Guia de boas práticas, selo da Abcic completa 15 anos

Certificação garante controle de qualidade e gestão eficiente às empresas que atuam no setor da construção industrializada do concreto

Íria Doniak, da Abcic: 23 indústrias já possuem o selo e outras estão em processo de pré-auditoria no Brasil. Crédito: Cia. de Cimento Itambé
Íria Doniak, da Abcic: 23 indústrias já possuem o selo e outras estão em processo de pré-auditoria no Brasil. Crédito: Cia. de Cimento Itambé

O Selo de Excelência da Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada do Concreto) completa 15 anos. Reconhecido por sua abrangência e poder de indução da qualidade e da sustentabilidade setorial e empresarial, tornou-se indutor de desenvolvimento tecnológico do setor, como explica a presidente-executiva da Abcic, Íria Doniak. “O selo se transformou também em um guia prático das melhores práticas em termos de normas técnicas, de segurança no fornecimento de produtos e serviços, além de garantir o contínuo aprimoramento nas diversas áreas das organizações”, diz.

Presente em 23 fábricas – e com outras empresas em processo de pré-auditoria para obter a certificação -, o selo da Abcic é também uma garantia de credibilidade para o setor da construção civil, especificamente para as indústrias de pré-fabricados de concreto. “O selo transmite ao mercado o conceito de padrões de qualidade e tecnologia alinhados com a sustentabilidade, a responsabilidade social e a segurança”, reforça Íria Doniak, lembrando que a adesão ao selo pode se dar integralmente, passando pelos níveis I, II e III, ou em partes. “Ele tem um caráter evolutivo”, destaca.

O nível I envolve exigência de atendimento das normas técnicas básicas, ensaios dos principais materiais, controle inicial dos processos das empresas, qualidade do produto e da montagem, regulamentação de funcionamento dos funcionários e aspectos de gestão de segurança (NR-18 e NR-9). Já o nível II engloba aspectos de gestão da qualidade e registros de controle dos processos, atendimento de normas técnicas complementares, ensaios de outros materiais, atendimento das normas regulamentadoras e avaliação da satisfação do cliente. O nível III requer análise de aspectos ambientais e monitoramento e medição de resultados.

Selo da Abcic foi revisado em 2013 e terá uma nova atualização em 2018

Íria Doniak destaca que os níveis do selo de qualidade são complementares. “O nível I é muito voltado para o controle de qualidade, o nível II para a garantia da qualidade e o nível III para uma gestão integrada de qualidade e gestão de meio ambiente, retroalimentando todo o processo”, cita. A certificação é auditada pelo IFBQ (Instituto Falcão Bauer de Qualidade) e passa por atualizações, a fim de acompanhar as revisões e o surgimento de novas normas técnicas. A mais recente ocorreu em 2013, quando houve inclusões normativas, como a ABNT NBR 14861 – Lajes Alveolares de Concreto Protendido; ABNT NBR 15823 – Concreto Autoadensável, e ABNT NBR 15146-1 – Controle Tecnológico de Concreto Qualificação Pessoal Parte 3: Pré-moldado de concreto.     

Uma nova atualização está prevista ainda para o primeiro semestre de 2018, e irá incorporar a atualização da ABNT NBR 9062:2017 – Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado – e incluir a norma de painéis pré-moldados de concreto. “As atualizações são importantes, porque um programa de certificação requer melhorias contínuas que levem em conta a evolução do segmento, a atualização das normas técnicas e as novas demandas de mercado”, explica a presidente-executiva da Abcic, que realça que o selo de qualidade também segue programas internacionais, como é o caso do PCI Plant Certification, do Precast Concrete Institute, nos Estados Unidos.

Entrevistada
Engenheira civil Íria Lícia Oliva Doniak, presidente-executiva da Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada do Concreto)

Contato: abcic@abcic.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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