Belém vai sediar COP 30 em 2025 e obras de infraestrutura já estão transformando a capital paraense

Com orçamento de R$ 4 bilhões, planejamento abrange obras de saneamento, mobilidade urbana e espaços públicos

De 10 a 21 de novembro de 2025, Belém do Pará será palco da 30ª Conferência das Partes (COP 30), evento anual da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC). Reunindo líderes globais, especialistas e organizações em busca de soluções para as mudanças climáticas, a COP trará reflexos não apenas no debate ambiental, mas também no desenvolvimento da infraestrutura e da mobilidade urbana da capital paraense.

Obras do Parque da Cidade de Belém para a COP estão em ritmo acelerado.
Crédito: Vitor Vasconcelos/Secom

O Governo do Pará, em alinhamento com a UNFCCC, está realizando uma série de investimentos que fazem parte de um amplo pacote de obras estruturantes que não só atenderão às demandas do evento, mas também transformarão Belém em uma cidade mais moderna, sustentável e integrada.

Com orçamento de R$ 4 bilhões para 2024, oriundos do Tesouro Estadual, Itaipu Binacional e BNDES, o planejamento abrange saneamento, mobilidade urbana e espaços públicos.

Neil Aldrin de Azevedo Henriques, diretor de Tecnologia e Materiais de Construção do Sinduscon Pará, destaca o avanço positivo nas obras. “Estão conseguindo avançar e cumprir o cronograma. Acredito que a entrega será no prazo previsto em contrato”, afirma. No entanto, ele ressalta a escassez de mão de obra qualificada como um dos maiores desafios não só no Pará, mas em todo o Brasil.

A preparação da mão de obra requer tempo e investimento. “O setor da construção civil gera muito emprego, mas precisamos capacitar os operários, o que leva tempo”, ressalta. Ele também menciona a parceria entre o Sinduscon e entidades como o Senai para promover a qualificação, embora a demanda das empresas associadas supere a oferta disponível.

Projetos previstos para a COP 30

Entre os principais projetos, destaca-se o Parque da Cidade, localizado em uma área de 500 mil m² onde antes operava um aeroporto. Com 70% das obras concluídas até outubro de 2024, o parque incluirá espaços como o museu da aviação, áreas verdes preservadas, ecotrilhas, ciclotrilhas, um lago artificial e instalações esportivas. Após a conferência, será um legado permanente para os moradores de Belém.

Outro destaque é o Porto Futuro II, um complexo que integrará lazer, gastronomia e inovação em bioeconomia. Localizado em antigos galpões da Companhia Docas do Pará, o espaço promoverá a cultura amazônica e experiências únicas para visitantes.

Mobilidade em transformação

Porto Futuro II será um complexo que integrará lazer, gastronomia e inovação em bioeconomia.
Crédito: Vitor Vasconcelos/Secom

O trânsito da Região Metropolitana será beneficiado com a entrega de dois viadutos em Ananindeua e outros dois na entrada de Belém, além da ampliação da Rua da Marinha, que passará a ter seis faixas de rolamento.

Já o sistema de transporte público será modernizado com a conclusão do sistema de transporte BRT Metropolitano, que contará com veículos a diesel Euro 6, de baixas emissões, e modelos elétricos. Essas ações visam melhorar não apenas o trânsito durante a conferência, mas também a qualidade de vida dos moradores a longo prazo, sendo um dos exemplos de como a COP está promovendo soluções de mobilidade sustentáveis.

Melhorias em saneamento básico também fazem parte do pacote. Mais de 59,5 km de redes de esgotamento sanitário serão implantados, beneficiando mais de 500 mil pessoas com drenagem pluvial, esgotamento e paisagismo. Trechos de canais já revitalizados, como os canais do Tucunduba e União, são exemplos do impacto positivo dessas obras.

Com a previsão de receber mais de 60 mil pessoas, Belém enfrentou o desafio de ampliar sua capacidade hoteleira. Para isso, navios de cruzeiro ancorados no porto da cidade oferecerão 4.500 quartos. Paralelamente, a construção de dois hotéis cinco estrelas e a reforma de edifícios históricos, como o antigo prédio da Receita Federal, vão garantir conforto e funcionalidade aos visitantes e deixar um legado turístico para a cidade.

A infraestrutura relacionada à COP 30 exige um nível elevado de especialização, já que envolve obras como o Parque da Cidade, o Porto Futuro II e sistemas de mobilidade urbana, que devem estar alinhados às demandas do evento e ao legado para a população local. “São projetos que exigem mão de obra qualificada, e a ausência dela pode impactar prazos e custos. Essa situação demanda esforços conjuntos do setor público e privado“, observa Henriques.

Apesar das dificuldades, o setor vê a COP 30 como uma oportunidade de transformar Belém e o Pará em referências de sustentabilidade e desenvolvimento. “Esse é um desafio que o setor da construção civil terá a capacidade de resolver. Acredito que, com a parceria entre os sindicatos, a Federação das Indústrias e o governo, conseguiremos superar essa fase e entregar os projetos com qualidade”, assinala.

Um futuro promissor

A COP 30 não apenas coloca Belém no centro das discussões globais sobre clima, mas também impulsiona o desenvolvimento local. Obras estruturantes, como o Terminal Internacional de Cruzeiros, que abrigará hotéis flutuantes durante o evento, e o Terminal Hidroviário da Cidade Velha, reforçam a conexão da cidade com as ilhas da região e posicionam Belém como destino turístico e logístico de destaque.

Com um legado que vai além dos dias da conferência, os investimentos realizados refletem o compromisso de Belém em se preparar para o futuro, equilibrando sustentabilidade, urbanismo e qualidade de vida. 

A COP 30 será um marco para Belém, unindo esforços locais, nacionais e internacionais para transformar a cidade em um polo global de sustentabilidade e desenvolvimento. As obras não só atenderão às necessidades do evento, mas também deixarão uma base sólida para que Belém continue crescendo de forma planejada.

Fonte

Governo do Pará

Entrevistado
Neil Aldrin de Azevedo Henriques é engenheiro civil e diretor de Tecnologia e Materiais de Construção do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA).

Contatos:
redacao@agenciapara.com.br
secretaria@sindusconpa.org.br

Jornalista responsável
Ana Carvalho
Vogg Experience

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.



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