Investimento seguro, imóvel valoriza 12,5% em 12 meses
Índice medido pela Abecip coleta dados em 10 capitais e mostra rentabilidade acima da média
O IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) medido pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) mostra que, de novembro de 2020 a outubro de 2021, os preços dos imóveis valorizaram 12,5% no Brasil. Com exceção das aplicações de alto risco, foi o investimento que mais rendeu em 12 meses, entre os considerados mais seguros.
O IGMI-R avalia imóveis em 10 capitais: São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ, Curitiba-PR, Porto Alegre-RS, Goiânia-GO, Salvador-BA, Brasília-DF, Belo Horizonte-MG, Fortaleza-CE e Recife-PE. Houve cidades em que a valorização foi maior que a média nacional, como São Paulo-SP, onde os preços dos imóveis evoluíram 19,3%.
Com base no índice medido pela Abecip, o presidente da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) Luiz Antônio França, cita que, em comparação com as aplicações em renda fixa, o investimento em imóvel teve rendimento 56% maior em um ano. “O imóvel sempre foi um ativo seguro e com boa rentabilidade no longo prazo. Agora tem se mostrado também um bom investimento no médio prazo”, afirma.
Para o dirigente, a atratividade dos investimentos em imóvel tende a se manter, mesmo com a elevação da taxa básica de juros (Selic). “O cenário de boas oportunidades de investimento no setor da construção não deve arrefecer com o aumento da taxa de juros”, avalia. No entender de Luiz Antônio França, enquanto os riscos da pandemia não estiverem zerados os imóveis residenciais seguirão despertando o interesse maior do investidor.
Imóveis de alto padrão, luxo e super luxo são os que mais valorizam no mercado
Ainda segundo o presidente da ABRAINC, a valorização dos imóveis como investimento é uma tendência mundial. “No Reino Unido, por exemplo, a valorização de imóveis como investimento é a maior em 50 anos”, diz.
No Brasil, os segmentos que apresentam as maiores valorizações são os imóveis residenciais de alto padrão, luxo e super luxo. A medição da Abecip mostra que as cidades de São Paulo-SP, Rio de Janeiro-RJ e Belo Horizonte-MG foram as que tiveram as maiores valorizações nestes nichos do mercado imobiliário.
A Abecip calcula que, entre recursos desembolsados para a compra de imóveis e a rentabilidade sobre as aquisições, os investidores brasileiros movimentaram 1,5 bilhão de reais nos 12 meses recentes. A entidade também projeta que para os próximos 12 meses, por causa da elevação da taxa Selic, os fundos imobiliários também possam surgir como investimentos com boa rentabilidade, concorrendo com os imóveis físicos.
De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, o investimento em imóvel envolve também o amadurecimento do mercado imobiliário. “O mercado está profissionalizado e traz junto o crescimento do setor, com financiadores, compradores e empreendedores. Além disso, o cidadão também passou a entender as possibilidades que o investimento em imóveis gera”, comenta.
Entrevistado
Reportagem com base nos debates ocorridos dentro do evento “Incorpora 2021”, promovido pela ABRAINC, com participação da Abecip e da CBIC
Contato
abrainc@abrainc.org.br
Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
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