BIM depende de bibliotecas para consolidar no Brasil
Além de popularizar a ferramenta, iniciativa possibilitaria cadastrar produtos e serviços conectados à tecnologia
Instituições representativas da construção civil se articulam para formar as primeiras bibliotecas BIM do Brasil. Há consenso de que a plataforma, tão essencial para a produção de projetos e para tornar o setor mais competitivo no país, só conseguirá se popularizar se houver uma ferramenta pública que ajude a disseminar a tecnologia. A isso se dá o nome de biblioteca quando o assunto é BIM, ou seja, um local na internet em que o programa e suas atualizações possam ser baixados – se não gratuitamente, pelo menos a custos menores.
À frente da iniciativa estão o SindusCon-SP, a ABRAMAT, a ABDI, a ABNT, o SENAI e também organismos públicos. Em maio de 2018, o governo federal lançou a “estratégia nacional para disseminação do BIM”. Com o incentivo da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a ideia é implantar programas pilotos que exijam o uso da tecnologia por parte dos executores. A expectativa é de que as obras públicas ganhem até 10% em produtividade e sofram redução de cerca de 20% nos custos, apenas com a adoção do BIM.
Por isso, para o presidente da ABDI, Guto Ferreira, a criação de bibliotecas BIM é prioridade. “As bibliotecas digitais servirão para que União, governos estaduais e prefeituras possam reduzir despesas e trabalho, além de prestar contas de forma mais transparente à população. É uma tecnologia que deve ser adotada como prioridade”, diz. Na ideia da ABDI, ao permitir o acesso à ferramenta, as bibliotecas poderão concentrar um cadastro de produtos e serviços apropriados à tecnologia.
Dados da própria ABDI mostram que somente 5% da cadeia produtiva da construção civil usam o BIM no Brasil. Segundo estudo da agência, se metade das empresas ligadas ao segmento adotasse a plataforma até 2028, haveria um ganho de 7 pontos porcentuais no PIB setorial. Por isso, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) também apoia a criação de uma política nacional para o BIM. “O governo, por meio de seu poder de compras públicas, consegue estimular as empresas a migrar para essa plataforma tecnológica”, estima o presidente da CBIC, José Carlos Martins.
Até norma técnica lançada em 2011 para o uso do BIM encontra-se incompleta
Em 2011, chegou até a ser lançada uma norma técnica sobre o uso do BIM na construção civil, que é a ABNT NBR 15965 – Sistema de classificação da informação da construção. No entanto, apenas a parte 1 foi publicada. Com previsão de ter 7 partes, a norma deveria abranger terminologias e sistemas de classificação para todos os componentes, processos, espaços, unidades, materiais e equipamentos usados na construção, a fim de adequá-los ao BIM. Porém, mesmo com a parte 1, a ABNT NBR 15965 serve de referência para os processos que buscam o uso da plataforma.
Para a diretora-técnica da ABRAMAT, Laura Marcellini, um passo importante é atingir a indústria de materiais sobre a necessidade de adoção do BIM, através de seminários com orientações sobre como produzir documentação técnica que possa estar disponível em bibliotecas BIM. “Para isso, o SENAI é estratégico para trabalhar a capacitação de pessoal nessa área”, completa.
Entrevistado
SindusCon-SP, ABRAMAT, ABNT, SENAI, CBIC e ABDI (via assessorias de imprensa)
Contatos
sindusconsp@sindusconsp.com.br
abramat@abramat.org.br
imprensa@abnt.org.br
faleconosco@sesisenaisp.org.br
abdi@abdi.com.br
comunica@cbic.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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