Entre países emergentes, cresce uso de painéis estruturais
Tailândia tem seu programa habitacional todo sustentado na tecnologia, que permite montar até 16 unidades por dia
Painéis estruturais pré-fabricados de concreto estão modificando a indústria da construção em países emergentes da Ásia. A tecnologia não é nova, e na Europa já é usada há pelo menos 40 anos. Mesmo assim, ainda se mostra inovadora na forma de construir. Na Tailândia, por exemplo, o principal programa habitacional é todo sustentado por esse tipo de sistema. Sua maior vantagem é que a industrialização permite construir um volume maior de habitações em comparação à alvenaria convencional.
Os painéis são todos fabricados em galpões e montados no canteiro de obras. A unidade onde fundações, lajes, paredes estruturais, paredes de vedação, escadas, sacadas e outros elementos são produzidos tem capacidade de entregar 110 mil m2 por mês. Isso possibilita que no canteiro de obras sejam montadas até 16 moradias por dia. A primeira fábrica foi inaugurada em Bangcoc, em 2004. Atualmente, através de parcerias com a iniciativa privada, existem 12 fábricas espalhadas pela Tailândia para atender a demanda do programa habitacional do país.
As plantas permitem construir oito tipos de modelos de habitações. Desde unidades térreas geminadas, passando por casas e sobrados, até edifícios com 5, 8, 10, 12 e 16 pavimentos. Outra característica das unidades industriais montadas na Tailândia é que, apesar de serem bastante automatizadas, elas empregam mão de obra local que, a princípio, não era qualificada. Os trabalhadores são treinados na própria fábrica.
O governo tailandês importou tecnologia alemã para montar as fábricas no país. Desde a instalação da primeira unidade, há 15 anos, o sistema apresentou evoluções em todas as suas etapas. Houve melhorias na qualidade das fôrmas, aprimoramento da logística e avanços na especificação do concreto usado para a produção dos elementos. O desenvolvimento das etapas de fabricação também já permite que as esquadrias das janelas e as portas sejam instaladas na linha de montagem. Os banheiros também são construídos à parte e depois encaixados aos outros compartimentos das edificações.
Principal desafio da indústria de pré-fabricados no Brasil é romper paradigmas
A tecnologia foi mostrada na recente edição da Concrete Show 2019, que aconteceu em agosto na cidade de São Paulo-SP. A intenção é trazê-la para países da América Latina, região onde o déficit habitacional é crescente. Para o Brasil, em função de sua dimensão continental, os fabricantes alemães apresentaram um modelo de fábrica itinerante, que pode ser instalada no mesmo terreno do canteiro de obras do empreendimento.
Segundo o engenheiro civil Martin Maass, do Progress Group, e que na Concrete Show concedeu a palestra “Inovação tecnológica em processos para a indústria de pré-fabricados”, o principal desafio brasileiro é romper paradigmas para aceitar novas tecnologias na construção civil. “No Brasil, existem milhares de empresas que produzem pré-fabricados. Em grande parte, são pequenas e utilizam baixo grau de tecnologia e muita mão de obra. Para mudar isso, é preciso mudar a forma de pensar a indústria de pré-fabricados no país”, diz.
Entrevistado
Reportagem com base na palestra “Inovação tecnológica em processos para a indústria de pré-fabricados, do engenheiro civil alemão Martin Mass, apresentada na Concrete Show 2019.
Contato: concrete@concreteshow.ubm-info.com
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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