Business Intelligence: como aplicar na construção civil?
Tecnologia auxilia na tomada de decisões e planejamento de obras, além de reduzir erros
O Business Intelligence (BI) cresceu bastante ao longo da década de 1980, junto à evolução dos computadores. Além de compartilhar informações, o sistema ajudava os gestores na tomada de decisão.
“Atualmente, o Business Intelligence é uma tecnologia que combina mineração de dados, análise empresarial, visualização de dados, ferramentas/infraestrutura de dados e práticas recomendadas para contribuir de maneira positiva para que empresas e gestores otimizem a tomada de decisões”, explica Antonio Fascio, CEO da 3F Group, empresa que contém a Orçafascio e a Orçafascio Prime.
Na construção civil, o BI pode ser usado de diferentes maneiras. “Seja no entendimento do perfil do cliente ou mesmo para realizar o gerenciamento de obras. O objetivo sempre é o de ganhar eficiência e melhorar a tomada de decisão”, afirma Fascio.
No entanto, para Edson Poyer Sant’Anna, CMO da 3F Group, falar sobre a adoção de tecnologia na construção civil é lidar com dois extremos. “Enquanto temos muitas empresas ainda trabalhando com processos de gestão rudimentares, nós também temos empresas operando em níveis que dão inveja a outros setores. Falando especificamente de BI, podemos utilizar como exemplo a Dimas Construções de Florianópolis, já há alguns anos todas as obras possuem seus Dashboards, que além de mostrarem como está a utilização de recursos e a evolução dos custos da obra, também mostra detalhadamente como está o andamento e a previsão de entrega da obra. Ou seja, não há mais situações onde a construtora não possa prever possíveis problemas”, aponta Poyer.
Vantagens do Business Intelligence na construção civil
Além da otimização da tomada de decisões, de acordo com Fascio, outras vantagens do BI são a redução de erros e agilidade no planejamento. “Sabemos que o ser humano é falho e que ele, mais cedo ou mais tarde, pode errar. Para eliminar essa margem, é necessário adotar estratégias e tecnologias. Com o uso do BI, há uma grande redução de erros na gestão de negócios. Com menos variáveis para analisar e menos fontes para extrair os dados, a gestão se torna mais eficiente”, acrescenta Fascio.
Finalmente, com todos estes benefícios, é possível obter uma redução geral nos custos, seja pela agilidade, seja pela redução de erros, segundo Fascio.
Barreiras na adoção do business intelligence na construção civil
Algumas dessas barreiras estão relacionadas ao conhecimento técnico do time que vai operar e criar os painéis, a maturidade dos gestores em relação a um novo cenário onde terão mais dados sensíveis e críticos para a tomada de decisão, segundo Poyer. “Entretanto a principal barreira normalmente é a fonte de dados para criação dos Dashboards, um bom projeto de BI consegue ir até onde os dados permitem que ele evolua”, explica Poyer.
Ainda, de acordo com Poyer, atualmente fala-se muito pouco sobre BI nas universidades, com exceção à cursos extracurriculares.
“Pessoalmente desconheço uma universidade de engenharia que possua a inserção de BI em alguma atividade de seu currículo. Os melhores profissionais de BI da construção civil que conheci se desenvolveram por iniciativa própria ou por causa das empresas em que se encontram, que decidiram investir em Business Intelligence. Os profissionais que já possuíam algum conhecimento e/ou interesse na área acabaram por se desenvolver pois se tornaram diretamente responsáveis por esses projetos”, justifica Poyer.
Para Poyer, Business Intelligence não é um bicho de 7 cabeças e pode ser aprendido por profissionais em diferentes fases da carreira – desde os mais novos aos mais experientes. “Um engenheiro já sai na frente por causa da sua formação. Quem trabalha com exatas tende a ter mais facilidade com esses projetos, mas o principal para esses profissionais mais experientes é entender que com BI o objetivo é fazer com que a informação seja gerada e transmitida. Para se trabalhar de forma efetiva com BI não basta ter as ferramentas, deve-se sim adquirir um novo comportamento em relação à informação. Os times precisam entender que cada dado gerado por eles tem como função gerar uma melhoria. Entrar em um projeto de BI com a mentalidade correta é mais importante do que ter o conhecimento técnico das ferramentas”, conclui Poyer.
Fontes
Antonio Fascio é CEO da 3F Group, empresa que contém a Orçafascio e a Orçafascio Prime.
Edson Poyer Sant’Anna é CMO da 3F Group.
Contatos
Assessoria de impensa: julia.lira@pinepr.com
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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