Enfim, prédios públicos acordam para a sustentabilidade

Jaboatão dos Guararapes, Sorocaba e Florianópolis integram projeto-piloto que pode gerar economia de R$ 100 bilhões

Brasilia
Esplanada dos Ministérios, em Brasília-DF: desperdício de energia foi crescente entre 2001 e 2015. Crédito: Ivo Lima/Ministério do Esporte

O projeto Cidades Eficientes do CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável) selecionou três municípios para um projeto-piloto que busca tornar prédios públicos mais sustentáveis. Jaboatão dos Guararapes-PE, Sorocaba-SP e Florianópolis-SC fazem parte da iniciativa, que tem dois eixos principais: eficiência energética e uso racional de água. Além de alavancar a adoção de premissas de sustentabilidade no setor público, o CBCS espera levar as experiências testadas no projeto-piloto para outras cidades com população entre 200 mil e 2 milhões de habitantes.

Após 130 municípios terem se inscrito para participar do processo de seleção, 20 cidades foram pré-selecionadas. Destas, apenas três cumpriram os requisitos do programa. Segundo a arquiteta Maria Andrea Triana e o engenheiro Edward Borgstein, coordenadores da equipe técnica do projeto Cidades Eficientes do CBCS, metade das prefeituras inscritas revelou não ter controle sobre informações primordiais, como quanto consomem de energia e de água nos prédios públicos. “Isso mostra uma situação de alerta, já que se trata de uma informação primordial para a elaboração de qualquer análise e posterior planejamento mais criterioso visando eficiência enérgica e uso racional de água nas cidades”, explicam.

Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revela que somente nos prédios públicos federais o desperdício passa de 30 bilhões de reais por ano. Se somar os dados dos poderes públicos municipais e estaduais, o valor pode passar de 100 bilhões. Ainda de acordo com o levantamento do Ipea, os gastos com energia elétrica e água nas edificações federais de Brasília-DF tiveram aumento anual de 11,9% entre 2001 e 2015, partindo de R$ 7,1 bilhões em 2001 para R$ 30,5 bilhões em 2015 – ano em que o acompanhamento foi interrompido. Segundo a Secretaria de Orçamento Federal, ligada ao Ministério do Planejamento, o gasto total com energia nos prédios públicos federais em todo o país chegou a 12 TWh por ano, o que representa 2,8% de tudo o que é consumido anualmente no Brasil.

Alguns prédios públicos precisariam de retrofit para se tornarem edificações sustentáveis

O Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) estima que cada prédio público das três esferas de poder (federal, estadual e municipal) tem potencial de economizar pelo menos 20% do que é consumido atualmente. Para que a meta fosse atingida, seria necessário contar com a colaboração dos servidores e trabalhadores terceirizados, além de alterações nas estruturas elétricas e hidráulicas dos prédios, assim como a troca de aparelhos de ar-condicionado e uso de lâmpadas de LED. A fim de encaminhar essas mudanças, em 2012 foi criado o Projeto Esplanada Sustentável (PES), cujo objetivo é incentivar organismos públicos federais – principalmente os localizados em Brasília-DF – a adotar um modelo de gestão organizacional e de processos estruturados na implantação de ações voltadas ao uso racional de recursos naturais. Até o momento, apenas o Ipea adotou tais práticas.

Saiba mais sobre o projeto Cidades Eficientes do CBCS. Clique aqui.

Entrevistado
Reportagem com base no projeto Cidades Eficientes do CBCS e no estudo “Eficiência contra o desperdício na administração pública”, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
(via assessoria de imprensa)

Contatos
cidadeseficientes@cbcs.org.br
desafios@ipea.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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