Edifícios altos consumiram 15 milhões de m³ de concreto em 2017
Volume envolve a construção de 144 prédios com mais de 200 metros de altura, muitos deles em áreas geologicamente instáveis
Volume envolve a construção de 144 prédios com mais de 200 metros de altura, muitos deles em áreas geologicamente instáveis
Levantamento anual do Council on Tall Buildings and Urban Habitat (CBTUH) [Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano] revela que em 2017 foram concluídas as obras de 144 edifícios altos em todo o mundo. A estatística contabiliza apenas prédios com mais de 200 metros de altura – limite mínimo para entrar no catálogo do CBTUH. Para erguer as estruturas, foram movimentados quase 15 milhões de m3 de concreto – média superior a 100 mil m3 por edificação.
O valor aproximado de consumo de concreto é do próprio CBTUH. O volume é superior à média usada em edifícios altos no Brasil porque muitos dos 144 prédios entregues em 2017 estão localizados em áreas vulneráveis a terremotos, o que exige maior reforço estrutural e, consequentemente, mais concreto. Comparativamente, o Yachthouse Residence Club, em construção em Balneário Camboriú-SC, terá consumido 82 mil m3 de concreto quando 100% concluído.
Desde 2013, o número de edifícios altos vem crescendo exponencialmente no mundo. Atualmente, a CBTUH contabiliza 1.319 prédios com essas características. No ano 2000, havia apenas 263. Dentro desta categoria de edificação também se destacam as superaltas. São aquelas que rompem a barreira dos 300 metros e passam a perseguir recordes continentais – quando não, mundiais. De todos os superedifícios inaugurados em 2017, o mais alto foi o Ping An International Financial Centre, na cidade de Shenzhen, na China, com 115 pavimentos e 599 metros. O empreendimento passa a ser o 5º maior do mundo.
Há 10 anos a China vem se destacando no ranking do CBTUH. No entanto, entre 2016 e 2017, o país se superou. No ano retrasado, concluiu 83 edifícios que superaram os 200 metros de altura. Já no ano passado foram 76, ou seja, 53% de todas as edificações com essas características finalizadas no mundo em 2017. Os Estados Unidos ocuparam o segundo lugar no ranking do ano passado, com dez prédios altos, seguidos da Coreia do Sul, com sete, e Canadá e Indonésia, com cinco cada um. Malásia, Coreia do Norte, Turquia e Emirados Árabes Unidos empataram no quinto lugar, com a conclusão de quatro edifícios altos em 2017.
Brasil só entrará no ranking oficial do CBTUH em 2019
Segundo relatório do CBTUH, outros países que também vêm se destacando neste tipo de construção são Austrália, Israel, Japão, Panamá, Arábia Saudita, Cingapura, Tailândia, Colômbia, Quênia, México, Catar e Sri Lanka. O Brasil só vai começar a entrar na lista oficial do Council on Tall Buildings and Urban Habitat quando forem concluídos os oito edifícios com mais de 200 metros de altura que estão em construção em Balneário Camboriú, e que devem ser finalizados entre 2019 e 2022.
Veja vídeo do estágio das obras de alguns deles:
No mundo, o edifício mais alto continua sendo o Burj Khalifa, concluído em 2010, com 160 andares, 828 metros de altura e 330 mil m3 de volume de concreto. Construído em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o Burj Khalifa já tem data para perder o posto de número 1. Será provavelmente em 2020, quando ficará pronta a Jeddah Tower – também conhecida como Kingdom Tower -, em construção na cidade de Gidá, na Arábia Saudita. O edifício alcançará 1.008 metros de altura, com 168 andares.
Saiba mais sobre edifícios altos e superaltos
> skyscrapercenter.com
Entrevistado
Reportagem com base no relatório anual do Council on Tall Buildings and Urban Habitat (CBTUH) (via assessoria de imprensa)
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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