Mercado imobiliário: veja as perspectivas para o 2º semestre
A 3ª rodada da pesquisa "COVID-19: impactos e desafios para o mercado imobiliário", coordenada pela BRAIN Inteligência Corporativa, revela que a crise desencadeada pela pandemia na construção civil imobiliária terá efeitos menos impactantes no 2º semestre de 2020. Analisando os números apresentados pela consultoria, o presidente da comissão de indústria imobiliária da CBIC e economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, foi enfático: “O fundo do poço ocorreu em abril.”
Para o economista, as projeções para o 2º semestre indicam que 2020 pode ser semelhante a 2018. “O ano não será melhor que 2019, mas será melhor do que as perspectivas iniciais indicavam. Tende a ser parecido com 2018”, avalia Petrucci. Essa expectativa se reflete na intenção de construtoras e incorporadoras manterem os lançamentos que estavam programados para o ano. Segundo apurou a BRAIN, apenas 1% das empresas entrevistadas anunciou que vai cancelar novos empreendimentos em 2020.
Antes da pandemia, o normal do mercado era que 40% dos lançamentos aconteciam nos últimos 6 meses de cada ano e 60% no 1º semestre. Isso se inverteu, revela a pesquisa. Em 2020, 20% dos projetos de empreendimentos novos surgiram no 1º semestre e 80% estão programados de julho a dezembro. O levantamento da BRAIN mostra ainda que a maioria das empresas entrevistadas concentrará seus lançamentos em agosto e setembro. “Esses dois meses serão marcados por uma ‘avalanche’ de lançamentos”, prevê Celso Petrucci.
Na 3ª rodada da pesquisa foram ouvidas 554 construtoras e incorporadoras, entre 10 a 25 de junho. Boa parte dessas empresas (76%) está no mercado entre 10 anos e 30 anos. Juntas, elas planejam lançar 700 empreendimentos até final de 2020, em todo o país. Por causa dessa resiliência do setor, e com números confirmados pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), as admissões com carteira assinada na construção civil cresceram 40% em maio, enquanto as demissões caíram 20%.
Estoque de imóveis é o mais baixo da década e obriga setor a construir
A análise da CBIC é de que as demissões feitas no setor formalizado da construção civil ocorreram no início da pandemia, até abril. “Não existe sinais de novas demissões, e sim de preservação de empregos”, confirma Celso Petrucci, com base no levantamento da BRAIN. O mesmo estudo mostra não haver tendência de queda de preços dos imóveis, como se esperava no começo da crise. “Indicadores como Fipezap, e o próprio Banco Central, mostram que está ocorrendo crescimento do preço médio. Não é um aumento efetivo do preço, mas ele vem subindo devagar”, diz Petrucci.
Isso ocorre por causa do baixíssimo estoque de imóveis em todo o país. As construtoras escoaram quase todas as reservas em 2017, 2018 e 2019, indica a pesquisa da BRAIN. Isso faz com que o mercado imobiliário experimente o menor nível de estoque na década. Por isso, Petrucci entende que o momento atual das empresas é manter o foco nas obras e na construção de um novo modelo de venda. “Acreditamos que o ‘novo normal’ será um sistema híbrido, que une a venda online com o plantão presencial no local do empreendimento”, finaliza.
Veja relatório completo da 3ª rodada da pesquisa
Assista apresentação da BRAIN Inteligência Corporativa
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Reportagem com base na apresentação da 3ª rodada da pesquisa "COVID-19: impactos e desafios para o mercado imobiliário" (via YouTube)
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Concreto fotovoltaico: a nova fronteira da engenharia de materiais
As pesquisas sobre a condutibilidade do concreto, e como fazer o material armazenar energia e distribuí-la na forma de eletricidade, são cada vez mais intensas. Existem estudos em quase todos os continentes. Os mais avançados buscam dar ao material a mesma função das placas fotovoltaicas, ou seja, possibilitar que o concreto absorva a luz solar e a transforme em energia elétrica. Trata-se da nova fronteira da engenharia de materiais, dizem os pesquisadores.
O foco nesse novo tipo de concreto é justificável quando se constata que os edifícios consomem 40% da energia elétrica produzida no planeta. Então, a pergunta que os pesquisadores fazem é: já imaginou se as edificações pudessem auxiliar na produção de energia? É o que motiva trabalhos como os que já foram recentemente apresentados na Alemanha e no México.
Na Universidade de Kassel está em desenvolvimento o "DysCrete". Trata-se de um concreto que capta energia solar quando recebe uma camada de tinta especial à base de grafite e óxido de titânio. Quando a luz solar atinge os pigmentos, os elétrons são liberados e provocam corrente elétrica no concreto. O trabalho dos pesquisadores é aprimorar a condutibilidade do material e permitir que ele seja capaz de gerar 20 W por m².
Também na Alemanha está em desenvolvimento uma película fotovoltaica que pode ser aplicada sobre o concreto. Desenvolvido pela líder mundial em produção de células fotovoltaicas orgânicas, a alemã Heliatek, o revestimento pode ajudar um edifício a produzir até 30% da energia que consome diariamente, desde que a insolação cubra 60% da área da fachada do prédio.
Porém, o estudo mais avançado para dar condutibilidade ao concreto está em desenvolvimento no Instituto Politécnico Nacional (IPN), do México. Além dos agregados tradicionais - cimento, areia, brita, água e aditivos -, o material recebe o mineral perovskita, além de um composto de óxido de cálcio e titânio, para conduzir eletricidade. As pesquisas ainda ocorrem em laboratórios, mas se mostram cada vez mais animadoras.
Cimento usado no experimento mexicano usa nanotecnologia na moagem
À frente da pesquisa estão os doutores em tecnologias avançadas, Orlando Gutiérrez Obeso e Euxis Kismet Sierra Márquez. Eles atuam no Centro de Pesquisa e Inovação Tecnológica Azcapotzalco do IPN. A preocupação dos engenheiros não é apenas dar condutibilidade, mas preservar as características estruturais do material (fck), para que possa ser usado em obras como calçadas, pontes e lajes, e até fundações.
O protótipo desenvolvido no IPN é uma peça sólida de concreto, sem tintas ou películas, e que consegue capturar a radiação solar e gerar corrente elétrica. Orlando Gutiérrez explica que foi preciso submeter o cimento utilizado no processo a uma moagem que utiliza nanotecnologia. Ela permite chegar a “nanopós de cimento”, cujas partículas são inferiores a 100 nanômetros. É nessa etapa que o cimento se mistura à perovskita e ao composto de óxido de cálcio e titânio.
A pesquisa ganhou o prêmio internacional Solutions for the future-Prize for Polytechnic Entrepreneurship Award 2018 (Soluções de empreendedores politécnicos para o futuro) e entrou no escopo de novas tecnologias da Indústria 4.0 apoiadas pela sul-coreana Samsung. Particularmente, o México é um país privilegiado para o avanço de sistemas fotovoltaicos por estar inserido no cinturão solar do planeta - principalmente os estados de Chihuahua, Sonora, Durango e Baja California, que recebem radiação solar mais longa e mais intensa superior à média internacional ao longo do ano.
Veja como o “Dyscrete” funciona em laboratório
Assista ao vídeo sobre a pesquisa no México
Entrevistado
Universidade de Kassel e Instituto Politécnico Nacional (via assessoria de imprensa)
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Na pós-pandemia, hospital será ambiente da engenharia
Engenharia hospitalar, arquitetura hospitalar, engenharia clínica e engenharia de manutenção hospitalar são profissões em alta diante do cenário de pandemia desencadeado pela COVID-19. Para um dos pioneiros desse setor no Brasil, o engenheiro civil Fumio Araki, hospitais serão ambientes compartilhados cada vez mais por médicos, enfermeiros, engenheiros e arquitetos. “A doença deixou evidente o quanto essas edificações precisam estar com obras, manutenção e equipamentos em dia”, diz.
Ao participar do webinar “O futuro promissor da profissão do engenheiro de manutenção hospitalar, após a pandemia”, promovido pelo INBEC (Instituto Brasileiro de Educação Continuada), Fumio Araki mostra o quanto o projeto de um hospital se diferencia de outras edificações, como instalações industriais e prédios residenciais e corporativos. “São construções com muitas peculiaridades. Hospital é uma eterna obra, que deve ser projetada e executada de acordo com as normas do ministério da Saúde e da ABNT”, afirma.
Sobre as mudanças arquitetônicas que os hospitais tendem a incorporar após a chegada da COVID-19, Fumio Araki aponta no webinar que ventilação e iluminação natural ganharão preponderância nos novos projetos. Os conceitos não são novos. Começaram no século 19, em Paris-França, no Hospital Lariboisiére, que tinha um ambiente ventilado, ensolarado e limpo, diferentemente dos hospitais da época, cuja maioria era insalubre.
Após estagiar no Lariboisiére, a britânica Florence Nightingale - considerada a fundadora da enfermagem moderna - passou a propagar pela Europa a ideia de que hospitais precisavam ser arejados, iluminados e limpos, o que ajudou a derrubar as taxas de mortalidade em ambientes hospitalares. “Com a COVID-19, mais do que nunca hospitais não poderão abdicar de ar fresco e luz natural em suas estruturas”, afirma Fumio Araki.
Entenda cada uma das especialidades relacionadas com projetos hospitalares
Mas o que faz cada uma das especialidades relacionadas com a construção de um hospital? A engenharia hospitalar engloba projeto, construção, manutenção, instalações (elétrica, hidráulica, ar condicionado, gases medicinais, etc.), obras e reformas (predial e instalações). A arquitetura hospitalar cuida do planejamento arquitetônico e atende os seguintes requisitos: expansão da área do hospital, modulação e padronização das instalações, sustentabilidade (de insumos a consumo de energia) e humanização do ambiente.
A engenharia clínica abrange gerenciamento, manutenção e reposição dos equipamentos médicos; inventários e cadastramento dos aparelhos; elaboração de normas e padrões técnicos; treinamentos periódicos aos usuários de equipamentos; cadastro de fornecedores e prestadores de serviços de assistência técnica e monitoração de custos da gestão. Já a manutenção hospitalar é o conjunto de trabalhos para que todo o sistema hospitalar - prédios e equipamentos - esteja em condições de funcionamento e de preservação da vida.
Para o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin), Alexandre Ferreli, o espaço hospitalar não se restringe aos especialistas em engenharia hospitalar, arquitetura hospitalar, engenharia clínica e engenharia de manutenção hospitalar. Ele aponta que nas unidades de saúde há espaço para a atuação de outros profissionais do Sistema Confea/CREA. “Temos também engenheiros civis, mecânicos, de produção e biomédica. Cada vez mais os hospitais precisam dos engenheiros para deixar a tecnologia disponível para os profissionais da saúde. Nosso mote é que os engenheiros também ajudam a salvar vidas”, resume.
Acompanhe o webinar “O futuro promissor da profissão do engenheiro de manutenção hospitalar, após a pandemia”
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Reportagem com base no webinar “O futuro promissor da profissão do engenheiro de manutenção hospitalar, após a pandemia”, promovido pelo INBEC.
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Quem movimenta o setor de máquinas para a construção?
A pandemia não paralisou o setor de máquinas para a construção. Há segmentos em crescimento, como o de pequenos equipamentos, movimentado por obras menores, reformas e construções de casas, sobrados e prédios pequenos. Também está em alta a locação de máquinas pesadas, que fechou o 1º semestre com otimismo. Se os negócios se mantiverem aquecidos até o final do ano, a expectativa é fechar 2020 com crescimento entre 10% e 15%.
Os fabricantes nacionais também têm se beneficiado, pois as importações ficaram mais difíceis, em função do câmbio e do fechamento de fronteiras por causa da COVID-19. O que também tem animado o setor é o aumento pela procura por veículos novos da linha amarela. Empresas buscam renovar a frota, por dois motivos: máquinas antigas e paradas elevam o custo de manutenção e equipamentos recém-lançados agregam tecnologias e geram economia de combustível.
As projeções foram apresentadas no webinar "Investimentos em equipamentos no mercado em transformação", promovido pela Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração). Segundo Expedito Eloel Arena, fundador da franquia Casa do Construtor, em São Paulo-SP, “o setor de pequenas obras e de reformas têm sustentado os negócios neste período”. Entre os principais equipamentos procurados estão betoneiras de até 250 litros e politrizes para concreto.
Existe também a procura por máquinas que possam substituir ou reduzir a mão de obra nos canteiros. O motivo, dizem as construtoras, é que o custo com pessoal aumentou significativamente, por causa das novas medidas para manter a segurança e a saúde dos trabalhadores. Isso engloba alojamento, transporte e saúde física e psicológica das pessoas. Além disso, a pandemia afastou um bom número de operários. “Há ainda a falta do capital humano, já que as pessoas que fazem parte do grupo de risco foram afastadas e algumas delas são peças-chave para o processo”, revela Carlos Magno Cascelli Schwenk, outro participante do webinar.
Marco regulatório do saneamento e concessões de ferrovias podem dar impulso ao setor
Para o consultor da Sobratema, Mario Miranda, o mercado brasileiro de equipamentos tem a tendência de acompanhar o PIB do país, sejam em viés de alta ou de baixa. Mas existem anos em que há um descolamento, como já ocorreu em 2019. No ano passado, o volume de vendas da linha amarela cresceu 94% na comparação aos anos de 2016, 2017 e 2018. Apostando num novo impulso para o 2º semestre, o engenheiro civil Afonso Mamede, presidente da Sobratema, enfatiza a importância da aprovação do marco regulatório do saneamento básico e destaca o plano do ministério da Infraestrutura para a concessão de ferrovias no Brasil. “São duas alavancas que devem mexer sensivelmente com o mercado”, avalia.
O webinar também abordou as mudanças do mercado de máquinas e equipamentos para a construção na pós-pandemia. Segundo os participantes, a locação se tornará uma tendência forte. “A opção pela locação é feita no planejamento. Ela pode ser um bom negócio em diversas situações. Por exemplo, quando é necessário um equipamento específico ou é preciso ter a expertise sobre a aplicação da máquina. Outro fator que viabiliza ou não a locação é o prazo de execução da obra. Entretanto, há contratos que exigem que a construtora utilize equipamentos próprios”, conclui Reynaldo Fraiha, presidente da Analoc (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas).
Veja o webinar "Investimentos em equipamentos no mercado em transformação"
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Reportagem com base no webinar "Investimentos em equipamentos no mercado em transformação", promovido pela Sobratema
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Cimento Itambé atende fachadas de alto padrão
A alvenaria da fachada do edifício Queen Victoria Residence usa o cimento CP IV-32 RS, da Itambé, por ser o mais adequado para a argamassa de rejunte. O prédio de alto padrão da construtora San Remo está em fase de execução, em Curitiba-PR, e o engenheiro da obra, Gabriel Moritz, explica que a escolha se deu por causa das características do tipo de cimento. “A San Remo realizou inúmeros testes e conversou com especialistas. O cimento CP IV-32 RS foi escolhido devido às suas propriedades pozolânicas e sua ótima resistência em meios agressivos”, diz.
Outra característica levada em consideração é a eficácia do CP IV-32 RS em argamassas de revestimento, bem como a redução do risco de eflorescência. Essa patologia caracteriza-se pelas manchas brancas nas fachadas e peças aparentes do concreto. “A argamassa escolhida para o assentamento foi aprovada tecnicamente junto ao fabricante do tijolo. Já para o rejunte, além da aprovação técnica junto ao fabricante, fizemos diversos testes para chegarmos à estética de cor ideal”, revela Gabriel Moritz.
Os tijolos usados na fachada do Queen Victoria Residence vieram importados da Inglaterra. Foram compradas 274 mil unidades, num total de 650 toneladas, que chegaram no porto de Paranaguá, no Paraná, em 30 contêineres. O edifício tem estilo arquitetônico inspirado nos tradicionais prédios de Londres. “O projeto ganha ritmo ao unir o clássico e o contemporâneo a traços de art déco, em um diálogo firme e preciso. É um empreendimento único em Curitiba”, resume o engenheiro civil.
CP IV-32 RS é um cimento que tem ótima resistência a meios agressivos
A metragem aproximada de tijolinhos na fachada do Queen Victoria será de 7.700 m². Quanto à parte de cimento no traço do rejunte é de 1:3. Em sua especificação, o CP IV-32 RS é definido como um cimento bastante utilizado com agregados reativos e que tem ótima resistência a meios agressivos, como, por exemplo, ataque por sulfatos. Como todos os produtos da Itambé, o CP IV-32 RS atende à norma ABNT NBR 16697 (Cimento Portland - Requisitos), que foi publicada em 3 de julho de 2018.
O CP IV-32 RS é um cimento versátil e se adequa a vários tipos de aplicações. Entre elas, argamassa dosada em central (estabilizada); argamassa e concreto para construções à beira-mar; argamassa para assentamento de blocos e tijolos; baldrames; chapisco; concreto armado; concreto autoadensável; concreto com agregados reativos; concreto leve para enchimentos; concreto massa (para grandes volumes); concreto para calçada e passeios; concreto para revestimentos sem função estrutural; concreto protendido pós-tensionado; concreto sem armadura; elementos pré-moldados, cura acelerada; emboço; lajes; pavimento de concreto armado; pavimento de concreto sem armadura; pilares; radier; revestimento externo; revestimento interno; sapatas; solo-cimento; vergas e vigas.
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Gabriel Moritz, engenheiro civil da construtora San Remo.
