Construções apostam em painéis que combinam concreto e isopor

Tecnologia permite construir de forma mais rápida, além de garantir eficiência térmica e acústica

Construir de forma mais rápida é o desejo de muitas construtoras – melhor ainda se puder combinar com conforto térmico e acústico, além de resistência. Algumas empresas no Brasil têm investido em uma tecnologia que traz painéis ou blocos que combinam concreto e isopor para construir, como forma de obter esses benefícios. 

Tecnologia com pré-moldados formado por duas placas cimentícias Crédito: Dilvugação/Lightwall

Uma das empresas que faz isso no Brasil é a Lightwall, que trabalha com pré-moldados formado por duas placas cimentícias e EPS (isopor). Cada peça tem até 3 metros e sistema de encaixe macho-fêmea. “A composição do nosso painel é formada por um núcleo de concreto leve com o EPS. Temos o encaixe macho-fêmea que estará em todo o perímetro do painel e temos a possibilidade de ter a placa cimentícia nas extremidades ou não. Temos dois tipos de painéis: o primeiro é o SP, sem a placa cimentícia, e o segundo é o 2P, que tem placas cimentícias nas duas extremidades. A 2P é utilizada para obter um melhor desempenho térmico e acústico ou quando for fazer uma laje, porque ele tem maior resistência”, informa Diogo Araújo, engenheiro e CCO da Lightwall.  

Já o Grupo ICF trabalha com a tecnologia ICF (Insulated Concrete Forms), que utiliza blocos de isopor e concreto. 

Benefícios

De acordo com a Lightwall, esta tecnologia permite maior velocidade na obra, podendo ser utilizada em alvenaria e lajes.  Ainda, estes painéis estão de acordo com a NBR 15.575 – Norma de desempenho, garantindo um bom desempenho contra impactos. 

Outro benefício é a eficiência térmica e acústica, o que se dá pelo núcleo preenchido por concreto leve e EPS, que por ser isolante minimiza a troca de ruídos e calor com o ambiente externo. O mesmo acontece no caso do ICF.

“O ICF oferece isolamento térmico e acústico superior, além de ser uma alternativa mais rápida e econômica”, afirma João Felipe da Rocha, fundador e CEO do Grupo ICF. 

Araújo ainda destaca que o painel Lightwall é corta-fogo, aprovado pelo Corpo de Bombeiros e laudado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) São Paulo. “Com duas horas com um maçarico incandescente, chegando a 1.036 °C, houve uma transferência de calor de 90 °C do outro lado e o painel saiu intacto”, pontua Araújo.  

Flexibilidade e resistência

Rocha destaca que o ICF pode ser aliado ao ICFLEX, uma argamassa elastomérica bi-componente, enriquecida com fibras que traz flexibilidade e resistência ao revestimento. Este material foi criado para ser utilizado em paredes e tetos em ambientes internos e externos. Por ser altamente resistente, elimina a necessidade de chapisco e permite uma aplicação ágil e eficiente.

“Ao aliarmos estas duas tecnologias, conseguimos transformar ainda mais a qualidade e a durabilidade das nossas construções“, destaca Rocha.

Instalações elétricas e hidráulicas

No caso do Lightwall, é necessário que o projeto seja compatibilizado com os painéis da marca. Elas podem ser embutidas na fabricação ou realizadas na própria obra, sendo fixadas até na parte externa dos painéis. 

“No caso em que a pessoa esqueceu de fazer a tubulação hidráulica, por exemplo, é possível fazer um rasgo no painel utilizando um disco de corte para madeira, colocar a tubulação e depois fazer um fechamento com argamassa ACIII, colocar um basecoat (preparador de bases para regularização de placas cimentícias) e uma tela”, explica Araújo.

Se for um projeto em grande escala, a recomendação é embutir a tubulação dentro do painel, segundo Araújo.

Custos

O ICF oferece isolamento térmico e acústico superior, além de ser uma alternativa mais rápida e econômica.
Crédito: Dilvugação/Grupo ICF

Segundo o Grupo ICF, o custo médio de construção com o ICF varia entre R$ 250,00 a R$ 400,00 por . “Levando em consideração os blocos de isopor e concreto, que embora sejam ligeiramente mais caros, oferecem benefícios como redução do tempo de construção, menor necessidade de manutenção e uma significativa economia de energia ao longo da vida útil do imóvel”, pondera Rocha.

Exemplos do uso das placas cimentícias com isopor

A Lightwall participou de um projeto chamado de Casa Piloto, de 46 m2, para habitação popular. “Ela foi desenvolvida há oito anos em nossa casa de fábrica. Nós a montamos em apenas três dias, com uma equipe de três pessoas, e a produtividade média deste pessoal foi de 65,27 m2/dia. Acreditamos que foi muito rápido para uma equipe que nunca teve contato com a tecnologia. Com isso, vimos que a tecnologia se encaixaria muito bem para a realidade do Brasil”, afirma Araújo. Depois disso, fizemos 4.000 casas em Rio Claro, no interior de São Paulo.

Outro projeto de Casa Piloto da Lightwall entrou na Faixa 2 do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Araújo explica que a tecnologia foi aplicada em todos os elementos, com exceção no telhado e churrasqueira.

Os painéis também podem ser usados para a construção de muros, eliminando custos com andaimes e equipamentos auxiliares, reduzindo também a mão de obra.

Ainda, Araújo também mencionou o emprego da tecnologia para construção de casas de alto padrão em Fernando de Noronha, tornando a solução interessante pela facilidade de transporte das placas (com peso variando entre 40 e 60kg/m²), reduzindo também os custos com o frete marítimo para a região.

Fontes

Diogo Araújo é engenheiro e CCO da Lightwall.  

João Felipe da Rocha é fundador e CEO do Grupo ICF, pioneiro na construção com iForms ICF no Brasil.

Contato

Assessoria de imprensa do Grupo ICF – airamassessoria@gmail.com
Lightwall marketing@lightwallbrasil.com 


Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
Vogg Experience

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.



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