Novos concretos que vão surpreender na próxima década
Oito novos tipos de concreto prometem se destacar na próxima década. São materiais que propõem concepções inovadoras para paredes, fachadas, pisos e estruturas. Entre eles, o concreto translúcido leve. A austríaca Luccon desenvolveu placas pré-fabricadas entremeadas por minúsculas malhas de fibras ópticas (fios de 0,4 milímetros) que possibilitam maior penetração da luz, sem comprometer a resistência do material.
O concreto translúcido leve ainda utiliza areia de quartzo como agregado, o que dá às placas diferentes efeitos de luz. O material já é muito procurado pela arquitetura de decoração e por designers de fachadas, principalmente nos países árabes, no Japão, na China, na Índia e na Indonésia. Vendido nas medidas de 1,5 m x 1 m ou 2 m x 1 m, cada artefato tem entre 2 a 3 centímetros de espessura. O valor de uma placa é cerca de 60 dólares.
Outra novidade é o concreto gráfico. Ideal para fachadas, a invenção finlandesa pode receber as mais variadas estampas, personalizando a obra. Trata-se de uma espécie de serigrafia sobre painéis pré-fabricados de concreto. A tecnologia utiliza membrana biodegradável aplicada na fôrma em que a peça pré-fabricada é produzida. Durante a cura do concreto a imagem estampada na membrana fica impressa no painel.
O fabricante afirma que o custo varia de projeto para projeto. O painel-padrão mede 3,2 m x 3,2 m, mas já foram fabricadas peças medindo 7 m x 3 m. O custo médio de cada painel é de 36 euros por m2. A membrana é o processo mais caro da tecnologia, já que as demais etapas seguem o padrão convencional da pré-fabricação do concreto.
Da Carolina do Sul-EUA, vem os painéis arquitetônicos de concreto com fibras de carbono. O material tem como características ser 60% mais leve que as peças pré-fabricadas convencionais. Por causa do excelente desempenho térmico e acústico, esse produto pode ser usado tanto em paredes estruturais quanto em paredes de vedação. Existem projetos que já utilizaram o material em lajes. Para paredes de vedação, o painel arquitetônico de concreto com fibras de carbono custa 12 dólares o m2. Para outras estruturas, o fabricante afirma depender de cada projeto.
Ainda mais tecnológico é o concreto Chronos Chromos. O material possibilita projetar imagens em sua superfície como se fosse um painel de LED. Desenvolvido por 3 estudantes britânicos da Unidade de Inovação do Royal College of Art - Chris Glaister, Afshin Mehin e Tomas Rosen -, esse concreto incorpora pigmentos termocromáticos que, quando aquecidos por um sistema elétrico, mudam de cor. A alteração cromática, manipulada por microprocessadores, permite formar padrões complexos e exibir informações na parede, como horários, imagens publicitárias ou de utilidade pública. O concreto Chronos Chromos ainda não está disponível comercialmente.
Outro concreto inovador vem da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. O material é um tipo de concreto dobrável, com resistência 500 vezes superior ao concreto convencional e 40% mais leve. Entre seus agregados estão areia de sílica, cujos grãos medem apenas 100 mícrons de diâmetro, e fibras de álcool polivinílico (conhecido como PVOH, PVA ou PVAL).
Quando sobrecarregadas, as fibras lubrificadas escorregam em vez de fraturar e possibilitam que o concreto dobre. Ideal para estruturas em regiões sísmicas, o material já foi usado como protótipo em dois prédios de Tóquio - Roppongi Pacific Tower e Nabeaure Yokohama Tower. É outro concreto que ainda não chegou ao mercado.
Papéis de parede e ladrilhos que revelam decorações em contato com a água
Já da Alemanha surgem as fôrmas emborrachadas para concreto aparente. Elas permitem dar texturas personalizadas ao material, seja para fachadas ou paredes internas. A ideia foi aprimorada pela Reckli, que tornou o sistema mais eficaz e barato. As fôrmas podem ser reutilizadas até 100 vezes, permitindo que seu custo seja comparável ao das fôrmas de alumínio, ou seja, o valor por m2 varia entre 150 dólares a 350 dólares, dependendo do projeto.
Porém, os britânicos foram mais longe: criaram um papel de parede de concreto. São lâminas do material que medem pouco mais de meio centímetro e, a exemplo dos papéis de parede convencionais, recebem texturas decorativas. O material pode ser usado para revestir, para dar reforço estrutural a uma parede de vedação ou para auxiliar no desempenho acústico. Também pode ser utilizado em pisos ou tetos, menos em áreas úmidas. Por ser produzido sob medida para cada projeto, o papel de parede de concreto é caro. Dependendo das dimensões, cada placa pode custar até 1.500 dólares.
Especificamente para banheiros, os holandeses criaram ladrilhos de concreto que, em contato com a água, formam figuras como folhas, flores ou desenhos geométricos. O segredo está no uso de pigmentos orgânicos, que mudam de cor ao manter contato com a água. Quando as peças secam, elas voltam a ter uma cor única: acinzentado típico do Cimento Portland. O material é recomendado para pisos e paredes e se adéqua também em projetos de piscinas, jardins e saunas. Como todo produto inovador, esse ladrilho de concreto ainda é para poucos. Cada peça tem a dimensão de um azulejo português (15 cm x 15 cm) e não sai por menos de 40 dólares. Os designers que inventaram o material estimam que assim que a produção ganhar escala o preço da unidade reduzirá sensivelmente.
Veja vídeo do concreto gráfico
Veja vídeo dos painéis arquitetônicos de concreto com fibras de carbono
Veja vídeo do concreto Chronos Chromos
Veja vídeo dos ladrilhos de concreto
Entrevistados
Luccon, Graphic Concrete, AltusGroup, Unidade de Inovação do Royal College of Art, Universidade de Michigan, RECKLI GmbH, Concrete-Blond e Studio Frederik Molenschot & Susanne Happle
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Em períodos de crise hídrica, atenção à gestão da água na obra
Desde 2014, os estados das regiões sudeste e sul do Brasil passaram a enfrentar frequentemente períodos de crise hídrica. O problema atinge indiscriminadamente vários setores econômicos, incluindo a construção civil. O risco de cortes prolongados no abastecimento tem exigido que as construtoras incluam nas análises de viabilidade técnica e econômica das obras a questão do uso e manejo da água. Captar o recurso natural da rede da concessionária é a principal alternativa, mas é necessário pensar em soluções que permitam criar reservas hídricas, em caso de corte no abastecimento, para não prejudicar o cronograma no canteiro de obras.
Entre as alternativas está o reúso da água para determinadas etapas da construção. A reutilização de água de lava-rodas, de águas cinzas ou da chuva é uma solução que se espalha entre as construtoras. Outra opção é buscar no terreno da obra o rebaixamento de lençol freático. Para isso, é imprescindível uma análise prévia da qualidade dessa água, principalmente se for para produzir concreto. O gerente de laboratórios da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), Arnaldo Forti Battagin, lembra que é necessário cumprir as exigências mínimas da norma ABNT NBR 15900 (Água para amassamento do concreto - Requisitos).
No caso de projetos que buscam selos de sustentabilidade, a economia de água durante a construção é inegociável. As certificações LEED e AQUA têm entre seus requisitos o monitoramento do consumo de água no canteiro de obras. A ação pode ser feita por meio da quantificação por m2 construído (medição por planilha) por equipamentos ou através de softwares, dependendo do certificador. De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) não fazer a gestão da água pode ter custo de execução até 2% maior na comparação a uma obra do mesmo porte que se preocupa com o consumo no canteiro.
Na concretagem, agentes de cura são aliados em períodos de crise hídrica
Outro ponto importante é conscientizar a equipe de trabalho para evitar desperdícios. O ideal, segundo pesquisa realizada pelo departamento de engenharia da construção civil e urbana da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) é que operários que não estejam em regime de alojamento consumam entre 45 e 65 litros de água por jornada de trabalho. Como exemplo, no Espírito Santo a concessionária de abastecimento e saneamento do estado mediu o consumo nos canteiros de obras da capital Vitória-ES e concluiu que a gestão pode gerar economia de água entre 30% e 40%.
No que se refere ao concreto, os agentes de cura são aliados em períodos de crise hídrica. Esses aditivos são conhecidos por retardar a evaporação da água e por proporcionar processos de secagem sem formação de fissuras. Também promovem economia de água no canteiro de obras, pois, dependendo da área concretada e das condições meteorológicas, podem gerar economia de até 2 mil litros por 100 m².
Acesse o Manual de Conservação e Reúso da Água em Edificações.
Entrevistado
Reportagem com base no Manual de Conservação e Reúso da Água em Edificações, elaborado pela Agência Nacional de Águas (ANA), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP)
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Nova norma técnica unifica sistemas de alvenaria estrutural
Foi publicada em 10 de agosto de 2020 a nova norma técnica para alvenaria estrutural, partes 1, 2 e 3, denominada ABNT NBR 16868. A principal novidade é que ela unifica os sistemas, ou seja, não existe mais uma norma para alvenaria estrutural com blocos de concreto e outra para alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. A partir de agora, a ABNT NBR 16868 atende aos dois tipos de artefatos.
