Premiação espanhola elege Curitiba como a cidade mais inteligente do mundo

Pirâmide Solar é uma das iniciativas de sucesso de Curitiba.
Crédito: José Fernando Ogura/SMCS

A prestigiada competição internacional World Smart City Awards, realizada em Barcelona, na Espanha, desde 2011, tem o objetivo de reconhecer e premiar as cidades mais inovadoras e sustentáveis do planeta, que se destacam ao adotar projetos e estratégias pioneiras em direção a um futuro mais inteligente urbanisticamente.

E o Brasil saiu vencedor na categoria principal. Curitiba foi eleita a cidade mais inteligente do mundo de 2023, por suas ações voltadas ao crescimento socioeconômico e à sustentabilidade ambiental. No total, foram 411 inscrições vindas de 63 países. A capital do Paraná desbancou outros cinco concorrentes na fase final: Barranquilla (Colômbia), Izmir (Turquia), Makati (Filipinas), Cascais (Portugal) e Sunderland (Reino Unido).

Composto por especialistas, o júri levou em conta a abordagem sustentável com a qual a metrópole vem enfrentando seus desafios urbanos. O site oficial diz que "a cidade está preparada para o futuro ao mesmo tempo que cuida do seu presente, construindo uma cidade inteligente e sustentável que melhora a qualidade de vida dos cidadãos".

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, esteve presente na cerimônia de premiação, realizada no dia 8 de novembro, e destacou o empenho do município em busca de inovações. "A Prefeitura de Curitiba tem implantado soluções para manter a construção de uma cidade mais sustentável e inovadora, alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU)", afirmou. "Curitiba é, historicamente, referência em inovação, e, a partir de 2017, com a criação do Vale do Pinhão, estendemos o pensamento inovador para a transformação tecnológica dos serviços públicos e nos tornarmos também referência em cidade inteligente."

O Vale do Pinhão é um programa criado com o objetivo de fortalecer e potencializar o ambiente de inovação por meio do empreendedorismo, da economia criativa e da tecnologia. Os pilares da iniciativa incluem reurbanização, sustentabilidade, educação digital e incentivos fiscais, com modernização das leis e desburocratização das atividades ligadas ao projeto.

Marcelo Rangel, secretário estadual da Inovação, Modernização e Transformação Digital, também esteve presente em Barcelona e fez questão de ressaltar a importância do prêmio. “Para nós, paranaenses, é um orgulho ver Curitiba no topo do mundo no quesito inovação. O Vale do Pinhão é um exemplo mundial”, disse. “2023 tem sido um ano muito especial. O Paraná é destaque nacional e internacional com cidades inteligentes, com diversos municípios e ecossistemas de inovação sendo premiados. Isso é fruto de um trabalho em conjunto, dos governos municipais e estadual, juntamente com o setor produtivo e sociedade civil."

O prefeito Rafael Greca recebeu o principal prêmio do World Smart City Awards, na categoria “Cidades”.
Foto: Divulgação

Iniciativas inovadoras de Curitiba 

Além do Vale do Pinhão, um dos principais destaques da cidade foi a inauguração da Pirâmide Solar, a primeira usina fotovoltaica instalada sobre um aterro desativado da América Latina. Apenas em seus primeiros seis meses de funcionamento, completados em outubro, foram geradas cerca de 2 mil megawatts/hora de energia, capazes de suprir até 2 mil casas durante o mesmo período.

Também houve o lançamento de aplicativos, a partir de 2017, para facilitar o acesso a serviços como nota fiscal, atendimentos de saúde e créditos para estacionamento. Em relação às ações ligadas ao urbanismo, quase 100%, atualmente, são online, incluindo solicitação de alvarás, instalação de publicidades e atualização de dados cadastrais.

Já o projeto do Bairro Novo do Caximba tem como objetivo promover a recuperação do ambiente urbano, com a construção de um bairro inteligente para 1.693 famílias, em uma Área de Preservação Ambiental. A redução de emissão de gases e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas também estão presentes no setor da eletromobilidade, já que a cidade está em fase de testes dos ônibus elétricos, que devem operar a partir de 2024. Atualmente, há disponíveis 500 bicicletas compartilhadas, mecânicas e elétricas, ativadas por meio de aplicativos.

Fontes
Governo do Estado do Paraná
Prefeitura Municipal de Curitiba
World Smart City Awards

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience


Novo PAC deve ser uma das grandes oportunidades de 2024

Investimentos em obras de infraestrutura têm impacto multiplicador na geração de renda e emprego.
Crédito: Envato

Durante a pandemia, grande força do setor de construção veio das famílias, que investiram muito em obras de reforma e pequenas construções. No entanto, em 2023, esse cenário mudou um pouco. Ao longo do ano, os investimentos em infraestrutura têm sido importantes para mitigar a queda da força das famílias, segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos FGV-IBRE e sócia-gerente da Ecconit.

“Os programas governamentais trazem um certo alento quando olhamos para frente. Um dos pontos positivos são os projetos de infraestrutura, que já estão contratados. Isso também deve representar uma força para o mercado imobiliário, para o setor da construção e para a própria economia. Isso porque são investimentos que têm impacto multiplicador na geração de renda e emprego”, informa Ana Maria. 

Diante deste cenário, quais devem ser as principais oportunidades em infraestrutura?

Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

Uma das grandes esperanças para 2024 é o novo PAC. Em agosto de 2023, foi anunciado que o programa vai investir R$ 1,7 trilhão em todos os estados do Brasil, por meio de uma parceria entre Governo Federal e o setor privado, estados, municípios e movimentos sociais. O programa foi dividido em vários eixos. No eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes, por exemplo, prevê-se a modernização da mobilidade urbana de forma sustentável, a urbanização de favelas, esgotamento sanitário, gestão de resíduos sólidos e contenção de encostas e combate a enchentes. Espera-se um investimento de R$ 610 bilhões para este setor. Na área de Transporte Eficiente e Sustentável, estima-se um investimento de R$ 349 bilhões em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias. 

Durante o 97º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), o economista Cláudio Roberto Frischtak apontou que das 21 mil obras públicas no Brasil, cerca de 41% estão paralisadas. Segundo ele, esse cenário se deve a problemas de planejamento. Ele acredita que, para ser eficaz, o programa depende de quatro pontos essenciais: o projeto, incluindo tamanho e complexidade do programa; estrutura de governança; critérios de priorização; e capacidade de execução facilitada. 

