Concreto fotovoltaico já é realidade e conquista mercado de telhas

Telha homologada no Brasil pode gerar economia de 50 reais a 390 reais na conta de luz Crédito: Simepe Energia
Telha homologada no Brasil pode gerar economia de 50 reais a 390 reais na conta de luz
Crédito: Simepe Energia

Em pouco mais de 3 anos, desde que começaram as pesquisas com concreto fotovoltaicoa evolução do material é notável. Rapidamente, deixou o campo das pesquisas e dos laboratórios para ganhar o mercado, e encontrou um nicho próspero para avançar: o segmento de telhas. Já há vários países comercializando coberturas de concreto fotovoltaico, inclusive o Brasil, que no final do ano passado teve o produto homologado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) 

Os fabricantes asseguram que, dependendo da quantidade das telhas utilizadas, a economia mensal gerada na conta de luz de uma residência pode variar de 50 reais a 390 reais. O retorno do investimento ocorre em um período de 3 anos a 5 anos. Dependendo das dimensões da residência, o número de telhas para a geração eficaz de energia vai de 100 a 600 unidades. Os demais elementos da cobertura não precisam necessariamente ter material fotovoltaico, ou seja, o restante do telhado pode ser completado com telhas comuns.  

No Brasil, o primeiro modelo de telha que capta a energia solar está em teste e deve começar a ser comercializadainda no 1º semestre de 2021. Fabricada pelo grupo Eternit, o produto recebe células fotovoltaicas importadas da China, e que são coladas ao concreto. Quatro residências, localizadas em Ourinhos-SP, Marília-SP, Cambé-PR e Petrópolis-RJ, estão testando a eficácia das telhas. Cada unidade produz 1,15 kWh/mês. 

Com o uso de nanotecnologia, Suíça e México avançam na pesquisa do material     

mercado de telhas de concreto fotovoltaico busca competir com as telhas fotovoltaicas desenvolvidas pela TESLA, nos Estados Unidos, e que utilizam vidro temperado como matéria-prima. As telhas de vidro recebem filme fotovoltaico, como se fosse uma película de insulfilm aplicado sobre os vidros dos automóveis. Usando tecnologia semelhante, o Instituto Politécnico de Zurique (ETH Zurich) desenvolveu um tipo de membrana de concreto que reveste tanto lajes quanto fachadas de edifícios e casas, cumprindo 3 funções ao mesmo tempo: captação de energia solar, impermeabilização e isolamento térmico. 

invenção suíça utiliza propriedades já consagradas nas telhas de concreto, como as características termoacústicas. No Brasil, depois da revisão da parte 2 da ABNT NBR 13858 (Telhas de concreto - requisitos e métodos de ensaio), ocorrida em 2009, o produto passou a registrar uma expansão significativa no mercado. Para conquistar mais consumidores, as pesquisas que priorizam a evolução do produto não param. No México, está perto de ser testada a primeira telha de concreto fotovoltaico que dispensa películas. O produto usa nanotecnologia para captar a energia solar e armazená-la, o que estabelece uma nova fronteira na engenharia de materiais. 

Veja como são as telhas de concreto fotovoltaico homologadas no Brasil  

Entrevistado
Departamento de materiais do Instituto Politécnico de Zurique (ETH Zurich), Instituto Politécnico Nacional do México (IPN) e Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) 

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Construção civil conclama por vacinação em massa

No 19º Fórum de Líderes do Varejo e Indústria de Material de Construção, realizado virtualmente dia 22 de março, os dirigentes de classe deixaram claro a opção pela “vacina, sim”, apesar da contaminação por COVID-19 nos canteiros de obras se manter abaixo de 1% - considerando dados repassados pelos SindusCons 

A posição dos dirigentes foi reforçada pela participação do ex-ministro da Fazenda no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Pedro Malan. “Não haverá boa recuperação em qualquer economia sem que haja vacinação contra o coronavírus”, sentenciou, durante palestra que marcou a abertura do fórum e da ExpoRevestir 2021. 

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, até que comece a vacinação em larga escala no país o setor não pode desistir dos cuidados, da cautela e do trato correto com os trabalhadores. “Com a chegada das vacinas em larga escala, daqui a 60 dias, o país pode começar a respirar. Até lá, é preciso não baixar a guarda”, avisa. 

Ao mesmo tempo em que o fórum que reuniu dirigentes da CBIC, da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) e da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres) se posicionou a favor de uma ampla campanha de vacinação, outros organismos também se manifestaram no mesmo sentido. 

Imunização é vista como a principal medida econômica, social e sanitária no país 

Um conjunto de entidades, como ABEMI, ANETRANS, Sistema Confea/CREA, BRASINFRA, ANEOR, CREA-DF, SINICON, Sinaenco, ABCE, SICEPOT-RS, APECS, ABEETRANS e ABES ABEMI, assinou carta aberta conclamando a vacinação. “O Brasil tem estrutura para isso e sempre foi um exemplo de vacinações em massa. Vamos resgatar esse marco e, assim, vermos a nossa economia decolar. Temos que estar todos ‘Juntos Pela Vacinação’”, diz o documento.  