Ficam extintas, portanto, as normas técnicas ABNT NBR 15812 (partes 1, 2 e 3), que trata apenas de alvenaria estrutural para blocos cerâmicos, e a ABNT NBR 15961 (parte 1 e 2), exclusiva para alvenaria estrutural com blocos de concreto. Da mesma forma, foram canceladas as seguintes normas: ABNT NBR 16522:2016 - Alvenaria de blocos de concreto - Métodos de ensaio, e ABNT NBR 6136:2014 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos.
Os trabalhos para chegar ao texto final da norma técnica se estenderam por 4 anos e estiveram sob a coordenação do professor-doutor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Guilherme Parsekian. “O Brasil era o único país que tinha norma para bloco cerâmico e norma para bloco de concreto. Houve um trabalho longo e a norma responde diversas dúvidas técnicas, incluindo conceitos que não estavam previstos nas normas antigas”, diz.
Sobre a parte 1, que trata do projeto, um dos pontos mais importantes é que a norma inclui tabela com recomendação para especificação de materiais. Na parte 2, de execução, o controle de obras foi completamente redefinido. Da parte 3, a ABNT NBR 16868 também atende uma reivindicação antiga dos fabricantes de blocos, que são os métodos de ensaio. Antes dispersos em outras normas, os vários modelos foram unificados e agora constam da nova normativa, em formato de guia.
Norma técnica vai ganhar partes sobre situação de incêndio e ações sísmicas
Ainda sobre os métodos de ensaio, um ponto importante foi a inclusão de critério para extração de amostras de testemunhos de paredes executadas. “Ocasionalmente, existem situações em que isso é necessário. Como em casos de obras que ficaram paradas por muito tempo, e perdeu-se o controle inicial, ou em casos em que os ensaios de controle não foram conclusivos. Os laboratórios não tinham respaldo de norma para realizar esse procedimento, e agora têm”, justifica Parsekian.
Futuramente, a ABNT NBR 16868 vai ganhar mais duas partes: parte 4 - Estrutura em situação de incêndio; parte 5 - Projeto para ações sísmicas. Já as partes publicadas recentemente não valem para os projetos de construção que tenham sido protocolados nas prefeituras antes da data de publicação da norma técnica e nem para aqueles que venham a ser protocolados até 180 dias após 10 de agosto de 2020.
Na prática, a ABNT NBR 16868 passa a ser aplicada 100% a partir de 10 de fevereiro de 2021. “O importante é que resolvemos uma antiga demanda do setor, tanto para questões na obra como para os fabricantes”, conclui Guilherme Parsekian.
Veja o webinar “Controle de obras com a nova norma de Alvenaria Estrutural”
Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Controle de obras com a nova norma de Alvenaria Estrutural” e informações da Associação Brasileira de Normas Técnicas
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Crédito imobiliário disponível para 5 milhões de famílias
A queda drástica nos juros e a expansão do volume de recursos para o crédito imobiliário democratizaram ainda mais o acesso ao financiamento da casa própria. A análise faz parte de um estudo do Banco Inter, divulgado recentemente, e que mostra que 5 milhões de novas famílias têm potencial para adquirir imóvel através do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O financiamento via SBPE abrange unidades com valor médio de 250 mil reais.
Outra razão para que a base da pirâmide do crédito imobiliário tenha se alargado está no fato da captação da poupança ter batido recorde na era do Plano Real (criado em 1994). Nos primeiros 7 meses de 2020, a aplicação, que é uma das principais fontes do financiamento imobiliário no Brasil - junto com o FGTS -, arrecadou 87,9 bilhões de reais. Em termos de comparação, no mesmo período de 2019, a poupança captou 13 bilhões de reais.
Como consequência desse cenário, as operações para aquisição da casa própria pelo SBPE cresceram 25% nos primeiros 7 meses de 2020, se comparado ao mesmo período de 2019. O relatório do Banco Inter resume o momento como “uma janela para o crédito imobiliário”. O mesmo documento avalia que vai caber ao cenário econômico do segundo semestre de 2020 aquecer a demanda por novos financiamentos.
No que depender da Caixa Econômica Federal, que detém 70% do crédito imobiliário do país, mecanismos para estimular a busca por financiamento não irão faltar. A mais recente medida do banco foi aumentar o comprometimento da renda familiar de 20% para 22%. Na prática, significa que a renda familiar para financiar um imóvel de até 300 mil reais por 30 anos baixou de 10.250,60 reais para 9.318,73. As taxas anuais de juros para esse financiamento são de 4,95% + IPCA.
Caixa dispõe de 483 bilhões de reais para investimento em crédito imobiliário e construção de moradias
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a medida é para estimular novas famílias a adquirirem a casa própria. “A habitação é um bem social que todas as famílias têm direito. Então, o governo federal tem o mercado imobiliário como uma de suas prioridades”, revela o dirigente. Atualmente, a Caixa dispõe de 483 bilhões de reais para investimento no crédito imobiliário e na construção civil residencial.
Por isso, vários analistas econômicos afirmam ser esse o melhor momento para financiar a casa própria. Um deles é o professor do curso de economia da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) Silas de Souza Cézar. Segundo ele, a conjuntura juros baixos, inflação baixa e mercado imobiliário fazendo de tudo para vender é inédita no país. Por outro lado, ele alerta: essa conjuntura é para quem quer adquirir o imóvel para morar, não para investir.
Na mesma linha, Alberto Ajzental, do curso de desenvolvimento de negócios imobiliários da FGV, afirma que o crédito imobiliário está em um patamar que nunca esteve. Ele faz uma comparação, mostrando que quem comprou imóvel em 2016, com taxa de juros a 12% ao ano contra os 7% de agora (média dos cinco bancos que operam com financiamento imobiliário no Brasil) pagou 90 mil reais a mais pela aquisição da casa própria.
Entrevistado
Banco Inter e Caixa Econômica Federal (via assessoria de imprensa)
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Falta de dados sobre cliente é desafio para varejo da construção
No Brasil, menos de 30% dos varejistas da construção civil possuem dados sobre seus clientes. Sem conhecer quem frequenta as lojas e quais as preferências dos consumidores, o desafio para o setor é aumentar a base de dados sobre quem compra seus produtos. Essa é a constatação da especialista em comportamento do consumidor, Fátima Merlin, feita durante webinar promovido pela Feicon Batimat.
“Menos de 30% dos varejistas possuem uma base de dados dos clientes. O cadastro é o primeiro passo para desenhar ações e conhecer esse cliente. Principalmente agora, que novos hábitos de consumo têm sido adotados. Não sabemos se esses hábitos vieram para ficar, mas alguns deles certamente permanecerão na pós-pandemia, como a conectividade, a objetividade na compra e a busca por melhores relações custo-benefício”, avalia.
Há consenso entre os analistas que participaram do webinar de que o varejo pós-pandemia vai encontrar outro tipo de cliente. Esse será mais prático, resolutivo e preocupado com a sua segurança sanitária, dizem. Diante do novo cenário, os debatedores consideram que a estratégia omnichannel tende a ser irreversível, por causa de sua principal expertise, que é estreitar a relação online e offline do varejo.
Segundo os debatedores, a omnicanalidade vai se reforçar por conta da segurança sanitária. “As pessoas não querem mais frequentar as lojas por muito tempo, para evitar risco de contágio. Vão preferir fazer suas compras online e aparecer na loja física apenas para pegar o produto. As questões sanitárias passaram a ser uma variável seletiva e um fator que vai definir a preferência por uma ou outra loja”, diz a especialista em comportamento do consumidor.
Crescimento da venda online vai exigir retaguarda operacional e logística das empresas
Porém, destaca Fátima Merlin, é necessário que o varejo aprenda a segmentar cada vez mais seus clientes para conseguir entendê-los. Nesse primeiro momento, apesar de o consumidor ter buscado a compra online, não significa que ele tenha saído plenamente satisfeito de suas experiências. “As pesquisas mais recentes indicam que 80% dos consumidores experimentaram novas formas de fazer compra durante os meses de pandemia. Porém, a média de satisfação não foi muito alta. Começou em 4, entre março e abril, e subiu para 6 em junho e julho. Isso significa que tem muito para ser melhorado”, afirma.
Outra convergência de ideias dos debatedores foi com relação às mudanças de gestão das lojas. No caso do varejo da construção, eles entendem que a retaguarda operacional e logística será essencial para o bom andamento dos negócios. Avaliam ainda que a venda pela internet pode desencadear “guerra de preços”. Para Fátima Merlim, são situações inevitáveis, mas que podem ser amenizadas por um novo modelo de venda. “É preciso sair do vender produto para vender solução. Óbvio que não existe uma receita pronta, pois todo o varejo terá de se reinventar. Mas no começo sugiro que fazer o simples bem feito é o melhor caminho para dar certo”, finaliza.
Assista ao webinar “Comunicação Omnichannel: atingindo o novo consumidor”
Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Comunicação Omnichannel: atingindo o novo consumidor”, promovido pela Feicon Batimat
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NY projeta construir o maior arranha-céu sustentável do mundo
O maior arranha-céu do mundo com conceitos de sustentabilidade está projetado para ser construído em Nova York, nos Estados Unidos. O edifício com 130 metros de altura promete ser autossuficiente em consumo de energia e tratamento de água e esgoto. O projeto busca adaptar a edificação a conceitos de pós-pandemia, ou seja, quem habitar o prédio poderá fazer tudo dentro de suas instalações – desde frequentar escolas até ser atendido por um centro médico.
O edifício segue outra tendência: terá pavimentos ocupados por jardins suspensos. Segundo o escritório de arquitetura Piero Lissoni, a pretensão é ter uma floresta urbana vertical no coração de NY. As áreas verdes não serão por acaso. Servirão para abastecer um sistema de reciclagem do ar, dispensando equipamentos de ar-condicionado, além de ajudar na captação de água da chuva e seu respectivo tratamento. “As infraestruturas do futuro devem ser pensadas para suportar períodos de confinamento”, diz o autor do projeto, o arquiteto Lissoni Casal Ribeiro.
A concepção do arranha-céu também leva em consideração a escassez de terrenos em Nova York. O prédio vai ocupar uma área de 80 metros de largura por 130 metros de comprimento. “A torre está configurada para maximizar a funcionalidade dos espaços interiores e exteriores e garantir a eficiência estrutural. Partindo de um lote urbano de 80 x 130 m, o núcleo central do prédio é circundado por grandes jardins suspensos apoiados por uma cortina externa de cabos de aço, que atuam tanto como estrutura quanto como desenho de fachada da torre”, define Lissoni Casal Ribeiro.
Entre as inovações a serem usadas no prédio nova-iorquino está a energia geotérmica
Uma das principais inovações do edifício projetado para NY é que ele utilizará energia geotérmica combinada com painéis fotovoltaicos. Em Nova York, as duas formas de energia renovável geram benefícios fiscais a quem as utiliza em projetos arquitetônicos. No caso da energia geotérmica, que bombeia água aquecida do subsolo através de dutos por dentro das estruturas do prédio, o objetivo é que a temperatura ambiente dos apartamentos seja, em média, 10 °C acima do ambiente externo quando o bombeamento estiver ligado. Com isso, projeta-se uma economia de 60% com sistemas de ar-condicionado e calefação.
O projeto do edifício projetado pelo estúdio Lissoni & Partners ganhou menção-honrosa no SKYHIVE 2020 Skyscraper Challenge, que premia arranha-céus conceituais e que tendem a ditar padrões arquitetônicos. “Não projetamos simplesmente um edifício, mas sim um ecossistema completo. Como uma árvore, que reúne e transforma toda a energia necessária do sol, do vento e da chuva”, afirma Lissoni Casal Ribeiro. Os projetos vencedores da premiação foram a Biorrefinaria, um prédio a ser construído em Londres-Inglaterra, e que promete emissão zero de CO2; o Edifício Oco de Dubai, com paredes e lajes ocas, por onde o ar circula e ajuda a resfriar a edificação, e a Cidade Vertical, em Roma-Itália, dentro do conceito de que uma edificação deve suprir todas as necessidades de seus moradores em caso de pandemia.
Entrevistado
Lissoni&Partners Arquitetos e SKYHIVE 2020 Skyscraper Challenge
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Rol de obras para PPPs explorarem é diversificado
A Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE) aponta que as Parcerias Público-Privadas (PPPs) são uma alternativa importante para a retomada da atividade econômica na pós-pandemia de COVID-19. Por isso, promoveu recentemente o webinar “Parcerias Público-Privadas como estratégia de recuperação econômica”, reunindo Fernando Camacho, professor do mestrado profissional da FGV EPGE e Investment Officer na International Finance Corporation; Cleverson Aroeira, superintendente da área de estruturação de parcerias de investimentos do BNDES, e Gabriel Fiuza, subsecretário de regulação e mercado da secretaria de desenvolvimento da infraestrutura do ministério da Economia.