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Aprovado, marco do saneamento será propulsor de obras
Setor mais defasado da infraestrutura brasileira, o saneamento básico ganhou uma oportunidade histórica para sair do atraso. No dia 24 de junho de 2020, o Congresso Nacional finalmente aprovou o marco regulatório do setor, que agora só precisa da sanção da Presidência da República para entrar em vigor. Segundo avaliação do Instituto Trata Brasil, a abertura para a iniciativa privada nacional e para investidores estrangeiros abre a oportunidade para que possam ser injetados 80 bilhões de reais por ano em projetos que ampliem a cobertura de água e esgoto nas cidades brasileiras.
Estima-se que 100 milhões de pessoas não sejam atendidas por tratamento de esgoto no Brasil. Com a aprovação do marco regulatório do saneamento básico, a construção civil será protagonista, por causa do volume de obras que devem ser desencadeadas. Fabricantes de tubos de concreto também serão diretamente beneficiados. Durante a tramitação do projeto no Congresso, estimativas apontavam que pelo menos 45 mil novos empregos serão gerados na construção civil. Só em obras paralisadas no setor há cerca de mil contratos, que com a nova lei podem movimentar de saída 13,5 bilhões de reais.
Segundo o presidente da Comissão de Infraestrutura (COINFRA) da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o engenheiro civil Carlos Eduardo Lima Jorge, o novo marco regulatório não determina a privatização do saneamento, mas estimula concessões, Parcerias Público-Privadas (PPPs) e locações de ativos. “É uma alternativa a um modelo estatal que não se apresenta mais como solução. Os gastos para pagamento de despesas com pessoal nessas companhias vêm consumindo 51,2% de sua receita, restando apenas cerca de 17% da receita operacional para investimentos”, revela.
Votação do marco regulatório foi acelerada pela pandemia de COVID-19
Outro problema apontado pelo engenheiro é que as estatais apresentam altíssimos índices de perdas no processo de captação e distribuição de água, o que reduz a eficiência do serviço. Isso é confirmado pelo Trata Brasil. Em média, o país perde 38% de toda a água potável pronta para ser distribuída, e que representam prejuízo de 12 bilhões de reais por ano. "Em alguns estados, essas perdas chegam a 70%", diz Édison Carlos, presidente do Trata Brasil. O instituto estima ainda que a universalização pode gerar economia de 297 milhões de reais por ano com saúde e promover um ganho de 9 bilhões de reais em produtividade.
A votação do marco regulatório do saneamento básico foi acelerada pela pandemia de COVID-19 e a chegada da doença no Brasil. Antes, o projeto de lei ficou tramitando no Congresso por dois anos. O que deu celeridade foram os estudos vindos da Europa que confirmaram que o Coronavírus se propaga por águas residuais. As pesquisas também mostraram que a água já tratada elimina o vírus. “Os métodos convencionais de tratamento de água para potabilização, utilizados pela grande maioria dos sistemas de abastecimento público no Brasil, já dispõem dos processos de filtragem e desinfecção, que removem o causador da doença”, afirma cartilha do Trata Brasil.
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Senado Federal, Instituto Trata Brasil e Comissão de Infraestrutura (COINFRA) da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) (via assessoria de imprensa)
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Números indicam retorno da confiança na construção civil
Em maio, a Caixa Econômica Federal fechou o maior número de contratos de financiamento imobiliário em 2020. No mesmo mês, o ICEI-Construção (Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cresceu 5 pontos em relação a abril. Além disso, dos 18 setores relevantes da economia brasileira, segundo dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) a construção civil foi um dos que menos demitiram nos primeiros 3 meses de pandemia - março, abril e maio -, perdendo apenas para o agronegócio. Foram fechadas cerca de 1% de vagas, em um universo de 2 milhões de trabalhadores.
Outro fator que desperta otimismo é que maio registrou aumento no volume de venda de cimento. Foram 4,8 milhões de toneladas - 3% a mais que em maio de 2019, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Há ainda mais estatísticas positivas, que sinalizam que junho também deverá manter o viés de alta. Os novos números devem ser divulgados até 10 de julho, mas alguns dados já estão disponíveis. Entre eles, um relevante: o Índice de Confiança da Construção (ICST) medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).
De acordo com o levantamento, a confiança no setor subiu 9,1 pontos em junho, alcançando 77,1 pontos. O indicador marca a recuperação de 43% das perdas desde o início da pandemia. Já o Indicador de Situação Atual (ISA-CST) também subiu 4,7 pontos e chegou à marca de 71,5 pontos, após três meses consecutivos de baixa, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 13,5 pontos e chegou em 83,2 pontos. Outros dados que subiram foram Indicador de Demanda (cresceu 13,5) e Tendência dos Negócios (subiu 13,6). Isso significa que o cenário para a construção civil em junho se tornou menos desolador, de acordo com a coordenadora de Projetos da Construção da FGV Ibre, Ana Maria Castelo.
Pior pode ter ficado para trás, destaca economista da CBIC
No entanto, a economista destaca que o cenário ainda é muito difícil. “A insuficiência de demanda é a maior limitação à melhoria dos negócios em todos os segmentos do setor. Apesar da abertura de empresas e estandes de venda na maioria das cidades, a deterioração do quadro fiscal, do emprego e da renda não favorece a demanda”, observa. A especialista do FGV Ibre também destaca que, entre os meses de abril e maio, a queda no Índice de Nível de Atividade foi de 28,1 pontos, enquanto a recuperação de junho é de somente 3,4 pontos.
Tanto os dados apurados pelo ICEI-Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) quanto os do FGV Ibre mostram reação do setor, confirma a economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos. Porém, ela destaca que resultados abaixo da linha divisória de 50 pontos ainda geram incertezas, mas sinalizam que a atividade da construção civil tende a ganhar mais força no segundo semestre de 2020. “O indicador de confiança do empresário saiu de 34,8 em abril para 37,6 pontos em maio e alcançou 42,6 pontos em junho. O resultado está mais próximo da linha divisória de 50 pontos, que separa confiança da falta de confiança. Esses dados mostram que o pior pode ter ficado para trás”, finaliza.
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Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) (via assessoria de imprensa)
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Projeto reduz em 50% valor cobrado pela emissão de ART
Projeto que tramita na Câmara dos Deputados pretende reduzir em 50% os valores relativos à taxa de emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). O documento é essencial para a execução de obras. O custo menor da taxa, proposta no projeto, também se estende ao Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) e ao Termo de Responsabilidade Técnica (TRT). Esses registros são emitidos respectivamente pelo sistema Confea/CREA, Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT).
Atualmente, os valores da ART e da RRT são cobrados por m² e estão atrelados ao custo do serviço e ao tamanho do projeto. No caso da ART, existe uma tabela nacional, que pode ser consultada nos sites de cada SindusCon regional. Em 2020, o sistema Confea/CREA autorizou o reajuste de 3,28% para a emissão do documento, que caracteriza legalmente os direitos e obrigações sobre os serviços a serem contratados, além de determinar a responsabilidade profissional por eventuais defeitos ou erros técnicos. É na ART que se estabelecem os limites da responsabilidade sobre a obra.
As leis que definem os procedimentos de ART são as 6.496/1977 e 12.514/2011, além das resoluções 1.025/2009 e 1.067/2015. Conforme o Sistema Confea/CREA, o documento é importante, pois garante os direitos autorais, comprova a existência de um contrato - até mesmo nos casos em que tenha sido realizado de forma verbal - e garante o direito à remuneração, na medida em que se torna um comprovante da prestação de um serviço.
Além de propor reduzir em 50% os valores relativos à taxa de emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), o texto do projeto de lei 3331/2020 também sugere reduzir a zero o valor das anuidades de 2020 cobradas pelos conselhos profissionais, e em 50% em 2021. As anuidades são cobradas dos profissionais da engenharia civil e das empresas construtoras.
Medida tenta atenuar impacto da COVID-19 sobre engenheiros civis e arquitetos
Autor da proposta, o deputado Julian Lemos (PSL-PB) afirma que as restrições de circulação de pessoas e de atividades econômicas por conta da pandemia de Coronavírus têm afetado de forma significativa os profissionais liberais e em especial os associados à matriz da construção civil. “O objetivo é colaborar para que esses profissionais se restabeleçam financeiramente”, justifica. O parlamentar diz haver jurisprudência no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça para o congelamento de contribuições em situações de calamidade pública.
Apresentado em 16 de junho de 2020, o projeto de lei está em regime de tramitação e aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para ser encaminhado às respectivas comissões. Na enquete promovida pela Câmara para ver se o projeto tem apoio popular, o PL 3331/2020 mostra não ter sido bem recebido. Ele tem a discordância de 75% dos que votaram, enquanto 25% concordam. Por estar em início de tramitação, Confea/CREA e CAU preferiram aguardar o avanço do projeto de lei para emitir opinião.
Recentemente, os conselhos de engenheiros civis, agrônomos e arquitetos adiaram as cobranças de taxas de profissionais e empresas para o segundo semestre de 2020. A decisão foi tomada logo que a pandemia de COVID-19 chegou ao Brasil e levou em consideração a paralisação causada na economia, em decorrência do alastramento da doença e da obrigatoriedade do distanciamento social.
Entrevistado
Deputado Federal Julian Lemos (PSL-PB) e assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados
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COVID-19 acelera futuro nos canteiros de obras
Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) se tornam soluções para as construtoras que viabilizam grandes obras e não podem ver a produtividade afetada pela COVID-19. As duas tecnologias cognitivas passaram a ter uso crescente para reforçar a segurança sanitária dos trabalhadores e para ajudar na higienização dos equipamentos nesta época de pandemia.
Com base na IA, software recentemente desenvolvido em Cambridge, Massachusetts-EUA, permite, por exemplo, verificar se o distanciamento social é respeitado no canteiro de obras. A ferramenta é acoplada à IoT, para controlar o risco do vírus se propagar através dos equipamentos que entram e saem do local da construção ou são manuseados por mais de um trabalhador.
Ligadas a sensores de rastreamento, as máquinas indicam a necessidade de higienização. No caso dos caminhões-betoneira, eles sinalizam, via GPS, se passaram por alguma região mais afetada pela epidemia ao longo do percurso entre a concreteira e a obra. Quando isso ocorre, os veículos também são higienizados antes de entrarem no canteiro de obras.
A Inteligência Artificial usa a tecnologia de reconhecimento facial e de reconhecimento de objetos para detectar quem está se protegendo contra a COVID-19. A doença forçou uma adaptação da IA ao “novo normal”. Antes, dentro do canteiro de obras, esse monitoramento tinha um foco específico na segurança. Agora existe também a preocupação sanitária.
Nos Estados Unidos, obras com mais de 50 colaboradores estão instalando câmeras termais nos locais de trabalho. Junto com a IA, os equipamentos permitem saber se o trabalhador está febril ou não. Essa triagem eletrônica impede que um eventual infectado se transforme em um vetor da doença no canteiro de obras. Além de câmeras termais, veículos robotizados autônomos e drones também ajudam a fazer o rastreamento.
Mercado em alta para novas tecnologias de uso específico na construção civil
Também nos EUA, desenvolvedores como Smartvid.io, Triax Technologies e Hexagon são os que mais têm fornecido novas tecnologias para uso específico no canteiro de obras. E a procura tem sido surpreendente, como revela pesquisa encomendada pela Microsoft à consultoria DuckerFrontier. Antes da pandemia, apenas 28% das construtoras norte-americanas tinham preocupação com estratégias digitais. Agora, o volume aumentou para 36%. Até 2023, esse mercado deve movimentar 2 bilhões de dólares nos Estados Unidos, estima o estudo.
No Brasil, os números são menos impressionantes, mas crescentes. Tanto a Inteligência Artificial quanto a Internet das Coisas são utilizadas para o controle de áreas de risco das obras e para monitorar se os trabalhadores estão com os laudos médicos e os treinamentos em dia, e se estão utilizando os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequadamente. O sistema desenvolvido pela Mobuss Construção funciona através de catracas virtuais e por chips instalados nos EPIs. A tecnologia já é utilizada por mais de 100 construtoras em todo o país - desde alto padrão até as
que atuam no programa Minha Casa Minha Vida.
Para Tim O’Brien, diretor-geral de programas de IA da Microsoft, a Inteligência Artificial tem potencial para ajudar não só a construção civil como a humanidade diante do desafio enfrentado atualmente, que é a pandemia de COVID-19. “As ciências da computação e social devem caminhar lado a lado neste momento, para que a tecnologia seja parceira na busca por soluções para a nova sociedade que está surgindo”, avalia.
Entrevistados
Associação para o Avanço da Inteligência Artificial e Microsoft Media Relations (via assessoria de Imprensa)
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Do Maracanã aos estádios de 2020: o que mudou em 70 anos?
O Maracanã está comemorando 70 anos. Seu projeto arquitetônico e sua construção foram um marco para a engenharia mundial do final dos anos 1940. Erguido com 80 mil m3 de concreto armado, o estádio passou por uma completa reconstrução para a Copa de 2014. Ganhou cobertura mais leve e até um sistema de amortecimento nas arquibancadas. A tecnologia está presente no novo Maracanã e tem sido utilizada cada vez com mais intensidade na construção de novos estádios.
É o que fica evidente nos projetos em andamento para a Copa de 2022, no Catar. Coincidentemente, em 17 de junho de 2020 - data em que o Maracanã completou 70 anos de sua inauguração -, Doha anunciou a conclusão do Diamante do Deserto. Com 45.350 lugares, o estádio é um dos oito que sediarão partidas do mundial, dos quais 3 já tiveram os projetos de execução finalizados. Repletas de soluções tecnológicas, as arenas do século 21 não podem mais ser definidas como “gigantes de concreto armado”. Melhor chamá-las de “palcos da engenharia inovadora”.
Hoje, em suas construções, predominam os pré-moldados de concreto, estruturas mistas de concreto e aço e até materiais alternativos, como madeira e contêineres, além de novos tipos de concreto, que vão dos autoadensáveis aos de alta resistência. Sem contar que suas coberturas utilizam elementos levíssimos, como policarbonato, vidro e membranas de tecidos impermeáveis, que repelem a água e os raios ultravioletas. O Diamante do Deserto é um exemplo. A fachada do estádio tem revestimento de tecido metálico com figuras geométricas em forma de losangos e triângulos. As placas mudam de cor conforme o movimento do sol e à noite emitem luz.
O estádio também atende requisitos de sustentabilidade. Ganhou avaliação 5 estrelas do Global Sustainability Assessment System (GSAS) (Sistema Global de Avaliação de Sustentabilidade) tornando-se o primeiro estádio do mundo a obter esse reconhecimento. Pelo menos 55% dos materiais utilizados no projeto são provenientes de fontes sustentáveis e 28% dos materiais de construção são recicláveis. Localizado no campus da Cidade da Educação do Catar, a arena terá sua capacidade reduzida para 20 mil depois da Copa. O projeto arquitetônico é do escritório espanhol Fenwick Iribarren e do britânico Arup A. Pattern. A execução ficou a cargo da Buro Happold Engineering.
Os outros dois estádios concluídos para a Copa do Catar são o Khalifa International Stadium, que foi reformado e ampliado para receber 48 mil pessoas, e o Al Janoub, projetado pelos arquitetos Zaha Hadid e Patrik Schumacher. Assim como o Diamante do Deserto e o Khalifa, o Al Janoub também conta com sistema de ar-condicionado nas arquibancadas, para o público suportar as altas temperaturas da região.
Multifuncionalidade é característica marcante dos estádios modernos do Catar
Em 1º de julho de 2020 está prevista a conclusão do 4º estádio: o Al Bayt. O design lembra o de uma tenda árabe e a cobertura também utiliza tecidos de alta resistência. Seu projeto prevê uma redesignação após a Copa do Mundo. A estrutura será transformada em um hotel 5 estrelas e em um shopping center. A multifuncionalidade, aliás, é característica dos estádios modernos do Catar. Boa parte das edificações não vai operar como arenas esportivas depois do mundial. O Al Rayyan, por exemplo, será transformado em um parque aberto ao público.
Mas o caso mais peculiar será do Ras Abu Aboud. O estádio em construção à beira da West Bay, em Doha - a Mônaco dos Emirados - está reutilizando contêineres, transformando-os em peças de aço modular para erguer a estrutura externa e a fachada. Por dentro, nas arquibancadas, predomina o concreto pré-moldado. Trata-se do 1º estádio 100% “descartável” do mundo. Depois da Copa do Mundo, será inteiramente desmontado. No local nascerá um parque à beira-mar. Destino semelhante terá o Al Thumama. O estádio será desmontado após o mundial e doado a outro país árabe que se candidate a recebê-lo.
A Copa de 2022 terá como estádio da abertura e da final o Losail, com 80 mil lugares. A arena é parte de uma cidade-inteligente, a Lusail City. A obra inclui em seu projeto um sistema de reciclagem que promete economizar 40% da água utilizada no estádio, se comparada às arenas convencionais. Depois do mundial, as instalações do Losail serão transformadas em um centro comunitário, com escolas, lojas e clínicas de saúde. Do Maracanã aos estádios do Catar para 2022, cada um no seu tempo, todos podem ser considerados marcos da engenharia e da arquitetura.
Veja os 8 estádios da Copa do Mundo de 2022, no Catar
Khalifa International Stadium
Education City Stadium (Diamante do Deserto)
Al Bayt Stadium
Al Rayyan Stadium
Al Thumama Stadium
Lusail Stadium
Al Janoub Stadium
Ras Abu Aboud Stadium
Entrevistado
Comitê organizador da Copa do Mundo de 2022 e Superintendência de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro (Suderj) (via assessoria de imprensa)
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