Estudo traça panorama da construção civil em 2023 e aponta tendências
Profissionais de todas as áreas e empresas especializadas participaram do levantamento
Santa Catarina é o Estado do Brasil onde os pedreiros ganham mais, com média de R$ 2.199,15 por mês, enquanto o Rio Grande do Norte registra o menor valor, com média de R$ 1.608,52. Esses são alguns dos dados divulgados na primeira edição do Estudo Obramax, que apresenta um panorama da atual conjuntura dos profissionais da construção civil e aponta tendências para o setor.
Divulgado em março, o levantamento contou com entrevistas de funcionários de todas as áreas da cadeira de produção e também de empresas especializadas, como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) e CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
A pesquisa completa reúne, além das diferenças salariais por região, informações sobre desafios da profissão, tecnologia, reconhecimento no trabalho, modelos de contratação e entrada das mulheres na construção, entre outros tópicos – e também compartilha o índice previsto de crescimento e os custos do setor.
Carteira assinada e profissionalização
De acordo com dados do IBGE, a construção civil registrava 7,5 milhões de trabalhadores em 2021, época da última divulgação, sendo que 3,2 milhões correspondiam a funcionários com carteira assinada e R$ 3,8 milhões eram de informais, além de cerca de 319 mil empregadores.
A incidência de informalidade é maior nas regiões Norte e Nordeste, com aproximadamente 80% do total, e Sul e Sudeste aparecem com os menores índices, com o Rio Grande do Sul chegando a 48,6%.
Por outro lado, a CBIC afirma que 90% das construtoras enfrentam dificuldades para a contratação de profissionais qualificados, principalmente em relação a pedreiros (segundo 82% das empresas), carpinteiros (79%), mestres de obras (75%) e encarregados de obra (70%).
Neste contexto, a realização de cursos profissionalizantes se torna um grande diferencial para que os interessados possam chegar mais bem preparados ao mercado.
Mudanças econômicas na última década
De acordo com o Estudo Obramax, a construção civil brasileira passou por mudanças drásticas nos últimos 10 anos, fazendo com que a participação do setor no PIB (Produto Interno Bruto) caísse de 6,5% para 3,3%. “A questão fiscal somada à queda do investimento público refletiu nesta queda de participação do setor na economia”, explica Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos de Construção da FGV Ibre.
O faturamento das construtoras bateu recorde em 2013, com R$ 179,6 bilhões, baixando para R$ 49,6 bilhões em 2017. No último ano antes da pandemia, o setor chegou a R$ 58,9 bilhões, mostrando recuperação, e, em 2021, ano com dados mais recentes, o volume aumentou e contabilizou R$ 68,3 bilhões.
Previsão de crescimento de 4,5% em 2023
De acordo com a consultoria Prospecta Analytica, a previsão é de que haja um crescimento de 4,5% da construção civil em 2023. Os motivos para essa projeção são a recuperação econômica do Brasil, a desaceleração dos custos dos materiais e o ânimo do mercado após a pandemia.
O índice também leva em conta o investimento de R$ 10 bilhões anunciado em janeiro para o programa Minha Casa, Minha Vida, pelo Ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho. Mas os resultados práticos desse aporte financeiro só começarão a ser vistos no segundo semestre, segundo José Carlos Martins, presidente da CBIC. “Para fazer com que o país cresça realmente, para que tenha desenvolvimento social e desenvolvimento humano, é necessário investimento para gerar resultado futuro para as pessoas.”
Fontes
Estudo Obramax
CBIC
FGV Ibre
IBGE
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
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