Índice Nacional de Custo da Construção desacelera a 0,33% em agosto
De acordo com a FGV, materiais elétricos, tubos e vergalhões estão entre aqueles que influenciaram queda

Crédito: Envato
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) desacelerou 0,33% em agosto de 2022, de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Este indicador econômico capta a evolução de custos de construções residenciais. Com isso, tem-se uma alta acumulada do índice de 8,80% no ano e 11,40% em 12 meses. Em julho, este índice foi de 1,16%. No mesmo mês do ano passado, o índice subiu 0,56% no mês e acumulou alta de 17,05% em 12 meses.
“Ao olharmos o Índice Nacional de Custo da Construção, houve uma participação do componente mão-de-obra, cujos custos desaceleraram, uma vez que o período em que acontecem os acordos coletivos já passou. Isto é, nas principais capitais, eles já foram realizados. No entanto, a principal desaceleração do índice veio do componente materiais e equipamentos, que praticamente ficou estável no mês. Isso refletiu, inclusive, a deflação de alguns itens. Se observarmos de uma maneira mais abrangente, temos a queda no preço de combustíveis, as desonerações que foram promovidas e as oscilações dos preços das commodities. Além disso, no primeiro semestre, tivemos uma maior pressão e agora a conjuntura ficou um pouco mais favorável”, aponta Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV IBRE.
No entanto, Ana Maria lembra que ainda existe um cenário de incerteza, devido à geopolítica internacional e também pela questão das eleições nacionais. “Ainda não dá para afirmar com certeza que esta é uma tendência definitiva. Entretanto, tudo leva a crer que estamos caminhando nesta direção de desaceleração dos preços, uma vez que já estamos observando um ritmo de aumento de custos menor que no ano passado. No entanto, no Brasil, por exemplo, a eleição é um componente que ainda traz incerteza para este cenário, uma vez que há a variação do câmbio. Se por acaso for percebido da parte dos candidatos algo que traga mais insegurança, isso pode levar a uma evolução da taxa de câmbio. Consequentemente, isso pode reverter esta tendência que estamos observando. Há também uma questão externa que diz respeito às taxas de juros. Isso tende sempre a levar a uma saída de recursos externos e levar a uma desvalorização cambial. São questões que devem estar no radar. Mas mesmo considerando tudo isso, hoje a tendência é de que o ritmo de aumento de preços de materiais fique em um ritmo inferior ao do ano passado”, explica Ana Maria.
Materiais, equipamentos e serviços
Em agosto, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos variou 0,03% em agosto, após subir 0,62% em julho. Todos os subgrupos componentes apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, segundo a FGV.
De acordo com Ana Maria, os itens que fizeram com que o índice decrescesse foram tubos e conexões, ferro e aço, vergalhões, tubos de PVC e material elétrico. “É curioso observar que, em 2021, estes quatro itens foram os que mais puxaram o INCC. De certa forma, eles estão devolvendo um pouco o aumento de 2021. Mas, obviamente, não chega aos preços do período pré-pandemia. De toda a forma, são materiais constantes do orçamento de obra e essa mudança traz algum alívio”, opina Ana Maria.
Por outro lado, o índice relacionado aos serviços variou de 0,49% em julho para 0,68% em agosto. Ana Maria destaca que a questão da alimentação na obra teve uma elevação mais significativa no mês, por isso foi observado este resultado.
Índice por região: materiais e equipamentos
De acordo com o INCC-M, todas as capitais estudadas tiveram decréscimo em suas taxas de variação: Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.
“Quem se destacou com maior decréscimo foi Belo Horizonte. A capital mineira teve uma queda do preço dos materiais puxada pelos itens de estrutura metálica, ou seja, vergalhões e tubos e conexões de ferro. Na contramão, Brasília teve um aumento acima da média, pois foi onde os vergalhões tiveram uma retração menor. Em compensação, temos itens como cimento, pedra e areia que puxaram a taxa para cima”, pontua Ana Maria.
Entrevistada
Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV IBRE.
Contato
Assessoria de imprensa – assessoria.fgv@insightnet.com.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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