Liderados pelo SindusCon-SP, os vários SindusCon espalhados pelo país também se pronunciaram, tendo o presidente Odair Senra como porta-voz. “Há consenso em que a economia, o emprego e a renda dos brasileiros somente voltarão a crescer se a vacinação for adotada como a principal medida econômica, social e sanitária no país. Precisamos avançar prioritariamente na ampliação e agilização da cobertura vacinal, até para evitar lockdowns que bloqueiam a economia, aprofundam a recessão e aumentam o desemprego”, diz nota divulgada no jornal O Estado de. S. Paulo. 

A publicação ainda menciona o quanto a vacinação é importante para que o Brasil possa voltar a pensar nas reformas estruturais pendentes, como a tributária e a administrativa“Quanto antes alcançarmos uma vasta cobertura vacinal, mais rapidamente teremos condições de realizar as reformas e o ajuste fiscal necessários para impulsionar o crescimento econômico, conclui. 

Entrevistado
Reportagem com base nos debates ocorridos dentro do 19º Fórum de Líderes do Varejo e Indústria de Material de Construção 

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Mundo se tornou digital: como fica o varejo do futuro?

Supermercados saem na frente no uso da IoT e da IA para adequar suas lojas físicas ao varejo do futuro Crédito: Amazon
Supermercados saem na frente no uso da IoT e da IA para adequar suas lojas físicas ao varejo do futuro
Crédito: Amazon

Professor da FIA (Fundação Instituto de Administração) na disciplina de vendas e marketing, Nei Tremarim palestrou na edição virtual da ExporRevestir 2021 sobre o futuro do varejo na era digital. Na opinião do especialista, as lojas físicas não vão acabar, mas precisarão se adequar para seguir conectadas com os consumidores. Ele considera que o futuro do varejo está no omnichannel, ou seja, em um canal que une a venda física com a venda online. O varejo precisa de um novo design de negócios, mesclando mundos digital e físico”, afirma. 

Nei Tramarim avalia que a pandemia acelerou novos modelos de negócio e novos modelos de consumo. “O e-commerce é um canal que se fortaleceu muito na pandemiaSó no Brasil, ele tem potencial para atingir 134 milhões de consumidores, que é o número de pessoas que tem acesso constante à internet no país. Então, sem nenhuma dúvida, a transformação digital foi acelerada pela pandemia”, avalia. Como exemplo, o professor da FIA mostrou os segmentos do varejo que mais cresceram no Brasil em 2020, por conta da venda online. Foram farmácia e saúde, pet shop, comidas e bebidasalém de móveis e produtos para casa e reforma, que engloba o varejo da construção civil.

Segundo o especialista, o e-commerce movimentou mais de 100 bilhões de reais no Brasil em 2020. No mundo, as cifras chegaram à casa dos trilhões de dólares, e com viés de alta. “Antes da pandemia a estimativa era de que as vendas online chegariam ao volume de 6 trilhões e 542 bilhões de dólares até 2023. Agora, a expectativa é que, com a aceleração causada pela pandemia, esse número global possa se aproximar de 10 trilhões de dólares. Não é à toa que as chamadas big techs (Google, Amazon, Microsoft e Apple) são atualmente as mais valorizadas do mundo”, revela. 

Com o uso da Inteligência Artificial e da Internet das Coisas, empresas adotam o smart retail

O novo conceito de varejo é o que o mercado norte-americano batizou de smart retail - varejo inteligente. Com o uso de Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), a tecnologia permite experiências imersivas e acesso às preferências do consumidor. Também acelera outros tipos de mudanças no relacionamento com o cliente, como as transações financeiras virtuais, os processos de logística, a realidade aumentada, a personalização da compra baseada em ciência de dados e a compra sem vendedores na loja física. Alguns dados reforçam essas tendências. Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que 60% dos consumidores deixarão de usar o dinheiro físico nas compras até 2025. 

Também nos EUA, 100 milhões de consumidores utilizaram a realidade aumentada em suas compras em 2020. Outra informação, é que 35% dos clientes norte-americanos gostaram de ser sugestionados por recomendações dos mecanismos de venda online. Unindo todas essas experiências, redes de supermercados saíram na frente em todo o mundoEstão inaugurando lojas sem vendedores e sem balcões de caixa. Tudo é feito pelo app. Conforme entram no carrinho, os produtos são rastreados por IoT e, assim que compra é concluída, o pagamento é automático e debitado no cartão de crédito registrado pelo cliente no app. O novo varejo já é realidade, mas as boas práticas do setor não vão mudar nunca”, conclui Nei Tramarim, referindo-se ao atendimento, à entrega no prazo, ao preço competitivo e à qualidade dos produtos. 

Assista à palestra do professor Nei Tremarin (entre 5min e 53 min)

Entrevistado
Reportagem com base na palestra “Como o varejo vai ficar depois da pandemia”, realizada dentro da edição virtual da ExpoRevestir 2021 

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Altair Santos MTB


Contorno de Florianópolis acelera obras para concluí-las até 2024

Trecho concluído do Contorno de Florianópolis: obra prevê 6 trevos, 7 pontes, 20 passagens de desnível e 4 túneis Crédito: Arteris
Trecho concluído do Contorno de Florianópolis: obra prevê 6 trevos, 7 pontes, 20 passagens de desnível e 4 túneis
Crédito: Arteris

Um dos principais complexos viários urbanos em construção no Brasil, o Contorno de Florianópolis já sofreu uma série de atrasos. Porém, acordo recente definiu que as obras devem ser concluídas até 2024. ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a concessionária Arteris e o consórcio de empresas responsáveis pela execução do projeto voltaram a assinar recentemente um compromisso de execução da engenharia dentro do prazo estabelecido.  

O contorno terá quase 50 quilômetros, dos quais 34,5 quilômetros já estão em obras. O objetivo é desviar o tráfego pesado do eixo da BR-101 que margeia Florianópolis e os municípios próximos da capital catarinense. O projeto é um dos mais modernos do país, em termos de concepção rodoviária. Prevê o deslocamento dos veículos em traçado sem curvas de grande intensidade e suprime subidas e descidas acentuadas. Para que isso se materialize, o projeto terá uma série de obras de artes especiais. Entre elas, 6 trevos, 7 pontes, 20 passagens de desnível e 4 túneis. O tempo para percorrer o contorno é estimado em 38 minutos 

Projeto que desvia o tráfego pesado do eixo da BR-101 que margeia Florianópolis tem 34,5 quilômetros em execução Crédito: Arteris
Projeto que desvia o tráfego pesado do eixo da BR-101 que margeia Florianópolis tem 34,5 quilômetros em execução
Crédito: Arteris

Outros 14,2 quilômetros foram destravados apenas no final de 2020, com a autorização da ANTT. A assinatura da ordem de serviço ocorreu em 11 de janeiro de 2021. As obras iniciaram em março. “Foi com imensa satisfação que recebemos a autorização governamental que abre caminho para o início das obras no trecho sul do contorno (última etapa da obra)”, ressalta Andre Dorf, presidente da Arteris. Atualmente, trata-se da maior obra de infraestrutura de Santa Catarina, com investimento estimado de 3 bilhões e 700 milhões de reais. 

Novo trecho vai desviar 18 mil veículos pesados por dia da região da capital catarinense 

A demora na assinatura da autorização para as obras no trecho sul se deu por causa da necessidade de um reequilíbrio econômico-financeiro e por questões socioambientais. Foi necessária a adaptação do projeto original à atual realidade da região metropolitana de Florianópolis, cujo crescimento da área urbana demandou alteração no traçado do contorno. Quando o complexo viário estiver concluído, a engenharia de trânsito projeta desviar 18 mil veículos pesados por dia da região que engloba a capital catarinense e os munícipios do entorno. A economia de tempo de viagem é calculada em 1h22min 

Atualmente, consórcio de empreiteiras trabalha na detonação de rochas no município de Biguaçu-SC, por onde vai passar o trecho sul do contorno Crédito: Arteris
Atualmente, consórcio de empreiteiras trabalha na detonação de rochas no município de Biguaçu-SC, por onde vai passar o trecho sul do contorno
Crédito: Arteris

Atualmente, a obra emprega 3 mil e 200 trabalhadores. canteiro de obras já foi instalado, utilizando contêineres customizados. O foco agora está na construção dos caminhos de serviço na região de Palhoça-SC, a fim de permitir acesso aos emboques dos túneis. Também ocorrem detonações de rochas no município de Biguaçu-SC, o que exigiu a evacuação de casas e estabelecimentos comerciais durante o período de realização da atividade. Os moradores puderam retornar para suas residências após a ação.  

Outra medida envolve a supressão vegetal e da fauna nas áreas em obra. Trata-se da remoção de árvores e plantas nativas da região, além da coleta de sementes e mudas, para que possam ser transplantadas em outro local. A preservação dequilíbrio ecológico também envolve equipes de resgate de fauna. Elas buscam ninhos e abrigos de espécies animais, principalmente répteis, a fim de transportá-los com segurança para fora do espaço em que acontecem as obras. 

Mapa mostra traçado do Contorno de Florianópolis, a maior obra de infraestrutura em execução em Santa Catarina Crédito: Arteris
Mapa mostra traçado do Contorno de Florianópolis, a maior obra de infraestrutura em execução em Santa Catarina
Crédito: Arteris

Veja vídeo sobre a evolução das obras no Contorno de Florianópolis 

Entrevistado
Concessionária Arteris (via assessoria de imprensa) 

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Qual a tendência dos lançamentos imobiliários até 2022?

Apartamentos com 2 dormitórios, na faixa de 250 mil e 350 mil reais, tendem a ser os mais procurados em 2021 e 2022 Crédito: CNI
Apartamentos com 2 dormitórios, na faixa de 250 mil e 350 mil reais, tendem a ser os mais procurados em 2021 e 2022
Crédito: CNI

Incorporadores, analistas de mercado imobiliário e pesquisadores de tendências participaram de webinar promovido dia 16 de março de 2021 pelo SindusCon-PR, a fim de debater os desafios do setor após a chegada da segunda onda da pandemia no país. Para os especialistas, os lançamentos tendem a manter um bom ritmo nos próximos 8 meses, se estendendo até 2022, por uma única razão: o estoque de imóveis prontos acabou ou está muito baixo, dependendo da região do país.

Os participantes do webinar também foram unânimes quanto à tendência do mercado até o próximo ano. Para eles, o setor imobiliário será mais conservador, até por causa da alta da taxa Selic. Mas a crença é que não faltará dinheiro para financiamentos, tanto para quem quer construir quanto para quem quer comprar a casa própria. “Mesmo que a taxa Selic aumente 100% em 2021, saindo de 2% para 4% (recentemente foi elevada para 2,75%), não faltará dinheiro para o financiamento imobiliário. A caderneta de poupança, que é a principal fonte de recursos para o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) está abarrotada. Por isso, acredito, os bancos não irão aumentar a taxa do crédito, pois também estão com muitos recursos”, avalia Celso Petrucci, presidente da comissão de indústria imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e também economista-chefe do Secovi-SP.

Mas, afinal, para onde vão caminhar os lançamentos nos meses restantes de 2021 e em 2022? Essa foi a pergunta-chave do debate, também respondida por Petrucci. “Por ano, há 1,4 milhão de arranjos familiares que se modificam, sejam na forma de casamentos ou divórcios. Esse pessoal recorre inicialmente ao bom e velho apartamento com 2 dormitórios, na faixa de 250 mil e 350 mil. É o modelo que a grande parcela que compra imóvel financiado adquire. São aqueles que têm renda familiar na faixa de 7 mil reais a 10 mil reais”, explica o economista.

Prognósticos podem mudar se o país chegar ao final de 2021 com 70% da população vacinada

Outra unanimidade entre os analistas é que o mercado de imóveis residenciais de alto padrão também continuará aquecido ao longo do ano e se prolongará em 2022. Porém, eles entendem que há uma faixa que foi pouco explorada em 2020 e que pode servir de alavanca para incorporadoras e construtoras. “Os imóveis até 750 mil reais venderam muito bem em 2020. Idem para os imóveis entre 900 mil reais e 1,5 milhão de reais, designados de ‘alto padrão’. Esses venderam otimamente bem. Mas há outra faixa a ser explorada, que é a dos imóveis entre 750 mil reais e 900 mil, que atende uma nova classe média. Essa é uma demanda forte principalmente nas principais capitais do país e no interior de SP”, destaca Celso Petrucci.

economista, porém, fez uma ressalta quanto às análises feitas no webinar. “Tudo isso pode mudar se chegarmos ao final de 2021 com 70% da população brasileira vacinada. Daí o cenário será outro, e com viés de crescimento mais acelerado”, entende. Petrucci também combate os pessimistas. Para ele, o atual momento, mesmo com as restrições impostas pela pandemia, é alvissareiro se comparado ao que o mercado imobiliário já enfrentou nos períodos em que o Brasil convivia com a hiperinflação. “Nada se compara aos anos 1980. Naquela época, o mercado imobiliário precisava matar um leão por dia e não havia como planejar os próximos passos”, conclui.

Assista ao webinar

Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Desafios para o mercado imobiliário em 2021”, promovido pelo SindusCon-PR

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Altair Santos MTB 2330


Paraná terá o maior programa de concessões do Brasil

Dos mais de 3 mil quilômetros de rodovias que serão privatizados no Paraná, plano prevê a duplicação de quase 1.800 quilômetros Crédito: AEN
Dos mais de 3 mil quilômetros de rodovias que serão privatizados no Paraná, plano prevê a duplicação de quase 1.800 quilômetros
Crédito: AEN

Na semana de 15 a 19 de março de 2021 foi apresentado ao G7 o maior programa de concessões de rodovias em um único estado do Brasil, e que irá abranger 3.327 quilômetros dentro do Paraná. Além da equipe técnica do ministério da Infraestrutura, participaram das videoconferências representantes da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), da Fecomércio (Federação do Comércio Varejista do Estado do Paraná), da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), da Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná), da Fecopar (Federação dos Contabilistas do Estado do Paraná), da Faciap (Federação da Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) e da ACP (Associação Comercial do Paraná). Juntas, essas federações representam o G7 paranaense. 

