Compliance na construção civil é garantia de segurança, qualidade e conformidade legal

Normas implementadas garantem menores riscos nas obras, conformidade com as leis, além de regulamentações internas e externas

O compliance tem a função de proporcionar segurança e minimizar riscos de instituições e empresas, garantindo o cumprimento dos atos, regimentos, normas e leis estabelecidos interna e externamente. Crédito: Envato

A adoção de práticas de compliance na construção civil garante a conformidade das normas legais e regulatórias, mitigando riscos e evitando penalidades. O compliance promove transparência e integridade nas operações, fortalecendo a reputação da empresa e aumentando a confiança dos stakeholders. Além disso, assegura a qualidade das obras e a segurança dos trabalhadores, prevenindo acidentes.

Em um seminário promovido pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (ADEMI-AL) para discutir a importância do compliance na construção, Ana Cláudia Gomes, vice-presidente da Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), enfatizou o papel da ética e do compliance como pilares fundamentais para fortalecer a imagem das empresas frente ao mercado e à sociedade. “A adoção de práticas éticas não apenas mitiga riscos legais e operacionais, mas também posicionam as empresas como agentes de desenvolvimento social e econômico”, afirmou.

O termo compliance vem do inglês (to comply) e significa estar em conformidade. Na prática, o compliance tem a função de proporcionar segurança e minimizar riscos de instituições e empresas, garantindo o cumprimento dos atos, regimentos, normas e leis estabelecidos interna e externamente.

Essa prática ganhou notoriedade no Brasil por conta de ações contra esquemas de corrupção e a promulgação da Lei n° 12.846/13 (Lei Anticorrupção), que determina que pessoas jurídicas podem ser responsabilizadas objetivamente por práticas ilegais, independente da comprovação do conhecimento ou conivência de seus diretores.

Hoje, o compliance está presente nas instituições de diversos setores tendo o importante papel de criar mecanismos para evitar problemas para os empreendedores e suas empresas. Na construção civil, o compliance é a garantia de que tudo o que é executado pela construtora segue regulamentos éticos e direcionamentos específicos da área. 

Outra medida é a adoção da agenda ESG (Environment, Social & Governance), um conjunto de objetivos e ações que demonstram como o negócio irá lidar com as questões ambientais, sociais e de governança. O conceito dessa sigla (Ambiental, Social e Governança, ou ASG no português), refere- se às boas práticas empresariais que se preocupam com critérios ambientais, sociais e parâmetros de boas práticas de governança corporativa.

“A CBIC reconhece a importância dessa agenda, que é mundial e estabelece prioridades para se estabelecer uma sintonia entre o meio ambiente, o processo produtivo, as cidades e a sociedade. Atentos a isso, entendemos que somos um grande porta-voz dessa questão para o setor, para que as empresas busquem processos produtivos que impactem cada vez menos o meio ambiente e as pessoas”, explica Ana Cláudia.

“Enquanto uma indústria que tem um impacto importante – tanto nos materiais que consome, como nos equipamentos que entrega para a sociedade – a Construção Civil busca fazer entregas que usem cada vez melhor os recursos naturais e as tecnologias capazes de minimizar o impacto no planeta e nas pessoas. Por isso, protagonizamos esse tema no setor buscando tecnologias e soluções que priorizem minimizar esses impactos nos canteiros de obras e nas cidades”, afirma a vice-presidente da CRS.

Ela lembra que o seminário realizado em Alagoas não foi o único. “Já rodamos o Brasil inteiro discutindo esse assunto e, junto com as empresas e com o poder público local, produzimos vários materiais orientativos sobre como elaborar um código de ética, como mapear os riscos de corrupção, como treinar as equipes e como criar canal de denúncia. Enfim, fizemos várias ações nesse sentido e seguimos dando suporte aos associados e orientando sobre a importância dessa agenda”, diz.

Entre as práticas mais comuns que devem ser adotadas estão a criação de um código de normas; a divulgação do programa para todos os colaboradores e envolvidos; a criação de canais de denúncia; registros contábeis; observação dos processos de fusão e aquisição; e melhoria contínua das práticas de compliance.

Ainda segundo Ana Cláudia, as grandes empresas brasileiras, mais estruturadas e que trabalham para multinacionais e para governos, já têm os seus sistemas de compliance implementados, testados e num índice de maturidade mais elevado.

“No setor de construção, 80% das empresas são pequenas. Mas, ainda assim, a CBIC vem mostrando para essas empresas a importância da governança, de ter processos internos muito estabelecidos com os seus funcionários e com os seus fornecedores, por exemplo, para garantir que não tenha nenhum tipo de problema com relação a corrupção, e com relação a qualquer tipo de problema jurídico dentro do ambiente de trabalho, dentro da empresa e nas relações que estabelece com todos os stakeholders”.

Para dados mais específicos, a CBIC está atualizando uma pesquisa sobre o perfil do trabalhador da construção civil, visando entender melhor suas demandas e contribuir para a qualificação e retenção desses profissionais. “Estamos preparando uma atualização da sondagem que fizemos há alguns anos e esperamos concluí-la ainda em 2024. Esse tipo de levantamento e estudo é importante para entendermos quais ações nas áreas social, de inclusão, de qualificação, de saúde e de segurança precisamos implementar, a fim de melhorar as condições de trabalho e de prestação de serviço no setor”, adianta Ana Cláudia. 

ENTREVISTA:

Ana Cláudia Gomes, é bacharel em Comunicação Social, com pós-graduação em Recursos Humanos e MBA em gestão empresarial. É vice-presidente da Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Jornalista responsável:
Fabiane Prohmann – DRT 3591/PR
Vogg Experience

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.



Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo