Centenário de formatura da 1ª engenheira do Brasil
Edwiges Maria Becker Hom'meil estudou na antiga Escola Polythecnica do Rio e abriu o caminho para milhares de mulheres na profissão
Edwiges Maria Becker Hom’meil estudou na antiga Escola Polythecnica do Rio e abriu o caminho para milhares de mulheres na profissão
Por: Altair Santos
Em março de 1917 formava-se na Escola Polythecnica do antigo Distrito Federal – hoje Escola Politécnica da UFRJ – a primeira mulher engenheira civil do Brasil. Foi Edwiges Maria Becker Hom’meil, cujo centenário do pioneirismo é comemorado neste ano. Não há registro exato do dia em que teria ocorrido a formatura, mas o mês que boa parte das citações indica é março. Isso faz com que haja coincidência entre a graduação de Edwiges e a declaração do Dia Internacional da Mulher (8 de março) sem, no entanto, haver relação entre os fatos. O que dá para afirmar é que Edwiges Maria Becker Hom’meil abriu o caminho para um número cada vez maior de mulheres que buscam a engenharia civil.
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Segundo dados da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), existem atualmente quase 60 mil graduadas em engenharia civil no país. De acordo com o mais recente censo da educação superior, divulgado pelo MEC (Ministério da Educação), as mulheres nos cursos de engenharia civil saltaram de 19% em 2000 para 30% em 2013. Há casos em que algumas universidades já registram mais mulheres que homens. Um exemplo está na UniChapecó, em Santa Catarina, onde a turma que concluiu o curso em 2015 tinha 63% de engenheiras – 14 entre 22 formandos. O curso da universidade, inaugurado em 1997, tinha apenas 30% de mulheres em sua primeira turma.
Em 2016, os Estados Unidos comemoraram a primeira turma de engenharia civil com mais formandos mulheres que homens. Ocorreu na Universidade de Dartmouth, onde 54% eram engenheiras. Trata-se de uma exceção, já que os EUA são considerados um dos países mais machistas na engenharia civil. Em média, só 19% dos diplomas da área vão para mulheres. Para Carol Folt, reitora da Universidade de Dartmouth, o crescimento de mulheres no curso de engenharia civil se deve à estratégia de contratar professoras. “Com mulheres ensinando na área, as alunas se sentiram estimuladas a entrar no curso”, diz. O procedimento fez com que o número de mulheres graduadas em engenharia pela universidade duplicasse em 10 anos.
Pioneiras
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Além de Edwiges Maria Becker Hom’meil, existem outras pioneiras na engenharia civil brasileira. Entre elas, Enedina Alves Marques, a primeira engenheira negra do país, formada em 1945 pela UFPR (Universidade Federal do Paraná). A profissional tinha 32 anos quando se graduou. Profissionalmente, atuou no Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná e fez parte da equipe de engenheiros que trabalhou na construção da usina hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza (Capivari-Cachoeira), na região metropolitana de Curitiba. Em 1962, reconhecendo o pioneirismo de Enedina Alves Marques, o ex-governador Ney Braga a aposentou por decreto, com salário equivalente ao de um juiz de direito.
Outro caso relevante é o de Evelyna Bloem Souto, a primeira engenheira civil formada pela USP de São Carlos. No final dos anos 1950, como bolsista na França, ela precisou se vestir de homem e até desenhar bigode e barba no rosto para conseguir visitar um canteiro de obras em um túnel na fronteira entre a França e a Itália. Já formada, Evelyna atuou no Departamento de Geologia e Mecânica dos Solos do Estado de São Paulo, mas precisou ser contratada como bibliotecária. Só meses depois, quebrando preconceitos, é que foi promovida ao cargo de engenheira.
Entrevistados
-Escola Politécnica da UFRJ
-Escola de Engenharia de São Carlos
-University of Daetmouth
-Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFPR
Contatos
comunicacao@eesc.usp.br
contact@dartmouth.edu
redacao@poli.ufrj.br
neabufpr@gmail.com
Crédito Fotos: Divulgação/ Reprodução
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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