Controle tecnológico do concreto não é custo, é investimento
Especialistas apontam os erros mais comuns e como evitá-los na obra, seguindo as normas técnicas
Convidados pelo IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto) os engenheiros civis Adriano Damasio, Pedro Bileski e Gilberto Giuzio participaram recentemente de webinar que tratou dos erros mais comuns no controle tecnológico do concreto. Eles elencaram as seguintes falhas: 1. Confundir controle tecnológico de produção de estruturas de concreto com controle de resistência; 2. Trabalhar apenas com resultados de ensaios de fornecedores; 3. Não realizar a verificação da dosagem adequada às particularidades do projeto; 4. Não realizar mapeamento; 5. Não realizar o controle tecnológico com profissionais e empresas com competência comprovada, tanto na certificação quanto na acreditação.
Sobre confundir controle tecnológico de produção de estruturas de concreto com controle de resistência, o engenheiro Pedro Bileski reforça que seguir a normalização é o melhor caminho para evitar surpresas. Neste caso, a norma técnica recomendada é a ABNT NBR 14931 (Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento). Outro alerta feito pelo palestrante se refere à escolha da empresa de concretagem. “Escolher uma boa empresa de concretagem, com acreditação, é um passo relevante para evitar esse erro”, destaca. Também foi reforçado que controle tecnológico do concreto não é custo, mas sim um grande investimento que evita problemas futuros para o construtor. “Controle tecnológico é garantia de durabilidade das estruturas”, completa.
Quanto a trabalhar apenas com resultados de ensaios de fornecedores, Gilberto Giuzio lembra que o construtor deve ter o seu próprio controle, de preferência contratando um laboratório para fazer essa checagem. “Não se deve aceitar única e exclusivamente o resultado do fornecedor”, salienta. Já Pedro Bileski alerta para o item 10.2 da ABNT NBR 14931. “Esse trecho da norma diz o seguinte: é obrigação do construtor conhecer a resistência do concreto e se ela está em conformidade com aquilo que foi recomendado pelo projetista, ou seja, existe obrigação normativa”, ressalta. Estar atento a essa parte da norma evita também outro tipo de erro, que é não realizar a verificação da dosagem adequada às particularidades do projeto. Por isso, Gilberto Giuzio fez a seguinte observação: “Controle tecnológico é pensar em todas as possibilidades antes de lançar o concreto.”
Entre os erros, o mais comum é não realizar o mapeamento da concretagem
Entre os erros citados pelos especialistas que participaram do webinar do IBRACON, o que mais acontece nos canteiros de obras é a não-realização do mapeamento. “Esse é um erro grave. Ele causa custos maiores para corrigir a principal consequência do problema, que é a diferença na resistência da estrutura. Neste caso, não realizar o mapeamento é a mesma coisa que não fazer o controle tecnológico do concreto”, frisa Adriano Damasio, que completa: “Evitar esses erros faz parte do dia a dia do engenheiro civil”. Por isso, ele afirma que o IBRACON está empenhado em propagar o cumprimento da ABNT NBR ISO/IEC 17025 – Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração, a fim de que mais profissionais e laboratórios sejam certificados e acreditados. “Isso é que garante a competência do serviço”, reforça o especialista, que dirige o Núcleo de Qualificação e Certificação de Pessoal (NQCP) do IBRACON.
Veja o vídeo do webinar do IBRACON
Entrevistado
Reportagem com base nas análises feitas no webinar “Controle Tecnológico do Concreto: Os 5 erros mais comuns que você deve evitar na sua obra”, promovido pelo IBRACON
Contato
qualificacao@ibracon.org.br
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