Recentemente, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) publicou um manual que menciona as barreiras enfrentadas pelas edições anteriores do programa, ao mesmo tempo em que sugere iniciativas que podem contribuir com o bom andamento do novo PAC. “Os investimentos previstos são robustos e é preciso garantir espaço fiscal, aprimoramento do arcabouço legislativo e a adequada gestão do programa. É aí que entramos, para contribuir com este processo de atualização de um programa de potencial impacto de primeira ordem na vida das pessoas e na competitividade das empresas”, concluiu Carlos Eduardo Lima Jorge, vice-presidente de Infraestrutura da CBIC.

Paraná Concreto

Durante o 8º Congresso Brasileiro do Cimento, foram apresentadas as iniciativas do projeto Paraná Concreto, que visa implementar e restaurar pavimentos em rodovias de todas as áreas do estado. Para os próximos anos, de acordo com Emerson Cooper Coelho, da Assessoria do Diretor Presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER), estão previstos os seguintes projetos:

  • Rodovia PRC-280, com extensão de 45 km em Whitetopping entre Clevelândia e Palmas, cuja continuação foi licitada;
  • Restauração PR-180 Goioerê – Quarto Centenário, em Pavimento Rígido com Extensão de 11,13 km, cuja licitação da obra está em homologação;
  • Projetos em elaboração de restauração de mais de 2 mil km de rodovias estaduais considerando a possibilidade de utilização de pavimento rígido.

Ferrovias

Muito tem se falado sobre a questão da sustentabilidade e um dos modais que ajuda na redução de emissões são as ferrovias. No 8º Congresso Brasileiro do Cimento, Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER) e da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (ABENDI), sinalizou que hoje a participação do transporte ferroviário na matriz de carga brasileira é de 20%. “E há uma previsão para dobrar esse número para 40% até 2035 e nós temos base para isso. Já temos previsões de investimentos do bloco de renovações de concessões da ordem de R$ 60 bilhões ao longo de 30 anos adicionais, mais um compromisso de que entre os cinco e dez primeiros anos, os recursos sejam despendidos na base de 80%. Todos esses projetos foram avalizados pelo Ministro atual. Então temos a segurança de que aquilo que já foi projetado no passado tem a ratificação do governo atual”, comenta.  

Fontes

Vicente Abate é engenheiro metalurgista, com mestrado em Tratamento Termomecânico de Metais pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com MBA em Marketing pela FGV-SP e pelo Babson College dos EUA, e graduado no Programa de Desenvolvimento de Executivos, PDE pela Fundação Dom Cabral (FDC). Consultor das empresas Greenbrier Maxion e Amsted-Maxion. É presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER) e da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (ABENDI). Diretor do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), conselheiro e membro de inúmeras entidades brasileiras, dentre elas o Conselho Superior de Infraestrutura (COINFRA), e Conselho Superior da Indústria da Construção (CONSIC), ambos da FIESP, bem como do Instituto de Engenharia e Fórum Nacional da Indústria da CNI. Agraciado pelo Ministério da Infraestrutura com a Medalha Mérito Mauá (2021).

Emerson Cooper Coelho faz parte da Assessoria do Diretor Presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER).

Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

Ana Maria Castelo é coordenadora de projetos FGV-IBRE e sócia-gerente da Ecconit. Mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP). Desde 2010 coordena e desenvolve trabalhos e levantamentos, principalmente na área de economia da construção, incluindo estudos de caracterização e análise de cadeias produtivas, com amplo uso de bases de dados setoriais, estimação/atualização de Matrizes Insumo-Produto, inclusive em nível regional; estimativa de indicadores para a construção civil, incluindo déficit e demanda habitacionais; elaboração de análises sobre conjuntura macroeconômica e setorial.

Contatos
Ana Maria Castelo - ana.castelo@fgv.br
Assessoria de imprensa CBIC: imprensa@cbic.org.br
Emerson Cooper Coelho - emersonccoelho@der.pr.gov.br
Assessoria de imprensa ABIFER - comunicacao@abifer.org.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.


Qual o melhor tipo de terreno para construção?

Terrenos em declive e aclive tendem a demandar maiores custos pelo fato de que podem necessitar movimentação de terra e construção de contenções.
Crédito: Envato

Antes de começar a construir e, até mesmo de comprar um terreno, é fundamental avaliar algumas características do local para criar o melhor projeto e estimar os custos da construção. 

Confira os aspectos que devem ser levados em consideração:

Tipos de terrenos: vantagens e desvantagens

Vinícius Bernardo, arquiteto, urbanista e co-fundador do Baya Arquitetos, e Alvimar Alvares Malta, professor de engenharia da Newton Paiva, explicam sobre os tipos de terrenos e mencionam os pontos positivos e negativos de cada um:

Terrenos planos

De acordo com Malta são aqueles que possuem o nível topográfico alinhado com a via pública (rua, avenida, etc) na qual encontram-se localizados. Bernardo ainda lembra que eles mantêm o mesmo nível tanto na parte frontal quanto nos fundos

“Entre as vantagens estão: a facilidade na construçãobaixo custo em projetos estruturais, uma vez que demandam menos trabalho de adaptação ao relevo. A ausência de grandes movimentações de terra, que simplifica o processo construtivo. Além de permitir uma melhor conexão com jardins e espaços ao ar livre”, afirma Bernardo.

Por outro lado, Malta lembra que com relação ao escoamento de águas pluviais, deve-se tomar cuidado para que haja uma mínima declividade para evitar empoçamento de água e manifestações patológicas dele decorrentes. 

Terrenos em declive

Os terrenos em declive são aqueles em que o nível topográfico do fundo do terreno encontra-se abaixo do nível da via pública na qual encontram-se localizados, segundo Malta. 

“Suas vantagens incluem a possibilidade de construir áreas sociais no nível da rua, garantindo uma casa com sensação de térrea. O desnível também permite a criação de garagens no subsolo. Por outro lado, as desvantagens são áreas como o espaço gourmet, que podem acabar isoladas devido ao desnível. A ventilação e vista também podem ser prejudicadas, pois os muros altos podem obstruir a vista e impedir a passagem de vento adequada. Os custos da construção também podem ser elevados, pois nesse tipo de terreno há uma necessidade de estruturas de contenção, como muros de arrimo, e maior movimentação de terra que elevam o investimento inicial”, destaca Bernardo.

Na opinião de Malta, terrenos em declive tendem a permitir maior privacidade aos usuários da construção. 

Terrenos em aclive

Malta explica que os terrenos em aclive são aqueles em que o nível topográfico do fundo do terreno é elevado em relação à via pública na qual estão localizados.

“Dentre suas vantagens são uma presença mais imponente na paisagem. Maior luz natural e ventilação, pois a elevação natural do terreno favorece a iluminação e a circulação de ar. No entanto, as desvantagens são semelhantes às dos terrenos em declive. O projeto estrutural tende a ser mais complexo e caro, exigindo reforços como muros de arrimo. O custo e o esforço para manter a integridade do terreno também são maiores”, pontua Bernardo.

Para Malta, os terrenos em aclive tendem a potencializar as fachadas da construção

Construção em terrenos de aclive e declive: quais os cuidados?

Para uma construção bem-sucedida em terrenos inclinados é necessário a elaboração de um projeto planialtimétrico detalhado, de acordo com Bernardo. “Este estudo topográfico é essencial, pois oferece uma representação precisa das variações de nível no terreno, permitindo que o arquiteto tome decisões informadas sobre a implantação do empreendimento. A construção em terrenos com declive ou aclive pode resultar em projetos arquitetônicos visualmente marcantes”, destaca o arquiteto e urbanista.

Localização na cidade e na quadra: o que observar?

Ao escolher um terreno, é essencial considerar como o tipo de projeto - seja um sobrado, casa térrea, ou uma construção com piscina e jardins - influencia na escolha do local. “A presença de construções altas nas proximidades, como sobrados, pode afetar a ventilação e a incidência de luz solar, especialmente em casas térreas”, informa Bernardo.

Tipo do solo

Malta lembra que a avaliação do tipo de solo, bem como o conhecimento da profundidade do nível de água do terreno, são determinantes para se prever maior ou menor custo com as fundações da edificação. “Para ser mais assertivo, recomenda-se a execução de uma sondagem no solo para se caracterizar o perfil geotécnico do terreno”, sugere o professor.   

Bernardo acredita ser importante realizar um estudo geofísico para revelar a composição do solo - argiloso, arenoso ou silte - e suas propriedades de suporte de carga. “Dependendo do tipo de solo, podem ser necessárias técnicas específicas de fundação para garantir a estabilidade e minimizar a movimentação do terreno”, analisa.

Orientação solar

A orientação solar será importante para definir o grau de iluminação dos ambientes projetados na edificação. “Assim sendo, a edificação deverá ser projetada de modo a se aproveitar ao máximo essa característica, mas o desejo do cliente pode divergir, como, por exemplo, em casos que se prefira ambientes com menor luminosidade”, justifica Alvimar.

Infraestrutura do terreno

É necessário fazer uma análise do que cerca seu lote. “Verificar a proximidade e a qualidade dos serviços públicos, eletricidade, água, esgoto e internet. A presença de postes, bueiros, árvores nativas e sinalização pode impactar o design do projeto e as necessidades de adaptação, na fachada ou garagem, por exemplo”, recomenda Bernardo.

Entrevistados
Vinícius Bernardo é arquiteto e urbanista, co-fundador do Baya Arquitetos.
Alvimar Alvares Malta é professor de engenharia da Newton Paiva.

Contatos
Assessoria da Newton Paiva - contato@dezoitocom.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

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Congresso mantém desoneração da folha para a construção civil até 2027

Congresso derrubou veto do presidente à desoneração da folha.
Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado

Na última quinta-feira (14), o Congresso Nacional derrubou o veto presidencial ao projeto de lei que prorroga a desoneração da folha salarial por mais quatro anos, para 17 grandes setores da economia. Com isso, a medida, implantada em 2011 e que vinha sendo prorrogada desde então, ficará válida até 2027.

Na votação, 60 senadores decidiram pela derrubada do veto e 13 deles quiseram sua manutenção. O placar entre os deputados terminou em 378 contra o veto e 78 a favor.

A construção civil é um dos grupos beneficiados com o PL 334/2023, ao lado de setores como calçados, tecnologia da informação, confecção e vestuário, transporte rodoviário de cargas e call center. A desoneração é uma espécie de incentivo fiscal que permite que as empresas contribuam para a Previdência Social com um total entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha salarial, como era feito antes. (- já havíamos explicado na matéria anterior)

A justificativa do governo na ocasião do veto foi a de que a matéria se tratava de uma proposição "inconstitucional", já que criava a renúncia fiscal "sem apresentar demonstrativo de impacto orçamentário-financeiro para o ano corrente e os dois seguintes, com memória de cálculo, e sem indicar as medidas de compensação."

O senador Efraim Filho (União-PB), autor da matéria, disse, durante a votação, que a lei é para quem gera mais empregos pagar menos impostos. "É disso que esse projeto se trata. Demonstrar que o imposto sobre folha de pagamento, sobre a geração de empregos, é um imposto burro, equivocado, e que tem que ser alterado", avalia. "Não é uma simples renúncia de receita, é uma substituição. As empresas continuam pagando seus impostos, mas não sobre o emprego, não sobre a folha de pagamento, elas pagam sobre o faturamento."

Vale lembrar que a decisão do Congresso ocorreu após uma série de manifestações dos setores prejudicados, em relação ao veto presidencial. E a notícia da derrubada do veto foi celebrada pelas entidades ligadas à construção civil.

Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, diz que a manutenção da desoneração da folha evita a elevação dos preços das obras. "Trata-se de uma decisão relevante, uma vez que o fim da desoneração agora elevaria os custos da construção e, consequentemente, os preços das obras. Isto prejudicaria não só o setor da construção, como seus contratantes, incluindo o governo, que precisaria pagar mais pelas contratações de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.”

Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), também destacou a importância da medida para o setor. "O Congresso Nacional demonstrou sensibilidade e compromisso com a geração de empregos ao derrubar o veto à desoneração da folha de pagamentos. A decisão representa um passo crucial para fortalecer o setor produtivo brasileiro e estimular a abertura de postos de trabalho."

Fontes
Agência Senado
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) SindusCon-SP

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience

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97ª edição do ENIC discute PAC, habitação e futuro do setor da construção

ENIC reuniu autoridades e especialistas em Brasília.
Crédito: CBIC

A 97ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC) reuniu autoridades políticas e especialistas do setor no dia 12 de dezembro, em Brasília. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o evento conta com a participação dos principais players da cadeia construtiva para debater questões que impactam o futuro do setor, apresentando um panorama amplo e atual da indústria.

“Nós realizamos esse evento para discutir os rumos da construção e o quanto podemos oferecer aos cidadãos brasileiros”, disse Renato Correia, presidente da CBIC, durante a abertura do ENIC. Ele também reforçou o compromisso da entidade em melhorar o ambiente regulatório e promover incentivos econômicos.  

Um dos temas de destaque do encontro foi a importância cada vez maior da tecnologia para o setor. O assunto foi colocado em pauta por meio da entrega do "Manifesto de Apoio à Estratégia BIM BR" ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A ideia é reforçar a necessidade do Poder Executivo e do Congresso Nacional no direcionamento do mercado para a adoção do BIM (Modelagem da Informação da Construção). A Estratégia BIM BR consiste em criar, utilizar e atualizar modelos digitais de construções de forma colaborativa.

De acordo com o manifesto, "as entidades estão empenhadas em capacitar os profissionais do setor, apoiar iniciativas de formação e colaborar continuamente para o aprimoramento e disseminação do BIM na indústria da construção brasileira.”

Renato Correia, presidente da CBIC, discursou na abertura do evento.
Crédito: CBIC

Alckmin também aproveitou para falar sobre outros temas, como a relevância das parcerias público-privadas e das concessões para impulsionar os investimentos. “Ao buscar parcerias, é fundamental manter o foco no interesse público, citando experiências passadas em concessões de rodovias e destacando a importância de revisões contratuais para benefício da população." 

Melhorias na área de habitação 

Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, esteve presente no ENIC e afirmou que 2023 foi marcado por um processo de reconstrução, destacando a reintegração da Faixa 1 no programa Minha Casa, Minha Vida. "Estamos com processo de contratação de 170 mil unidades nesta modalidade", disse, referindo-se a esta faixa que atende os brasileiros mais vulneráveis.

A melhoria nas taxas de juros, a extensão dos prazos de financiamento (com contratos de até 420 meses) e o aumento do subsídio foram outros pontos destacados por Inês, que também ressaltou o fato de que o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) financiou mais de R$ 70 milhões em habitações.

Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, recebeu um manifesto de apoio ao BIM.
Crédito: CBIC

Expectativas para o PAC

Um dos painéis realizados durante o evento abordou detalhes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com a intenção de debater assuntos como o apoio a um futuro sustentável para o setor da construção. “O PAC é um programa que vai muito além da construção de obras, ele está dando uma direção de desenvolvimento em diversas áreas do país, como sustentabilidade, inovação e tecnologia", disse Carlos Eduardo Lima Jorge, vice-presidente de infraestrutura da CBIC.

Já o superintendente nacional da Caixa Econômica Federal, Flávio Tagliassachi Gavazza, aproveitou a ocasião para falar sobre a necessidade de simplificar o processo de participação no programa. “Os primeiros passos do PAC nasceram com muito recurso e poucos projetos, gerando um empossamento dos recursos locais. Com o avanço da digitalização, os processos foram facilitados, dando maior transparência e celeridade aos procedimentos", explica. "Se tivermos bons projetos, com um ciclo financeiro saudável, teremos uma tendência de sucesso."

Fontes
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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COP 28 estimula cooperação para net zero na indústria do cimento

Substituição do coque é um dos grandes desafios da indústria do cimento.
Crédito: Envato

Entre os dias 30 de novembro e 13 de dezembro, foi realizada a COP 28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Realizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o evento reuniu representantes de 198 países. 

Confira quais iniciativas devem impactar o setor do cimento

Transição de combustíveis fósseis

Um dos grandes destaques da COP 28 foi o documento final da Conferência. Negociado entre 198 países, o acordo menciona que deve ser realizada a transição dos combustíveis fósseis até 2050. 

Na indústria do cimento, o desafio é substituir o coque de petróleo. Em entrevista ao Massa Cinzenta, Paulo Camillo Penna, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), lembra que ele é um combustível fóssil dolarizado e 90% dele é importado. “85% da nossa energia era coque. Ao fazer essa substituição, há dois ganhos principais: a redução de emissão de CO2 em um cenário de mudanças climáticas e a blindagem na indústria dos constantes aumentos do combustível fóssil”, explica.

Dentre as alternativas para substituição do coque estão a biomassa, além de resíduos industriais, comerciais e residenciais. 

Cement & Concrete Breakthrough 

François-Philippe Champagne, ministro da Inovação, Ciência e Indústria do Canadá, juntamente com Omar Ahmed Suwaina Al Suwaidi, subsecretário do Ministério da Indústria e Tecnologia Avançada dos Emirados Árabes Unidos (EAU), anunciaram o lançamento da iniciativa Cement & Concrete Breakthrough na COP28. De acordo com a Global Cement and Concrete Association (GCCA), este projeto reafirma o compromisso do Canadá em trabalhar com países, empresas e organizações parceiras internacionais para acelerar investimentos nas tecnologias, ferramentas e políticas necessárias para que a indústria de cimento e concreto zere as emissões de CO2 até 2050.

Co-liderada pelo Canadá e pelos Emirados Árabes Unidos, esta iniciativa permitirá que os países compartilhem as melhores práticas, políticas e medidas para descarbonizar o setor de cimento e concreto. Ela envolverá uma variedade de parceiros no mundo todo, oferecendo uma oportunidade para o Canadá impulsionar a adoção de produtos de cimento com baixa emissão de carbono e soluções que se baseiam no reconhecimento global do Roadmap do Canadá para Concreto sem emissões de carbono até 2050.

“A inovação e os investimentos em tecnologia limpa são fundamentais para construir uma economia verde competitiva. Como líder global em pesquisa e inovação, o Canadá tem um papel chave na economia net-zero e está comprometido em lançar as bases de uma indústria competitiva de cimento e concreto verde que criará empregos sustentáveis e construirá um futuro limpo para todos os canadenses e para o mundo. Com a iniciativa inovadora, ajudaremos a pavimentar o caminho para alcançar o cimento e o concreto net-zero até 2050”, afirmou Champagne.

“Clube Climático”

No segundo dia da COP28, Alemanha e Chile lançaram um "Clube Climático" com o objetivo de promover a cooperação entre nações que buscam reduzir as emissões provenientes de indústrias pesadas, como a fabricação de aço e cimento.

Atualmente composto por 37 membros e em expansão, o Climate Club funcionará como um fórum intergovernamental de alto comprometimento para a troca de experiências sobre a aceleração da ação climática e a descarbonização da indústria. O objetivo dos membros do Climate Club é apoiar a implementação eficaz do Acordo de Paris e suas decisões. O Brasil não faz parte deste clube.

Indústria brasileira do cimento na COP 28

A ABCP e o SNIC também marcaram presença na COP 28. Durante o evento, Paulo Camillo Penna participou de debates sobre a agenda de sustentabilidade do setor e enfrentamento da mudança climática, no estande da Confederação Nacional da Indústria – CNI.

A estratégia da indústria nacional se baseia no plano delineado pelo Roadmap Brasil, lançado em 2019, que visava inicialmente a redução das emissões de CO2 na produção de cimento. Agora, esse enfoque se expande para abranger todo o ciclo de vida do produto, envolvendo o concreto, a construção, a eletrificação e outras áreas afins, com o objetivo de alcançar a neutralidade climática do setor até 2050.

