Construção civil se divide diante do cenário econômico

Setor habitacional ainda possui fôlego para seguir aquecido. No entanto, obras voltadas à infraestrutura não têm perspectivas tão animadoras.

Setor habitacional ainda tem fôlego para seguir aquecido. No entanto, obras voltadas à infraestrutura não têm perspectivas tão animadoras

Por: Altair Santos

A sensação de bem-estar gerada pela economia brasileira arrefeceu. Indicadores como inflação crescente, confiança em queda e disposição para o consumo em viés de baixa criaram um novo cenário no país. Pagam todos, indiscriminadamente. Uns mais, outros menos. Até dentro de um mesmo setor, há quem sinta o impacto de maneira diferente. É o caso da construção civil. Segundo levantamento realizado pela LCA Consultoria, o segmento voltado ao setor imobiliário tende a se manter aquecido. Já o que engloba as obras de infraestrutura não convive com previsões tão otimistas. Por dois motivos: a lentidão dos projetos e por que boa parte dos recursos já foi empenhada para o evento Copa do Mundo, seja na forma de estádios ou empreendimentos voltados à mobilidade.

Momento econômico ainda mantém aquecido alguns setores e promove o recuo de outros.

Um dado relevante levantado pela LCA Consultoria, e que mostra o cenário econômico atual, está no desempenho do PIB da construção civil registrado no primeiro trimestre de 2013. Houve recuo de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, acentuando a queda em relação ao final de 2012, quando o PIB do setor caiu 0,2% na mesma base de comparação. Diante destes números, a empresa especializada em inteligência de mercado estima que o PIB da construção fechará 2013 com crescimento de 2,9%. O mesmo estudo projeta que para 2014 esse número deve chegar a 3,9%. “É que no ano que vem haverá eleições e os governos tendem a contratar obras. Mas a euforia de 2010 não vai voltar. O crédito está desacelerando”, diz o economista Fernando Sampaio, um dos sócios da LCA.

Em 2010, o PIB do setor cresceu 11,6%. Em boa parte, esse avanço se deu por causa do encaminhamento de projetos de infraestrutura, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e do auge do programa Minha Casa, Minha Vida. Agora, o momento é outro, principalmente na construção pesada. Um exemplo é que em maio de 2013 o segmento gerou apenas 719 empregos líquidos com carteira. Bem abaixo do patamar de 12 mil vagas observado no mesmo mês do ano anterior. Outro indicador é a confiança do empresariado. Em julho de 2013, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice baixou para 51 pontos entre os construtores de edifícios, 50,2 entre os ligados às obras de infraestrutura e 52,9 entre os que prestam serviço especializado ao setor.

Crédito em alta

Um dado que mostra por que o segmento de construção habitacional está mais otimista que o de infraestrutura está no volume de empréstimos concedidos para a compra e construção de imóveis no país. O desembolso atingiu R$ 49,6 bilhões no primeiro semestre de 2013. Tratam-se de recursos 34% superiores aos R$ 37 bilhões no mesmo período de 2012. Esse dinheiro financiou 244,7 mil unidades nos primeiros seis meses de 2013 – 14% a mais do que no mesmo período do ano passado. O levantamento é da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que alerta, porém, que os números atuais ainda são reflexo do auge do mercado imobiliário, vivido entre 2009 e 2010. Seriam os lançamentos daquele período que estão sendo entregues agora e, portanto, consolidando a concessão de financiamento a quem comprou as unidades.

Entrevistados
– LCA Consultoria, especializada em inteligência de mercado. (via assessoria de imprensa)
– Confederação Nacional da Indústria (CNI). (via assessoria de imprensa)
– Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). (via assessoria de imprensa)
Contatos: contato@lcaconsultores.com.br / imprensa@cni.org.br / imprensa@abecip.org.br
Créditos foto: Marcelo Camargo / ABr

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


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