As reuniões técnicas abrangeram os projetos de engenharia previstos para os 6 lotes de concessões. O plano apresentado ao setor produtivo paranaense prevê privatizar 3.327 quilômetros, dos quais 1.783 serão duplicados e 492 receberão faixas adicionais. Serão construídos também 10 contornos urbanos em algumas das principais cidades do estado. Por contrato, 90% das duplicações deverão ser entregues entre o 3º e o 9º ano de concessão. A divisão das rodovias em 6 lotes baseou-se em dados da Empresa de Planejamento de Logística, ligada ao ministério da Infraestrutura. O investimento previsto ultrapassa os 60 bilhões de reais em 30 anos. Já o retorno à economia do Paraná é estimado em 135 bilhões de reais, na forma de aumento de produtividade, melhoria da logística e geração de emprego e renda. 

Conheça as principais obras em cada lote 

Lote 1
Com extensão de 473 quilômetros, abrange as rodovias federais que cruzam a região metropolitana de Curitiba e os Campos Gerais. Serão duplicados 313 quilômetros, nos seguintes trechos: 20 quilômetros dcontorno norte-oeste de Curitiba; um novo traçado de 155 quilômetros da BR-277, entre São Luiz do Purunã e trevo do Relógioem Prudentópolis; 100 quilômetros da BR-373, entre Prudentópolis e Ponta Grossa, e 38 quilômetros da BR-476, entre Lapa e Araucária. Também está prevista a construção de mais 202 quilômetros de faixas adicionais (terceiras faixas)O investimento previsto é de 6,5 bilhões de reais. 

Lote 2
Tem extensão de 575 quilômetros, e irá receber o maior volume de investimentos: 29 bilhões de reais. Inclui a duplicação de 382 quilômetros, 139 quilômetros de faixas adicionais32 quilômetros de ciclovias, 71 quilômetros de vias marginais e 58 passarelas para pedestres. Abrange a BR-277 em direção aos portos de Paranaguá e Antonina, a PR-407 e a PR-508, ambas no litoral. O lote 2 engloba também as estradas do Norte Pioneiro. Serão duplicadas a BR-369, entre Cornélio Procópio e Jacarezinho; a PR-092, entre Jaguariaíva e Jacarezinhoe a PR-151, entre Piraí do Sul e Sengés. 

Lote 3
A extensão é de 562 quilômetros e o investimento em obras soma 7,63 bilhões de reais. Prevê 201 quilômetros de duplicações, nas seguintes rodovias: BR-323, entre Cambé e Sertaneja; PR-445, entre Londrina e Mauá da Serra, e BR-376, entre Ortigueira e Imbaú, incluindo correções na Serra do Cadeado. O projeto prevê ainda a implantação de 26 quilômetros de faixas adicionais, 15 quilômetros de pistas marginais, 32 passarelas para pedestres e 5 contornos em pista dupla - 2 em Ponta Grossa (norte e leste), além das cidades de Califórnia, Apucarana e Arapongas. 

Lote 4
Engloba 628 quilômetros, com investimento de 7,7 bilhões de reais. A principal obra é a duplicação de 173 quilômetros da PR-323, entre Doutor Camargo e Iporã. Outros 125 quilômetros receberão faixas adicionais, além de 40 quilômetros de vias marginais e 57 passarelas para pedestres. O trecho entre Maringá e Londrina ganhará barreiras entre as pistas e acostamentos em 40 quilômetros. Também serão construídos 4 contornos para desviar o tráfego pesado do perímetro urbano de Londrina (norte), de Maringá (sul), de Nova Londrina e de Itaúna do Sul. 

Lote 5
Envolve 430 quilômetros, com investimento de 4,33 bilhões de reais. Serão duplicados 243 quilômetros. A principal intervenção ocorrerá em 170 quilômetros da BR-369, entre Cascavel e Campo Mourão. Também serão duplicados 58 quilômetros da BR-163, entre Guaíra e Marechal Cândido Rondon. Outras obras previstas são a implantação de 21 quilômetros de vias marginais, incluindo Cascavel e Toledo, além de 68 retornos e 7 passarelas para pedestres. 

Lote 6
Abrange 659 quilômetros e tem investimento previsto de 8,64 bilhões de reais. Pega o trecho da BR-277, no sentido entre Foz do Iguaçu até o Trevo do Relógio, em Prudentópolis), além da BR-163entre Cascavel e Capitão Leônidas Marques, e a PR-280entre Realeza, Francisco Beltrão e Pato Branco. Prevê 444 quilômetros de duplicação, além da construção de 14 quilômetros de ciclovias, 111 quilômetros de vias marginais, 34 passarelas para pedestres, 1 contorno e 25 obras de arte, entre pontes, viadutos e trincheiras. 

Assista à integra das videoconferências

Lote 1

Lote 2 
Lote 3
Lote 4
Lote 5
Lote 6

Clique e baixe estudo completo realizado pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística 

Entrevistado
Reportagem com base na série de videoconferências promovidas pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e o ministério da Infraestrutura 

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Altair Santos MTB 2330


No Texas, tecnologia 3D imprime casas com concreto bactericida

Por causa da qualidade da impressão, projeto arquitetônico decidiu dispensar o acabamento das paredes Crédito: ICON Build
Por causa da qualidade da impressão, projeto arquitetônico decidiu dispensar o acabamento das paredes
Crédito: ICON Build

Quatro casas construídas em Austin, no Texas-EUA, indicam qual será o futuro das residências em tempos de pandemia. Impressas com tecnologia 3D, as construções utilizam concreto bactericida patenteado como Lavacrete. O material utiliza Cimento Portland e aditivos especiais, o que dispensa o acabamento com argamassa e protege as paredes contra invasores microscópicos, como bactérias e fungos. Com resistência de 41 MPa, o concreto também cria estruturas resistentes a terremotos, tornados e furacões.

