Venda de imóveis novos supera período da pré-pandemia

Pequenas, médias e grandes construtoras alcançaram em agosto resultados melhores que os registrados em fevereiro de 2020, no período anterior ao da pandemia de COVID-19. As empresas com faturamento até 9 milhões de reais viram suas vendas crescerem de 39% para 80%. Já as com faturamento entre 9 milhões de reais e 100 milhões de reais tiveram um salto de 68% para 92%. Melhor ainda tem sido o desempenho das que faturam acima de 100 milhões de reais. Para essas, o crescimento saiu de 84% para 97%, na comparação entre o final de fevereiro e os números de agosto.

Imóveis que tenham varanda que possam abrigar um home office são os preferidos pelos compradores  Crédito: Pinterest
Imóveis que tenham varanda que possam abrigar um home office são os preferidos pelos compradores
Crédito: Pinterest

O público que mais tem procurado imóveis novos é o que possui renda familiar entre R$ 7.875,01 reais e R$ 13.492,00 reais. Esse comprador revelou uma mudança de hábito na escolha de sua nova residência: não dispensa a varanda com multifunções, e que possa abrigar, inclusive, um home office. É o que mostra a 4ª rodada da pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, que desde março analisa o comportamento do mercado imobiliário ao longo da pandemia. “Devemos esse crescimento ao fato de que as pessoas, obrigadas a ficarem reclusas em casa, começaram a ver a necessidade de mudança de imóvel”, avalia o economista Fábio Tadeu Araújo, que coordena o estudo.

De acordo com o levantamento, que ouviu consumidores nas cinco regiões do país, em agosto, 40% dos entrevistados manifestaram a vontade de adquirir apartamentos ou casas novas. Desse percentual, 32,5% já estavam no mercado à caça de oportunidades. Com isso, a intenção de compra atual está perto de retornar ao patamar pré-pandemia, quando o indicador estava em 43%. Os dados da pesquisa também mostram que 15% dos entrevistados apontaram que o isolamento interferiu no estilo de imóvel desejado. Por exemplo, 19% responderam que não comprariam uma unidade sem varanda.

Disposição dos bancos privados em baixar juros do crédito imobiliário reforça bom momento do mercado

Outro estudo que vai ao encontro do que detectou a 4ª rodada da pesquisa da Brain Inteligência Estratégica é o realizado pelo Banco BTG Pactual. Os analistas da instituição financeira entendem que o cenário positivo para as construtoras brasileiras está ainda mais reforçado, principalmente depois que os bancos privados decidiram competir com a Caixa Econômica Federal pela oferta de crédito imobiliário com juros baixos. A mais recente iniciativa foi do Itaú Unibanco, que anunciou uma nova linha atrelada à remuneração da caderneta de poupança.

O financiamento corresponderá ao rendimento da poupança mais uma taxa anual de 3,99%, totalizando 5,39% ao ano. “Esse é de longe o financiamento mais barato que já vimos no Brasil, o que é definitivamente uma notícia positiva para o setor”, afirmaram Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, autores do relatório divulgado pelo BTG Pactual. Os autores do estudo também entendem que, apesar do impacto causado pela pandemia, as construtoras tendem a fechar 2020 com solidez. “Acreditamos que as construtoras aproveitarão um ano sólido, com maiores vendas e crescimento da lucratividade”, finalizam.

Assista ao vídeo da Brain Inteligência Estratégica

Entrevistado
Reportagem com base na apresentação da 4ª rodada da pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, sobre o comportamento do mercado imobiliário na pandemia

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contato@brain.srv.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Aprisionamento de CO₂ pelo concreto atrai gigantes globais

Bill Gates , cofundador da Microsoft, abriu o caminho. O segundo homem mais rico do mundo tornou-se sócio da norte-americana CarbonCure, cuja especialidade é coletar o CO2 das indústrias, tratá-lo e vendê-lo para a construção civil, a fim de que o gás seja injetado no concreto e aprisionado. Agora é a gigante japonesa Mitsubishi Corporation quem adota a mesma estratégia, e vai além. A empresa iniciou pesquisa para conseguir injetar CO2 no concreto em estado fresco.

Atualmente, o aprisionamento de CO₂ pelo concreto é obtido em ambiente controlado e usado na indústria de pré-fabricados  Crédito: UCLA/CO2Concrete
Atualmente, o aprisionamento de CO₂ pelo concreto é obtido em ambiente controlado e usado na indústria de pré-fabricados
Crédito: UCLA/CO2Concrete

Hoje, a tecnologia se restringe à indústria de pré-fabricados de concreto. Em ambiente controlado, o CO2 é injetado dentro das fôrmas de moldagem e absorvido pelo material. O novo desafio é fazer com que o gás seja retido pelo material quando for lançado da betoneira diretamente na obra. A pesquisa, em parceria com a organização árabe Desenvolvimento de Nova Energia e Tecnologia Industrial (NEOM em inglês [New Energy and Industrial Technology Development Organization]) vai buscar cristalizar o CO2 para aprisioná-lo no concreto antes que ele endureça.

De acordo com os envolvidos no projeto, o sucesso da pesquisa pode baratear e disseminar o aprisionamento de CO2 no concreto. Só no Japão, a expectativa é que a tecnologia permita capturar 3 milhões de toneladas de gás carbônico por ano, o que equivale à emissão de 700.000 veículos que utilizam derivados de combustíveis fósseis em seus motores. No entender da NEOM, seria também um sinal claro da indústria da construção civil de que ela está comprometida com temas ambientais e de despoluição.

Até 2030, expectativa é que aprisionamento de CO2 pelo concreto atinja 40%

Segundo o instituto de pesquisa britânico Chatham House, o concreto é fonte de 8% das emissões mundiais de CO2. Supera combustível de aviação (2,5%) e não está muito atrás do que é gerado pelo agronegócio global (12%). São dados que levam as concreteiras norte-americanas a se interessarem cada vez mais pelo aprisionamento. Atualmente, 225 empresas são parceiras da CarbonCure. O problema é que a tecnologia consegue reter apenas 7% do gás injetado no material, após o endurecimento. É pouco diante do volume de concreto consumido pelos Estados Unidos. Em 2019, a indústria da construção civil do país usou 370 milhões de m3. Vale lembrar que EUA e China são os maiores emissores de CO2 do planeta.

Se a pesquisa financiada pela Mitsubishi Corporation for bem-sucedida, a expectativa é que o percentual de aprisionamento pelo concreto atinja 40%. Os resultados devem começar a chegar ao mercado em 2030. Para Jeremy Gregory, diretor-executivo da Concrete Sustainability Hub, que atua em parceria com o Massachusetts Institute of Technology, a tendência é que todas essas iniciativas de aprisionamento de CO2 pelo concreto acabem em uma fusão de ideias, para que surja uma tecnologia consolidada no futuro. “Não vejo uma única tecnologia revolucionária, mas uma combinação de coisas”, diz. A prova é que existem outros estudos em cursos, como a da também norte-americana Blue Planet. A linha da pesquisa é conseguir reter o gás em areia sintética, e usá-la como agregado do concreto.

Entrevistado
Organização de Desenvolvimento de Nova Energia e Tecnologia Industrial (NEOM em inglês [New Energy and Industrial Technology Development Organization]) (via assessoria de imprensa)

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media@NEOM.com

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Mercado de caminhão-betoneira cresce mais de 70% em 2020

Dados da ANFIR (Associação Nacional de Fabricantes de Implementos Rodoviários) mostram que, em 2020, a venda de caminhões-betoneira no Brasil já cresceu 70,9% na comparação ao mesmo período de 2019. O levantamento compreende os meses de janeiro a agosto, quando foram emplacados 492 veículos para o transporte de concreto. O segmento é o 3º com maior volume de negócios no setor de implementos rodoviários. Fica atrás apenas de silos e tanques inox, que cresceram 141,67% e 123,33%, respectivamente.

Os números dos 8 meses de 2020 já superam o volume de vendas de caminhões-betoneira para o mercado nacional, em 2019. Ao longo de todo o ano passado, foram fabricadas 568 unidades, das quais 470 foram emplacadas no Brasil e as demais exportadas. Na época, esse número de emplacamentos foi muito comemorado pelos fabricantes, pois representou crescimento de 169% nas vendas, em comparação com 2018, quando o sistema RENAVAM (Registro Nacional de Veículos Automotores) apontou o registro de 175 caminhões-betoneira.

Aumento do concreto dosado em central em obras residenciais impacta diretamente na venda de caminhões-betoneira Crédito: Cia. de Cimento Itambé
Aumento do concreto dosado em central em obras residenciais impacta diretamente na venda de caminhões-betoneira
Crédito: Cia. de Cimento Itambé

Em 2019, também chegou ao mercado brasileiro a betoneira ultraleve, que permite carregar 1  de concreto a mais que os equipamentos convencionais. Um ano após seu lançamento, o modelo em aço inox já vendeu 20 unidades no país e há encomendas do Uruguai, Chile e Argentina.

O bom desempenho dos negócios envolvendo caminhões-betoneira se deve a duas razões: às obras da construção imobiliária, que não paralisaram na pandemia - pelo contrário, o ritmo acelerou por causa de novos lançamentos - e ao aumento do volume de concreto dosado em central nas construções residenciais. Além disso, parte das empresas fornecedoras de concreto investiu na renovação da frota. Para Norberto Fabris, presidente da ANFIR, o segmento de betoneiras é um retrato de que a construção civil tem papel preponderante na recuperação do país. “A economia brasileira já dá sinais de reação”, complementa.

Impacto da pandemia no setor de implementos rodoviários será bem menor que o esperado

Somados todos os implementos rodoviários, os números do setor ainda estão em retração. Porém, são bem menores que os esperados quando a pandemia começou a afetar o desempenho econômico. De janeiro a agosto, segundo a ANFIR, o volume de emplacamentos atingiu 73,7 mil unidades ante 78,6 mil no mesmo período de 2019. Isso representa recuo de 6%. Mas a indústria tem a expectativa de emplacar 114 mil equipamentos em 2020. Se for confirmada, representará queda de 5% em relação ao comercializado no ano passado.

Além do segmento de caminhões-betoneira, as linhas de implementos rodoviários que já registram variação positiva nas vendas são basculante, canavieiro, carrega-tudo, silo, tanque inox e baú lonado. “A crise econômica ainda existe, mas o mercado está buscando maneiras de se recuperar, com o auxílio das diversas medidas tomadas pelo governo federal“, diz Fabris.

Desde 2018, o mercado de reforma de balões-betoneira também vem crescendo. Os números mais atuais são de 2019 e, em dois anos, esse segmento cresceu 330%. O custo para a reforma do equipamento que transporta o concreto costuma ser 50% menor que o da compra de um caminhão-betoneira novo.

Entrevistado
ANFIR (Associação Nacional de Fabricantes de Implementos Rodoviários) e Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração)

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contato@anfir.org.br
sobratema@sobratema.org.br

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Construção digital não está no dia a dia de 87% das empresas

Apesar de terminologias como construtechs, Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, impressão 3D, robótica, BIM, IoT, drones e Construção 4.0 estarem cada vez mais presentes entre os assuntos que circundam a construção civil, o dia a dia das empresas do setor ainda é bem diferente no Brasil. Pesquisa do Portal AECweb mostra que 87% das construtoras, escritórios de engenharia e arquitetura, empreiteiras e incorporadoras não usam ou utilizam minimamente os processos de construção digital.

Para 32% dos que participaram da pesquisa, email e WhatsApp é o máximo que as aproxima do mundo digital. Por outro lado, o levantamento detectou que a pandemia está levando um número maior de empresas a buscar ferramentas que as conectem com a modernidade. No entanto, a adaptação não virá da noite para o dia. Algumas admitem prazos de 2 anos a 3 anos para aderirem a processos de construção digital. Entre os entraves, as empresas citaram os seguintes:

1. As novas soluções têm preço elevado (23,5%)
2. Faltam habilidades e conhecimento adequado aos funcionários (18,4%)
3. A direção da empresa não tem cultura digital (17,4%)
4. São muitas soluções, existe um software para cada assunto (15%)
5. Falta de tempo para dedicar à implantação (13,2%)
6. As novas soluções são muito difíceis de implantar (6,5%)
7. É muito difícil adequar os processos atuais (6%)

Entre as empresas em processo de transformação digital, o BIM é a ferramenta mais usada

Para 58% das empresas que atuam em projetos ou diretamente nos canteiros de obras, o BIM é ferramenta indispensável Crédito: BIM
Para 58% das empresas que atuam em projetos ou diretamente nos canteiros de obras, o BIM é ferramenta indispensável
Crédito: BIM

De acordo com o levantamento, 13% das empresas entrevistadas já se consideram digitalizadas e utilizam os meios digitais em todos os seus processos. Para elas, os principais benefícios dentro do canteiro de obras são: planejamento e controle (32%), gestão operacional e de processos (32%), integração entre escritório e obra (18%) e controle de custos (18%). Entre as ferramentas que os entrevistados citaram, o BIM é utilizado por 58%. Em seguida, vêm drones (9%) e Realidade Aumentada (9%).

Para aquelas empresas que admitem aderir a processos de construção digital entre 2 anos e 3 anos, a maioria (28%) pretende começar pelos projetos. Depois, planejamento (21%) e administração (18%). O objetivo é conseguir aumento de produtividade (26%), automatização dos processos (22%) e redução de custos (21%). Atualmente, as construtoras e os escritórios de engenharia são os mais conectados com a era digital. Para 35%, essa é uma transformação irreversível.

Quanto a usar a construção digital para superar os efeitos da pandemia sobre a construção civil, 54% dos entrevistados admitiram que “sem a transformação digital será muito difícil se recuperar da crise”. Para 30%, será “impossível se recuperar da crise” e 16% disseram que a transformação digital “não é importante para se recuperar da crise”. Em recente debate sobre construção digital, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) José Carlos Martins, fez a seguinte constatação: “Hoje, quem não interage digitalmente perde espaço. Não é questão de luxo, mas de sobrevivência.”

O levantamento da AECweb ouviu 500 empresas durante o mês de agosto. Confira a íntegra da pesquisa.

Entrevistado
Reportagem com base no relatório da pesquisa “A transformação digital na construção civil”

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Construir ferrovias se torna política de Estado no Brasil

No 4º Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário, o ministério da Infraestrutura deixou claro qual o plano de médio e longo prazo para o modal. Construir ferrovias e ampliar a malha nacional agora é um plano de Estado. Para atingir o objetivo, a estratégia é atuar em duas pontas: aumentar tanto o volume de concessões quanto o investimento público.

As razões para que o setor ferroviário ganhe outro status na política de infraestrutura e logística do governo não são poucas. Entre elas, estão a redução do impacto ambiental, a necessidade de diversificar os modais e o enfrentamento do chamado “custo Brasil”. Estudo da FIESP mostrado no evento revela que os produtos que chegam ao consumidor seriam 5% mais baratos, em média, se transportados por ferrovias.

Modal ferroviário corresponde a 15% da matriz de transporte no Brasil. Meta é chegar a 30% em 10 anos Crédito: MInfraestrutura
Modal ferroviário corresponde a 15% da matriz de transporte no Brasil. Meta é chegar a 30% em 10 anos
Crédito: MInfraestrutura

Atualmente, o modal ferroviário corresponde a 15% da matriz de transporte no Brasil. A meta é chegar a 30% nos próximos 10 anos. O país tem uma malha de 29 mil quilômetros, mas apenas 10 mil quilômetros estão em uso. O que o ministério da Infraestrutura prioriza é recuperar os trechos desativados e interligá-los, criando uma malha nacional.

Os eixos principais a serem conectados são a Norte-Sul, a Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), a Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) e a chamada malha paulista, que permitiria também conexão com o sul do país. Sem esse projeto, em 15 anos o país não dará conta de transportar a colheita do agronegócio brasileiro apenas por rodovias.

Atualmente, de tudo o que o agronegócio colhe, apenas 34% são transportados por ferrovias

Recentemente, a safra 2019/2020 atingiu quase 250 milhões de toneladas e a projeção é que em 2035 esse volume chegue a 400 milhões de toneladas. Estudo do Instituto de Engenharia, intitulado “Ocupação Sustentável do Território Nacional pela Ferrovia”, mostra que uma composição com 134 vagões transporta o equivalente a 500 caminhões nas estradas.

Levantamento da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários) revela que desde 1997, quando foram licitadas as primeiras concessões para o setor, a movimentação de carga via transporte ferroviário cresceu quase 130% no país. Nesse período de 23 anos, as concessionárias investiram 75 bilhões de reais nos trechos privatizados. Mas é necessário mais recursos para que se alcance um equilíbrio entre os modais ferroviário e rodoviário.

Hoje, os principais produtos que trafegam por trens no país são minério de ferro, açúcar, farelo de soja, combustível, milho e celulose. Porém, de tudo o que o agronegócio colhe, apenas 34% são transportados por ferrovias. Esse é um dos motivos que fazem o Brasil ser apenas o 17º em competitividade de infraestrutura e logística, em um ranking de 18 países.

A fim de melhorar sua posição, o país necessita investir cerca de 4,15% de seu PIB para garantir a modernização da infraestrutura em um prazo de 20 anos. Atualmente, o investimento está abaixo de 1,5%. Segundo os debatedores que estiveram no 4º Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário, é isso que torna urgente transformar a ampliação da malha ferroviária em política de Estado no Brasil.

Assista ao vídeo do 4º Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário (entre 5h37min e 7h49min)

Entrevistado
Reportagem com base na apresentação virtual do 4º Seminário de Infraestrutura de Transporte Ferroviário, promovido pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e pela Aeamesp (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô)

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eventos@aeamesp.org.br

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Não existe cidade inteligente sem cidadão inteligente

Para se manterem sustentáveis ao longo de seu ciclo de vida, os “prédios verdes” têm que seguir os parâmetros de manutenção definidos pelos certificadores. Além disso, a sustentabilidade das edificações passa por educar quem vai fazer a gestão dos prédios (síndicos e administradoras de condomínios) e quem irá utilizar o empreendimento (usuários). A mesma cartilha vale para projetos de cidades inteligentes.

”A conscientização do cliente é fundamental para que o investimento em tecnologia e engenharia para construir um edifício sustentável não se perca. Da mesma forma, não existe cidade inteligente sem cidadão inteligente”, destaca o engenheiro civil Fábio Villas Bôas, coordenador do Comitê de Meio Ambiente (Comasp) e coordenador adjunto do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP.

Construção sustentável é um equilíbrio entre engenharia, tecnologia e cidadania Crédito: Banco de Imagens
Construção sustentável é um equilíbrio entre engenharia, tecnologia e cidadania
Crédito: Banco de Imagens

Sua fala ocorreu no webinar “Finanças sustentáveis: estímulos e barreiras para o setor imobiliário”, promovido recentemente pelo SindusCon-SP. O encontro debateu incentivos para as “construções verdes” e para as cidades inteligentes no Brasil. Foi lembrado que em países desenvolvidos os governos e o próprio mercado já incentivam projetos de edificações sustentáveis, dando inclusive subsídios tributários a quem compra unidades com essas características.

A Alemanha é um exemplo onde o crédito imobiliário é mais barato quanto mais sustentável for o edifício. Villas Bôas afirma que o ideal é que o Brasil siga na mesma direção. “Falta uma legislação sobre isso, mas já existem alguns grupos de trabalho propondo que se exijam parâmetros de sustentabilidade, o que fará a diferença para as gerações futuras e para a própria economia do país”, diz.

Setor brasileiro está preparado para viabilizar projetos de construção sustentável

O dirigente do SindusCon-SP lembra que, do ponto de vista técnico, o setor brasileiro está preparado para viabilizar projetos de construção sustentável. Porém, segundo ele, falta conscientizar parte do segmento. “Essa conscientização abrange as grandes empresas formais de engenharia. O que necessita é incentivar as pequenas construtoras a se capacitarem e a projetarem dentro dos conceitos de edificações sustentáveis. Não precisa muito, mas pensar em painéis solares e sistemas economizadores de água já seria um grande avanço”, avalia.

Fábio Villas Bôas avança na sua análise ao citar que a construção formiguinha - aquela que geralmente não utiliza projeto, não contrata engenheiro civil ou arquiteto, e que utiliza modelos arcaicos de construção - tem um impacto muito grande na conta da construção sustentável no Brasil. Sob esse aspecto, cita que os agentes financeiros podem ter papel preponderante para mudar o cenário. “Quem empresta dinheiro para reformas ou construções de casas pode definir novos critérios. Por exemplo, amortizar as prestações se a obra adotar minimamente conceitos de sustentabilidade”, sugere.

Ele ainda salienta as vantagens de se projetar e construir pensando em preservar recursos como água e energia elétrica, por exemplo. “Se um projeto não economizar nos 20%, que equivalem à construção, vai gastar mais nos 80%, que representam a operação da edificação. Edificações sustentáveis, geralmente, se pagam em no máximo 4 anos”, assegura.

Assista ao vídeo do webinar promovido pelo SindusCon-SP

Entrevistado
Reportagem com base na participação do engenheiro civil Fábio Villas Bôas, coordenador do Comitê de Meio Ambiente (Comasp) e coordenador adjunto do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP, no webinar “Finanças sustentáveis: estímulos e barreiras para o setor imobiliário”

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Controle tecnológico do concreto não é custo, é investimento

Convidados pelo IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto) os engenheiros civis Adriano Damasio, Pedro Bileski e Gilberto Giuzio participaram recentemente de webinar que tratou dos erros mais comuns no controle tecnológico do concreto. Eles elencaram as seguintes falhas: 1. Confundir controle tecnológico de produção de estruturas de concreto com controle de resistência; 2. Trabalhar apenas com resultados de ensaios de fornecedores; 3. Não realizar a verificação da dosagem adequada às particularidades do projeto; 4. Não realizar mapeamento; 5. Não realizar o controle tecnológico com profissionais e empresas com competência comprovada, tanto na certificação quanto na acreditação.

