Gestão do concreto não pode faltar na obra

Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem cria “dez mandamentos” para que o contratante não tenha problemas em sua construção

Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem cria “dez mandamentos” para que o contratante não tenha problemas em sua construção

Por: Altair Santos

A contratação dos serviços de concretagem é, seguramente, uma das etapas mais importantes da construção. O material a ser entregue, como ele será aplicado na obra e os cuidados que se deve ter nos processos de lançamento, adensamento e cura são determinantes para que se evitem patologias no ciclo de vida do empreendimento. Por isso, a ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem) elaborou um guia para que o contratante faça a correta gestão do concreto na obra.

Arcindo Vaquero y Mayor: o que se busca são estruturas mais seguras e duráveis

O manual é uma espécie de “dez mandamentos” da boa concretagem e começa pela especificação correta do concreto. “O projetista tem todas as informações para fazer uma correta especificação. É importante também estabelecer idades de controle e os seus limites de resistência aceitáveis”, afirma o consultor em concreto dosado em central, e ex-presidente da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem) Arcindo Vaquero y Mayor.

Neste item, o guia da ABESC ainda recomenda que sejam seguidas as normas ABNT NBR 8953:2009 Errata 1:2011 – Concreto para fins estruturais -, quanto às resistências, e ABNT NBR 12655 – Concreto – Preparo, controle e recebimento, no que se refere às responsabilidades dos envolvidos na execução da obra, classes de agressividade ambiental do local onde a obra está situada para efeito de durabilidade, requisitos para o concreto e métodos de verificação, incluindo a informação de que se o concreto é armado (CA) ou protendido (CP), o que vai determinar o fator a/c (água/cimento), a classe do concreto e consumo mínimo de cimento.

O guia sugere também atenção com a trabalhabilidade do concreto. A recomendação é que seja seguida a ABNT NBR 8953, no que refere à classificação do concreto de acordo com a consistência. Outro item importante diz respeito à escolha da concreteira. Neste caso, Arcindo Vaquero y Mayor faz três recomendações: 1) Considere o currículo da empresa e a localização dela em relação à obra; 2) Visite as instalações da central dosadora para observar as instalações, a frota e o laboratório, e 3) Leve o projetista junto.

Procedimentos para contratação e recebimento do concreto evitam problemas na obra

Outra regra importante é contratar um laboratório de controle tecnológico. Ele trabalhará em conjunto com o projetista e a concreteira para otimizar o concreto e, consequentemente, a estrutura. O Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto) e a Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio (RBLE) tem condições de indicar laboratórios acreditados pelo Inmetro para a execução de serviços de ensaio.

Feitas as escolhas de concreteira e laboratório, deve-se preparar para receber o concreto na obra seguindo três passos fundamentais: confira a nota fiscal e só depois quebre o lacre, ajuste a trabalhabilidade do concreto, conforme a ABNT NBR 7212 – Execução do Concreto Dosado em central -, e não adicione nada ao material que não tenha sido previamente combinado, principalmente a água. Em seguida, inicie o descarregamento do concreto.

Durante a etapa de descarregamento é importante colher amostras do concreto para comparar com os corpos de prova moldados pela concreteira e saber exatamente onde aquela carga de concreto foi aplicada na obra. O tempo de início de pega deve ser rigorosamente respeitado. Outra recomendação importante é que não se use concreto de empresas diferentes na mesma obra. “Certamente aplicando esses conceitos vamos obter estruturas mais seguras e mais duráveis”, avalia Arcindo Vaquero y Mayor.

Confira aqui o guia para concretagem correta

Entrevistado
ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviço e Concretagem)
Contato: www.abesc.org.br/contato.html

Créditos Fotos: Divulgação/ANAPRE

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo