as emissões de gases de carbono. E o coprocessamento, além de contribuir neste processo, também trabalha a questão da economia circular, com o reaproveitamento de resíduos sólidos urbanos e industriais para geração de energia”, explica Gandolfi.
Entrevistados:
Luís Gandolfi, diretor superintendente da Cimento Itambé.
Fabio Garcia, diretor Industrial da Cimento Itambé.
Marcio Lobo, diretor comercial da Cimento Itambé.
Jornalista responsável:
Sylvia Mie
Mecânica Comunicação Estratégica
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