De ferrovia a estádio, Bahia não para de crescer
Estado que mais consome cimento na região Nordeste do país faz da construção civil um setor de intensa geração de empregos.
Estado que mais consome cimento na região Nordeste do país faz da construção civil um setor de intensa geração de empregos
Por: Altair Santos
Em 2011, a Bahia consumiu 3,56 milhões de toneladas de cimento. Na região Nordeste, o estado é o que mais utiliza o insumo e a expectativa é que em 2012 não seja diferente. As estimativas governamentais calculam consumo de 4 milhões de toneladas para este ano. O que alimenta essa projeção são as megaobras em construção no território baiano. Boa parte tem como foco a Copa do Mundo de 2014. Para o evento de daqui a dois anos estão em andamento a construção da Arena Fonte Nova, a reforma do aeroporto internacional de Salvador e as obras do PAC da Mobilidade na capital baiana.
Também é considerada relevante a revitalização do Porto de Salvador e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Essa obra é a que envolve o maior volume de recursos. Serão R$ 7,43 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões destinados ao trecho que percorrerá a Bahia. Incluída entre as obras do PAC, a Fiol terá 1.527 quilômetros e ligará as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras, na Bahia, a Figueirópolis, em Tocantins. “Hoje estão em obras os trechos do lote 1 ao lote 4, de oito a serem construídos, e empregam 1.664 trabalhadores”, afirma Camila Peres, assessora da Casa Civil do governo da Bahia.
O segundo empreendimento que mais irá absorver recursos na Bahia é a revitalização do Porto de Salvador. O projeto, batizado de Porto Sul, tem um investimento previsto de R$ 3,5 bilhões. Ainda em processo de licenciamento ambiental, a obra deve gerar 2.030 empregos diretos quando estiver com o canteiro instalado. Porém, nenhuma construção, no momento, tem gerado tantos empregos na Bahia quanto a Arena Fonte Nova. Desde maio de 2012, trabalham no local 3.300 operários. O estádio já está com 60% de sua estrutura concluída e a projeção é que, quando pronto, terá consumido 45 mil m3 de concreto pré-moldado.
A velocidade da Arena Fonte Nova contrasta com a do metrô de Salvador. Principal obra de mobilidade para a Copa do Mundo, o empreendimento tem apenas 6 quilômetros da linha 1 concluídos. A expectativa do governo da Bahia e da prefeitura de Salvador é definir ainda neste ano o edital para a convocação de uma parceria público-privada para pelo menos conseguir concluir a linha 1 até o início do mundial. A construção arrasta-se por quase uma década e deveria ter 41 quilômetros. Baixou para 20 quilômetros, e depois para 12. Porém, mais de R$ 1 bilhão depois, apenas 6 quilômetros estão prontos.
Entrevistado
Assessoria de imprensa da Casa Civil do governo da Bahia, da Secretaria Estadual da Copa (Secopa) e da Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra)
Contatos: camila.casacivil@gmail.com / paloma.batista@seinfra.ba.gov.br / comunicacao@secopa.ba.gov.br
Créditos foto: Divulgação/Odebrecht/Valec
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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