Tirar corpos de prova não conclui a tarefa de realizar o controle tecnológico do concreto Crédito: Banco de Imagens
Tirar corpos de prova não conclui a tarefa de realizar o controle tecnológico do concreto
Crédito: Banco de Imagens

Sobre confundir controle tecnológico de produção de estruturas de concreto com controle de resistência, o engenheiro Pedro Bileski reforça que seguir a normalização é o melhor caminho para evitar surpresas. Neste caso, a norma técnica recomendada é a ABNT NBR 14931 (Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento). Outro alerta feito pelo palestrante se refere à escolha da empresa de concretagem. “Escolher uma boa empresa de concretagem, com acreditação, é um passo relevante para evitar esse erro”, destaca. Também foi reforçado que controle tecnológico do concreto não é custo, mas sim um grande investimento que evita problemas futuros para o construtor. “Controle tecnológico é garantia de durabilidade das estruturas”, completa.

Quanto a trabalhar apenas com resultados de ensaios de fornecedores, Gilberto Giuzio lembra que o construtor deve ter o seu próprio controle, de preferência contratando um laboratório para fazer essa checagem. “Não se deve aceitar única e exclusivamente o resultado do fornecedor”, salienta. Já Pedro Bileski alerta para o item 10.2 da ABNT NBR 14931. “Esse trecho da norma diz o seguinte: é obrigação do construtor conhecer a resistência do concreto e se ela está em conformidade com aquilo que foi recomendado pelo projetista, ou seja, existe obrigação normativa”, ressalta. Estar atento a essa parte da norma evita também outro tipo de erro, que é não realizar a verificação da dosagem adequada às particularidades do projeto. Por isso, Gilberto Giuzio fez a seguinte observação: “Controle tecnológico é pensar em todas as possibilidades antes de lançar o concreto.”

Entre os erros, o mais comum é não realizar o mapeamento da concretagem

Entre os erros citados pelos especialistas que participaram do webinar do IBRACON, o que mais acontece nos canteiros de obras é a não-realização do mapeamento. “Esse é um erro grave. Ele causa custos maiores para corrigir a principal consequência do problema, que é a diferença na resistência da estrutura. Neste caso, não realizar o mapeamento é a mesma coisa que não fazer o controle tecnológico do concreto”, frisa Adriano Damasio, que completa: “Evitar esses erros faz parte do dia a dia do engenheiro civil”. Por isso, ele afirma que o IBRACON está empenhado em propagar o cumprimento da ABNT NBR ISO/IEC 17025 - Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração, a fim de que mais profissionais e laboratórios sejam certificados e acreditados. “Isso é que garante a competência do serviço”, reforça o especialista, que dirige o Núcleo de Qualificação e Certificação de Pessoal (NQCP) do IBRACON.

Veja o vídeo do webinar do IBRACON

Entrevistado
Reportagem com base nas análises feitas no webinar “Controle Tecnológico do Concreto: Os 5 erros mais comuns que você deve evitar na sua obra”, promovido pelo IBRACON

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Setor brasileiro de cimento entra na era da indústria 4.0

Com o lançamento do Hubic, o Hub de Inovação e Construção Digital, o setor brasileiro do cimento dá um passo importante para se inserir na indústria 4.0. O projeto será instalado na sede da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), em São Paulo-SP, e tem duas prioridades: buscar novos conceitos de impressão 3D em concreto e atrair startups da indústria da construção e da engenharia civil voltadas para soluções que utilizam o cimento como matéria-prima.

O Hubic, que é uma iniciativa da ABCP, em parceria com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) e a Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), estará sob a coordenação do professor da Poli, Vanderley John, e do diretor de mercado da ABCP, Valter Frigieri. “O Hubic tem três eixos de atuação: inovação, produtividade e sustentabilidade, os quais integram todos os elos da cadeia da construção civil”, resume John.

Modelo da impressora 3D que será construída na sede da ABCP, em uma área de 100 m² Crédito: Prodty
Modelo da impressora 3D que será construída na sede da ABCP, em uma área de 100 m²
Crédito: Prodty

Sobre o projeto 3D, que contará com a instalação de uma impressora em escala real, o professor da Poli-USP afirma que o objetivo é fazer a tecnologia sair da faixa de deslumbramento para ganhar a engenharia. “Estamos buscando uma solução de infraestrutura industrial que faça a tecnologia 3D sair do show para se tornar uma possibilidade concreta para o mercado”, diz. “Esse convênio representa um salto qualitativo nesse processo”, completa Valter Frigieri. A impressora ocupará uma área de 100 m2 dentro da ABCP.

Ainda sobre impressão 3D em concreto, Vanderlei John destaca que uma das prioridades é descobrir formas e estruturas que dêem ainda mais competitividade ao pavimento de concreto para obras urbanas e de infraestrutura. “Não queremos apenas uma máquina que imprima paredes. Buscaremos peças pré-fabricadas de concreto para projetos de infraestrutura”, reforça. O professor da Poli-USP mostrou um exemplo de impressão 3D de placas de concreto para pistas de aeroportos, e que são capazes de amortecer a aterrissagem de cargueiros. A solução já é realidade nos Estados Unidos.

Iniciativa quer substituir construção artesanal por tecnologia de ponta no canteiro de obras

Presente no evento virtual que selou o acordo, o presidente da ABCP e do SNIC, Paulo Camillo Penna, traduz o que representará o Hubic para a construção civil nacional. “Não podemos continuar a conviver com a construção artesanal nos canteiros”, afirma. A diretora da Poli-USP, Liedi Legi Bariani Bernucci, confirma: “O Hubic é uma iniciativa que insere a indústria 4.0 nos componentes da construção civil e de infraestrutura. Isso trará tecnologia de ponta para dentro das obras e dos materiais, o que vai gerar economia e sustentabilidade.”

O projeto nasce com investimento inicial de 8 milhões de reais. Os recursos irão para a construção da impressora 3D e para um espaço coworking que irá abrigar startups parceiras. O espaço terá 230 m2 e capacidade para hospedar até 30 profissionais. “O Hubic nasce de um consórcio que envolve 14 empresas, mas o espaço está aberto para outras companhias e universidades”, frisa Vanderlei John. O objetivo também é atrair parcerias internacionais, para transferência de conhecimento e tecnologia.

Saiba mais sobre o Hubic
 www.hubic.org.br

Entrevistado
Reportagem com base no evento virtual que apresentou o Hubic (Hub de Inovação e Construção Digital) promovido por ABCP, SNIC e Poli-USP.

Contato
www.hubic.org.br/parceiros

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Meta inicial do Casa Verde e Amarela é retomar obras paradas

Boa parte das medidas do programa Casa Verde e Amarela, anunciado no final de agosto para substituir o Minha Casa Minha Vida, depende de aprovação do Congresso Nacional e tendem a ser viabilizadas somente em 2021. No entanto, uma etapa do pacote terá início imediato. É a que trata da retomada das obras paralisadas do MCMV, e que abrange cerca de 100 mil unidades.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse na cerimônia de apresentação do Casa Verde e Amarela que 15 mil projetos paralisados foram reiniciados e que pelo menos mais 15 mil estão em vias de serem retomados. Ainda em 2020, o programa substituto do MCMV começa com um aporte de 2,4 bilhões de reais vindos do Orçamento-Geral da União.

Obra inacabada do Minha Casa Minha Vida em Santarém-PA: objetivo do Verde e Amarelo é terminar o que não foi concluído Crédito: O Impacto
Obra inacabada do Minha Casa Minha Vida em Santarém-PA: objetivo do Verde e Amarelo é terminar o que não foi concluído
Crédito: O Impacto

A prioridade é retomar obras nos estados das regiões norte e nordeste do país, conforme ressalta o secretário nacional de habitação do ministério do Desenvolvimento Regional, Alfredo Eduardo dos Santos. “Não faz sentido falar em novas contratações quando se tem um volume grande de obras paradas. É mais importante retomar por questão de responsabilidade pública, pensando no dinheiro público que já foi empenhado nessas unidades”, destaca.

Para as regiões norte e nordeste haverá redução de 0,5 e 0,25 ponto percentual nas taxas de juros praticadas pela Caixa Econômica Federal. As famílias com renda mensal de até 2 mil reais terão acesso a financiamentos com taxa de 4,25% ao ano. Já para as que recebem de 2 mil e 2,6 mil reais, os juros chegarão a 4,5% ao ano. Uma condição para obter esse subsídio é que o titular do financiamento seja cotista do FGTS. “O objetivo é reduzir o déficit habitacional nas regiões mais carentes do país”, sinaliza Rogério Marinho.

Nos estados das regiões centro-oeste, sudeste e sul, o foco será na regularização fundiária e nas reformas de habitações inadequadas. A meta é acertar a documentação de 2 milhões de moradias e promover melhorias em 400 mil. De acordo com dados de 2019 da Fundação João Pinheiro, 24,4 milhões de moradias no país são consideradas inadequadas.

