Crise afeta menos a construção civil
Economistas avaliam 21 áreas industriais e setor se destaca entre os que têm as melhores perspectivas no Brasil
Economistas avaliam 21 áreas industriais e setor se destaca entre os que têm as melhores perspectivas no Brasil
Segmentos industriais que ainda não foram fortemente atingidos pela crise podem vir a ser, embora em 14 de 21 setores muito atingidos a situação tenha parado de piorar e já haja até alguns em recuperação. Um quadro incerto, heterogêneo, com oportunidades, mas basicamente sombrio foi montado para os próximos cinco anos por economistas convidados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), durante painel de debates realizado em junho para comemorar os 57 anos da instituição.
O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Julio Sergio Gomes de Almeida, do Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial (IEDI) e da Universidade de Campinas (Unicamp), iniciou as apresentações mostrando a diversidade com que os setores da indústria estão reagindo à crise.
De 76 subsetores, 32 estão com tendência de aumentar o seu contágio pela crise, 19 estão estáveis, 19 estão com contágio menor e seis estão em recuperação, segundo sondagem com empresários. Segundo ele, há setores que estão melhorando, como celulose e automóveis, e há os que vão piorar. “Alimentos e bebidas é um setor que está na fila (de maior contágio)”, disse. Gomes de Almeida considera que, no longo prazo, a indústria tradicional e de insumos básicos “estão em xeque”.
Mas, no momento, ele destacou que a queda dos juros está levando os bancos a emprestar mais, sobretudo para o consumo das pessoas físicas, e a construção civil tem boas perspectivas. Também citou que o emprego “surpreendentemente” está melhor do que se esperava, porque não se vê para o momento ondas de demissões.
Já o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) David Kupfer vê a possibilidade de grande desemprego nos próximos cinco anos – uma onda de fusões e aquisições, com desnacionalização de indústrias e desconstituição de sistemas de inovação. “Receio que a indústria volte a precarizar e a demitir, matando a origem do ciclo de dinamismo no mercado interno (a renda)”, disse Kupfer, que também acredita que a retomada das exportações será lenta. “A indústria tradicional já estava mal antes da crise e tem mais fragilidade competitiva”, disse.
Segundo ele, a indústria tradicional responde por 60% do emprego tradicional e entre seus setores estão vestuário, têxteis, calçados, alimentos e bebidas, móveis e utensílios domésticos. “Um grande tombo na siderurgia afeta pouco o emprego, mas um pequeno tombo no vestuário é um grande tombo no emprego”, afirmou.
O professor da Universidade de São Paulo (USP) Guilherme Dias colocou mais dúvidas em relação à indústria. Ele apontou que pode haver uma grande transformação tecnológica em relação à energia. “Se é por aí, para tudo o que é investimento na indústria de bens de consumo duráveis”, disse. “Com a TV digital, por 10 a 15 anos ninguém investiu em uma planta de TV de tubo. Temos de analisar onde há essa transformação.”
Fonte: Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI)
Jornalista responsável Altair Santos MTB 2330 Tempestade Comunicação
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
26/12/2024
Saque do FGTS: entidades alertam para o desvio de funcionalidade do Fundo e a ameaça ao financiamento habitacional
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), criado para proteger o trabalhador em situações de desemprego e financiar a habitação popular, infraestrutura e saneamento, tem…
26/12/2024
Setor da construção civil deve desacelerar em 2025, segundo CBIC
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) estima que o setor deve se consolidar com um crescimento de 4,1% em 2024. No entanto, para 2025, a expectativa é de…
26/12/2024
Pesquisa mostra que 55% das rodovias apresentam condições insatisfatórias de pavimentação, sinalização e geometria
A Pesquisa CNT de Rodovias 2024, realizada pela Confederação Nacional do Transporte, avaliou mais de 110 mil quilômetros de estradas e 55% das vias apresentam condições…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.