Os debatedores apontaram as vantagens das PPPs, e como elas estão ganhando espaço na esfera federal, nos estados e nos municípios. Gabriel Fiuza destacou que os marcos regulatórios, como o que recentemente foi aprovado para o setor de saneamento básico, são decisivos para impulsionar as Parcerias Público-Privadas. Na avaliação do representante do ministério da Economia, as ferrovias e as telecomunicações tendem a seguir o mesmo caminho do saneamento. No entanto, Gabriel Fiuza fez a seguinte ressalva: “O setor privado precisa apresentar mais projetos de PPPs e não apenas esperar a ação do governo.”
Fernando Camacho destacou os modelos de PPPs e concessões bem-sucedidos no Brasil, como os que privatizaram os aeroportos. “Temos praticamente 70% do setor aeroportuário com a área privada e os bons resultados são inegáveis. O setor rodoviário está no mesmo caminho”, afirma. O professor da FGV EPGE também ressaltou que as PPPs têm setores ainda pouco explorados no país, como as direcionadas para a infraestrutura urbana e a infraestrutura social, que atende educação e saúde. “Existem alguns pequenos projetos-pilotos bem sucedidos no Brasil, como os firmados em Minas Gerais e na Bahia, mas há muito espaço para investidores nessas áreas”, avalia.
BNDES tem uma “fábrica de projetos de PPPs” que atendem todos os segmentos
Cleverson Aroeira lembrou que o BNDES tem o que banco batizou de “fábrica de projetos de PPPs”. Nele, há pacotes que buscam duplicar o volume de rodovias federais privatizadas no país, e que hoje somam aproximadamente 10 mil quilômetros. “Também existem projetos interessantes no setor portuário e em segmentos subexplorados, como o de parques. O Parque Nacional do Iguaçu é um bom exemplo de privatização bem sucedida. Mas há muito mais para fazer. Para se ter ideia, os parques brasileiros recebem 12 milhões de visitas por ano, enquanto nos Estados Unidos chegam a 300 milhões. Quer dizer, existe um potencial enorme nessa área”, atesta.
Sobre os impactos da COVID-19 nos projetos de PPPs e concessões que estão em andamento, Aroeira avalia que esse tipo de investimento desperta uma visão diferente. “O investidor em infraestrutura enxerga o longo prazo, ou seja, ele continua olhando nossos projetos. O que as esferas de governo (federal, estadual e municipal) precisam fazer é seguir estruturando seus projetos. Não se pode parar de lançar leilões e de aprimorar as PPPs, a fim de atrair ainda mais investidores”, finaliza o executivo do BNDES.
Veja a íntegra do webinar “Parcerias Público-Privadas como estratégia de recuperação econômica”
Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Parcerias Público-Privadas como estratégia de recuperação econômica”, promovido pela Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE)
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secepge@fgv.br
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Insubstituível, concreto será mais sustentável e inteligente
Em uma das várias conferências que aconteceram na edição 2020 do Fórum Econômico Mundial, em janeiro, na cidade de Davos-Suíça, o concreto foi o centro dos debates. O material é o segundo mais utilizado no planeta e os conferencistas concluíram que ele seguirá insubstituível na construção civil, porém ao longo do século 21 irá se tornar cada vez mais sustentável e inteligente.
Como? Já não são poucas as iniciativas que vêm garantindo ao concreto maior durabilidade e desempenho, aliado a menores emissões de CO2. Agora, o próximo passo é tornar o material inteligente, no sentido de que possa se adequar ao ambiente em que está exposto, com menor risco de adquirir patologias. As pesquisas partem de experiências bem-sucedidas, como o bioconcreto, e avançam para a fase de nanossensores capazes de estimular o concreto a reagir às agressões.
Segundo a consultoria canadense Technavio, especialista em relatórios industriais e cujos dados coletados embasaram os debates no Fórum Econômico Mundial, o concreto será um dos materiais que mais irá incorporar tecnologia neste século. O impulso vem da necessidade de se buscar estruturas cada vez mais resistentes e sustentáveis. No relatório, a Technavio cita a família de concretos originários do concreto de pós reativos (CPR), cuja resistência à compressão pode variar de 180 MPa a 800 MPa.
A consultoria canadense projetou no começo do ano que o consumo global de concreto de ultra alto desempenho cresceria 7% em 2020, independentemente da pandemia de COVID-19. A análise cita ainda que, conforme os concretos tecnológicos ganharem mais espaço no mercado, eles irão mexer também com os canteiros de obras, exigindo maior especialização dos trabalhadores e consumindo menos mão de obra. Da mesma forma, produzirão estruturas mais duradouras.
