Concrete Show, realizada em São Paulo, superou todas as expectativas

Feira, que fechou com R$ 500 milhões em negócios, mostra que construção civil é a locomotiva do país

Feira, que fechou com R$ 500 milhões em negócios, mostra que construção civil é a locomotiva do país

Wagner Lopes, da ABESC; Renato Giusti, da ABCP, e Cláudia Godoy, da  Sienna Interlink, abriram a Concret Show
Wagner Lopes da ABESC; Cláudia Godoy da Sienna Interlink e Renato Giusti da ABCP, abriram a Concrete Show

A 3.ª edição da Concrete Show South America, que como o próprio nome diz é a maior feira da cadeia de concreto da América Latina, superou todas as expectativas. Os organismos envolvidos na realização do evento, que aconteceu na última semana de agosto, saíram convictos de que a indústria da construção civil será a grande alavanca para mover a economia brasileira nos próximos 10 anos, pelo menos. “Temos muito trabalho pela frente: PAC, Copa 2014, moradias, estradas e saneamento. O crescimento do país passa pela construção civil”, disse Renato Giusti, presidente da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland).

Na avaliação do dirigente da ABCP, a Concrete Show mostrou com competência a força do setor. Os números comprovam isso. As mais de 300 empresas participantes da feira geraram aproximadamente R$ 500 milhões em negócios. O evento ficou 58% maior que a edição anterior e atraiu 18 mil profissionais do setor. “A resposta dada pela Concrete Show, sobretudo aos organismos de governo presentes na feira, foi absurdamente positiva. Tivemos ainda 16 expositores internacionais, o que ativou parcerias além fronteiras. Enfim, foi uma amostra de que a cadeia do setor confia no Brasil”, afirmou Wagner Lopes, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Concretagem (ABESC).

Além de gerar negócios e das projeções otimistas, a 3.ª Concrete Show foi responsável por apresentar as principais novidades e inovações tecnológicas do universo do concreto, que foram desde lançamento de produtos, sistemas construtivos, máquinas e equipamentos, até serviços da cadeia do concreto. “Entre os destaques deste ano tivemos os sistemas construtivos para a habitação social. Muitos dos nossos expositores são da área de sistemas industrializados, máquinas e equipamentos e enxergaram na Concrete Show uma ferramenta para alavancar seus negócios ainda mais agora com o anúncio do governo”, revelou Claudia Godoy, diretora da feira.

O interesse por habitações sociais está relacionado ao plano “Minha Casa Minha Vida”, e que prevê investimentos de R$ 34 bilhões para a execução de 1 milhão de moradias, sendo 400 mil destinadas às famílias com renda de até três salários mínimos e o restante para as famílias com renda de até 10 salários mínimos. Por isso, só no segmento fôrmas para paredes de concreto, 15 empresas expuseram seus produtos. “O evento apresentou as principais inovações tecnológicas em produtos e serviços do universo do concreto”, contou Cláudia Godoy. Entre eles, robô destruidor operado por controle remoto, verniz antipichação, argamassa antimofo, produto capaz de tingir piso cimentício, desmoldante ecologicamente correto e máquinas de corte e dobra de aço.

Concrete Congress

O crescimento da Concrete Show repercutiu também no evento paralelo à feira, o 3.º Concrete Congress. Em relação a 2008, os seminários, palestras, fóruns e workshops cresceram 30%. “Os auditórios ficaram pequenos. Em um dos seminários, sobre parede de concreto em habitações populares, o espaço podia abrigar 300 pessoas e tivemos de abrir as portas para quem estava de fora, mas interessado no tema, pudesse acompanhar”, relatou Wagner Lopes, da ABESC. O Concrete Congress teve 12 seminários e 110 palestrantes.