As residências foram impressas em 7 dias e, a exemplo do que já ocorre na Alemanha, não fazem parte de nenhuma experimentação. As construções serão colocadas à venda no mercado imobiliário da capital texana. Cada unidade tem 2 pavimentos. O inferior é impresso em 3D, sobre um radier de concreto, e o superior utiliza o sistema steel frame. "A comprovada tecnologia de impressão 3D oferece residências mais seguras e resistentes, projetadas para suportar incêndios, enchentes, vento e outros desastres naturais. O desempenho é melhor que o das casas construídas convencionalmente", diz o cofundador da ICON, Jason Ballard.

Impressão utiliza um tipo de concreto batizado de Lavacrete, à base de Cimento Portland e aditivos especiais Crédito: ICON Build
Impressão utiliza um tipo de concreto batizado de Lavacrete, à base de Cimento Portland e aditivos especiais
Crédito: ICON Build

Atuando na aplicação da impressão 3D dentro da construção civil desde 2017, a ICON é a desenvolvedora da impressora, batizada de Vulcan, e do Lavacrete - o concreto bactericida. “O Lavacrete talvez seja nossa melhor descoberta ao longo do desenvolvimento. Testando aditivos, e anexando soluções que dessem resiliência ao material, chegamos a um concreto que une resistência, ótimo desempenho térmico e acústico, e que serve de escudo às ameaças climáticas e aos inimigos invisíveis com as quais hoje temos que conviver. Além disso, é quase 100% imune às patologias que ameaçam os concretos convencionais”, assegura Ballard.

Construções estão em um bairro sustentável que surge em Austin: o East 17th Street

As casas construídas em Austin são o 24º projeto com impressão 3D desenvolvido pela ICON. Associada a outra startup da construção civil, a 3Strands, chegou-se a um preço competitivo para que a obra pudesse ser ofertada no mercado imobiliário dos Estados Unidos. Cada unidade será vendida por 450 mil dólares. “Este projeto representa um grande passo à frente, ultrapassando os limites de novas tecnologias e casas impressas em 3D”, resume Gary O'Dell, cofundador e CEO da 3Strands.

Construção das casas une o sistema de impressão 3D em concreto com o steel frame Crédito: ICON Build
Construção das casas une o sistema de impressão 3D em concreto com o steel frame
Crédito: ICON Build

As construções estão em um bairro sustentável que surge em Austin: o East 17th Street. O foco do projeto é abrir espaço para construções inovadoras no âmbito habitacional. "As residências do East 17th Street representam o futuro da construção de casas para o mercado imobiliário e ilustram o que é possível fazer com o emprego de novas tecnologias”, comenta Gary O'Dell. O empreendedor avalia que iniciativas desse porte são capazes de combater o déficit habitacional nos EUA, que em 2020 era de 2,5 milhões de unidades unifamiliares. “Podemos progredir na construção de alta velocidade para atender a demanda por habitações”, completa.

O projeto arquitetônico das casas é assinado pela Logan Architecture. A qualidade da impressão 3D em concreto levou a empresa a abdicar de acabamento para as paredes, tanto no lado externo quanto interno. “Optou-se por uma arquitetura minimalista, que valorize as características da impressão 3D”, justifica a designer Claire Zinnecker, que projetou as plantas das casas.

Veja o processo de construção das casas

Entrevistado
ICON Build (via assessoria de comunicação)

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SENAI auxilia pequenas construtoras a se adequarem ao PBQP-H

SENAI tem 4 institutos voltados para a pesquisa na construção civil e ao atendimento de empresas do setor. Crédito: Moacir Evangelista/Sistema Fibra
SENAI tem 4 institutos voltados para a pesquisa na construção civil e ao atendimento de empresas do setor.
Crédito: Moacir Evangelista/Sistema Fibra

Os 4 Institutos SENAI de Tecnologia em Construção Civil, que existem no Paraná, em Brasília, em São Paulo e na Bahia, agora prestam consultoria às pequenas empresas que queiram aderir ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). A vantagem de obter a certificação é que ela serve de pré-requisito para a concessão de financiamentos habitacionais em instituições financeiras, seja nCaixa Econômica Federal ou em outro banco.  

