Construções temporárias são tendência em grandes eventos
Copa do Qatar foi um exemplo que apostou em estádios que serão transformados em outros espaços
Alguns estádios da Copa do Brasil, de 2014, acabaram ficando sem uso após o fim da competição. Para evitar este tipo de problema, na Copa do Qatar, em 2022, os estádios foram construídos de forma a serem reaproveitados após o torneio. O estádio de Lusail, por exemplo, que sediou a final da Copa, será transformado em um espaço comunitário de escolas, lojas, cafés, instalações esportivas e clínicas de saúde. Já o Estádio Al Bayt poderá ter sua camada modular superior removida e utilizada para criar instalações esportivas no Qatar e no exterior. E o estádio 947 foi construído com containers que poderão ser reutilizados posteriormente.
“Durante sua construção, reciclamos e reutilizamos tudo o que foi possível. Implementamos um vasto leque de soluções de eficiência energética e hídrica. Além disso, usamos materiais de fontes sustentáveis e implementamos planos de legado inovadores para garantir que nosso torneio não deixe nenhum ‘elefante branco’. Para atingir esse objetivo específico, consultamos as comunidades locais para descobrir de quais instalações elas precisavam – e implementamos suas ideias e sugestões no desenvolvimento de estádios e recintos. O resultado são planos com legados detalhados, incluindo uma proposta para remover a camada superior modular de vários estádios e doar os assentos para países que precisam de infraestrutura esportiva”, afirmou Hassan Al Thawadi, secretário-geral do Comitê Supremo de Entrega e Legado (SC).
Outro exemplo foi durante a fase mais crítica da pandemia de Covid-19, algumas cidades também optaram por montar hospitais temporários para atender o grande fluxo de pessoas doentes.
Sustentabilidade
Tatiana Fasolari, vice-diretora da Fast Engenharia, afirma que as infraestruturas temporárias são tendência em grandes eventos e podem ser montadas e desmontadas rapidamente.
“Esse tipo de solução é extremamente sustentável porque garante a reutilização de praticamente todo material, redução de custo na construção e principalmente na manutenção após o evento”, pondera Tatiana.
Ao mesmo tempo, Tatiana acredita que atualmente ações sustentáveis são um caminho inevitável para o mundo dos negócios. “Quanto maior a consciência da mudança, melhor será a imagem da empresa junto aos seus clientes e sociedade”, destaca.
Desafios das infraestruturas temporárias
Dentre os desafios de criar uma infraestrutura, Tatiana aponta que a gestão e a experiência da equipe são fundamentais. “O grande desafio deste modelo de negócio é contar com empresas capazes de executar estes projetos dentro dos prazos estipulados pelos comitês locais, que normalmente são extremamente curtos, afinal, não podemos atrasar nem um segundo sequer. O evento tem dia e hora para começar e não é possível a modificação da data de início”, lembra.
Fontes
Tatiana Fasolari é vice-diretora da Fast Engenharia.
Contato
Assessoria de imprensa – camila@pressfc.com.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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