Gestão técnica do Dnit gera boas expectativas na construção civil

Setor espera que nova diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes viabilize obras nas rodovias e aposente as operações tapa-buracos.

Setor espera que nova diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes viabilize obras nas rodovias e aposente as operações tapa-buracos

Por: Altair Santos

No começo do segundo semestre de 2011, a presidente Dilma Rousseff decidiu impor ao ministério dos Transportes uma gestão técnica, que se estendeu também ao organismo que é um dos mais importantes no planejamento e na execução de obras de infraestrutura do país: o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

Ronaldo Vizzoni, da ABCP: “Operação tapa-buracos é algo que evidencia erros de projeto e de planejamento.”

Empossado, o ministro Paulo Sérgio Passos delegou poderes ao general Jorge Ernesto Pinto Fraxe – nomeado diretor-geral – para mudar o viés do Dnit. A meta é que o departamento se sustente sobre três pilares para validar obras: transparência, planejamento e projetos atualizados que não exijam aditivos contratuais quando forem aprovados.

O posicionamento agradou setores da construção civil, como a ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). “O general Fraxe, além de ser excelente do ponto de vista administrativo, e isso é próprio dos militares, é um excelente engenheiro. Esta mesma eficiência ele vai levar para o Dnit, perseguindo os ideais técnicos, de qualidade e éticos da profissão. Estamos vendo a gestão dele com excelentes olhos”, disse Ronaldo Vizzoni, gerente nacional de infraestrutura da ABCP.

Uma das primeiras medidas da nova gestão do Dnit foi requisitar à presidente Dilma Rousseff a contratação de 100 engenheiros para o departamento. O objetivo é formar um corpo técnico que planeje, controle e fiscalize as obras do setor, desde o projeto até a execução. Isso vai de encontro ao que prega a ABCP. “No Consulting Business, feito pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) defendemos que o governo deve ter um banco de projetos, senão, não vai resolver o gargalo nunca”, defende Vizzoni.

Na nova diretoria do Dnit, além do diretor-geral Jorge Fraxe, foi empossado o diretor-executivo Tarcisio Gomes de Freitas, o diretor de administração e finanças Paulo de Tarso Cancela Campolina de Oliveira, o diretor de infraestrutura aquaviária Adão Magnus Marcondes Proença, o diretor de infraestrutura ferroviária Mário Dirani e o diretor de infraestrutura rodoviária Roger da Silva Pêgas.

Jorge Ernesto Pinto Fraxe: diretor-geral do Dnit fez carreira na divisão de engenharia do Exército.

Com exceção do financeiro, que é advogado, economista e administrador, todos os demais são engenheiros civis. A cúpula do Dnit agora tem militares à frente, mas Fraxe descarta a “militarização” do departamento. “Isso é mais um ótimo sinal. O exército tem um batalhão de engenharia extremamente eficiente, mas não é missão, nem função do exército, querer competir com o mercado. Ele nem tem estrutura para esse volume todo de obra que se impõe”, avalia o gerente nacional de infraestrutura da ABCP.

Tapa-buracos

O que a ABCP defende é que a nova gestão do Dnit, ao priorizar projetos e planejamento, consiga livrar as rodovias brasileiras de operações tapa-buracos. “Operação tapa-buracos é algo que evidencia erros de projeto e de planejamento. Se abriu buraco, é porque não tinha drenagem, porque usaram pavimento de asfalto quando deveria ser de concreto, ou seja, faltou projeto e planejamento”, diz Ronaldo Vizzoni, confiando que o novo diretor-geral Jorge Fraxe conseguirá mudar o departamento. “Ele pediu um prazo de seis meses para colocar a casa em ordem, colocar tudo nos eixos. Isso significa que até o fim do ano vai ser um trabalho de organização e planejamento, para que em 2012 se retome tudo”, completa.

Diretoria do Dnit
Jorge Fraxe, diretor-geral: ingressou no Exército em 1972, como aluno da Academia Militar de Agulhas Negras, pela qual se diplomou como oficial engenheiro, e chegou a diretor de Obras de Cooperação da Força.

Tarcísio Gomes de Freitas, diretor-executivo: formou-se em engenharia civil pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão de Paz no Haiti. Foi também auditor da Controladoria-Geral da União (CGU).

Paulo de Tarso Cancela Campolina de Oliveira, diretor de Administração e Finanças: é formado em direito, economia e administração de empresas, com MBA em finanças. Atualmente faz mestrado em gestão de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. É servidor público da Secretaria do Tesouro Nacional desde 2005. Em 2007, ingressou no Banco do Estado do Rio de Janeiro.

Adão Magnus Marcondes Proença, diretor de Infraestrutura Aquaviária: engenheiro civil especialista em técnicas construtivas e em engenharia de produção. Desde 2009 trabalha no ministério dos Transportes como especialista sênior em infraestrutura civil e aquaviária – cargo voltado para a gestão de portos e hidrovias da Bacia Amazônica e do Mercosul.

Mário Dirani, diretor de Infraestrutura Ferroviária: é engenheiro civil especializado nas áreas de regulação, defesa da concorrência e concessões. Desde 2008 atua como especialista em infraestrutura sênior do ministério dos Transportes. Também trabalhou na Agência Nacional de Transportes Terrestres e na Rede Ferroviária Federal. Foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Saiba mais aqui.

Entrevistado
Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)
Ronaldo Vizzoni, gerente nacional de infraestrutura da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

Currículo

– Ronaldo Vizzoni é engenheiro civil e administrador de empresas pela Universidade Mackenzie (SP)
– Pós-graduado em Marketing Industrial pela FGV
– Projetista de estruturas
– Profissional da ABCP desde 1996, tendo atuado como gerente do escritório regional de São Paulo até 2001
– Atualmente é gerente da área de infraestrutura e líder do projeto de pavimentação da ABCP
Contato: imprensa@dnit.gov.br / ronaldo.vizzoni@abcp.org.br

Créditos Fotos: Divulgação/ABCP/Antônio Cruz/Abr

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo