Em 2017, Brasil ganha sua primeira cidade inteligente

Localizada no interior do Ceará, e com investimento de italianos e israelenses, a Croatá Laguna EcoPark começa a sair do papel

Localizada no interior do Ceará, e com investimento de italianos e israelenses, a Croatá Laguna EcoPark começa a sair do papel

Por: Altair Santos

Giovanni Savio: Croatá Laguna EcoPark não será uma “catedral no deserto”
Giovanni Savio: Croatá Laguna EcoPark não será uma “catedral no deserto”

Projetada para receber 21 mil habitantes, em uma área que ocupa 330 hectares em Croatá – distrito do município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará – a Croatá Laguna EcoPark será a primeira cidade inteligente do Brasil. A expectativa é de que a infraestrutura para receber as residências esteja pronta ainda em 2017. Segundo Susanna Marchionni, que administra o empreendimento, a opção pelo território cearense se deu por uma combinação de fatores. “Para desenvolver o projeto de smart city social precisávamos de alguns elementos: área com grande desenvolvimento, carência habitacional, fibra ótica e uma rodovia que a ligasse ao principal centro urbano do estado”, disse.

São Gonçalo do Amarante está a 55 quilômetros de Fortaleza. A viabilidade do projeto permitiu atrair investimento internacional. O grupo italiano Planet Idea & SocialFare – voltado para o mercado de inovações – e a SG Desenvolvimento, ligada ao mercado imobiliário, são parceiros no empreendimento e fizeram um aporte de R$ 100 milhões. Outro investidor é o israelense StarTAU, um centro de empreendedorismo vinculado à Universidade de Tel Aviv. “O que diferencia a cidade inteligente em construção no Ceará é que não se trata de um assentamento para a elite. A Croatá pretende atender a população da cidade, principalmente os trabalhadores do complexo industrial e portuário do Pecém (também no Ceará)”, diz Giovanni Savio, CEO da Planet Idea & SocialFare.

A cidade terá bairros que atenderão o programa Minha Casa Minha Vida. Cada lote é vendido a partir de R$ 24.300,00, podendo ser parcelado em 120 vezes. É ofertada também uma variedade de plantas que pode ser escolhida pelos proprietários para construir suas casas. O objetivo é pôr fim às habitações construídas em série. As primeiras 150 casas estão em fase final de conclusão. “Assim, a cidade inteligente se torna também democrática, intervindo no déficit habitacional da região e oferecendo qualidade de vida à população de baixa renda”, afirma Giovanni Savio.

Infraestrutura digital

Portal de entrada da Croatá Laguna EcoPark: área de 330 hectares
Portal de entrada da Croatá Laguna EcoPark: área de 330 hectares

A primeira fase da Croatá Laguna EcoPark envolve a urbanização de 90 hectares. A cidade terá infraestrutura digital, mobilidade urbana voltada para o pedestre e uso de bicicleta, além de transporte público controlado por GPS e aplicativos, o que permite ao usuário saber quando o ônibus está próximo do ponto. A infraestrutura foi projetada para reaproveitar águas residuais e fazer o controle computadorizado da iluminação pública. Outra inovação está nos equipamentos esportivos instalados nas praças da Croatá Laguna EcoPark. Os aparelhos serão conectados a uma central, permitindo que, enquanto as pessoas se exercitam, gerem energia para abastecer a iluminação pública.

Os gestores da cidade asseguram que o assentamento não foi projetado para ser uma cidade-dormitório e nem uma “catedral no meio do deserto”. “Existem rotas de transporte público e, além das residências, centros comerciais e de negócios estão se instalando na cidade, assim como infraestrutura de saúde e educacional”, garante Giovanni Savio. Se a Croatá Laguna EcoPark for bem sucedida, os empreendedores projetam lançar uma outra cidade inteligente entre os municípios cearenses de Caucaia e São Gonçalo do Amarante, em uma área de 437 hectares. O novo projeto já tem nome: Cidade Cauype. Ao contrário de Croatá, esse empreendimento não será um pólo industrial, mas de serviços, a fim de atrair centros de logística, shopping centers, hotéis, bancos e supermercados.

Pavimentação das ruas será toda com peças de pavimento intertravado de concreto
Pavimentação das ruas será toda com peças de pavimento intertravado de concreto

Entrevistado
Giovanni Savio, CEO da Planet Idea & SocialFare (via assessoria de comunicação)

Contato
info@planetsmartcity.com

Crédito Fotos: PlanetSmartCity

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

 

 

 



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