Custo Unitário Básico acumula alta de 1,49% em 2023
Vice-presidente de Economia do SindusCon-SP explica os dados divulgados e fala sobre tendência
Chegou a 1,49% a alta acumulada em 2023 do Custo Unitário Básico (CUB) referente à indústria da construção no Estado de São Paulo, de acordo com dados divulgados pelo SindusCon-SP (Sindicado da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
O índice oficial, que é um importante termômetro na variação dos custos de mão de obra e serviços e reflete a variação dos custos das construtoras, registrou variação positiva de 1,44% em maio e alta de 4,79% no cálculo acumulado dos últimos 12 meses.
Os números também mostram que esse aumento foi impulsionado principalmente pela alta na mão de obra, que registrou +2,45% em maio e +7,59% em 12 meses, enquanto o setor de material subiu 0,12% neste mês e 1,12% em 12 meses, e o administrativo (que inclui mão de obra dos engenheiros) chegou a +1,11% em maio e +6,27% em 12 meses. “A mão de obra teve um aumento expressivo em maio, em São Paulo, porque é o mês do dissídio coletivo, quer dizer, o acordo coletivo, e a mão de obra teve um reajuste de 4,6%“, explica Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP.
O especialista destaca o fato de que a coluna dos últimos 12 meses vem registrando quedas: em maio de 2022, a variação era de quase 12%, e agora, em maio de 2023, ficou em 4,79%. “Ainda tem muito espaço para cair o custo anual, até ficar com o mesmo desempenho da inflação média da economia em 12 meses. As curvas não andam necessariamente juntas, mas, quando você tem um descompasso, inviabiliza tanto projetos de habitação quanto de infraestrutura, comerciais, industriais.”
Zaidan conta que houve um aquecimento muito grande do mercado por causa da pandemia, e que, com a dificuldade logística dos materiais e escassez de mão de obra, os preços subiram muito e agora estão voltando para trás. “[O índice] subiu demais nos anos de 2021, 2022, e agora tem um processo de deflação. É bastante natural isso, até porque a demanda já não está tão grande como estava no pós-pandemia”, explica. “A pandemia desarrumou muito os preços de um modo geral. E a gente vinha de uma recessão muito grande, de 2014 a 2017, que fez com que muitos produtores de materiais fechassem linhas ou desativassem fábricas. Com isso, você tem uma queda de produtividade. Com a demanda mais aquecida, em 2021 e 2022, houve uma dificuldade natural para produzir nas quantidades que a gente precisava, e isso começou a elevar o preço.”
O vice-presidente de Economia do SindusCon-SP também destaca outro fator importante para a mudança nos números. “A gente tem que lembrar que, no Brasil, metade dos materiais de construção é consumido pelas famílias, em reformas, autoconstrução. E, com essas taxas de juros muito altas, desemprego, e renda caindo, um cenário bastante incerto na política econômica, essa demanda caiu muito, as famílias estão endividadas, e isso tem um peso. Então sobra mais material e o preço cai.”
Fontes
SindusCon-SP (Sindicado da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo)
Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
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