Construção industrializada do concreto perto de movimentar 100 bilhões de dólares por ano
Obviamente, o relatório canadense não deixa de citar que os processos de industrialização do concreto também se intensificarão neste século, o que coincide com a pesquisa “Prefabrication and Modular Construction 2020”. O estudo desenvolvido pela Dodge Data & Analytics afirma que mundialmente o mercado de construção industrializada do concreto movimentou 64,86 bilhões de dólares em 2019, mas que até 2026 esse volume de recursos deverá chegar a 107,21 bilhões de dólares.
A Dodge Data & Analytics também ouviu construtores e 62% dos entrevistados indicaram que já utilizam a pré-fabricação do concreto em suas obras há pelo menos 3 anos. Entre os 38% que responderam que ainda não se beneficiaram da industrialização do concreto, 75% afirmaram que pretendem usar elementos pré-fabricados e modulares em suas obras nos próximos 3 anos (2020-2021-2022).
Os avanços tecnológicos obtidos pelo concreto andam paralelamente às conquistas obtidas pelo Cimento Portland, como já frisou o gerente de laboratórios da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), Arnaldo Battagin. Segundo ele, o cimento do futuro será o Cimento Portland. “O investimento em tecnologia feito pela indústria de Cimento Portland faz o setor superar os desafios”, destaca Battagin.
Entrevistados
Fórum Econômico Mundial, consultorias Technavio e Dodge Data & Analytics (via assessorias de imprensa)
Contato
Interviews@weforum.org
enquiry@technavio.com
media@technavio.com
support@construction.com
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Pandemia muda prioridade e bairros-inteligentes se destacam
A pandemia de COVID-19 mexe também com os projetos de smart cities. As cidades-inteligentes, que necessitam de grandes volumes de investimento, e que às vezes são planejadas dentro de conceitos que se tornam inviáveis quando confrontados com a realidade, dão lugar a experiências mais simples, como os bairros-inteligentes. Haja vista o que aconteceu com a Quayside, que seria construída na orla de Toronto-Canadá. A cidade-inteligente, que teria a Google como investidor, foi cancelada.
Para a doutora e consultora em cidades-inteligentes pela PUC-SP, Stella Hiroki, a pandemia transformou o pedestre em prioridade. Com isso, cresce exponencialmente entre os urbanistas o conceito de “cidades de 15 minutos”, ou seja, quase tudo que envolve o dia a dia do cidadão deve estar a uma caminhada com duração de 15 minutos de sua residência. “Como as aglomerações e os grandes deslocamentos em transportes urbanos podem propagar o vírus, o pedestrianismo virou protagonista”, diz.
Stella Hiroki participou recentemente do webinar “Smart Cities: desafios e prospecções para o futuro da construção com a tecnologia”, promovido pela ConcreteShow, e destacou que mais um item foi acrescentado aos conceitos de smart cities e bairros-inteligentes, após a pandemia. Trata-se da segurança da saúde (health security). “Se antes mobilidade, meio ambiente, pessoas, economia, governança e moradia eram premissas que definiam o que é cidade-inteligente, agora a saúde também ganhou relevância”, acrescenta.
A constatação é confirmada pelo médico-sanitarista Chris Gibbons, um dos precursores do conceito de health security para cidades e bairros-inteligentes. Ele começou a propagar o termo na Universidade do Alabama-EUA, onde atua. “A maioria das cidades inteligentes concentrava-se em infraestrutura, transporte, iluminação urbana e outros serviços do governo municipal. Não havia foco explícito na saúde. O que busco é construir comunidades inteligentes com foco explícito na saúde, sendo esse o foco central dos conceitos de cidade e bairro-inteligente”, revela.
Brasília e Foz do Iguaçu vão ganhar bairros-inteligentes na pós-pandemia
No Brasil, serão viabilizados dois projetos de bairros-inteligentes na pós-pandemia, e que prometem abranger da tecnologia à saúde. Em Brasília, será construído o BIOTIC, que busca unir inovação tecnológica com valorização do pedestre. Na mesma linha, em Foz do Iguaçu-PR, será construída a Vila A. O projeto é uma parceria entre Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Itaipu Binacional e a prefeitura do município. A prioridade é dar autonomia digital e mobilidade aos frequentadores.
Já o bairro-inteligente de Brasília teve seu projeto concebido pelo arquiteto italiano Carlo Ratti. O BIOTIC vai ocupar uma área de 1 milhão de m2, no extremo da asa norte. O bairro-inteligente vai contrariar a proposta do Plano Piloto planejado pelo urbanista Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em 1955, e que se sustentou em quatro pilares: residencial, monumental, gregário e bucólico. Sessenta anos depois de ser inaugurada, Brasília terá uma área com ruas estreitas, praças, calçadas para abrigar cafés e restaurantes, onde a prioridade é o pedestre.
