Formação de líderes vai além do banco escolar

Segundo o consultor Alfredo Castro, cursos, livros, MBA e outros programas de educação respondem por 10% no desenvolvimento de uma liderança.

Segundo o consultor Alfredo Castro, cursos, livros, MBA e outros programas de educação respondem por 10% no desenvolvimento de uma liderança

Por: Altair Santos

No milênio passado, Jack Welch, que comandou a General Eletric por décadas e foi eleito o CEO (Chief Executive Officer) do século nos Estados Unidos, criou a regra 20-70-10. Para ele, uma companhia deveria se basear nos seguintes pilares: premiar os melhores colaboradores, que, segundo seus conceitos, representam 20% do corpo de uma empresa, manter 70% dos funcionários, que compõem a média, e afastar 10%, que formam a taxa dos que pouco produzem.

Alfredo Castro: o bom líder deve ser obcecado por formar seu sucessor.

Com base no que definiu Welch, novas regras foram criadas. No livro The Talent Masters, o indiano Ram Charan, considerado um dos gurus do universo empresarial, elaborou o modelo 70-20-10, onde, de acordo com sua análise, o aperfeiçoamento do profissional se dá com base nos seguintes percentuais: 70% pelo compartilhamento de experiências no próprio trabalho, 20% em salas de aula e 10% pelo esforço do próprio colaborador em acelerar seu aprendizado dentro da corporação.

Partindo das ideias de Jack Welch e Ram Charan, o consultor brasileiro Alfredo Costa projetou a regra 10-20-70 para explicar como se formam bons líderes. Segundo seus conceitos, as lideranças nascem além dos bancos escolares. “Na escola, nos livros e nos cursos de MBA estão 10% da formação de um líder. Outros 20% vêm da orientação que ele recebe dos seus líderes e 70% da sua capacidade de vencer os desafios novos e aprender com eles. A experiência é mais importante que o banco de escola”, avalia.

A partir da regra 10-20-70, Alfredo Castro teorizou as dez competências da liderança, que são:

1) Possuir equilíbrio entre conhecimento técnico e comportamental;

2) Conhecer seu próprio perfil e comportamento, ficando atento ao impacto que provoca na equipe;

3) Ter capacidade de pensar globalmente e de compreender as mudanças econômicas e sociais;

4) Compreender o conceito de diversidade de maneira ampla, incluindo novos fatores que possam impactar no futuro;

5) Demonstrar boa percepção a respeito de seu próprio comportamento e o dos outros;

6) Ser ético e íntegro em relação a seus valores;

7) Ter habilidade no uso de ferramentas tecnológicas e estar integrado com as mídias sociais;

8) Ser capaz de construir parcerias e influenciar pessoas, mesmo sem ter autoridade sobre elas;

9) Possuir competência para entender as necessidades dos colaboradores e dividir a liderança;

10) Ter habilidade para mudar o estilo de liderança, sabendo variar entre autoridade e orientação.

Segundo o consultor, essas competências não se limitam aos líderes de empresas de ponta, mas servem para qualquer corporação que busque desafios e mostre disposição em competir no mercado. “Hoje em dia, o líder pode comandar duas pessoas ou duas mil. Então, essas competências são recomendadas para empresas de todos os tamanhos, desde que elas queiram superar desafios”, completa.

Alfredo Costa ressalta ainda que o líder que segue as dez competências relevantes para a função deve também saber quando começar a preparar o sucessor. “O líder teve ter duas obsessões: o modelo que ele irá adotar e quem irá substituí-lo. Ele só vai descobrir esse talento se desenvolver a equipe e delegar poderes. Isso deve ser como água para a liderança. É vital”, explica o consultor, completando que há casos em que a preocupação do líder com essas prioridades é tão intensa que ele chega a contratar um consultor externo para ajudá-lo. “É um recurso que só funciona quando o consultor domina a técnica da liderança. Caso contrário, é dentro da própria empresa que o líder vai encontrar as respostas”, conclui.

Entrevistado
Alfredo Castro, consultor empresarial
Currículo
– Alfredo Castro é graduado em engenharia civil, com pós-graduação em Finanças e especialização em Qualidade, Psicologia e Eficiência Organizacional
– É sócio-diretor da MOT (Mudanças Organizacionais e Treinamento Ltda), voltado à consultoria empresarial
– Atua como professor de cursos de MBA da FIA/USP e palestrante. Desenvolve e aplica treinamento técnico e comportamental para alta gerência e diretoria de empresas. É master trainer certificado pela Development Dimensions International (DDI) de Pittsburgh- EUA
Contato: alfredocastro@motvirtual.com.br

Créditos foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


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