Insubstituível, concreto será mais sustentável e inteligente

Dados mostrados no Fórum Econômico Mundial revelam que material irá incorporar muita tecnologia neste século

Em uma das várias conferências que aconteceram na edição 2020 do Fórum Econômico Mundial, em janeiro, na cidade de Davos-Suíça, o concreto foi o centro dos debates. O material é o segundo mais utilizado no planeta e os conferencistas concluíram que ele seguirá insubstituível na construção civil, porém ao longo do século 21 irá se tornar cada vez mais sustentável e inteligente.

Como? Já não são poucas as iniciativas que vêm garantindo ao concreto maior durabilidade e desempenho, aliado a menores emissões de CO2.  Agora, o próximo passo é tornar o material inteligente, no sentido de que possa se adequar ao ambiente em que está exposto, com menor risco de adquirir patologias. As pesquisas partem de experiências bem-sucedidas, como o bioconcreto, e avançam para a fase de nanossensores capazes de estimular o concreto a reagir às agressões.

Avanço dos concretos tecnológicos irá mexer com a produtividade nos canteiros de obras  Crédito: Banco de Imagens
Avanço dos concretos tecnológicos irá mexer com a produtividade nos canteiros de obras
Crédito: Banco de Imagens

Segundo a consultoria canadense Technavio, especialista em relatórios industriais e cujos dados coletados embasaram os debates no Fórum Econômico Mundial, o concreto será um dos materiais que mais irá incorporar tecnologia neste século. O impulso vem da necessidade de se buscar estruturas cada vez mais resistentes e sustentáveis. No relatório, a Technavio cita a família de concretos originários do concreto de pós reativos (CPR), cuja resistência à compressão pode variar de 180 MPa a 800 MPa.

A consultoria canadense projetou no começo do ano que o consumo global de concreto de ultra alto desempenho cresceria 7% em 2020, independentemente da pandemia de COVID-19. A análise cita ainda que, conforme os concretos tecnológicos ganharem mais espaço no mercado, eles irão mexer também com os canteiros de obras, exigindo maior especialização dos trabalhadores e consumindo menos mão de obra. Da mesma forma, produzirão estruturas mais duradouras.

Construção industrializada do concreto perto de movimentar 100 bilhões de dólares por ano

Obviamente, o relatório canadense não deixa de citar que os processos de industrialização do concreto também se intensificarão neste século, o que coincide com a pesquisa “Prefabrication and Modular Construction 2020”. O estudo desenvolvido pela Dodge Data & Analytics afirma que mundialmente o mercado de construção industrializada do concreto movimentou 64,86 bilhões de dólares em 2019, mas que até 2026 esse volume de recursos deverá chegar a 107,21 bilhões de dólares.

A Dodge Data & Analytics também ouviu construtores e 62% dos entrevistados indicaram que já utilizam a pré-fabricação do concreto em suas obras há pelo menos 3 anos. Entre os 38% que responderam que ainda não se beneficiaram da industrialização do concreto, 75% afirmaram que pretendem usar elementos pré-fabricados e modulares em suas obras nos próximos 3 anos (2020-2021-2022).

Os avanços tecnológicos obtidos pelo concreto andam paralelamente às conquistas obtidas pelo Cimento Portland, como já frisou o gerente de laboratórios da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), Arnaldo Battagin. Segundo ele, o cimento do futuro será o Cimento Portland. “O investimento em tecnologia feito pela indústria de Cimento Portland faz o setor superar os desafios”, destaca Battagin.

Entrevistados
Fórum Econômico Mundial, consultorias Technavio e Dodge Data & Analytics (via assessorias de imprensa)

Contato
Interviews@weforum.org
enquiry@technavio.com
media@technavio.com
support@construction.com

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



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