Construção civil é principal atividade industrial na maioria dos estados
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria mostra a relevância do setor nas 5 regiões do Brasil
Em 14 dos 26 estados da União, mais o Distrito Federal, a construção civil é a principal atividade industrial, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O setor lidera o PIB industrial nos seguintes estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Em outros 8 estados, a construção civil aparece como o 2º setor industrial mais importante. São os casos de Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Sergipe. É 3º no Mato Grosso do Sul, Rondônia, Espírito Santo e Pará. A única exceção acontece no Amazonas, onde aparece na 5ª colocação entre os segmentos industriais que mais se destacam.
Dos estados em que a construção civil lidera, em 4 o setor ocupa mais de 40% da atividade industrial. São os casos de Distrito Federal, com 51,1%; Roraima, 49,6%; Piauí, 44,4%, e Tocantins, com 42,5%. O levantamento da CNI também mostra que em economias mais diversificadas a construção se destaca, mas com diferenças percentuais menores em relação a outros setores industriais. São os casos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Pernambuco (acesse o infográfico para ver os comparativos).
Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o que explica a construção civil liderar a atividade industrial na maioria dos estados é a capacidade que ela tem de movimentar outros setores econômicos e de gerar empregos rapidamente. “Nos seus diversos campos de atuação, a construção alavanca importantes segmentos industriais, proporcionando reflexos positivos no desenvolvimento econômico e na qualidade de vida da população”, acrescenta.
Resiliência é característica comum da indústria nacional, diz presidente da CNI
De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, a capacidade da construção civil de estimular outros setores é única. “A construção civil impacta diretamente 62 setores das áreas industrial e comercial e mais 35 setores de serviço. São 97 torneiras que são abastecidas quando se enche essa caixa d’água. Não há como irrigar a economia sem a construção civil”, compara.
Segundo dados recentes do Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) no 1º trimestre de 2021, a construção civil contribuiu com a geração de 111.987 novas vagas formais de emprego. Ao longo de 2020, no auge da pandemia, o setor criou 112.174 postos de trabalho. O próprio ministério da Economia qualificou como “surpreendente” o desempenho da construção no ano passado. “A construção civil atravessou a crise gerando empregos”, elogiou o ministro Paulo Guedes.
Para o presidente da CNI, a resiliência da construção civil é uma característica comum a outros setores da indústria nacional. “Temos uma estrutura industrial diversificada, com empresas inovadoras, além de competência acumulada na área de ciência e tecnologia. Possuímos ainda empresários e trabalhadores que sempre foram capazes de realizar grandes feitos quando confrontados com situações adversas e que costumam crescer vertiginosamente em ambientes propícios e com políticas adequadas”, finaliza.
Entrevistado
Confederação Nacional da Indústria (via assessoria de imprensa)
Contato
imprensa@cni.com.br
Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
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