Globalização requer novas competências do engenheiro
Entrada de portugueses, espanhóis e chineses no mercado nacional exige que profissionais brasileiros priorizem a gestão de carreira.
Entrada de portugueses, espanhóis e chineses no mercado nacional exige que profissionais brasileiros priorizem a gestão de carreira
Por: Altair Santos
A abertura do mercado da construção civil a novas tecnologias, agregando sistemas inovadores e equipamentos importados, mexe também com a mão de obra que atua no setor. Sobretudo, a ligada à engenharia. O profissional que trabalha nesta área também passou a ter a necessidade de desenvolver outras competências para se adequar à nova realidade. Se nas décadas de 1980 e 1990 houve a descontinuação do mercado de engenharia, e quem sobreviveu se limitou a ser um “tocador de obras”, hoje o engenheiro precisa entender de gestão. “Atualmente, esse profissional tem que ser gestor de obras, gestor de custos, gestor de projetos e gestor de pessoas”, explica o especialista em gerência de projetos, pela FGV-RJ (Fundação Getulio Vargas), Rubens Leite Borges.
Diretor do IBEC (Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos) Borges palestrou no Construction Expo 2013, evento que aconteceu de 5 a 8 de junho, em São Paulo. Intitulada “Planejamento e gestão de carreira no mercado de engenharia”, a palestra do especialista enfatizou que as mudanças tecnológicas que vêm se impondo à construção civil têm causado também impacto nos negócios. “As empresas brasileiras estão se globalizando e indo prospectar obras no exterior, assim como empresas de fora estão vindo atuar no país. Isso gera mudança e inovação, exigindo um novo modelo de engenheiro. Só o conhecimento adquirido dentro da universidade não é mais suficiente, pois as companhias entendem que o conhecimento técnico tem curto prazo de validade. Elas querem competências comportamentais, que se traduzem em saber comunicar, saber liderar e saber negociar”, explica.
Rubens Leite Borges usou um exemplo, afirmando que o setor de engenharia hoje exige profissionais eficazes, e não somente eficientes. “Qual a diferença entre o eficiente e o eficaz? O eficiente, dentro de um processo em andamento, é o indivíduo que consegue mantê-lo funcionando. Mas se o processo parar ou der problema, ele pede ajuda. Já o eficaz resolve o problema. Então é isso que o mercado busca nos engenheiros, ou seja, profissionais com capacidade de diagnosticar situações e resolver problemas. Enfim, que não saibam apenas construir o produto, mas também prestar serviço e serem cooperativos”, afirma o diretor do IBEC, completando: “Existem dois tipos de pessoas: as que estão do lado do problema e as que estão do lado da solução. Empresas precisam de quem resolva a questão. Muitas vezes é preciso quebrar um processo para encontrar a solução.”
Para os profissionais que se enquadrem neste perfil, Rubens Leite Borges prevê um mercado promissor. “Não tenho dúvidas de que a construção civil seguirá aquecida no Brasil. Ao meu ver, as obras de infraestrutura são inadiáveis e irão gerar muito trabalho. Só que o profissional brasileiro precisa estar preparado, pois ele tende a enfrentar a concorrência de engenheiros de outros países. Veja que em 2011 foram concedidos 22 mil vistos de trabalho para quem atua no setor da construção civil (engenheiros, arquitetos, tecnólogos e operários). Em 2012, esse número subiu para 73 mil. A concorrência só tende a aumentar, principalmente de espanhóis e portugueses, que têm escolas de engenharia muito qualificadas. Sem contar que os chineses também estão chegando”, alerta.
Entrevistado
Rubens Leite Borges, especialista em gerência de projetos e diretor do IBEC (Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos).
Currículo
– Rubens Leite Borges é graduado em engenharia cartográfica pela UERJ- RJ, com especialização em gerência de projetos pela FGV-RJ.
– Tem 10 anos de experiência em planejamento, gerenciamento e implantação de sistemas para gestão empresarial e 18 anos dedicados ao estudo da Filosofia.
– É professor de negociação, ética e responsabilidade socioambiental nos cursos de pós-graduação e MBA da FASP
– Ocupa o cargo de diretor da unidade do IBEC, em São Paulo.
Contato: ibec@ibec.org.br
Créditos foto: Cia. de Cimento Itambé
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
18/12/2024
Obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte foram iniciadas
Em setembro de 2024, tiveram início as obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte. Com uma extensão de 10,5 km e sete novas estações, a linha conectará a Estação Nova Suíça ao…
18/12/2024
Construção civil deve encerrar com crescimento de 4,1% em 2024 e superar a média nacional do PIB
O ano de 2024 marcou um período de crescimento expressivo para a construção civil no Brasil. Segundo o IBGE, o setor cresceu 4,1% no acumulado dos três primeiros trimestres,…
18/12/2024
Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade bate recorde de inscrições com projetos que transformam o setor da construção
A 25ª edição do Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade alcançou um marco inédito, com 101 inscrições de projetos que propõem soluções inovadoras e sustentáveis para a…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.