Esse novo projeto reforça ainda mais o papel proeminente da indústria nacional na agenda climática, historicamente reconhecida por ocupar uma posição de destaque entre os países com as menores emissões de CO2 por tonelada de cimento produzida globalmente. 

A iniciativa chega em um momento particularmente oportuno, coincidindo com as discussões em nível nacional sobre a descarbonização da economia. De acordo com a ABCP e SNIC, a indústria brasileira de cimento está fortemente comprometida com a sustentabilidade, especialmente no que diz respeito à substituição de combustíveis fósseis por fontes alternativas de energia. “O processo de coprocessamento desempenha um papel crucial nessa transição energética em nossa cadeia produtiva, alcançando um marco significativo ao substituir 30% do combustível em 2022, ultrapassando a meta prevista para 2025. Isso representou o processamento de 2,856 milhões de toneladas de resíduos, evitando a emissão de aproximadamente 2,9 milhões de toneladas de CO2”, informaram as entidades.

Fontes
Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) 
Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC)
Global Cement and Concrete Association (GCCA)
Climate Club

Contatos
Assessoria de imprensa ABCP e SNIC - celso.souza@fsb.com.br
GCCA – paul.adeleke@gccassociation.org
Climate Club - secretariat@climate-club.org

Jornalista responsável
Marina Pastore
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Confira as tendências da construção civil para 2024

Setor de construção civil prevê melhora nos índices para 2024.
Crédito: Envato

O setor da construção civil deve apresentar um crescimento de 1,2% em 2023 e a expectativa básica para 2024 é de 2,9%. A estimativa foi apresentada pelo Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) durante coletiva de imprensa. 

Dentro deste cenário, o que deve ser tendência na construção civil em 2024

Melhora no setor de construção civil

De acordo com o SindusCon-SP, o desempenho em 2023 representou uma frustração ante expectativas de crescimento mais expressivas. “A retração do mercado de autoconstrução e pequenas obras e reformas contribuiu para o resultado aquém do esperado. Por outro lado, o mercado formal comandado pelas construtoras e incorporadoras mitigou esse desempenho ruim. Além disso, o emprego com carteira na construção cresceu refletindo o aquecimento do mercado, que teve que lidar com a falta de mão de obra qualificada”, informou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

No próximo ano, a expectativa é que haja resultados melhores. “Para 2024, o setor conta com uma redução significativa de juros somada a uma menor volatilidade dos custos dos materiais e o apoio aos programas de habitação governamentais, como MCMV, PAC, Casa Paulista e Pode Entrar”, afirmou o presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan. 

Inteligência artificial na construção civil

Em 2023, a inteligência artificial ganhou bastante destaque. Como deve ser em 2024? Para Jean Ferrari, CEO da FastBuilt, há a perspectiva de aumento no uso dessas tecnologias para a otimização de processos repetitivos, como coleta de dados e análise de projetos, o que ajuda a melhorar a eficiência e a produtividade da construção.

“Algumas ferramentas devem se destacar em 2024, como as plataformas de IA para construção, que vão fornecer aos profissionais uma visão mais completa do planejamento da obra. Otimização de processos, previsões mais assertivas de tempo e volume de materiais necessários para a construção do empreendimento e relacionamento com o cliente são impactados com o uso da IA. Além disso, há também os softwares de Realidade Aumentada para construção que permitem que os trabalhadores visualizem modelos 3D de projetos em ambientes reais”, aponta Ferrari.

Desafios climáticos

Neste ano, as mudanças climáticas ficaram ainda mais evidentes, com as fortes chuvas e ondas de calor. Dentro deste cenário, como o setor de construção civil vem traçando soluções para lidar com estas questões?

Ferrari acredita que podemos esperar um aumento na demanda por edifícios com estruturas mais fortes e resistentes, com sistemas de drenagem e impermeabilização mais eficientes para lidar com inundações e com sistemas de energia renovável e eficiência energética para reduzir a vulnerabilidade a cortes de energia.

“Mudanças como essas certamente levarão a um aumento nos custos da construção, mas também devem contribuir para a redução dos riscos associados aos desastres climáticos”, pontua Ferrari.

Para promover a construção de empreendimentos com maior proteção a desastres climáticos, é necessário, em primeiro lugar, escolher com cuidado o local da obra, levando em consideração os riscos associados a eventos climáticos, de acordo com Ferrari. “O projeto do prédio deve incluir medidas de proteção específicas para cada tipo de evento climático, como estrutura reforçada para prédios em áreas propensas a vendavais ou terremotos, por exemplo”, sugere.

Construções modulares e offsite

Um levantamento da Fortune Business Insights, indica que o mercado de construção modular vai chegar a US$ 11,78 bilhões até 2028, um crescimento de 6,1% ao ano, segundo Ferrari.

“No Brasil, o mercado também deve crescer nos próximos anos, puxado pelo aumento do déficit habitacional, estimado em 7 milhões de moradias, de acordo com o IBGE. A construção modular e off-site pode ajudar a reduzir esse déficit, pois é uma forma mais rápida e eficiente de construir. A escassez de mão de obra na construção e os avanços tecnológicos também impulsionam essa tendência, já que a construção off-site (construções com estruturas modulares produzidas fora do canteiro de obras) requer menos mão de obra”, declara Ferrari.

Para Ana Maria, essa é uma questão interessante pois está ligada ao processo de modernização do setor. “A reforma tributária traz uma perspectiva positiva para a modernização e industrialização do setor, à medida em que cria uma isonomia entre os processos construtivos. Hoje, o processo tributário desfavorece a construção industrializada. Claro que a alíquota final que vai prevalecer vai ser determinante. Mas eu vejo que é um setor que tem perspectivas favoráveis à medida em que faz parte da agenda setorial a melhoria de produtividade que, por sua vez, está ligada à industrialização”, aponta Ana Maria.

Impressão 3D em concreto

No evento World of Concrete de 2023, a impressão 3D já se destacou como uma das técnicas mais presentes. Para Ferrari, esta tecnologia deve ser mais usada em 2024, devido a alguns fatores como o aumento da demanda por construções mais rápidas, baratas e sustentáveis, além do desenvolvimento de novas tecnologias de impressão 3D que tornam o processo mais eficiente e preciso, gerando redução dos custos de materiais e equipamentos de impressão, por exemplo.

“Um relatório da MarketsandMarkets revela que o mercado global de impressão 3D na construção civil deve crescer 22,6% até 2030. O estudo estima ainda que o segmento atingirá US$ 7,9 bilhões nos próximos sete anos”, destaca Ferrari.