Para Jorge Aoki, gerente de Assessoria Técnica da Cimento Itambé, o evento serviu para uma profunda troca de informações. “A Concrete Show reuniu a cadeia dos principais participantes do universo do concreto e mostrou as tendências mundiais para o setor. Produtos e serviços foram expostos para um público muito específico e, por isso, permitiu um grande intercâmbio. Além disso, a realização de diversos seminários sobre o tema do evento preencheu o grande volume de informações técnicas passadas aos participantes nos três dias da feira”, avaliou.

Entre os que participaram da grade de conteúdo estava o engenheiro Cesar Zanchi Daher, diretor da Daher Tecnologia em Engenharia, de Curitiba. Segundo ele, a Concrete Show, hoje, “está melhor do que eventos internacionais”.

“Encontramos na feira, e nas palestras, colegas de trabalho de diversas localidades do país. É um evento de grande representatividade para o segmento do concreto. E quanto mais novidades a feira reunir, mais o setor da construção civil a prestigiará”, reforçou o engenheiro Roberto José Falcão Bauer.

Conselheiro da Anapre (Associação Nacional de Pisos e Revestimentos de Alto Desempenho) e do Sinduscon-SP, Bauer fez o seguinte diagnóstico: “A cada ano aumenta o envolvimento dos profissionais e das associações com os eventos realizados em paralelo à feira. As salas estão sempre lotadas e o conteúdo é qualificado. Acredito que sejam necessários espaços maiores para atender ao público no próximo ano”.

Equipamentos e novas tecnologias foram lançados no evento, o que gerou um volume grande negócios
Equipamentos e novas tecnologias foram lançados no evento, o que gerou um volume grande negócios

Realizada em uma área de 28 mil m², no Transamérica Expo Center, em São Paulo, a Concrete Show pode mudar de espaço em 2010. Para a 4.ª edição, os promotores do evento pensam em um lugar mais amplo. “Se continuar neste ritmo de crescimento, a mudança será inevitável”, afirmou Wagner Lopes, da ABESC. “Como é uma plataforma para lançamentos de produtos, reforço de marca, join-ventures, vendas e networking, a Concrete Show tornou-se um evento de negócios que cresceu 135% em relação ao ano passsado. Por isso, pensar em uma área maior para o evento é natural daqui por diante”, afirmou Cláudia Godoy.

Texto complementar

Dados nacionais da construção civil

Segundo o levantamento realizado até maio deste ano, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria das regiões do país registrou aceleração no Índice Nacional da Construção Civil, com exceção do Nordeste, onde recuou de 0,64% em abril para 0,26% em maio. A maior taxa mensal foi verificada no Sudeste (2,16%), enquanto a menor foi observada no Norte (0,61%). Os números são calculados pelo IBGE, em convênio com a Caixa Econômica Federal, a partir do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), criado em 1969.

O setor da construção civil foi um dos que mais contribuíram para o saldo positivo de 106,2 mil novas vagas com carteira assinada criadas no mercado de trabalho. O número foi registrado em abril pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O estudo foi divulgado em 18 de agosto pelo ministro Carlos Lupi. A construção civil gerou 13.338 postos e apresentou o quarto mês consecutivo de crescimento. É o segundo melhor desempenho registrado pelo setor em 2009, superado apenas pelo desempenho de março, quando 16.123 postos foram criados.

Em 2008, as empresas do segmento bateram recorde de produção de concreto – 30 milhões de m³ -, 25% maior que o ano anterior. Com a perspectiva de que o programa Minha Casa, Minha Vida possa andar a pelo vapor neste segundo semestre, a previsão do setor é que o volume de produção de concreto se aproxime do recorde do ano passado.

Entrevistados:

Claudia Godoy, diretora da Sienna Interlink, promotora da Concrete Show: armando@novasoma.com.br (assessoria de imprensa da Concret Show)

Renato Giusti, presidente da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland): dcc@abcp.org.br

Wagner Lopes, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Concretagem (ABESC): wlopes@abesc.org.br

Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Tempestade Comunicação



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