Investimento pautou indústria do pré-fabricado em 2013

Entre as empresas associadas da Abcic, ferramenta BIM – Building Information Modeling - despontou como a tecnologia mais requisitada no ano passado

Entre as empresas associadas da Abcic, ferramenta BIM – Building Information Modeling – despontou como a tecnologia mais requisitada no ano passado

Por: Altair Santos

Em 2013, um dos segmentos da cadeia produtiva da construção civil que mais recebeu investimentos foi o ligado à indústria de pré-fabricados. Estudo da Fundação Getúlio Vargas, encomendado pela Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto) mostra que 55% das empresas do setor aprimoraram seus negócios no ano passado e somente 10% reduziram investimentos.

Ana Maria Castelo, da FGV: estudo contextualiza o pré-fabricado de concreto no setor da construção civil brasileira

De acordo com os dados levantados pela FGV, os recursos investidos pelas indústrias de pré-fabricados tiveram as seguintes prioridades: 87,5% foram aplicados na aquisição de equipamentos para produção; 62,5% se destinaram ao aumento da área produtiva; 56,3% na ampliação da área de estocagem; 50% no aumento dos galpões; e 31,3% para a compra de equipamentos utilizados na montagem das estruturas.
Entre os que buscaram agregar tecnologia à produção de pré-fabricados, 18,8% implantaram em suas fábricas a ferramenta BIM – Building Information Modeling. Já 31,2% responderam que pretendem adotá-la nos próximos dois anos. Somando quem já utiliza e quem pretende implantar o BIM até 2016, a ferramenta abrange 50% das empresas de pré-fabricados associadas à Abcic.

A pesquisa da FGV revela também dados sobre o perfil de produção das empresas do segmento. Atualmente, 47% das indústrias produzem até 10 mil m³ por ano. Em relação ao uso de insumos, o estudo encomendado pela Abcic mostra que os pré-fabricadores de estrutura de concreto consumiram 474,8 mil toneladas de cimento e 126 mil toneladas de aço no período analisado. A produção total do segmento alcançou a marca de 1,1 milhão de m3 em estruturas pré-moldada, revelando capacidade instalada da ordem de 1,9 milhão de m³.

Outras constatações do estudo:
– 54,3% da produção em 2013 foi de concreto protendido e 45,7% de concreto armado.
– 54,2% das empresas utilizam concreto autoadensável em sua linha de produção.
–  16,7% das empresas produzem as estruturas metálicas empregadas nas estruturas.
– 28,6% delas executam pré-fabricados nos canteiros de obras.

Em relação às áreas onde as estruturas pré-fabricadas são mais empregadas, as obras industriais lideraram o ranking. Na sequência aparecem shopping centers, seguidos de centros de distribuição e logística. Obras de infraestruturas e especiais registraram um avanço considerável e ficaram em quarto lugar no uso de pré-moldado. O ranking se completa com obras realizadas para o varejo, edifícios comerciais e setor habitacional.

Coordenado pela diretora de projetos de construção civil da FGV, Ana Maria Castelo, o levantamento encomendado pela Abcic constata ainda que, durante o ciclo do estudo, as indústrias de pré-fabricados empregavam 14.492 pessoas. “O estudo contextualiza o pré-fabricado de concreto no setor da construção civil brasileira”, explica a pesquisadora.

Confira aqui o estudo completo da FGV sobre a indústria de pré-fabricados no Brasil.

Entrevistado
Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto) (via assessoria de imprensa)
Contato: meccanica@meccanica.com.br

Crédito Foto: Divulgação/Abcic

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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