Com Clube de Mão de Obra, Anamaco resguarda consumidor

Parceria capacita profissional que atua em reformas e manutenção, e oferece serviços através de um aplicativo

Márcia Santos
Márcia Santos em palestra para profissionais do Clube de Mão de Obra: atendimento aos três estados do sul do país. Crédito: Clube de Mão de Obra

A Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) chancela o Clube de Mão de Obra, que conta também com o apoio da indústria de materiais de construção e de lojas do varejo. Nascido para atender os três estados do sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), o programa procura minimizar as dificuldades do consumidor em encontrar profissionais para atuar em reformas, reparos, acabamentos e manutenções. Através do Clube de Mão de Obra, ocorre o cadastramento de especialistas e a capacitação de profissionais. Quem está à frente do programa é Márcia Santos, que pretende expandi-lo para todo o país. Especializada em marketing, varejo e mídias sociais, ela explica como funciona o Clube de Mão de Obra.

Qual o objetivo do Clube de Mão de Obra?
Através de um portal na internet, e de um aplicativo, ele busca fazer a conexão entre a necessidade do consumidor leigo e a mão de obra apta para realizar serviços. A busca é realizada sem cadastro prévio de quem consulta e reúne mais de 50 categorias, que podem ser encontradas por estado, cidade e bairro. Além disso, o profissional que se cadastra no clube recebe capacitação mensal e é avaliado pelos trabalhos que executa.

Houve um estudo prévio para a criação do Clube de Mão de Obra?
A leitura do mercado demonstrava claramente essa carência nas lojas de materiais de construção. O produto é vendido, mas sua garantia fica comprometida se quem vai instalá-lo não domina a técnica. Havia muita insegurança nesta área.

O Clube de Mão de Obra abrange todo o país. Quais estados mais participam dele?
O Clube de Mão de Obra iniciou em Florianópolis-SC e região metropolitana da capital catarinense, há dois anos. Fomos capacitando e entendendo as carências do mercado. Recentemente, passamos a atuar em Joinville-SC e região metropolitana, Curitiba-PR e região metropolitana e em Tubarão-SC. Em outubro, vamos lançar o Clube de Mão de Obra em Porto Alegre-RS e região metropolitana. O objetivo é abranger todo o país, mas não queremos que vire um simples classificado de mão de obra. Existe a necessidade de cuidar de cada mercado com atenção, para que sejam realmente profissionais capacitados.

O programa tem o apoio da indústria de materiais de construção e de lojas do varejo?
Sim. A Indústria, através de cursos ministrados por seus técnicos e de visitas técnicas aos seus parques fabris, ajuda na certificação dos profissionais. Da mesma forma, as lojas do varejo indicam esses profissionais para os clientes que adquirem produtos-parceiros. Nas lojas de materiais de construção que incentivam o Clube de Mão de Obra existem banners com a seguinte mensagem: encontre um profissional qualificado, assim como o endereço do clube na internet.

E a parceria com a Anamaco, como funciona?
A Anamaco é o grande guarda-chuva, debaixo do qual estão as Acomacs de todo o Brasil. Não abrimos nenhum mercado sem ter a parceria de uma Acomac. Primeiro, porque seus associados (lojas de varejo) nos trazem clientes (mão de obra) para se cadastrarem e se capacitarem.  Assim, quem integra o clube são profissionais que já estão no mercado e desejam um selo de acreditação: “Faço parte do Clube, sei fazer”. O clube recebe uma mensalidade do associado profissional de mão de obra e 50% se reverte em renda extra para as Acomacs. Os espaços onde são feitos os treinamentos sempre são preparados pelas Acomacs. É como um convênio de benefícios para cada associação, que gera renda e movimento.

“Programa encurta caminhos e melhora a qualidade de toda a cadeia envolvida em uma obra”

Para o consumidor, quais as vantagens de existir um programa como o Clube de Mão de Obra?
O consumidor, através de um aplicativo que ele pode baixar sem custo e sem cadastro, obtém nome, referências e avaliações dos profissionais cadastrados na região, assim como pode ver fotos de obras e os cursos de capacitação realizados pela mão de obra que ele está consultando. É um ciclo onde todos ganham.

Quantos profissionais estão atualmente cadastrados no Clube de Mão de Obra?
Hoje temos cerca de 150. Alguns ainda estão se capacitando para depois disponibilizarem o serviço no app. Existem empreiteiras e construtoras parceiras que ensinam o ofício. Nossa projeção é de que até o final de 2018 chegaremos a 500 cadastrados. Nossa estrutura comercial e de treinamentos está se adequando a esse crescimento.

De que forma o programa serve para movimentar o mercado de trabalho da construção civil?
Ele encurta caminhos e melhora a qualidade de toda a cadeia envolvida em uma obra. A indústria tem mais segurança de que o know-how empregado em determinado produto não será desperdiçado, assim como o lojista tem confiança em indicar uma mão de obra para instalar o que ele está vendendo.

Engenheiros e arquitetos estão cadastrados no Clube de Mão de Obra?
Inicialmente não. Na medida em que observarmos a necessidade, vamos incluí-los no app. Recentemente, incluímos “limpeza de pós-obra” e “design de Interiores”.  Até frete tem gente pedindo para inserir. Estamos verificando essas demandas.

Entrevistada
Márcia Santos, especialista em marketing e mídias sociais pela Unisul e desenvolvimento de dirigentes pela Fundação Dom Cabral. Atuou por 25 anos como representante comercial, gerente de mercado e executiva de entidade setorial

Contatos
www.clubedemaodeobra.com.br/contato
www.clubedemaodeobra.com.br/empresa

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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