Ponte de 45 km pode unir Escócia e Irlanda do Norte

Arquiteto Alan Dunlop foi o primeiro a esboçar no papel como poderá ser a ponte entre Escócia e Irlanda do Norte. Crédito: Alan Dunlop Architects
Arquiteto Alan Dunlop foi o primeiro a esboçar no papel como poderá ser a ponte entre Escócia e Irlanda do Norte.
Crédito: Alan Dunlop Architects

O primeiro-ministro Boris Johnson encomendou ao governo britânico o projeto de uma ponte que possa unir Escócia e Irlanda do Norte. Estima-se que o custo da obra varie entre 15 bilhões e 20 bilhões de libras - cerca de 90 bilhões e 120 bilhões de reais. Apesar do alto valor, o principal obstáculo para viabilizar o projeto é o tempestuoso Mar da Irlanda, com águas revoltosas, profundidades que chegam a 300 metros e pontos que se transformaram em verdadeiros campos minados, pela quantidade de bombas não-detonadas dos tempos da Segunda Guerra Mundial. 

Por isso, alguns engenheiros contrários à obra dizem ser mais fácil construir uma “ponte para a Lua” do que uma que ligue Escócia e Irlanda do Norte. Uma das alegações é que os pilares teriam que ficar a mais de 400 metros acima da lâmina d’água, para suportar o impacto das águas sobre as estruturas de concreto. Essa tese considera que a ponte uniria os pontos mais próximos entre os dois países, e que estão 19 quilômetros um do outro. Outros engenheiros avaliam que a melhor rota para a ponte seria entre Larne, na Irlanda do Norte, e Portpatrick, na Escócia, separadas por 45 quilômetros. O trecho é o menos acidentado do Mar da Irlanda.

Os que apoiam o projeto avaliam que a obra deveria seguir o modelo da ponte Öresund, que liga Suécia e Dinamarca e alterna trechos de ponte estaiada e túnel submarino ao longo de 16 quilômetros. Mas o mais ferrenho defensor da ponte - depois de Boris Jonhson - entende que a engenharia e a arquitetura britânica não precisam copiar nenhum projeto.  “Temos o talento da engenharia e da arquitetura e a capacidade de construir esse projeto com nossa própria inspiração”, diz o arquiteto Alan Dunlop, um dos mais respeitados do Reino Unido.

Tecnologia das plataformas marítimas de petróleo seria solução para cruzar o Dique de Beaufort

Dunlop é professor de arquitetura na Robert Gordon University, em Aberdeen, e foi o primeiro a esboçar no papel como poderá ser a ponte. O arquiteto também fez uma defesa veemente da obra na Urbanism at Borders Global Conference, realizada em outubro de 2019, em Málaga-Espanha. Alan Dunlop entende que o traçado entre Larne e Portpatrick é o ideal e ataca os que criticam a obra só porque ela foi idealizada pelo primeiro-ministro Boris Jonhson.  “É preciso separar os méritos arquitetônicos, econômicos e de engenharia do ressentimento em relação a Boris Johnson", diz.

Ainda segundo Alan Dunlop, o maior desafio da estrutura seria vencer o Dique de Beaufort, uma trincheira marítima com 300 metros de profundidade e localizada bem no meio do percurso imaginário da ponte. Para ele, a solução da engenharia está nas plataformas marítimas de petróleo. “A parte acima do dique teria que flutuar, mas seria amarrada ao fundo, como uma plataforma de petróleo”, sugere. “Existem desafios geológicos e ambientais a serem superados, mas que a engenharia e a arquitetura britânicas saberão encontrar a solução”, conclui.

Entrevistado
Governo do Reino Unido (via assessoria de imprensa)
Alan Dunlop Architects (via assessoria de imprensa)

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Otimismo do varejo da construção é maior na região Sul

Para 79% dos pequenos e médios lojistas dos estados do Sul, as grandes redes de home centers da construção não ameaçam seus negócios. Crédito: Banco de Imagens
Para 79% dos pequenos e médios lojistas dos estados do Sul, as grandes redes de home centers da construção não ameaçam seus negócios.
Crédito: Banco de Imagens

Pesquisa do Instituto Quorum Brasil, que avalia as expectativas do varejo da construção civil para 2020, mostra que os lojistas da região Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) são os mais otimistas quanto à percepção de que os negócios vão crescer “acima do esperado” ou “muito acima do esperado” esse ano. Para 67% dos lojistas consultados no Sul existe essa confiança, dos quais 23% são muito otimistas na comparação ao volume de vendas de 2019 e 44% são otimistas.

Outros 32% dos varejistas de materiais de construção da região Sul disseram estar confiantes de que os negócios em 2020 ficarão “dentro da média de 2019”. Apenas 1% respondeu que as vendas ficarão “muito abaixo de 2019”. Esse pequeno pessimismo se repete entre os comerciantes das regiões Norte e Nordeste. Já Sudeste e Centro-Oeste têm um menor nível de otimismo. Na região que engloba Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, 3% avaliam que o varejo da construção civil venderá “muito abaixo de 2019” e 9% dizem que ficará “abaixo de 2019”.

No Centro-Oeste do Brasil, 51% acreditam que os negócios em 2020 terão o mesmo volume de 2019 e 37% estimam que as vendas ficarão acima ou muito acima das registradas no ano passado. Já no Sudeste (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo), são 44% que veem os negócios “acima de 2019” e 23% “muito acima de 2019”. Outro dado trazido pela pesquisa é que, independentemente da região do país, as lojas de varejo com mais de 15 anos de atuação no mercado são mais otimistas do que as que possuem menos de 15 anos.   

Também há um otimismo maior nas lojas que têm mais de 10 funcionários. Nesse segmento, 72% se mostram esperançosas com os bons negócios em 2020 contra 51% dos varejos com menos de 10 funcionários. A pesquisa frisa que “quanto maior o porte da loja maior o otimismo”. Por isso, o levantamento também quis saber como os pequenos varejistas enxergam a concorrência dos home centers. 

Grande maioria dos comerciantes admite que não compartilha informações com fornecedores

A pergunta feita na pesquisa foi a seguinte: “Você tem receio de que as grandes redes de home centers venham a engolir e tomar espaço de lojas como a sua no futuro?”. No Sul, 79% disseram que não; no Norte-Nordeste, 88%, e no Centro-Oeste, 94% também responderam não. Apenas o Sudeste teve uma resposta contrária: 74% dos pequenos varejistas da região se sentem ameaçados pelos home centers contra 26% que não veem ameaça.

A pesquisa também abrangeu questões como gestão de negócios e relação com fornecedores. Quanto à gestão, a maioria admitiu que não usa os benefícios da tecnologia para melhorar as vendas, como um software de gestão, por exemplo. A grande maioria também admitiu que não compartilha informações sobre suas vendas e estoques com fabricantes de materiais para construção. No Sul, essa falta de troca de dados abrange 71%; no Norte-Nordeste, 81%; no Centro-Oeste, 77%, e no Sudeste, 64%. 

Para os varejistas, três quesitos são relevantes para que eles demonstrem fidelidade a um fornecedor: qualidade dos produtos (41%), prazo de pagamento (33%) e prazo de entrega (26%).

Confira todos os dados da pesquisa

Entrevistado
Reportagem com base na pesquisa “Varejo da Construção Civil – Expectativas para 2020”, do Instituto Quorum Brasil

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faleconosco@quorumbrasil.com

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Concretagem especial: quais cuidados devem ser tomados

Sergio Botassi: concretagem especial precisa de cuidados diferenciados na usinagem, no transporte, no lançamento, no adensamento e na pós-concretagem. Crédito: Vimeo/Instituto de Engenharia
Sergio Botassi: concretagem especial precisa de cuidados diferenciados na usinagem, no transporte, no lançamento, no adensamento e na pós-concretagem.
Crédito: Vimeo/Instituto de Engenharia

O engenheiro civil Sergio Botassi dos Santos, autor e coautor de quatro livros relacionados com estruturas de concreto, e publicados pelo Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), é um estudioso de concretagens especiais. Para promover seu mais recente trabalho - “Cálculo Térmico em Estruturas de Concreto” - ele palestrou recentemente no Instituto de Engenharia, em São Paulo-SP, onde fez a abordagem de fundamentos como comportamento térmico, controle do risco de fissuração, ações mitigatórias preventivas e estudo de casos.

Botassi começou sua exposição esclarecendo o que é uma concretagem especial. “Trata-se do material que precisa de cuidados diferenciados na usinagem, no transporte, no lançamento, no adensamento e na pós-concretagem. São também os casos em que os requisitos não estão explicitamente detalhados nas normas técnicas que tratam do concreto moldado in loco, que são a ABNT NBR 7212 (Execução de concreto dosado em central - Procedimento), a ABNT NBR 12655 (Concreto de Cimento Portland - Preparo, controle e recebimento) e a ABNT NBR 14931 (Execução de Estruturas de Concreto - Procedimento)”, diz. 

Obras que utilizam concreto autoadensável, concreto de baixa retração e concreto de alta resistência estão no grupo de concretagens especiais. Da mesma forma, os concretos que utilizam macrofibras, aditivos especiais, adições especiais, gelo e pérolas de EPS. Estão ainda nesta categoria as estruturas diferenciadas. “Hoje, por conta dos projetos de edifícios altos, é comum ter fundações cada vez mais robustas. Blocos com 300 m3 de concreto se tornaram corriqueiros nessas obras, e isso requer cuidados especiais”, afirma.

Outros elementos que devem ser tratados como concretagens especiais são os pilares-paredes, os pisos especiais, as concretagens em camadas e as concretagens noturnas. Nestes casos, podem ocorrer os chamados problemas térmicos, capazes de desencadear patologias no material. Por isso, Sergio Botassi apresentou formas que podem mitigar o risco térmico, que vão desde melhorias nas especificações técnicas do concreto até o uso de gelo para controlar a elevação de temperatura do material.

Case em Goiânia-GO foi agraciado com o ACI Excellence in Concrete Construction Awards

Concretagem das fundações de um centro comercial em Goiânia-GO rendeu premiação da ACI, em 2018. Crédito: Construtora Consciente
Concretagem das fundações de um centro comercial em Goiânia-GO rendeu premiação da ACI, em 2018.
Crédito: Construtora Consciente

Em sua palestra, o engenheiro civil mostrou também os desperdícios que ocorrem quando a obra não possui equipes preparadas para receber concretos especiais. Um fato corriqueiro, disse, é quando os operários vibram o concreto autoadensável. “O uso de concreto autoadensável requer cuidados que muitas vezes são negligenciados. Tratá-lo como concreto convencional na execução é um erro que pode trazer segregação, exudação e outras patologias”, alerta. 

Botassi ainda deixou claro que o planejamento da concretagem, antes de sua execução, é essencial para que as estruturas não venham a apresentar problemas. Foi o que o engenheiro civil fez ao prestar consultoria técnica para as obras do Nexus Shopping and Business, em Goiânia-GO. A concretagem foi premiada em 2018 com o ACI Excellence in Concrete Construction Awards, na categoria de edifícios altos. 

A edificação conta com 3 torres, com a maior atingindo 158 metros de altura. O volume de concreto chegou a 55 mil m3, com o uso de concreto armado e concreto protendido. O que rendeu a premiação da ACI (American Concrete Institute) foram as simulações em computador para que o processo de concretagem das fundações não sofresse risco térmico e fosse imunizado de Reações Álcali-Agregado (RAA), por causa do tipo de solo onde o complexo comercial foi construído.

Assista a íntegra da palestra do engenheiro civil Sergio Botassi dos Santos 

Entrevistado
Reportagem com base na palestra do engenheiro civil Sergio Botassi dos Santos, no Instituto de Engenharia

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Nunca esteve tão bom financiar a compra da casa própria

Cada ponto percentual que cai nos juros do financiamento representa até 8% a menos no valor da parcela da casa própria. Crédito: Banco de Imagens
Cada ponto percentual que cai nos juros do financiamento representa até 8% a menos no valor da parcela da casa própria.
Crédito: Banco de Imagens

A taxa Selic, que é referência para definir os juros do financiamento habitacional, está no nível mais baixo da história (4,25%). Isso levou os bancos a se voltarem para quem quer comprar a casa própria, criando novos produtos. Já existem instituições dispostas a financiar 90% do valor do imóvel, ou seja, o contratante só precisa ter 10% dos recursos para dar a entrada e pegar as chaves em mãos. Atualmente, a maior taxa de juros entre os bancos que operam com esse tipo de financiamento é de 7,30% ao ano. E a tendência é de redução. 

De acordo com analistas de mercado, cada ponto percentual que cai nos juros do financiamento representa até 8% a menos no valor da parcela da casa própria. Por isso, os observadores estimam que nunca esteve tão em conta financiar a compra de um imóvel. A percepção do consumidor é a mesma, como indica pesquisa do índice FipeZap, divulgada em fevereiro de 2020. Dos entrevistados, 38% disseram que têm intenção de comprar imóveis nos próximos meses. Na pesquisa anterior, de 2019, esse percentual era 26%.

Segundo o diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira, os financiamentos imobiliários são de “alto valor e de longo prazo”. “Por isso, qualquer redução de juros, por menor que seja, sempre traz benefícios ao consumidor”, diz. De olho no aquecimento do mercado, a Caixa Econômica Federal lançou uma modalidade nova para quem busca comprar a casa própria: o crédito habitacional com taxa fixa.

As condições são válidas para imóveis residenciais novos e usados, com quota de financiamento de até 80% do valor da unidade. O cliente poderá escolher entre os sistemas de amortização SAC (com parcelas decrescentes), para contratos de até 360 meses, ou Price (parcelas fixas), para financiamento de até 240 meses. As contratações estão disponíveis desde 21 de fevereiro, com juros de 8% a 9,75% ao ano, dependendo do tempo de financiamento e do relacionamento do cliente com o banco.

Caixa Econômica agora tem 3 modalidades de financiamento imobiliário

Agora, a Caixa tem 3 modalidades de financiamento imobiliário. Além da taxa fixa, oferece o crédito habitacional corrigido pela inflação, cujos juros que variam de 2,95% a 4,95%, e o tradicional crédito pela TR, com taxas que vão de 6,5% a 8,5%. Já os demais bancos com abrangência nacional continuam trabalhando com o crédito indexado pela TR e juros maiores que os praticados pela Caixa Econômica Federal. Veja:

Itaú
- Taxa mínima de juro para as linhas de crédito imobiliário a partir de 7,45% ao ano + Taxa Referencial (TR), variando de acordo com o perfil do cliente e do imóvel.
- Percentual de financiamento: até 82% do valor do bem.
- Tempo máximo de parcelamento: 360 meses.

