Infraestrutura ruim faz Brasil ser menos competitivo

Ranking anual, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria, mostra que país perde posições em importantes quesitos que movimentam economia

Ranking anual, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria, mostra que país perde posições em importantes quesitos que movimentam economia

Por: Altair Santos

O ranking “Competitividade Brasil: comparação com países selecionados”, publicado anualmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), faz uma abordagem posicionando o país em relação a outras 14 nações com economia forte ou moderada, porém relevantes para o mundo (Canadá, Coreia do Sul, Austrália, China, Espanha, Chile, África do Sul, Rússia, Polônia, Índia, Turquia, México, Colômbia e Argentina). O documento foi publicado pela primeira vez em 2010 e, novamente, em 2012 e 2013. Esta é a quarta edição do relatório, com dados de 2014. Nela, fica explícito que a falta de investimento em infraestrutura foi decisiva para puxar o Brasil para a antepenúltima colocação na lista, à frente apenas da Argentina.

Renato da Fonseca: governo pode melhorar infraestrutura acionando agentes privados

Desta vez, a lista excluiu potências como Estados Unidos, Alemanha e Japão, a fim de obter uma comparação mais realista para o Brasil. Mesmo assim, em relação ao ranking com dados de 2013, o país caiu duas posições no quadro geral. O levantamento divide o tema competitividade em sete subgrupos: disponibilidade e custo da mão de obra, disponibilidade e custo do capital, infraestrutura e logística, peso dos impostos, ambiente macroeconômico, ambiente microeconômico, educação e tecnologia e inovação. “Todos esses fatores englobam a agenda da competitividade, mas o momento atual do país aponta que o governo precisaria trabalhar em três frentes: a redução da burocracia, a melhoria da infraestrutura e a questão tributária”, resume Renato da Fonseca, gerente-executivo de pesquisa e competitividade da CNI.

No quesito infraestrutura e logística, o país perdeu uma posição em relação ao ranking anterior. Agora é o penúltimo. A queda é resultado, especialmente, da piora do subfator eficiência nos processos de liberação alfandegária, capacidade logística, pontualidade no cumprimento de prazos e rastreabilidade. “Tudo passa pela questão das infraestruturas rodoviária, ferroviária, portuária e aeroportuária. O Brasil pode atacar isso com eficiência, se convocar os agentes privados para atuar nesta reestruturação”, analisa Fonseca, lembrando que isso reflete no custo do capital para gerar negócios, onde o país também caiu no ranking. Agora, ocupa a última colocação neste subgrupo.

Mão de obra barata
Em todos os quesitos avaliados na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, o único em que o Brasil avançou posições foi o que aponta a disponibilidade e o custo da mão de obra. O país surge na 4ª colocação, atrás de México, Chile e Colômbia. “Embora tenha boa oferta de mão de obra, o potencial competitivo do Brasil nesse fator fica comprometido pela baixa produtividade do trabalhador, que só é melhor do que a da Índia e a da China”, ressalta o estudo, que aponta o país na 9ª posição. A colocação inferior se deve a dois fatores: queda no número de estudantes matriculados no ensino médio e qualidade da educação, ainda que o levantamento tenha apontado aumento de recursos para esse setor estratégico para a nação. “O contraste entre essas dimensões é observado desde o relatório de 2010 e põe em questão a eficiência e a eficácia do gasto público no país”, diz o relatório.

Obviamente, isso reflete em outro ponto estratégico para o país, que é tecnologia e inovação. No ranking, o Brasil é o 8º da lista neste quesito. Posição melhor que as ocupadas quando são analisados o ambiente macroeconômico (o país caiu do 10º lugar para o 12º) e o ambiente microeconômico (subiu de 13ª para a 11ª posição). “Tivemos um aquecimento da concorrência no mercado doméstico, mas insuficiente para que o país ganhe competitividade entre seus concorrentes lá fora”, finaliza Renato da Fonseca.

Confira aqui o relatório completo da pesquisa da CNI

Entrevistado
Economista Renato da Fonseca, gerente-executivo de pesquisa e competitividade da CNI (Confederação Nacional da Indústria)
Contatos
rfonseca@cni.org.br
imprensa@cni.org.br

Crédito foto: José Paulo Lacerda/CNI

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo