Dez tecnologias da construção que vão “bombar” em 2020
De drones a concreto autocicatrizante; mercado internacional vê inovações cada vez mais presentes nas obras
A LetsBuild, uma empresa SaaS (Software as a Service) para construção civil provendo soluções de ponta a ponta, nascida da fusão das plataformas GenieBelt (Dinamarquesa) e Aproplan (Belga), consultou seus clientes no Reino Unido, na União Europeia, nos Estados Unidos, na Ásia e na Austrália para ouvir deles quais inovações tendem a ser mais usadas pelo setor global em 2020. As 10 mais citadas foram: Realidade aumentada; Ecossistema de tecnologia da construção; BIM; Construção modular; Concreto autocicatrizante; Drones; Robôs; Nuvem e tecnologia móvel para compartilhamento de projetos; Usos avançados para GPS; e Tecnologia utilizável.
Algumas destas tecnologias já são utilizadas no Brasil, como BIM, drones, realidade aumentada, compartilhamento de dados e concreto autocicatrizante. Globalmente, porém, elas estão muito mais difundidas e gerando negócios na casa dos bilhões de dólares. Uma das expectativas para 2020, por exemplo, é que os softwares e os equipamentos de realidade aumentada movimentem cerca de 90 bilhões de dólares esse ano. Já a indústria de drones estima que os equipamentos atinjam a marca de 10 bilhões de dólares em volume de vendas.
Entenda melhor como essas tecnologias funcionam na construção civil e por que estão cada vez mais valorizadas:
Realidade aumentada
A tecnologia sobrepõe vídeos gerados em computador a vídeos capturados por câmeras. Isso permite que uma imagem 3D apareça no local exato do mundo real em que será construída. Conforme a câmera transmite cenas reais, o computador exibe o algoritmo gráfico que mostra como será a obra. A realidade aumentada é indicada para planejar e dar precisão aos projetos (quando combinado ao BIM), adequar o canteiro de obras e oferecer treinamento. A tecnologia garante medições precisas de profundidade, altura e largura. Também possibilita detectar problemas e corrigi-los antes que determinada fase da obra inicie, evitando o retrabalho.
Ecossistema de tecnologia da construção
Refere-se a softwares de compartilhamento de dados em tempo real. Seu impacto na construção civil cresce substancialmente, por permitir que todos os envolvidos em uma obra – do projetista ao fornecedor – troquem informações relevantes. Essa capacidade de integrar processos e sistemas acelera a busca por soluções, minimiza atrasos, taxas de retrabalho e problemas de comunicação entre o canteiro de obras e o escritório.
Com o Building Information Modeling (Modelagem de Informações da Construção) é possível criar modelos virtuais precisos de uma construção – do projeto estrutural ao hidráulico e elétrico. Quando concluídos, esses modelos contêm dados precisos para quem vai executar e fazer a gestão da obra. O BIM também é uma ferramenta que permite compartilhar informações e combater retrabalho no canteiro de obras. As partes envolvidas podem revisar o projeto quantas vezes forem necessárias antes da execução.
Construção modular
O processo permite que casas ou edifícios tenham suas estruturas concebidas em uma linha de produção, para depois serem montadas no canteiro de obras. Geralmente são peças pré-fabricadas de concreto, mas podem ser de aço ou de materiais mistos (aço e concreto). A tecnologia possibilita maior controle de qualidade e atenção às especificações do projeto. A construção modular possibilita também ganhos extraordinários de tempo, com a conclusão da obra se dando, às vezes, na metade do período previsto se comparado a um sistema construtivo convencional.
Concreto autocicatrizante
Rachaduras no concreto, mesmo que microscópicas, abrem caminho para que água e gases com substâncias nocivas penetrem no material e ataquem as armaduras, causando corrosão. O concreto autocicatrizante possui aditivos e outros agregados especiais incorporados à sua composição que impedem esse processo desencadeante de patologias. Um dos obstáculos para que o concreto autocicatrizante chegasse ao mercado era seu alto custo de produção. No entanto, a tecnologia avançou e já consegue torná-lo competitivo para determinados tipo de obras especiais, como pontes, barragens, túneis, hidrelétricas e usinas nucleares.
Esse modelo de veículo aéreo não-tripulado está cada vez mais incorporado à construção civil. Seja na fase de execução, para inspecionar a obra – principalmente em locais de difícil acesso -, seja na fase de venda do empreendimento, para a tomada de imagens que ajudem nas ações de marketing. Outra função desempenhada pelos drones é o de monitoramento de canteiros de obras, garantindo maior segurança contra furtos e roubos.
Robôs
Atualmente, a maioria das máquinas automatizadas usadas na construção civil ainda necessita do controle humano, ou seja, não são capazes de realizar nenhuma atividade sem gerenciamento. Mas a união da inteligência artificial com a robótica está dando mais autonomia aos robôs. Alguns já conseguem atuar por programação prévia. São máquinas que agem sozinhas, mas que foram orientadas para executar determinadas tarefas. Neste caso, não são diretamente operadas por homens, mas ainda necessitam da gestão humana. O próximo passo são os robôs autônomos, que executam funções sem gerenciamento humano.
Nuvem e tecnologia móvel para compartilhamento de projetos
Essa tecnologia utiliza aplicativos para smartphones, possibilitando comunicação imediata entre todas as partes envolvidas com o projeto e com a obra. Caso surja algum problema, os apps possibilitam trocas de documentos em tempo real. Para 65% dos que utilizam a ferramenta, sua maior importância é evitar o retrabalho. A tecnologia permite ainda o agendamento de serviços com os fornecedores, como data e horário da entrega do concreto no canteiro de obras.
Usos avançados para GPS
Na construção civil, a tecnologia denominada Sistema de Posicionamento Global (GPS) é usada principalmente em atividades de terraplenagem. Motoniveladoras e escavadeiras equipadas com GPS executam a tarefa de preparação do solo com 70% a mais de eficácia. Estatísticas mostram que o sistema ajuda a economizar 25% de combustível e reduz em 30% a mão de obra envolvida nesta etapa da obra. A vida útil das máquinas também aumenta em 60%. Atualmente, existem no espaço 120 satélites exclusivamente para gerenciar GPS. A tecnologia é dominada por Estados Unidos, Rússia, China, Índia e Europa.
Nos Estados Unidos, a tecnologia é chamada de “construction wearables” – algo como vestuário da construção. São equipamentos que operários vestem para atuar no canteiro de obras, e que permitem que sejam monitorados. Funcionam como uma nova geração de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Podem ser cintos, coletes, capacetes ou até armaduras que facilitam o carregamento de materiais e ajudam a alcançar pontos mais altos sem a ajuda de escadas. A tecnologia possibilita também medir em tempo real o grau de fadiga de um trabalhador e se ele está no local da obra executando a tarefa a que foi designado.
Entrevistado
Reportagem postada por LetsBuild, uma empresa SaaS (Software as a Service) para construção civil.
Contato
www.letsbuild.com
info@letsbuild.com
falu@letsbuild.com
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