A consultoria é destinada a todas as empresas que atuam no setor de execução de obras e elaboração de projetos. Primeiro, os técnicos dos Institutos SENAI de Tecnologia em Construção Civil realizam um diagnóstico da empresa, estruturam e padronizam os processos de produção e execução. O objetivo é garantir que todos os requisitos exigidos pela auditoria que concede a certificação sejam atendidos. Tanto a construtora quanto o escritório de projetos podem requerer um dos 2 níveis do PBQP-H, que são o A e o B 

As diferenças entre os níveis estão relacionadas com a quantidade de serviços e materiais controlados durante a obra, além do volume de requisitos atendidos, e que estão estabelecidos no referencial normativo SiAC (Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil). Até o final de 2020, 1.894 construtoras estavam certificadas pelo PBQP-H. O ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), onde o programa está inserido, quer ampliar esse número para 3 mil até o final de 2022. 

Cartilhas explicam como as empresas podem buscar a certificação no PBQP-H 

Por issoMDR lançou no ano passado 3 cartilhas que explicam como as empresas podem buscar a certificação. Elas abordam os procedimentos sob 3 aspectos: o do construtor, do fabricante de materiais e do consumidor. Os documentos também estimulam a busca por sistemas inovadores de construção. Tanto é que o PBQP-H irá coordenar um concurso público para selecionar projetos inovadores no âmbito do programa Casa Verde e Amarela. 

Atualmente, o PBQP-H é coordenado pela arquiteta e urbanista Rhaiana Bandeira Santana. Criado em 1998, o programa tem o propósito de induzir boas práticas e estimular a conformidade técnica dentro da cadeia produtiva da construção civil, através de 3 sistemas. Além do SiAC, o SiMaC (Sistema de Qualificação de Empresas de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos) e o SiNAT (Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Produtos Inovadores e Sistemas Convencionais). 

Os Institutos SENAI de Tecnologia em Construção Civil seguem os requisitos desses sistemas quando prestam assessoria às construtoras. Os IST também auxiliam na adequação das empresas à Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575). Um exemplo é o instituto inaugurado na década passada em Ponta Grossa-PR, que foi projetado e equipado para testar materiais e sistemas construtivos que atendam aos requisitos da norma. Nos laboratórios do IST localizado no Paraná é possível comprovar a qualidade e a segurança das edificações sob o ponto de vista estrutural, térmico, acústico e de resistência ao fogo. 

Acesse as cartilhas do PBQP-H

Construtor
Fabricante
Consumidor

Clique e saiba mais sobre os Institutos SENAI de Tecnologia em Construção Civil
http://institutostecnologia.senai.br/ 

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contato@senaicimatec.com.br

Brasília

ist@sistemafibra.org.br

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São Paulo

prodtecnologicos@sp.senai.br 

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Ponte pré-fabricada de quase 1.000 m é instalada em 7 horas

Ponte foi construída com estrutura mista de concreto e aço sem interromper o tráfego na Autobahn 45 Crédito: Siegener Beitung
Ponte foi construída com estrutura mista de concreto e aço sem interromper o tráfego na Autobahn 45
Crédito: Siegener Beitung

No dia 5 de março de 2021, uma das pontes da Autobahn 45, em trecho próximo a Dortmund, na Alemanha, foi instalada no eixo rodoviário em pouco menos de 7 horas. Pré-fabricada com estrutura mista (concreto e aço) a obra de arte com 984,5 metros de comprimento foi montada paralelamente à estrada, a fim de não interromper o tráfego de veículos. Depois da demolição da antiga ponte, e da construção dos pilares da nova estrutura, a ponte foi movida lateralmente por cabos de aço até se encaixar na rodovia. O custo de construção e da operação fechou em 179 milhões de euros.

A estrutura de 30 mil toneladas foi deslocada por 19 metros e 15 centímetros em 6 horas e 50 minutos. Trata-se da obra de maior envergadura a passar por esse modelo de engenharia na Europa. O planejamento foi decisivo para o sucesso da operação. Ao longo de 1 ano, aconteceu uma série de simulações na Suíça para testar todos os riscos envolvendo o deslocamento da ponte. O projeto de substituição da antiga obra de arte, construída em 1967, foi concebido em 2013.

Todos os dias, cerca de 90.000 veículos passam pela ponte, que originalmente foi construída com 4 faixas (duas em direção a Dortmund e duas no sentido contrário, em direção a Frankfurt). A nova estrutura tem 3 faixas. Quando todo o complexo rodoviário for concluído, serão 6 faixas. “A operação bem-sucedida abre o caminho para futuros projetos de construção. Viabilizar uma ponte sem interromper o tráfego de veículos é particularmente importante em rotas movimentadas e uma vantagem imensa para as concessionárias", afirma Elfriede Sauerwein-Braksiek, diretora da Autobahn GmbH, concessionária da A45.

