Inteligência artificial na construção civil: será que tem futuro?
Apenas 13% das empresas do setor de construção podem ser consideradas maduras em relação à adoção de novas tecnologias
Na construção civil, os investimentos em tecnologia ainda são tímidos. Conforme estudo global da consultoria IDC, em parceria da Autodesk, 58% das empresas do setor de construção ainda estão no estágio inicial da jornada para a inovação, ao passo que 28% estariam no meio do processo de transformação. Apenas 13% podem ser consideradas maduras em relação à adoção de novas tecnologias. Ao mesmo tempo, 72% das empresas de construção ouvidas dizem que esta deve ser uma prioridade para realizar mudanças necessárias aos seus processos, modelos de negócios e/ou ecossistemas. Com isso, será que essa onda pega?
Inteligência artificial na prática
De acordo com Jean Ferrari, CEO da FastBuilt, a construção civil tem usado a Inteligência Artificial de diversas maneiras, desde o atendimento ao cliente por meio de chatbots e assistentes virtuais, que respondem via texto às dúvidas mais comuns e simples dos clientes -, até o planejamento e controle de obras.
“A Inteligência Artificial na construção civil entra como uma aliada na hora de coletar e processar a enorme quantidade de informações geradas a cada obra, demonstrando através de softwares quais são os itens que devem ser observados de forma precisa”, explica Ferrari.
Outra vantagem apontada por Ferrari é a possibilidade de gestão de risco, também por meio de softwares e robôs que verificam o andamento da obra e podem identificar ameaças a serem levadas em consideração.
“A IA ajuda a melhorar processos no controle e segurança, apresentando dados e gráficos para facilitar a visualização. Ela também contribui para dar mais agilidade e previsibilidade à obra. A junção da Inteligência Artificial e a Internet das Coisas também deve ser cada vez mais utilizada, elaborando sistemas que usem o potencial desses dois conceitos para criar respostas inteligentes e sustentáveis para cidades e empreendimentos evoluídos”, destaca Ferrari.
Ainda, a redução de custos e de tempo também não podem deixar de ser mencionados, visto que a tecnologia pode eliminar processos que demandariam de mais tempo se feitos apenas pela mão humana, e também pode fazer a melhor gestão de materiais e recursos necessários para a conclusão de um empreendimento.
O que ainda falta explorar?
Para Ferrari, a produtividade no setor ainda enfrenta algumas lacunas. “O desafio é conseguir extrair mais com os recursos disponíveis, mantendo a qualidade dos produtos e entregas. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP) expôs que a mão de obra do setor no Brasil é cerca de 30% menos produtiva que em outras nações pesquisadas e isto pode ser explorado”, afirma.
Alguns dos principais fatores que impactam na produtividade podem ser citados, como retrabalho, ao não contar com mão de obra qualificada; falta de controle no uso da matéria-prima; layout inadequado do canteiro de obras, que não facilita a movimentação de funcionários e materiais; segurança do trabalho e planejamento e controle de obras. “São questões que podem ser solucionadas ao adotar a inteligência artificial para a gestão do canteiro de obras das construtoras”, conclui Ferrari.
Entrevistado
Jean Ferrari é CEO da FastBuilt.
Contato
FastBuilt – contato@fastbuilt.com.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
26/12/2024
Saque do FGTS: entidades alertam para o desvio de funcionalidade do Fundo e a ameaça ao financiamento habitacional
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), criado para proteger o trabalhador em situações de desemprego e financiar a habitação popular, infraestrutura e saneamento, tem…
26/12/2024
Setor da construção civil deve desacelerar em 2025, segundo CBIC
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) estima que o setor deve se consolidar com um crescimento de 4,1% em 2024. No entanto, para 2025, a expectativa é de…
26/12/2024
Pesquisa mostra que 55% das rodovias apresentam condições insatisfatórias de pavimentação, sinalização e geometria
A Pesquisa CNT de Rodovias 2024, realizada pela Confederação Nacional do Transporte, avaliou mais de 110 mil quilômetros de estradas e 55% das vias apresentam condições…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.