ESG

Em 2023, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)  apresentou durante o Congresso do Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON) a norma ESG (ABNT PR 2030). As duas entidades também assinaram um termo de cooperação para desenvolvimento de normas na área de concreto, com destaque nos aspectos que impactam nas mudanças climáticas.   

Em 2024, este assunto deve continuar em voga. “As principais tendências incluem o uso de materiais sustentáveis, (“como madeira certificada,” - remover esta colocação, pois procuramos focar no concreto e não na madeira) materiais reciclados e materiais de origem local. Essas escolhas contribuem para a redução do impacto ambiental da construção, pois ajudam a conservar os recursos naturais e a reduzir a poluição”, menciona Ferrari.

Outra tendência diz respeito à eficiência energética e hídrica. “As empresas do setor estão investindo em tecnologias e processos que reduzem o consumo de energia e água, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e o consumo de materiais da natureza. Além disso, as empresas estão buscando formas mais eficientes de gerenciar os resíduos gerados na construção, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental e o desperdício de materiais”, conclui Ferrari.

Entrevistados/Fontes

Jean Ferrari é CEO da FastBuilt.

Ana Maria Castelo é coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Yorki Estefan é presidente do SindusCon-SP.

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Assessoria de imprensa FastBuilt: bruna@trevocomunica.com 
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Ana Maria Castelo - ana.castelo@fgv.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.


Tendências 2024: o que deve estar em alta no mercado imobiliário?

Áreas de bem-estar estão em alta em edifícios.
Crédito: Envato

O mercado imobiliário está em constante evolução, moldado por tendências que afetam desde a concepção dos espaços até os processos de compra e venda. E, consequentemente, influenciam também o setor da construção civil. 

“Quando falamos em tendência, toda mudança de comportamento tem algum impacto na moradia, uma vez que a nossa casa é uma união de diversas tendências. Mas quando falamos no desenvolvimento imobiliário, é preciso ter cuidado porque as tendências precisam ser de longa duração, pois um empreendimento é um produto feito para durar”, explica Tiziana Weber, sócia e coordenadora de projetos especiais na Brain Inteligência Estratégica.

Confira algumas das principais tendências do setor:

Wellness

Quando falamos em wellness (bem-estar), isso mais do que nunca está muito em voga, segundo Tiziana. “A nossa sociedade está cada vez mais ansiosa, mais estressada. Em um momento de pós-pandemia, num ano de guerras, a casa é o nosso conforto, é o nosso refúgio, é um espaço de descompressão. Então isso precisa ser levado em consideração, tanto nos espaços internos (isso é corroborado pela popularidade da famosa varanda com churrasqueira, um espaço de lazer, de descompressão dentro da própria casa), como também pensando nos espaços de lazer”, explica.

Digitalização

Outra tendência que corre a passos largos é a da digitalização, que impacta os imóveis em diferentes esferas. De acordo com Tiziana, há uma busca por tecnologias relacionadas à internet das coisas nos imóveis, pensando em integrações e automações, como a digitalização e a tecnologia aplicada à segurança. Além disso, a sócia da Brain também aponta que esta tendência também está bastante presente no processo de compra. “O processo de compra é cada vez mais digitalizado, tanto no momento de busca, como no processo de fechamento e assinatura de contrato e de transações burocráticas”, pontua Tiziana. 

Crescimento e valorização de nichos

Outra tendência que pode ser destacada é o crescimento e valorização de nichos, como, por exemplo, o senior housing que acompanha o movimento de envelhecimento da população brasileira, segundo Tiziana.

Imóveis mais vendidos

Em relação aos imóveis que devem ser mais vendidos, Tiziana aponta que a expectativa é que os imóveis econômicos do Minha Casa, Minha Vida e do segmento de luxo e superluxo devem performar melhor.

Imóveis comerciais

Depois da pandemia, como ficam os imóveis comerciais? A procura por este modelo voltou? De acordo com Tiziana, sim. “Os imóveis comerciais têm tido mais procura e são empreendimentos de mais sucesso aqueles que são destinados a públicos específicos e que com isso conseguem oferecer mais comodidade, mais serviços e mais valor agregado, atendendo de fato as necessidades de um público específico. Então, por exemplo, empreendimentos destinados à área da saúde, em que você tem uma área de atendimento em comum, uma sala de espera em comum, que você consegue entender de fato o que esse público precisa e agregar valor específico para aquelas necessidades. Outro segmento também são os empreendimentos corporativos destinados à área de tecnologia, que oferecem o máximo de sustentabilidade, segurança de dados e segurança patrimonial, pensando num desenvolvimento de empreendimento inteligente”, afirma.

Por outro lado, Gustavo Favaron, CEO e Managing Partner do GRI Club, vê que aumenta cada vez mais a procura por espaços menores. “Há poucas transações de grandes lajes com 2 mil ou mais m², então existe uma tendência de valorização e busca por Boutique Offices (que são lajes menores). Inclusive, existem alguns fundos novos sendo lançados, visando esse tipo de produto. Acredito que uma tendência de recuperação deve continuar no setor neste ano, pois já teve mais entregas do que no ano passado. É uma oferta controlada, mas já vimos mais empreendimentos saindo”, comenta.

Mudanças no Minha Casa, Minha Vida devem trazer resultados melhores para 2024.
Crédito: Ministério das Cidades

Sustentabilidade

Muito tem se falado sobre a sustentabilidade na construção civil e no setor imobiliário. Para Tiziana, este tema não pode ser uma bandeira por si só, mas ela tem que oferecer, por exemplo, uma economia do condomínio, com geração de energia e de luz. “Então, com certeza, são atributos que já são muito valorizados e tendem a crescer cada vez mais”, destaca. 

Por outro lado, Favaron aponta que tanto consumidores residenciais quanto comerciais, especificamente os residenciais, veem valor mas ainda não pagam a mais por isso. “Ou seja, é bacana um apartamento tecnológico e sustentável, mas talvez isso seja um diferencial para que o sucesso do empreendimento seja maior e as vendas sejam mais rápidas. Não necessariamente isso vai se converter num preço maior por m². Por isso, nos empreendimentos comerciais passou a ser mandatório, então a política das empresas que alugam áreas corporativas, galpões industriais, logísticos, cada vez mais é de compliance com o ESG. Se o empreendimento não tem certificações, se não é sustentável do ponto de vista energético e hídrico, ele pode perder para outros empreendimentos, mas ainda assim, isso não se reverte no preço”, constata.

