Cimbramento: não se faz concreto armado sem esse aliado

Sistema pode utilizar estruturas metálicas ou ser montado com madeira, o qual, atualmente, é o menos recomendado pelos especialistas

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Cimbramento metálico: permite todo tipo de escoramento, e é o preferido pelos engenheiros
Cimbramento metálico: permite todo tipo de escoramento, e é o preferido pelos engenheiros

Resumidamente, cimbramento é um conjunto de estruturas provisórias em uma obra, e que auxiliam no escoramento de fôrmas para lajes, vigas e outros elementos de concreto armado. As peças sustentam o peso do próprio concreto, até que o material endureça e cumpra seu período de cura inicial. Metálicos ou de madeira, os modelos de cimbramento mais comuns são em formato de escoras, torres e vigotas.

Em edificações residenciais, o cimbramento com madeira ainda é o mais usado, por causa do custo menor, apesar da baixa durabilidade. Já as estruturas metálicas são recomendadas para obras mais complexas, quando o concreto é moldado no local. Um exemplo de cimbramento de alto desempenho foi aplicado na duplicação da rodovia Régis Bittencourt, no trecho da serra do Cafezal, onde as torres de sustentação chegaram a 25 metros de altura na construção de viadutos.  

Os engenheiros da Comunidade da Construção – movimento ligado à Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) – explicam as vantagens do cimbramento metálico, em relação ao de madeira. “As escoras metálicas possibilitam a desforma de todo o sistema de distribuição de cargas sem que a escora seja removida. Isso confere segurança contra deformações impostas em idades baixas do concreto e a possibilidade do reaproveitamento das fôrmas e do vigamento de suporte”, descrevem.

Metal ou madeira?

Cimbramento em madeira: ainda é utilizado, mas limita-se cada vez mais a obras residenciais
Cimbramento em madeira: ainda é utilizado, mas limita-se cada vez mais a obras residenciais

Já as escoras de madeira, por causa da baixa capacidade de carga, acabam gerando grande concentração de peças sob a laje escorada, dificultando o trânsito. Atualmente, por questões ambientais, todo cimbramento em madeira precisa ter certificação e selo verde, o que comprova que o material vem de reflorestamento e não de extração ilegal. Existem três tipos de cimbramento em madeira:
1. Troncos: sistema extremamente rudimentar e desaconselhável. O material é heterogêneo, as peças são disformes e a capacidade de carga é limitada. O ajuste de altura é extremamente difícil e o reaproveitamento é baixo.
2. Pontaletes: normalmente utilizam pinho de reflorestamento e certificado. Trata-se de um material mais homogêneo, apesar da capacidade de carga ser limitada. Dependendo da estrutura a ser escorada, há necessidade de uma grande quantidade de elementos.
3. Garfos: consistem em um conjunto de sarrafos, que permitem boa capacidade de carga a uma altura máxima de 4,5 metros. Acima disso, a estabilidade já se torna precária.

O projeto estrutural da obra – incluindo o tipo de concreto a ser usado, se armado ou autoadensável, por exemplo -, além do planejamento do canteiro e do custo, são fundamentais para definir o tipo de cimbramento que poderá ser usado na construção. No caso dos conjuntos metálicos, os mais usados são:
1. Escoras: boa parte das construtoras utiliza esse sistema, já que existem empresas especializadas em locação. A capacidade de carga é elevada e permite o uso em muitas obras.
2. Torres: usada em obras especiais, onde a carga transferida aos pavimentos inferiores é muito elevada ou o pé direito é muito alto.

Entrevistado
Reportagem com base no guia de cimbramento da Comunidade da Construção, da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

Contatos

dcc@abcp.org.br
www.comunidadedaconstrucao.com.br

Crédito fotos: Divulgação



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