FGV estima crescimento da produção de pré-fabricados de concreto em 2024

Sondagem registrou um volume de produção de aproximadamente 667 mil m³

A indústria segue como o principal mercado para os pré-fabricados.
Crédito: Envato

As fabricantes de estruturas pré-fabricadas de concreto projetam aumento na produção em 2024, segundo a Sondagem de Pré-Fabricados de Concreto, realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) a pedido da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic).

Esse cenário de recuperação surge após uma retração de 16,8% registrada em 2023 em comparação com 2022, refletindo também a queda de 5,8% no PIB da indústria de materiais de construção no mesmo período.

“A industrialização tem ganhado cada vez mais relevância no contexto nacional. Por isso, a necessidade de se utilizar os sistemas construtivos industrializados, quer seja no conceito de ciclo aberto, em combinação com outros sistemas construtivos ou em soluções totalmente construídas com o pré-fabricado de concreto”, afirma a engenheira Íria Doniak, presidente executiva da Abcic.

Tipos de obras

O crescimento dos investimentos no mercado imobiliário e em infraestrutura, ao longo de 2023, impulsionou o avanço das obras no setor da construção. Como reflexo desse cenário, a Sondagem indica um aumento na participação dos segmentos habitacional (5%) e de infraestrutura (18%) entre os principais destinos das vendas das empresas. A indústria segue como o principal mercado para os pré-fabricados, representando 22% das vendas. Outros segmentos relevantes incluem o varejo (18%), os edifícios comerciais (14%) e os centros de distribuição e logística (11%).

“A industrialização é aplicável tanto em obras relativas a edifícios residenciais e comerciais quanto na mobilidade urbana e na infraestrutura viária, que são complementares. Até porque, para o desenvolvimento das cidades, precisamos da industrialização de hospitais, creches etc.”, destaca Íria Doniak.

Insumos

Em 2023, as indústrias de pré-fabricados utilizaram 273,9 mil toneladas de cimento. No mesmo ano, 76% das empresas passaram a fabricar concreto autoadensável, que respondeu por aproximadamente 66% da produção total. Em 2022, esse tipo de concreto era produzido por 69% das companhias do setor.

Uso de Ultra High Performance Concrete (UHPC)

O estudo também revelou avanços significativos nas áreas de sustentabilidade e tecnologia, com destaque para o crescimento no número de empresas que já adotaram ou estão em processo de adoção do Ultra High Performance Concrete (UHPC). Em 2022, 7,3% das empresas indicaram o uso do material, percentual que subiu para 10% em 2023. Além disso, 51% das companhias informaram que estão avaliando a viabilidade de implantação.

Segundo as entidades responsáveis pela pesquisa, essa tendência ajuda a entender, em parte, a diminuição no volume total de produção. Isso porque o UHPC, por ser altamente resistente e eficiente, permite reduzir a quantidade de concreto utilizada. Outro ponto positivo é sua contribuição para a redução da pegada de carbono, já que possibilita a fabricação de elementos mais leves, o que melhora a logística e facilita a montagem nas obras.

Perspectivas para 2025

As projeções para 2025 apontam um cenário mais desafiador, em razão da alta expressiva da taxa Selic. Ainda assim, uma parcela significativa dos investimentos no setor da construção já está contratada, sobretudo no segmento de infraestrutura, o que pode favorecer um desempenho positivo para a indústria de pré-fabricados de concreto ao longo do ano.

Fonte

Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic)

Contato: sylvia@meccanica.com.br

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.



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