Expectativa é de que tecnologia seja usada na reconstrução de duas novas pontes

Ponte deslizou sobre vigas corrediças de concreto, e foi puxada por cabos de aço conectados a unidades hidráulicas Crédito: Hochtief
Ponte deslizou sobre vigas corrediças de concreto, e foi puxada por cabos de aço conectados a unidades hidráulicas
Crédito: Hochtief

Para deslocar a ponte foram conectadas 15 unidades hidráulicas com cabos de aço. "O viaduto foi puxado, em vez de empurrado", diz Michael Neumann, gerente de projeto da Autobahn GmbH. Para fazer com que a estrutura deslizasse, foram instaladas vigas corrediças de concreto cobertas por teflon e untadas com graxa especial para reduzir o atrito. Também houve atenção com as condições meteorológicas na região, pois era necessário coincidir a operação com um dia ensolarado e pouco vento, a fim de facilitar a movimentação da estrutura. O planejamento permitiu que a ponte percorresse 30 metros por hora.

Ao longo da A45 existem 70 pontes e viadutos. Três outras obras de arte estão em reconstrução e existem planos de replicar a tecnologia de deslocamento em outras duas que serão reconstruídas. Além disso, a operação mobilizou todos setores de infraestrutura da Alemanha. “Isso mostra mais uma vez que os engenheiros civis podem estabelecer padrões elevados e, finalmente, alcançá-los”, avalia Enak Ferlemann, secretário do ministério de transportes do país. “Essa não é apenas uma conquista notável da engenharia, mas que deixa um legado inovador para ser aplicado em futuras obras”, completa.

Veja arte sobre a operação de deslocamento da ponte

Assista ao vídeo que mostra o encaixe da ponte no eixo rodoviário da A45

Entrevistado
Autobahn GmbH, concessionária da A45 na Alemanha (via departamento de comunicação)

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Caixa aposta em venda na planta para novas obras habitacionais

Nova linha de crédito é chamada de “apoio à produção” pela Caixa Econômica Federal Crédito: Caixa Econômica Federal
Nova linha de crédito é chamada de “apoio à produção” pela Caixa Econômica Federal
Crédito: Caixa Econômica Federal

Caixa Econômica Federal cria novos estímulos para atrair consumidores que desejem adquirir a casa própria. Entre eles, o incentivo à aquisição do imóvel na plantaA plataforma do banco voltada para essa modalidade de negócio é atraente tanto para quem compra quanto para quem constrói, revela o superintendente-executivo de habitação da Caixa para Curitiba-PR e região, João Gilberto Rufini, em webinar promovido pelo SindusCon-PR 

O dirigente aponta que o banco decidiu atrelar a liberação de recursos ao construtor à capacidade do empreendimento de atrair financiamentos imobiliários ainda na fase de venda na planta. O novo pacote faz parte das recentes medidas anunciadas pela Caixa para estimular pequenas e médias empresas a manterem um bom volume de obras em 2021, e que passam a entrar em vigor ao longo do mês de março. 

A linha de crédito que incentiva a aquisição de financiamento imobiliário na planta é chamada pela Caixa de “apoio à produção”. Ela promove a liberação de recursos ao construtor de acordo com a adesão dos mutuários ao empreendimento ainda em sua fase de lançamento. No webinar do SindusCon-PR, João Gilberto Rufini exemplificou como funciona a modalidade. Se o empreendimento tiver 100 unidades habitacionaise conseguir vender 30% delas, a Caixa libera 100% dos recursos para a obra”, explica. 

superintendente-executivo de habitação da Caixa para Curitiba-PR e região ressalta, porém, que a construtora terá que passar por análise de risco, de engenharia e jurídica para que o banco possa considerá-la apta a acessar esse modelo de financiamento. Segundo o dirigente da Caixa, o processo é bem criterioso para que haja a certeza de que o empreendimento será entregue aos mutuários, sem risco de que a aquisição do imóvel na planta vire “dor de cabeça”. 

Saiba quais são as vantagens para clientes e construtores 

João Gilberto Rufini também expôs as vantagens desse tipo de contrato para o cliente, que são:

- Congelamento do saldo devedor até que a obra seja entregue.
- Vigência de seguro MIP (Morte ou Invalidez Permanente) desde o início da obra.
- Possibilidade de utilizar o FGTS.
- Garantia de término da obra.
- Garantia do financiamento nas condições atuais, independentemente de mudanças na economia.
- Sem pagamento de mensalidades semestrais ou anuais.
- Suspensão de cobrança, em caso de atraso da obra superior a 180 dias.  

Para as construtoras, as vantagens são as seguintes:

- Impossibilidade de distrato.
- Garantia de recursos para a conclusão do empreendimento.
- Utilização de recursos dos financiamentos obtidos com a venda na planta para a execução do empreendimento. 

As novas medidas da Caixa estão ancoradas nos resultados da carteira de financiamento habitacional obtidos em 2020 pelo banco. No ano passado, foram concedidos 509 bilhões e 800 milhões de reais em crédito habitacional, superior aos 465 bilhões e 100 milhões de reais financiados em 2019. Dentro desse volume de recursos, as contratações com recursos da poupança (SBPE) evoluíram de 26 bilhões e 600 milhões para 53 bilhões e 700 milhões em 2020, ou seja, com crescimento superior a 100%. 

Assista à íntegra do webinar promovido pelo SindusCon-PR

Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Panorama da habitação”, realizado dia 9 de março pelo SindusCon-PR 

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