CBIC projeta que PIB da construção crescerá 4% em 2021

Se estimativa for confirmada ao longo do 2º semestre, será o melhor desempenho do setor desde 2013

Geração de empregos com carteira assinada ao longo do 1º semestre de 2021 foi o melhor da construção civil desde 2012 Crédito: CNI
Geração de empregos com carteira assinada ao longo do 1º semestre de 2021 foi o melhor da construção civil desde 2012
Crédito: CNI

Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) estima que o PIB do setor crescerá 4% em 2021. A projeção realizada pelo departamento de economia do organismo, junto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), leva em conta os dados do 1º semestre e as expectativas para os próximos meses. Segundo o presidente da CBIC, José Carlos Martins, a previsão é realista, mas com certo grau de otimismo. “Apesar dos percalços, somos empreendedores e mantemos o foco no crescimento”, diz. 

No começo do ano, a CBIC já estimava que o PIB da construção cresceria 4%. Porém, em março houve um recuo para 2,5%, diante do recrudescimento da pandemia de COVID-19 no país. Agora, com o avanço da vacinação, com os estímulos governamentais e com a construção imobiliária mantendo o ritmo de vendas e lançamentos, a projeção voltou ao patamar de 4%. Para José Carlos Martins, haveria espaço para crescer mais, porém 3 obstáculos impedem estimativas maiores: custo da matéria-prima, carga tributária e burocracia. 

Mesmo assim, se confirmado o crescimento de 4% em 2021, será o maior PIB do setor desde 2013, quando a construção avançou 4,5%. No entanto, a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, faz uma ressalva. Ela alerta que, de 2014 a 2020, houve uma queda acumulada de 33,34% no PIB da construção, ou seja, o eventual crescimento em 2021 não irá repor as perdas. “Mesmo com o crescimento de 4% em 2021, a retração do período 2014-2020 continuará superior a 30%, o que é bastante expressivo. A construção precisará continuar a crescer mais alguns anos nessa intensidade para que a recuperação total aconteça”, diz. 

Um dos medidores que balizam a projeção do PIB feita pela CBIC é o Índice do Nível de Atividade. No 2º trimestre de 2021, esse indicador apresentou o melhor desempenho desde 2012. Para Ieda Vasconcelos, há uma conjunção de fatores que levaram a esse resultado. Entre eles, a demanda consistente por imóvel, as baixas taxas de juros, o incremento do crédito imobiliário, o novo significado da casa própria para as famílias e a melhora nas expectativas para a economia. 

Cada 1 real investido na construção retorna R$ 2,46 reais para a economia 

Outro medidor que compõe a projeção é o que capta a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) das empresas de construção. Esse cresceu um ponto percentual em junho, em relação a maio, e atingiu o seu maior patamar (64%) desde novembro de 2014 (66%). O resultado também é superior à média histórica do indicador (62%). São dados que refletem na geração de emprego, que em 12 meses cresceu 15,01%. Atualmente, o setor emprega 2.430.234 trabalhadores com carteira assinada. Só em 2021 foram gerados mais 156.693 novos postos nos canteiros de obras. Trata-se do melhor resultado desde 2012. 

Apesar dos percentuais positivos, José Carlos Martins avalia que a construção civil avança como “uma Ferrari com freio de mão puxado”, ou seja, poderia crescer e gerar muito mais empregos do que o cenário atual indica. “Sempre vale a pena ressaltar que de cada 1 real investido na construção civil retornam 2,46 reais para a economia do país”, conclui o presidente da CBIC. 

Acesse a apresentação da CBIC sobre o desempenho da construção civil no 1º semestre de 2021

Entrevistado
Reportagem com base na apresentação da CBIC, intitulada “Desempenho Econômico da Indústria da Construção”. 

Contato
ascom@cbic.org.br 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330



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