Minha Casa, Minha Vida

Em 2023, com o novo governo, o programa Minha Casa, Minha Vida foi retomado e trouxe algumas mudanças. O que esperar em 2024? De acordo com Tiziana, as novas regras entraram em vigor em julho deste ano, mas na prática demora-se um pouco até que comecem a ser operadas. “Então, em 2024 espera-se uma recuperação dos imóveis econômicos. A Brain, realiza pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Indicador Nacional do Mercado Imobiliário, e nos últimos anos observou-se uma redução da participação do segmento econômico, tanto nos lançamentos como nas vendas, e o que se espera agora é uma recuperação gradual do segmento econômico”, relata.

Na opinião de Favaron, espera-se um ano ainda melhor que 2023. “Podemos destacar a subida do valor teto dos imóveis na faixa 3, isso deve trazer novos players e novas incorporadoras para o setor, inclusive aumentando a oferta. Existe um desafio de funding, quanto mais oferta, mais demanda por crédito. Mas esse é um problema bom na nossa visão. E outras medidas como a redução da taxa de juros e aumento dos subsídios, especialmente na faixa 1, e algumas medidas que ainda não estão valendo, mas que vão passar a valer. Foi aprovado no orçamento de 2024 o regime especial de tributação MCMV em 1%, que é uma tributação menor para as incorporadoras e isso também deve dar um gás para o programa. Além disso, existe a possibilidade de utilização do saldo futuro do FGTS na conta do trabalhador para amortizar o valor do imóvel. Então, o que podemos esperar é um ano bastante positivo, com mais lançamentos”, justifica.

Os imóveis comerciais de mais sucesso são aqueles destinados a públicos específicos, como da área da saúde ou tecnologia.
Crédito: Envato

Expectativas, oportunidades e dificuldades

De acordo com a pesquisa Termômetro Imobiliário no Brasil, realizada com 150 empresários com atuação relevante no setor, 69% das empresas estão investindo ou ampliando os negócios. 84% dos empresários consultados consideram que as melhores oportunidades estão no setor residencial. Isso acontece porque é um mercado maior, mais pulverizado, com mais investidores, com mais empresas que atuam, justamente porque as pessoas precisam de moradia, de acordo com Favaron. “Ou seja, é um produto que todo mundo precisa, seja para compra ou para locação. Isso faz com que tenha mais players, mais empresas investindo nesse setor. Outro fator determinante é que o déficit habitacional é muito grande (perto de 7 milhões de unidades). Especialmente no segmento econômico, tem muito espaço, tem muita demanda e mesmo no médio e alto padrão, existe uma busca pelo que se chama de flair two colite. Quem já tem a casa própria busca uma casa um pouco melhor, quem mora de aluguel busca comprar sua casa própria, quem mora de aluguel também busca o que se chama de multi family, residência para renda com player profissional que oferece uma série de serviços. Portanto, tem muitas oportunidades em todos os sub segmentos,” sugere Favaron. 

Outro cenário otimista levantado pela pesquisa mostra que 55% das empresas estão mantendo intenção de lançar o mesmo volume de empreendimentos.

Por outro lado, a principal dificuldade apontada foi relacionada aos custos de produção, fator mencionado por 57% dos entrevistados. “Desde o início de 2021, observa-se um aumento significativo nos custos dos insumos, tanto em materiais como equipamentos. O aço, por exemplo, foi um material que teve um grande aumento de preço e com isso diversos produtos que levam aço em sua composição também tiveram aumento, como vigas, arames e até mesmo as lajes. Portanto, esse aumento dos insumos é o principal responsável pelo aumento de custos de produção e isso se deve pela desorganização das cadeias produtivas globais (efeito da pandemia), também a desvalorização cambial e aumento do preço de algumas commodities”, explica Tiziana.

Já com relação aos fatores críticos para o setor imobiliário, 84% dos participantes apontou a elevada taxa de juros. 

Entrevistados
Tiziana Weber é sócia e coordenadora de projetos especiais na Brain Inteligência Estratégica.
Gustavo Favaron é CEO e Managing Partner do GRI Club.

Contato
Assessoria de imprensa Brain e GRI Club - monica.magalhaes@viracomunicacao.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.


Fim da desoneração da folha será prejudicial para a construção, dizem entidades

Construção pode sofrer impacto imediato com o fim da desoneração da folha.
Crédito: Envato

Dezenas de entidades ligadas ao setor da construção civil se manifestaram publicamente após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetar o projeto de lei 334/23, que propunha a extensão da desoneração da folha de pagamento até 2027. 

A medida foi implementada de forma temporária em 2011, e, desde então, vinha sendo prorrogada - se o veto se mantiver, a sua validade está prevista para terminar no final de dezembro deste ano. 

O que significa a desoneração? 

A desoneração da folha de pagamento prevê que empresas de 17 setores da economia, como calçados, vestuário e construção civil, contribuam para a Previdência Social com um total entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha salarial, como era feito antes.

Ao oficializar o veto ao projeto de prorrogação da medida, divulgado em 23 de novembro, o presidente Lula alegou que a proposta é inconstitucional, já que, segundo ele, criou-se a renúncia de receita sem que fosse apresentado o impacto nas contas públicas, como exige a legislação. De acordo com o Ministério da Fazenda, a renúncia com a desoneração no setor privado foi estimada em cerca de R$ 9,4 bilhões.

Agora, o Congresso Nacional deverá analisar o veto presidencial e, caso não concorde com ele, poderá derrubar a decisão. Ainda não há data definida para a análise. Para que o veto seja revertido, são necessários 257 votos de deputados e 41 votos de senadores.    

O que dizem as entidades?

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e suas 96 entidades associadas compartilharam suas preocupações com o veto presidencial, reforçando que a medida representa, segundo eles, não apenas um retrocesso, mas também um obstáculo para o desenvolvimento econômico e social do país. 

De acordo com o manifesto divulgado, a construção sofrerá impacto imediato com a medida, já que "manter a tributação exclusivamente sobre a mão de obra implica na queda da competitividade e na redução de postos de trabalho."

Renato Correia, presidente da CBIC, que esteve presente em Brasília nos atos a favor da manutenção da desoneração, no dia 28 de novembro, disse que a medida é essencial para o ambiente de negócios e para a geração de empregos. “Mais do que a economia, este é um projeto de apelo social. Prorrogar é essencial para quem trabalha e quem produz. Empreendedores já estão sentindo o peso do veto e suspendendo contratações e a ampliação de seus negócios”, afirmou. “É importante, acima de tudo, para preservar empregos. Milhares de pais e mães de família já estão angustiados por verem seus postos de trabalho ameaçados. Por isso estamos trabalhando de forma intensa pela medida.”

Yorki Estefan, presidente do Sindicato da Indústria e da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), também solicitou voto pela derrubada do veto presencial, por meio de carta encaminhada aos presidentes da Câmara e do Senado e aos deputados e senadores da bancada paulista. “Limitar a contribuição previdenciária a 20% sobre a folha de pagamento vai desencorajar o emprego em determinados segmentos da construção, que voltarão a ter sua contribuição onerada. Isso resultará em aumento nos custos do setor e, consequentemente, desestimulará novamente o emprego formal”, explicou.

Ainda de acordo com Estefan, “com o veto, as empresas que estão realizando obras e recolhendo a contribuição sobre a receita serão obrigadas, a partir de 2024, a recolher sobre a folha, o que aumentará seus custos.”

Fontes
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
Câmara dos Deputados
Sindicato da Indústria e da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP)

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
Vogg Experience

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Bairro de Maricá ganha pavimento intertravado e calçadas acessíveis

Para Luiz Gustavo Guimarães, escolha pelo pavimento intertravado foi embasada pela perspectiva ambiental.
Crédito: Romão Filmes

Em abril de 2023, começaram as obras de pavimentação com piso intertravado no bairro de Itaocaia Valley, na cidade de Maricá (RJ). 

De acordo com Luiz Gustavo Guimarães, arquiteto e urbanista da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e coordenador do Programa Calçada Acessível, esta intervenção fica bem no meio de duas unidades de conservação, fazendo com que a avaliação do estudo técnico tenha sido extremamente criteriosa e o uso do intertravado pudesse ser justificado, retirando a questão do pavimento flexível, que é o asfalto.

"Essa intervenção está impactando uma área que abrange 11 ruas, e nossa escolha pelo pavimento intertravado em toda essa extensão foi embasada pela perspectiva ambiental extraída do estudo técnico realizado para justificar essa decisão”, explica Guimarães. 

Por que investir no pavimento intertravado?

De acordo com Guimarães, foram considerados os seguintes benefícios do ponto de vista ambiental para justificar o uso do pavimento intertravado:

  • Preservação da fauna local e dos recursos hídricos no subsolo;
  • Aumento considerável de eficiência energética;
  • Utilização de menos matéria-prima;
  • Fácil manutenção sem perda de material;
  • Promove a diminuição da temperatura, diminuindo as ilhas de calor;
  • Elevada durabilidade

Na questão social, têm-se as seguintes justificativas para o uso do pavimento intertravado:

  • Melhora na qualidade dos serviços de limpeza;
  • Proporcionar níveis satisfatórios de segurança – como é uma área muito rural e afastada do centro de Maricá, era um ambiente mais desprovido de segurança; 
  • Melhoria das condições de mobilidade e transporte;
  • Criação de calçadas acessíveis

Programa Calçada Acessível

Melhora na qualidade dos serviços de limpeza e na segurança são alguns dos benefícios esperados desta intervenção.
Crédito: Evelen Gouvêa/Prefeitura de Maricá

Na região de Itaocaia Valley também está sendo realizado o Programa Calçada Acessível, que já existe há 13 anos e tem a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) como parceira. 

“Nós costumamos falar que o projeto é 80% social e 20% comercial. Ele resgata muito essa questão do direito de ir e vir e a dignidade das pessoas que não conseguem sair de suas casas porque não há uma calçada adequada. Através deste trabalho com as prefeituras do Estado do Rio de Janeiro, conseguimos promover a inclusão dentro das cidades”, pontua Guimarães.

Neste programa, a Firjan oferece apoio à gestão pública para desenvolver essa questão da mobilidade ativa. “Embora tenhamos mantido conversas frequentes com as prefeituras sobre mobilidade urbana, é importante ressaltar que nunca foi nossa intenção abordar todos os aspectos desse amplo e complexo tema. Nosso enfoque é específico na mobilidade ativa, que compreende a caminhabilidade, ou seja, a mobilidade a pé, e a integração das ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas com as calçadas. É uma área na qual nos concentramos para promover essa interligação”, comenta Guimarães. 

Ainda, é feita uma capacitação direcionada a servidores públicos, incluindo secretários, prefeitos e o corpo técnico, por meio de workshops nos quais eles são colocados em situações de desvantagem no espaço público. “Nestas ocasiões, proporcionamos experiências como estar em cadeiras de rodas ou simulando deficiência visual, para que possam vivenciar as dificuldades enfrentadas por essas pessoas ao transitar pelas calçadas das cidades. Isso permite que compreendam de maneira mais profunda as necessidades das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, resultando em projetos de maior qualidade e na execução de obras mais alinhada a essas necessidades específicas”, destaca Guimarães. 

Fruto do projeto Calçada Acessível, surgiu o programa Maricá Acessível. De acordo com Guimarães, ele tem como objetivo estabelecer um padrão com critérios e medidas para calçadas, tornando-as acessíveis, livres e com ausência de barreiras.

A partir desse programa, também foi criado um Manual de Calçadas, que traz indicações técnicas para os projetos, construções ou reformas de calçadas voltadas para a inclusão, qualidade de vida e otimização dos deslocamentos urbanos.

Uso do pavimento intertravado deve trazer benefícios como durabilidade, fácil manutenção e diminuição da temperatura.
Crédito: Evelen Gouvêa/Prefeitura de Maricá

Neste manual, é possível encontrar, por exemplo informações sobre a especificação do piso intertravado, que segue estas definições:

  • Resistência à compressão – fck > 35 MPa.
  • Espessura da peça para tráfego de pedestres – 6 cm.
  • Base: utilizar brita graduada simples ou brita corrida compactadas sobre subleito também compactado.
  • Armadura da base – não utiliza.
  • Assentamento – peças de concreto são assentadas sobre uma camada de areia média de 3 a 5 cm de espessura, disposta sobre a camada de base.
  • Juntas – as peças devem ser rejuntadas com areia fina.
  • Acabamento superficial – Diversidade de cores, formatos e texturas.

O documento também traz indicações para execução do pavimento intertravado, de placas pré-fabricadas de micro-concreto de alto desempenho, do concreto convencional moldado in loco, do concreto estampado e de ladrilhos hidráulicos.

Em dezembro de 2023, a Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Urbanismo, realizou uma apresentação da revisão do Manual de Calçadas Acessíveis. A expectativa é que a versão atualizada do manual seja oficialmente lançada em fevereiro de 2024.

Fonte
Luiz Gustavo Guimarães é arquiteto e urbanista da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e coordenador do Programa Calçada Acessível.

Contato
lgguimaraes@firjan.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.