Feito com cimento, tijolo ecológico garante economia e sustentabilidade às obras
Fator estético também é levado em conta na hora da escolha pelo produto
A busca por soluções modulares e de apelo estético – sobretudo para construções residenciais – tem tornado o tijolo de solo-cimento uma alternativa viável para este segmento.
Embora ainda seja um mercado não industrializado, os tijolos ecológicos são produzidos por meio da compactação de uma mistura entre cimento, água e solo, que são prensados a frio – evitando assim o uso de combustíveis para a queima do produto.
A NBR 8491 (Tijolo de solo-cimento – Requisitos) preconiza aspectos relevantes do produto (como característica de análise dimensional, resistência à compressão e absorção de água, que pode ser maciço ou vazado.
Para Francisco Aguilar, o produto também pode proporcionar melhores condições térmicas e acústicas, além de reduzir consideravelmente o custo final da obra. “No sistema convencional, uma casa de 50 m2 é construída em cerca de 100 dias. Já no sistema construtivo modular, o tempo se reduz pela metade”, explica, referindo-se ao uso do tijolo ecológico.
Por ser um produto modular – e, por consequência, gerando menor proporção de resíduos em canteiro – a execução da edificação acaba sendo mais eficiente, já que o processo é feito por sistema de encaixe. Cabe lembrar que por ser um produto sem função estrutural, a viabilidade desta solução se dá mediante a elaboração de projeto estrutural e compatibilidade com projetos complementares (como elétrico e hidráulico).
O estilo arquitetônico também é um aspecto determinante para a escolha deste tipo de tijolo. “O fator estético sempre foi levado em consideração na hora de optar no uso do tijolo ecológico”, afirma Aguilar. Isso porque o design mais rústico, com “tijolinhos à vista”, cria ambientes diferenciados e marcantes.
Estudos sobre fontes de água e insumos para tijolo ecológico
Alessandro Campos, graduado em Arquitetura e Urbanismo, doutor em Engenharia de Produção e mestre em Engenharia das Edificações e Saneamento, realizou um estudo em 2018, ao lado de outros especialistas, sobre “Comportamento estrutural de tijolos de solo-cimento utilizando diferentes fontes de água e métodos de cura”.
“Nosso estudo tinha a intenção de apresentar a possibilidade de uso de água na mistura por usuários de regiões sem fornecimento de água, possibilitando uso dos insumos de água coletada de chuva ou de rios“, explica o engenheiro. “Mas a água mais utilizada continua sendo a água fornecida pela concessionária de abastecimento de água, devido ao acesso mais fácil para o processo produtivo.”
Professor na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Campos também destaca que tem participado de outros estudos sobre o assunto, mas com diferentes abordagens. Como, por exemplo, colocando foco na utilização, na mistura, de materiais provenientes de descarte, como borracha de pneus inservíveis, lama de marmorarias, pós de pedras, lama de estação de tratamento de esgoto (ETE) e bagaços de diferentes fontes (cana, baru, milho, etc).
“Os estudos têm se mostrado promissores, pois, além de gerar renda para uma comunidade, pode diminuir o impacto ambiental com o uso de um material que usualmente seria descartado (muitas vezes de forma inadequada)”, afirma Campos.
Fontes
Alessandro Campos, graduado em Arquitetura e Urbanismo, mestre em Engenharia das Edificações e Saneamento e doutor em Engenharia de Produção
Francisco Aguilar, diretor da Jarfel
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
Vogg Experience
A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
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