Banco do Brasil
- Taxas a partir de 3,45% ao ano + IPCA ou 7,20% ao ano + TR, recentemente revisadas após as últimas quedas da Selic.
- Financia até 80% do valor de avaliação de imóveis residenciais e comerciais nas linhas do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e da Carteira Hipotecária.

Bradesco
- Taxas têm como banda mínima TR + 7,30 % ao ano.
- Limite de financiamento é de 80%.
- Pagamento em até 360 meses.

Santander
Taxa mínima de juros pode chegar a 7,99% ao ano + TR.
Financia até 90% do valor de imóveis residenciais na modalidade de parcelas atualizáveis (Sistema de Amortização Constante, o SAC).
- Financiamentos são parceláveis em até 420 meses.

Entrevistado
Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (via assessoria de imprensa)
Caixa Econômica Federal (via assessoria de imprensa)

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Automação tende a ampliar vagas femininas na construção

Mulheres na construção civil tendem a ocupar mais vagas, conforme novas tecnologias forem chegando ao canteiro de obras. Crédito: ONU
Mulheres na construção civil tendem a ocupar mais vagas, conforme novas tecnologias forem chegando ao canteiro de obras.
Crédito: ONU

Recente relatório do McKinsey Global Institute (MGI) aborda o futuro das mulheres no mercado de trabalho e traz um capitulo especial sobre a participação feminina na construção civil. O estudo faz projeções até 2030 e estima que com a automação dos canteiros de obras, a industrialização dos sistemas construtivos e o incremento de ferramentas de projetos e de gestão, como o BIM, o setor tende a empregar mais mulheres.

O documento, intitulado “O futuro das mulheres no trabalho: transições na era da automação", detecta que a ocupação de mulheres em funções antes essencialmente masculinas se dará mais nas economias emergentes, em especial na índia e na China. “Na Índia e na China, as mulheres serão super-representadas em setores como manufatura e construção civil, em comparação ao cenário atual dessas economias”, diz o relatório.

A pesquisa faz uma projeção mundial utilizando tendências que acontecem em 10 países, dos quais 6 são economias maduras (Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) e 4 emergentes (China, Índia, México e África do Sul). Juntas, elas representam praticamente metade da população mundial e cerca de 60% do PIB global. O levantamento conclui que a participação da mão de obra feminina na construção civil pode crescer até 10% nos próximos 10 anos.

Atualmente, o gênero feminino ocupa 15% dos cargos na construção civil global. No Brasil, esse percentual é menor. Segundo o mais recente estudo do IBGE, com data de 2018, as mulheres ocupam 10,5% das vagas no setor, apesar de o mercado de trabalho ter crescido 120% em 11 anos. Em 2007, existiam 109.006 trabalhadoras registradas na construção civil; em 2018, eram 239.242. Com cursos profissionalizantes, elas preenchem mais as vagas de azulejista, pintura e eletricista. 

Mulher ocupará áreas como Inteligência Artificial, sustentabilidade e gestão de recursos 

Segundo o estudo da McKinsey Global Institute, as ondas de inovações tecnológicas vão mudar a natureza de muitas ocupações, e tendem a gerar 160 milhões de empregos nos 10 países pesquisados. Especificamente sobre a construção civil, o levantamento estima que até 2030 ocupações inteiramente novas devam surgir em áreas como Inteligência Artificial, sustentabilidade e gestão de recursos. 

O relatório ainda abrange padrões de empregos que serão mais ou menos impactados pela automação. No capítulo que trata da construção civil, os postos de trabalho são definidos como "empregos perdidos", aqueles que a automação irá substituir; "empregos ganhos", vagas impulsionadas pelo crescimento econômico, investimento, mudanças demográficas e inovação tecnológica, e "empregos alterados", cujas atividades e os requisitos de habilidades mudam para um perfil de automação parcial.

Para que as mulheres possam ocupar vagas no novo mercado de trabalho e consigam salários compatíveis, o documento reforça que investimento em educação e qualificação profissional é primordial. “A tecnologia pode derrubar muitas das barreiras enfrentadas pelas mulheres, abrindo novas oportunidades econômicas, ajudando-as a participar da força de trabalho e a atuar em condições de igualdade com o homem na era da automação. Mas é necessário que investimento público e privado em plataformas de aprendizagem digital abra essa avenida para as mulheres”, conclui o relatório.

Leia a íntegra do estudo

Entrevistado
Reportagem com base no relatório do McKinsey Global Institute, intitulado “O futuro das mulheres no trabalho: transições na era da automação"

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Clima e solo desafiaram engenharia nas obras da BR-163

Contingente de 500 militares atuou permanentemente na obra da BR-163 para cumprir o cronograma em 1 ano. Crédito: Exército Brasileiro
Contingente de 500 militares atuou permanentemente na obra da BR-163 para cumprir o cronograma em 1 ano.
Crédito: Exército Brasileiro

Em pleno carnaval de 2019, uma cena mostrada nos principais telejornais do país surpreendeu os brasileiros. Foi a que trazia caminhões atolados no trecho norte da BR-163, entre Sinop, no Mato Grosso, e Miritituba, no Pará. Para acabar com esse entrave no transporte da região, o governo federal agiu rápido. Em um ano, pavimentou 51 quilômetros da rodovia, facilitando o fluxo de cargas entre os dois estados. 

A obra custou 158 milhões de reais e teve a engenharia do exército à frente do projeto. O clima extremamente quente e chuvoso, aliado a um solo mole, esteve entre os desafios para a pavimentação, que contou ainda com a construção de duas importantes pontes de concreto no trecho. Uma de 50 metros, sobre o rio Samurai, e outra de 100 metros, sobre o rio Itapecurazinho. 

As obras no trecho norte da BR-163 foram executadas pelo 8º Batalhão de Engenharia de Construção (8° BEC). Os militares realizaram trabalhos de terraplanagem, drenagem, lançamento de sedimentos, reforço de solo, compactação, reconformação de plataforma, perfurações de rochas, serviço de britagem, trabalhos topográficos e asfaltamento com 6,5 centímetros de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ). 

A pista, com 12 metros de largura, incluindo também os acostamentos, já está liberada para o tráfego desde o fim de 2019. No entanto, o exército segue atuando na obra, para concluir a segunda camada de asfalto - chamada de "faixa C" ou capa de rolamento - e para instalar bueiros, meios-fios, valetas e executar as sinalizações horizontais e verticais.

Aproximadamente 3 mil carretas  transitam pela rodovia diariamente

O exército estima que finalizará todo o serviço em agosto de 2020. O diretor de Obras de Cooperação do Exército, General Paulo Roberto Viana, destaca a importância da obra. “Existe um grande volume de veículos que percorre diariamente a BR-163. O trecho dá acesso aos terminais fluviais de Miritituba e Santarém, ambos no Pará. São em torno de 3 mil carretas que transitam nessa rodovia por dia. Hoje, aquela região é um dos mais importantes eixos de exportação do nosso PIB para portos da Ásia e da Europa, principalmente”, declara.

 Roberto Viana lembra que durante a execução da pavimentação a incidência de chuva foi o dobro da média. Por isso, se tornou necessário manter um contingente permanente de 500 militares do 8º BEC no trecho em obras para que o cronograma fosse cumprido. 

Além do asfaltamento, também foi realizada manutenção em 1.300 quilômetros na rodovia, de Sinop-MT a Santarém-PA. Na região amazônica, a BR-163 é conhecida como Rodovia Cuiabá-Santarém. No entanto, a estrada tem início na cidade de Tenente Portela-RS e se estende até a cidade de Santarém-PA. No total, são 3.579 quilômetros, sendo que o trecho de Cuiabá-MT a Santarém-PA tem aproximadamente 1.600 quilômetros. 

Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, existe a possibilidade de criar concessões da rodovia. Ele revela que o ministério ainda faz estudos sobre a viabilidade da privatização. “A intenção é redirecionar a logística do país para o norte, porque teremos menores distâncias para os mercados consumidores da Ásia e da Europa”, avalia.

Entrevistado
Ministério da Infraestrutura (via assessoria de imprensa)
Exército Brasileiro (via assessoria de imprensa)

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Veja o que muda no Minha Casa Minha Vida com nova gestão

Rogério Marinho assumiu o ministério do Desenvolvimento Regional prometendo mudanças no formato do Minha Casa Minha Vida. Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil
Rogério Marinho assumiu o ministério do Desenvolvimento Regional prometendo mudanças no formato do Minha Casa Minha Vida.
Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

Rogério Marinho, que ocupava a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, foi galgado ao cargo de ministro do Ministério do Desenvolvimento Regional. É essa pasta que coordena o Minha Casa Minha Vida (MCMV). O que pode mudar no programa habitacional com a nova gestão? Em sua posse, o novo ministro disse que vai reestruturar o programa e agradou o setor. Afirmou que a prioridade é reformular o MCMV e que a construção civil precisa ser tratada como parceira do governo federal, pois gera emprego e renda. 

Uma das propostas de mudança em estudo é a possibilidade de dar ao beneficiário do programa mais liberdade para definir como será o imóvel. No atual formato, quem é contemplado, em qualquer das faixas do Minha Casa Minha Vida, recebe a casa pronta da construtora. Com o novo programa, que deve mudar de nome, o beneficiário receberá um voucher (comprovante que dá direito a um produto) para definir como ele quer a obra, qual engenheiro assinará o projeto e como será a arquitetura do imóvel.

O voucher mínimo seria de 60 mil reais e a prioridade são as famílias com renda mensal de até 1.200 reais. Os terrenos onde serão feitas as construções não estão incluídos no voucher. A proposta é que estados e municípios dividam esse custo. Essa prática substituiria a atual faixa 1 do programa, destinada aos que necessitam de habitações de interesse social, e que atualmente encontra-se sem contratar novos projetos, por falta de dinheiro. Para definir as famílias com direito ao voucher, o governo utilizará a base de dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

Para 2020, o orçamento do MCMV prevê repasse de 2,7 bilhões, mas podem ocorrer cortes

O Minha Casa Minha Vida sofreu um esvaziamento de recursos desde que o Congresso Nacional, em 2019, votou pelo orçamento impositivo - retirando poderes de gestão do Executivo. Para 2020, o orçamento do MCMV prevê repasse de 2,7 bilhões, desde que o governo não precise fazer contingenciamentos ao longo do ano. Emergencialmente, logo que assumiu o Ministério do Desenvolvimento, Rogério Marinho autorizou a liberação de 47 milhões de reais para atender parte da demanda das famílias enquadradas na faixa 2 do programa (entre 2.600 reais e 4 mil reais). 

O dinheiro será repassado à Caixa Econômica Federal, para desafogar pedidos de financiamento. O banco havia pedido 160 milhões, mas a solicitação não foi atendida. Os recursos liberados fazem parte da contrapartida da União na concessão de subsídios do FGTS para os beneficiários do programa que têm condições de assumir financiamento da casa própria. Criado em 2009, o Minha Casa Minha Vida já entregou 4,1 milhões de moradias e 1,4 milhão encontra-se com as obras paralisadas e sem prazo para que sejam retomadas. Atualmente, apenas os projetos ligados à faixa 3 do programa têm conseguido viabilidade econômica para serem executados.

Entrevistado
Ministério do Desenvolvimento Regional (via assessoria de imprensa)

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Ponte Salvador-Itaparica será 1ª “obra chinesa” no Brasil

Empreiteiras chinesas venceram leilão na Bahia: investimento será de 5,4 bilhões de reais, com contrapartida de 1,5 bilhão de reais do governo estadual. Crédito: André Curvello/GOVBA
Empreiteiras chinesas venceram leilão na Bahia: investimento será de 5,4 bilhões de reais, com contrapartida de 1,5 bilhão de reais do governo estadual.
Crédito: André Curvello/GOVBA

O consórcio formado por três empreiteiras chinesas - China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20), CCCC South America Regional Company S.Á.R.L (CCCC SOUTH AMERICA) e China Communications Construction Company Limited (CCCCLTD) - venceu o leilão para construir a ponte que ligará Salvador à Ilha de Itaparica, na Bahia. Será oficialmente a 1ª “obra chinesa” no Brasil. 

O projeto prevê um complexo rodoviário com 21,41 quilômetros, dos quais 12,4 quilômetros sobre lâmina d’água. Isso faz a ponte tornar-se a maior do Brasil com esse perfil, já que a Rio-Niterói tem 8,83 quilômetros sobre lâmina d’água, de um total de 13,29 quilômetros de extensão. O investimento será de 5,4 bilhões de reais, com contrapartida de 1,5 bilhão de reais do Estado da Bahia. 

A estrutura ocupará a 23ª posição no ranking mundial de pontes e estará listada entre as 100 maiores obras de infraestrutura do planeta. A obra está inclusa no Sistema Viário do Oeste, que também contempla a construção de túneis e viadutos, para ligá-la com Salvador. Já a conexão com Vera Cruz será através de uma nova rodovia expressa na BA-001. Haverá ainda a integração com a Ponte do Funil, que também será revitalizada pelo consórcio. 

A construção da ponte encurtará o tempo de deslocamento para a capital baiana em cerca de 100 quilômetros, beneficiando de imediato 250 municípios e 10 milhões de pessoas das regiões oeste, sudoeste, sul e extremo sul do estado. A homologação do consórcio aconteceu dia 24 de janeiro de 2020, com a publicação no Diário Oficial do Estado da Bahia. A gestão e administração do complexo rodoviário Salvador-Itaparica terá duração de 30 anos.

Empreendimento deverá consumir até 1 milhão de m³ de concreto

Desenho mostra como será a ponte Salvador-Itaparica, se ela seguir o projeto do engenheiro civil Catão Francisco Ribeiro. Crédito: Banco de Imagens
Desenho mostra como será a ponte Salvador-Itaparica, se ela seguir o projeto do engenheiro civil Catão Francisco Ribeiro.
Crédito: Banco de Imagens

O consórcio chinês terá um ano para elaborar o projeto e mais quatro anos para construir a infraestrutura. Não está confirmado ainda se o projeto do engenheiro civil Catão Francisco Ribeiro será utilizado. Ele apresentou a concepção arquitetônica e estrutural em 2013. Se for seguido esse projeto, a ponte será 100% em concreto. Segundo Catão, a maresia na Baía de Todos os Santos é alta e o aço não suportaria as condições adversas. Pelos cálculos iniciais do projetista, o empreendimento deverá consumir até 1 milhão de m³ de concreto.

A CCCCLTD encabeça o consórcio. Desde 2017 no Brasil, a empreiteira chinesa entrou no mercado nacional ao adquirir o controle da Concremat Engenharia e Tecnologia. As três vencedoras do leilão são especializadas em construção de grandes pontes. O grupo participou diretamente do desenvolvimento e implantação de seis das dez pontes sobre o mar com as maiores extensões do mundo, incluindo a que liga Hong Kong, Macau e Zhuhai (maior ponte marítima existente, com mais de 50 quilômetros), na província de Cantão, na China. 

No Brasil, uma das metas da CCCCLTD é investir em concessões e projetos privados de infraestrutura de transportes, disponibilizando suas quatro expertises, que são projeto, construção, operação e financiamento. A empresa tem faturamento global de 80 bilhões de dólares.

Entrevistado
China Communications Construction Company Limited (CCCCLTD) (via assessorial de imprensa)
Governo da Bahia (via assessorial de imprensa)

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Cidade de São Paulo volta a despertar para prédios altos

Figueira Altos: projeto antes do plano-diretor de 2014 permitiu que edifício residencial mais alto de São Paulo-SP fosse construído. Crédito: Youtube/Porte Engenharia e Urbanismo
Figueira Altos: projeto antes do plano-diretor de 2014 permitiu que edifício residencial mais alto de São Paulo-SP fosse construído.
Crédito: Youtube/Porte Engenharia e Urbanismo

As tragédias desencadeadas pelos incêndios nos edifícios Andraus, em 1972, e Joelma, em 1974, inibiram a construção de edifícios altos em São Paulo-SP. A maior cidade da América Latina ficou praticamente 4 décadas sem construir prédios com mais de 30 pavimentos ou que ultrapassassem os 100 metros de altura - sobretudo, os residenciais. Porém, a escassez de terrenos e a necessidade de renovar o estoque de imóveis - sejam residenciais ou corporativos - recolocam o território paulistano na rota dos projetos de grandes arranha-céus.

Em 2019, planos de construir edifícios altos foram desengavetados, principalmente em bairros das regiões sul e leste da cidade. A expectativa é de que para 2020 projetos semelhantes ganhem corpo em São Paulo-SP. Dados do Secovi-SP mostram que, em 2019, 36 mil unidades começaram a ser construídas em futuros prédios residenciais da cidade. O organismo diz ser o maior número desde 2004. Boa parte destas edificações terá mais de 100 metros de altura quando concluídas. Um exemplo está na zona leste, no bairro Tatuapé: o Figueira Altos, com 52 pavimentos, 170 metros de altura e que será entregue em 2021.

Quando pronto, o prédio se tornará o mais alto residencial da cidade de São Paulo, se igualando ao mais alto comercial, que é o Palácio W. Zarzur - popularmente chamado de Mirante do Vale. Para o engenheiro civil e professor da Universidade Secovi-SP, Hamilton de França Leite Júnior, ainda falta uma legislação que possibilite a São Paulo crescer verticalmente. “São necessárias legislações urbanísticas baseadas em critérios técnicos sem preceitos ideológicos, que permitam construir edifícios superaltos em algumas regiões, localizadas fora dos corredores de tráfego aéreo”, salienta.

Região próxima da Radial Leste vai concentrar novos edifícios altos de São Paulo-SP

Para o professor, o governo municipal erra ao não incentivar edifícios superaltos em São Paulo-SP. “A cidade deseja esse tipo de edificação, tem recursos financeiros e capacidade técnica e empresarial. Talvez falte visão, no sentido de aprovar legislações que permitam a verticalização. Deveria haver incentivos e parcerias público-privadas, com o objetivo de suplantar os custos adicionais inerentes a este tipo de empreendimento. Os prédios superaltos são, hoje, símbolos urbanos contemporâneos”, reforça. 

Por enquanto, para conseguir transpor as barreiras impostas pelo município, as construtoras têm recorrido a projetos antigos que já haviam sido aprovados na prefeitura paulistana, a alvarás especiais e, em alguns casos, a decisões judiciais favoráveis à construção de prédios altos. A Porte Engenharia, por exemplo, se vale de projetos legalizados antes da entrada em vigor do plano-diretor da cidade de São Paulo, que ocorreu em 2014. O Figueira Altos é de 2013. Já o Platina 220, que pertence à mesma construtora, é um empreendimento em uma área especial da cidade - o chamado Eixo Platina -, que é uma faixa paralela à Radial Leste onde estão autorizadas as construções de edifícios altos. 

O Platina 220 terá 46 andares de salas corporativas e, contando com outros pavimentos para abrigar hotel, cinemas e teatro,  sua altura vai ultrapassar os 170 metros e superar o Mirante do Vale, tornando-se o edifício comercial mais alto de São Paulo-SP. A previsão é que fique pronto em 2022, a um custo de 1,9 bilhão de reais.

Veja quais são os prédios mais altos em cada estado do Brasil

Entrevistados
Engenheiro civil e professor da Universidade Secovi-SP, Hamilton de França Leite Júnior
Porte Engenharia e Urbanismo (via assessoria de imprensa)

Contato
hl@hamiltonleite.com.br
marketing@porte.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Quer empreender na construção civil? Veja as melhores dicas

Consultoria da ferramenta BIM para pequenas e médias construtoras oferece boas oportunidades para empreender. Crédito: Banco de Imagens
Consultoria da ferramenta BIM para pequenas e médias construtoras oferece boas oportunidades para empreender.
Crédito: Banco de Imagens

A construção civil oferece muitas oportunidades para empreender. Não necessariamente o negócio pode estar ligado diretamente ao canteiro de obras. Há boas opções para todos os perfis profissionais e também para o potencial financeiro do empreendedor. A oportunidade pode estar em uma empresa de limpeza pós-obras, na coleta e reaproveitamento de materiais recicláveis ou em um escritório que domina a ferramenta BIM e oferece consultoria para construtoras pequenas e médias. Existem também franquias, startups, projetos de construção sustentável e vendas online. 

Se você busca empreender no setor, veja como se posicionar:

Limpeza pós-obra, coleta e reaproveitamento de materiais recicláveis
Esse serviço não se limita mais a retirar entulhos e resíduos do local da obra que acabou de ser finalizada. Atualmente, é interessante que ele esteja ligado a conceitos de reciclagem e logística reversa. Muitos materiais deixados no pós-obra podem servir de agregados para novos produtos ou retornarem à origem (fabricantes), como são os casos das latas vazias de tinta e os sacos vazios de cimento. Por isso, a limpeza pós-obra pode também estar vinculada com a coleta e a destinação correta dos materiais recolhidos.

Projetos e sistemas de construção sustentável
O segmento da construção sustentável cresce exponencialmente no Brasil. Sistemas que captam e reaproveitam a água da chuva, utilizam ao máximo a luz solar e geram conforto térmico e acústico para as edificações,  estão cada vez mais presentes nos projetos e nas práticas construtivas. A vantagem de atuar no setor da construção sustentável é que ele permite ampla diversificação dos negócios. É possível se especializar em telhados verdes, paredes vivas, painéis solares ou na fabricação de artefatos que atendam aos requisitos das certificações que norteiam esse mercado.

Consultoria em tecnologia BIM para pequenas e médias construtoras
A tecnologia BIM automatiza e compatibiliza processos de construção. Entre as principais virtudes da ferramenta estão: evitar retrabalho, dar precisão ao orçamento da obra e, consequentemente, acelerar a execução do projeto. A ferramenta não se limita a empreendimentos de infraestrutura e pode ser usada em todas as construções que necessitem eliminar incompatibilidades entre sistemas (hidráulicos, elétricos e alvenaria) e projetos (estruturais e arquitetônicos). A tecnologia requer especialização e é um bom nicho para engenheiros civis e arquitetos que estão entrando no mercado de trabalho e buscam empreender.

Startups e franquias
Na construção civil, as startups são conhecidas como construtechs. São empresas que oferecem algum tipo de inovação para processos construtivos. Projeções estimam que até 2050 elas influenciarão todas as etapas da obra: do projeto ao processo de compras entre fornecedores e construtores, passando pelo canteiro de obras, segurança no trabalho e gestão da manutenção predial. Atualmente, as que se projetam no mercado nacional estão ligadas a mapeamento e inspeção por meio de drones, construção modular e softwares para projetos e gestão de obra. Já as franquias mais bem-sucedidas dentro da cadeia da construção civil são as relacionadas com reformas. Mas começam a surgir oportunidades relacionadas a sistemas construtivos.

Varejo e vendas online de materiais e equipamentos para construção
O Varejo 4.0  já é realidade no mercado brasileiro, incluindo a construção civil. No setor, ele engloba desde a venda de materiais até o aluguel de equipamentos. Outras modalidades, como m-commerce (venda online via smartphone) e omnichannel (venda online vinculada com a retirada do produto na loja física), chegam para tornar o Varejo 4.0 uma janela de oportunidades para quem quer empreender. 

Entrevistado
Reportagem com base em estudo sobre oportunidades para empreender na construção civil, realizado pelo Sebrae

Contato
imprensa@sebrae.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330