Clima e solo desafiaram engenharia nas obras da BR-163

Pavimentação teve o exército à frente; trecho é importante ligação com portos da região norte do Brasil

Contingente de 500 militares atuou permanentemente na obra da BR-163 para cumprir o cronograma em 1 ano. Crédito: Exército Brasileiro
Contingente de 500 militares atuou permanentemente na obra da BR-163 para cumprir o cronograma em 1 ano.
Crédito: Exército Brasileiro

Em pleno carnaval de 2019, uma cena mostrada nos principais telejornais do país surpreendeu os brasileiros. Foi a que trazia caminhões atolados no trecho norte da BR-163, entre Sinop, no Mato Grosso, e Miritituba, no Pará. Para acabar com esse entrave no transporte da região, o governo federal agiu rápido. Em um ano, pavimentou 51 quilômetros da rodovia, facilitando o fluxo de cargas entre os dois estados. 

A obra custou 158 milhões de reais e teve a engenharia do exército à frente do projeto. O clima extremamente quente e chuvoso, aliado a um solo mole, esteve entre os desafios para a pavimentação, que contou ainda com a construção de duas importantes pontes de concreto no trecho. Uma de 50 metros, sobre o rio Samurai, e outra de 100 metros, sobre o rio Itapecurazinho. 

As obras no trecho norte da BR-163 foram executadas pelo 8º Batalhão de Engenharia de Construção (8° BEC). Os militares realizaram trabalhos de terraplanagem, drenagem, lançamento de sedimentos, reforço de solo, compactação, reconformação de plataforma, perfurações de rochas, serviço de britagem, trabalhos topográficos e asfaltamento com 6,5 centímetros de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ). 

A pista, com 12 metros de largura, incluindo também os acostamentos, já está liberada para o tráfego desde o fim de 2019. No entanto, o exército segue atuando na obra, para concluir a segunda camada de asfalto – chamada de “faixa C” ou capa de rolamento – e para instalar bueiros, meios-fios, valetas e executar as sinalizações horizontais e verticais.

Aproximadamente 3 mil carretas  transitam pela rodovia diariamente

O exército estima que finalizará todo o serviço em agosto de 2020. O diretor de Obras de Cooperação do Exército, General Paulo Roberto Viana, destaca a importância da obra. “Existe um grande volume de veículos que percorre diariamente a BR-163. O trecho dá acesso aos terminais fluviais de Miritituba e Santarém, ambos no Pará. São em torno de 3 mil carretas que transitam nessa rodovia por dia. Hoje, aquela região é um dos mais importantes eixos de exportação do nosso PIB para portos da Ásia e da Europa, principalmente”, declara.

 Roberto Viana lembra que durante a execução da pavimentação a incidência de chuva foi o dobro da média. Por isso, se tornou necessário manter um contingente permanente de 500 militares do 8º BEC no trecho em obras para que o cronograma fosse cumprido. 

Além do asfaltamento, também foi realizada manutenção em 1.300 quilômetros na rodovia, de Sinop-MT a Santarém-PA. Na região amazônica, a BR-163 é conhecida como Rodovia Cuiabá-Santarém. No entanto, a estrada tem início na cidade de Tenente Portela-RS e se estende até a cidade de Santarém-PA. No total, são 3.579 quilômetros, sendo que o trecho de Cuiabá-MT a Santarém-PA tem aproximadamente 1.600 quilômetros. 

Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, existe a possibilidade de criar concessões da rodovia. Ele revela que o ministério ainda faz estudos sobre a viabilidade da privatização. “A intenção é redirecionar a logística do país para o norte, porque teremos menores distâncias para os mercados consumidores da Ásia e da Europa”, avalia.

Entrevistado
Ministério da Infraestrutura (via assessoria de imprensa)
Exército Brasileiro (via assessoria de imprensa)

Contato
aescom@infraestrutura.gov.br
imprensa@ccomsex.eb.mil.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo