Edital para duplicação em concreto da rodovia PR-412 é homologado
Trecho a ser restaurado está localizado entre Matinhos e Praia de Leste e tem 14,28 km
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Em dezembro de 2024, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), homologou o resultado da licitação para a duplicação em pavimento rígido de concreto da PR-412, no trecho entre Matinhos e Praia de Leste.
O Consórcio TE PR-412 Matinhos, formado pelas empresas TCE Engenharia Ltda e Ellenco Construções Ltda, foi o vencedor do processo. De acordo com o DER/PR, a obra receberá um investimento de R$ 274,5 milhões e deverá ser concluída em 1.080 dias corridos após a emissão da Ordem de Serviço. O próximo passo envolve procedimentos internos antes da assinatura do contrato.
“A região é litorânea e possui um grande fluxo de veículos, tanto de turistas quanto de carga. No contexto atual do Brasil, praticamente toda obra de infraestrutura é necessária. Especificamente nesse trecho, a rodovia já apresentava um estado de degradação significativo. Além disso, ela se conecta à ponte de Guaratuba e aos portos que atendem a região, especialmente o porto de Itapoá, em Santa Catarina. Portanto, essa obra deverá melhorar consideravelmente a fluidez do trânsito nesses pontos estratégicos”, destaca Dejalma Frasson Junior, gerente da regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Como será a obra?
O projeto abrangerá um trecho de 14,28 quilômetros, começando nas proximidades da ponte sobre o Canal de Matinhos e se estendendo até o cruzamento com a PR-407, na região de Praia de Leste. A obra inclui a construção de uma pista central com pavimento rígido de concreto, vias marginais em asfalto, novas pontes sobre o Canal de Matinhos e o Rio Balneário, além de um viaduto no entroncamento da rodovia com a Avenida Curitiba.
Segundo informações do DER/PR, a plataforma da pista atual será ampliada para os dois lados, e o pavimento existente será removido para a implantação de um pavimento rígido de concreto com placas de 21 centímetros de espessura. As pistas duplicadas serão separadas por uma barreira de concreto, enquanto canteiros isolarão o eixo central das vias marginais, com exceção dos pontos de acesso de entrada e saída.
“Esse trecho foi selecionado porque o DER/PR vinha mantendo um bom ritmo na execução de obras com pavimento de concreto. Um estudo de viabilidade técnica e econômica analisou o fluxo de veículos leves e, principalmente, de carga na região, concluindo que o pavimento de concreto seria a melhor opção para suportar esse volume de tráfego na pista central. As vias laterais serão feitas em asfalto devido às interferências urbanas ao longo do trajeto, o que poderia complicar a aplicação do concreto nessas áreas. Quanto às pistas centrais, elas passarão por uma reconstrução completa: a pista simples existente será demolida para dar lugar a uma duplicação em pavimento de concreto”, explica Frasson Junior.
O DER/PR informou ainda que as vias marginais terão sentido único e contarão com estacionamentos, calçadas para pedestres e ciclovias bidirecionais. Abaixo dessas vias, será instalada a rede de drenagem da rodovia, evitando a necessidade de remanejamento de infraestruturas existentes, como redes subterrâneas e postes. A iluminação será implementada na pista central, nas marginais, no viaduto, nas proximidades das pontes, além de atender aos passeios e ciclovias, entre outros pontos estratégicos.
Desafios da obra
Para o gerente da regional Sul da ABCP, os principais desafios dessa obra estão relacionados ao fato de ela atravessar uma área urbana. Isso impacta diretamente a produtividade, devido às diversas interferências presentes nesse tipo de ambiente.
“Diferente de quando se constrói uma rodovia em área rural, onde o trecho costuma estar totalmente livre, em um contexto urbano há várias limitações que dificultam a execução dos trabalhos. Esse será, sem dúvida, o maior obstáculo a ser superado”, pontua Frasson Junior.
Entrevistado
Dejalma Frasson Junior é engenheiro civil graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pós-graduado em Edificações, Gestão Empresarial, Tecnologia do Concreto e Engenharia Rodoviária. Foi pesquisador do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Atualmente, é gerente da regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Contato: dejalma.frasson@abcp.org.br
Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
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