Quanto ao projeto da Vila A, ele prioriza as startups. O bairro-inteligente busca testar soluções e intervenções tecnológicas que poderão ser monitoradas por meio de aplicativos customizados, os quais permitirão comunicação direta com os moradores. Inclui-se aí a telemedicina. “As tecnologias integrarão cidadãos e instituições. Segurança, saúde e inteligência artificial serão áreas muito beneficiadas”, afirma o presidente da ABDI, Igor Calvet. A construção da Vila A começa em outubro de 2020 e deve estar concluída no prazo de 3 anos.
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Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Smart Cities: desafios e prospecções para o futuro da construção com a tecnologia” e informações do Parque Tecnológico de Itaipu e Carlos Ratti Associati (via assessorias de imprensa)
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Agronegócio impulsiona obras de infraestrutura no Paraná
A produção de grãos do Brasil bateu novo recorde na safra 2019/2020, atingindo 253,7 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Paraná contribuiu fortemente para essa nova marca e, com o impulso do agronegócio, o interior do estado se transforma em canteiro para obras de infraestrutura. Os projetos realizados nas regiões Sul, Sudoeste e Oeste incluem pontes, uma rodovia, um aeroporto e uma usina hidrelétrica: a PCH Bela Vista, com capacidade para gerar 29 MW.
No segmento rodoviário, acontece a pavimentação da PR-912, entre Palmas e Coronel Domingos Soares, em um trecho de 27,1 quilômetros. Em União da Vitória, está em construção a quarta ponte sobre o rio Iguaçu, com 492,8 m de comprimento e 13 m de largura. Em Foz, avança a Ponte da Integração - nova conexão com o Paraguai. Já em Cascavel, foi autorizado o início das obras do novo Trevo Cataratas, que une as BRs 277, 369 e 467, e avança a execução do novo aeroporto da cidade.
O novo Trevo Cataratas vai contar com a construção de dois viadutos. O entroncamento é um dos maiores gargalos rodoviários do Paraná e as passagens em nível vão facilitar o fluxo de cerca de 45 mil veículos que circulam pelo local diariamente. A obra, orçada em 80 milhões de reais, integra um pacote de projetos que começaram a ser executados com recursos do acordo de leniência de 400 milhões de reais, firmado em 2019 entre a Ecorodovias S.A. e a força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal.
A liberação ambiental para a construção do novo trevo saiu em 20 dias, por causa da solução de engenharia que será feita na obra para preservar o rio Cascavel - afluente do rio Iguaçu -, que passa embaixo do complexo rodoviário. O rio abastece 70% da população cascavelense e serão construídas bacias de contenção subterrâneas. No caso de um acidente ambiental, os reservatórios de concreto terão suporte técnico para armazenar até 400 mil litros de efluentes derramados na pista, sem contaminar o rio.
Grande volume de concreto no aeroporto de Cascavel e na Ponte da Integração, em Foz
Também em Cascavel, destaca-se a construção do novo terminal aéreo, que terá um pátio de estacionamento de aeronaves todo em concreto, com 34,5 centímetros de espessura. Outra obra com grande volume de concreto é a Ponte da Integração. Do lado brasileiro, a estrutura estima consumir 17 mil m3. O material é fornecido pela empresa Minero Mix, de Foz do Iguaçu, que utiliza Cimento Itambé . O canteiro de obras envolve mais de 500 trabalhadores e atua 24 horas por dia. Já foram executados 30% do projeto. O lado paraguaio tem ritmo mais lento e ainda finaliza a terraplanagem, mas as obras serão aceleradas com o fim dos empecilhos aduaneiros. A previsão é que a nova ponte seja inaugurada em 2022.
Além disso, em 2021 serão licitados 4,1 mil quilômetros de rodovias no estado. O programa será um dos maiores do país. Incorpora 1,6 mil quilômetros de estradas federais e estaduais aos 2,5 mil quilômetros que já fazem parte do Anel de Integração do Paraná. A expectativa é que as novas concessões sejam leiloadas a partir de novembro de 2021, quando vencem os contratos assinados nos anos 1990. O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, vê o estado como modelo. “O Paraná é uma potência, produz muito, tem um Produto Interno Bruto maior que o do Uruguai e os projetos devem atrair muitos investidores”, prevê.
Entrevistado
Ministério da Infraestrutura e secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná (via assessoria de imprensa)
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330