Novo programa estabelece grupos, com teto de 7 mil reais para renda familiar

O Casa Verde e Amarela extingue as faixas 1, 1,5, 2 e 3, que pertenciam ao MCMV. Agora são grupos. O 1 atenderá famílias com renda de até 2 mil reais; o 2, famílias com renda entre 2 mil e 4 mil reais, e o 3, para famílias com renda entre 4 mil e 7 mil reais. A regularização fundiária e o financiamento para reformas vai abranger apenas o grupo 1.

No lançamento do programa, dia 25 de agosto, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ressaltou que o Casa Verde e Amarela melhora o Minha Casa Minha Vida. “É uma melhora daquilo que já existe. Não precisa reinventar a roda. O que é fundamental é melhorar a eficiência do que já funciona", afirma. Pensado como um plano de Estado, o Casa Verde e Amarela tem metas a serem alcançadas até 2024. No longo prazo, o objetivo é atender 956 mil famílias.

Sobre quem comprou sua unidade sob o regime do Minha Casa Minha Vida, o ministério do Desenvolvimento Regional afirma que as taxas do financiamento irão se adequar às que serão praticadas no Casa Verde e Amarela.


Entrevistado

Ministério do Desenvolvimento Regional (via assessoria de imprensa)

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Agosto termina com principais índices de confiança em alta

Agosto encerrou com uma convergência de dados positivos sobre varejo da construção, empresários do setor e consumidores. Um dos índices, o de confiança do comércio, medido pela FGV, cresceu 10,5% no mês passado. Já o Boletim Cielo, que acompanha o impacto da COVID-19 na economia brasileira, mostra que o varejo da construção acelerou 9,9% desde maio e teve um pico na terceira semana de agosto, crescendo 26,5% no período.

Índices de confiança de agosto sinalizam que, para a cadeia produtiva da construção civil, o pior da pandemia já passou Crédito: FGV IBRE
Índices de confiança de agosto sinalizam que, para a cadeia produtiva da construção civil, o pior da pandemia já passou
Crédito: FGV IBRE

Outro índice, o de Confiança do Empresário da Construção, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria, aumentou 7,7 pontos e atingiu 54 pontos em agosto. Com esse crescimento, supera a linha divisória de 50 pontos, o que confirma o otimismo daqueles que empreendem no setor.

Mais uma informação relevante veio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) onde o saldo entre admissões e demissões na construção civil voltou a ser positivo em 0,4%. Também se destaca o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela FGV, e que voltou a patamares de março, ou seja, período anterior às imposições da pandemia.

Por fim, o FGV IBRE aponta que 42,1% dos empresários da construção esperam normalização em 2021 e 25,1% dizem já estar operando normalmente. Na mesma direção, outro dado da FGV - o Índice de Confiança da Construção (ICST) - alcançou 87,8 pontos em agosto, em uma escala de 0 a 200 pontos. O ICST já recuperou 82% dos pontos perdidos em março e abril.

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE, a retomada do patamar pré-pandemia reflete a evolução favorável dos componentes sobre o momento presente e as perspectivas para os próximos meses.

Região sul se mostra a mais confiante e lidera volume de lançamentos

Isso vai ao encontro do que pensa o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, para quem esses dados sobre a volta de confiança do setor irão se refletir no que o dirigente definiu como um "boom de lançamentos" a partir de setembro. “Nós represamos os lançamentos no 1º semestre, o que indica que agora os números devem crescer consideravelmente. A alta de lançamentos é importante porque representa emprego futuro. Estamos otimistas, mas com os pés no chão”, diz.

Segundo o estudo “Indicadores Imobiliários Nacionais”, que consolida o desempenho do setor no 1º semestre, a região mais confiante do país é a sul. Após o impacto inicial da pandemia, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul colocaram no mercado 5% mais lançamentos no 2º trimestre de 2020 do que no mesmo período de 2019.

Sintonizado com a confiança dos construtores, o consumidor da região sul deu a resposta: houve aumento de 15,1% no número de unidades vendidas no 2º trimestre. De acordo com Fábio Tadeu Araújo, sócio da Brain Inteligência Corporativa, que produziu a pesquisa, a digitalização do mercado imobiliário foi fundamental para manter as vendas.

O levantamento também aferiu outro dado de confiança. Detectou que, em agosto, 40% das famílias tinham a intenção de comprar imóvel ainda esse ano. Em março, eram 43%. “Ou seja, já estamos quase no mesmo patamar pré-pandemia”, avalia o analista de mercado. A pesquisa abrangeu 132 municípios, sendo 19 capitais, de norte a sul do Brasil.

Entrevistado
Reportagem com base nos boletins da Fundação Getúlio Vargas e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (via assessorias de imprensa)

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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330