Cimento terá selo de sustentabilidade e Brasil é modelo
As indústrias do cimento, do concreto e de agregados da Europa, dos Estados Unidos, da América Latina e da Ásia se uniram para o fundar o Conselho de Sustentabilidade do Concreto – Concrete Sustainability Council (CSC). O objetivo é auditar e certificar o fornecimento e o consumo responsável desses insumos. O selo engloba toda a cadeia de produção e será dividido em 4 categorias: gestão, meio ambiente, aspecto social da sustentabilidade e economia.
A certificação tem critérios obrigatórios e o manual técnico pode ser acessado ao final dessa reportagem. Quem busca o selo pode optar pelas versões Platinun, Gold ou Silver. Para Michael Scharpf, presidente do comitê-técnico do Concrete Sustainability Council, o “CSC proporcionará transparência e valor aos projetos de construção sustentável“. Atualmente, em todo o mundo 400 empresas, entre fabricantes de cimento, concreteiras e produtores de agregados, já conseguiram a certificação ou estão em processo de obtê-la.
Os índices da indústria brasileira do setor são referência para as companhias estrangeiras que investem em sustentabilidade na produção. Mundialmente, cimento e concreto respondem por cerca de 7% de todo o CO₂ emitido na atmosfera pela ação humana. No Brasil, essa relação é 3 vezes menor. A participação do setor nas emissões nacionais é de 2,3%. E a meta é diminuir ainda mais o volume de CO₂.
Indústria cimenteira brasileira cumpre rigorosamente os termos do Acordo de Paris
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), Paulo Camillo Penna, o target é reduzir as emissões atuais em mais 33% até 2050. “Com isso, evitaremos lançar 420 milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera”, diz. A meta está ligada ao aumento de matérias-primas alternativas ao clínquer na fabricação de cimento, como escórias siderúrgicas, cinzas de termoelétricas e pó de calcário.
Entre as principais iniciativas do setor está elevar o uso de adições de 32% para 48% e substituir o uso de combustíveis fósseis por alternativos, dos atuais 23% para 55% até 2050. Além disso, a indústria cimenteira também investe na renovação de sua linha de produção, adquirindo equipamentos de menor consumo térmico e elétrico. Essas medidas foram responsáveis pela redução de 18% na intensidade de carbono do setor de 1990 a 2019, enquanto a produção de cimento cresceu cerca de 220%.
Segundo Penna, a indústria cimenteira brasileira cumpre rigorosamente os termos do Acordo de Paris. Enquanto a média mundial de emissão encontra-se atualmente em 634 quilos de CO₂ por tonelada de cimento, no Brasil esse valor é de 564 quilos por tonelada do insumo – cerca de 11% menor. O Acordo de Paris é um tratado assinado por 195 países, incluindo o Brasil, que vigora desde novembro de 2016. A principal meta é reduzir as emissões de gases de efeito estufa para limitar o aumento médio de temperatura global a 2 °C, quando comparado a níveis pré-industriais.
Confira o manual técnico da Concrete Sustainability Council
Entrevistado
Concrete Sustainability Council e ABCP/SNIC (via assessorias de comunicação)
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dcc@abcp.org.br
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Publicada a norma atualizada para concreto dosado em central
O processo de revisão da ABNT NBR 7212 foi prioritário para o CB-018 (Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados) em 2020. Os integrantes da comissão que analisou a norma técnica mais importante para as concreteiras superaram a pandemia de COVID-19 com reuniões virtuais e atingiram a meta para que o novo texto fosse publicado ainda no 1º semestre de 2021. O grupo teve amplo apoio da superintendente do comitê, a engenheira civil Inês Battagin, incentivadora do uso da web para dar celeridade às comissões da ABNT. Graças a esse esforço conjunto, em 22 de abril entrou em vigor a nova ABNT NBR 7212 (Execução de concreto dosado em central – Preparo, fornecimento e controle).
Como o nome diz, a norma técnica estabelece os requisitos para o preparo do concreto dosado em central, incluindo controle da qualidade dos materiais, dosagem, mistura, transporte e fornecimento do concreto, bem como as operações de controle e análise do seu processo de preparo. A ABNT NBR 7212 aplica-se ainda aos casos em que a executante da obra dispõe de central de concreto. O fato da norma ter se tornado mais abrangente tem o objetivo de fazer com que ela sirva de mediadora na relação entre construtoras e concreteiras. Além disso, a versão recentemente publicada abre caminho para que novas tecnologias sejam incorporadas ao concreto dosado em central.
A nova ABNT NBR 7212 cancela a versão de 2012 e traz um espectro mais abrangente de relação com outras normas técnicas. A ela estão vinculadas agora outras 12 normas, que são:
- ABNT NBR 11768-1:2019 (Aditivos químicos para concreto de Cimento Portland Parte 1: Requisitos)
- ABNT NBR 12655:2015 Versão Corrigida:2015 (Concreto de Cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação – Procedimento)
- ABNT NBR 12821:2009 (Preparação de concreto em laboratório – Procedimento)
- ABNT NBR 14931:2004 (Execução de estruturas de concreto – Procedimento)
- ABNT NBR 15823:2017 – partes 1 e 2 (Concreto autoadensável Parte 1: Classificação, controle e recebimento no estado fresco) e (Concreto autoadensável Parte 2: Determinação do espalhamento, do tempo de escoamento e do índice de estabilidade visual – Método do cone de Abrams)
- ABNT NBR 15900-1:2009 (Água para amassamento do concreto Parte 1: Requisitos)
- ABNT NBR 16886:2020 (Concreto – Amostragem de concreto fresco)
- ABNT NBR 16889:2020 (Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone)
- ABNT NBR 5671:1990 Versão Corrigida:1991 (Participação dos intervenientes em serviços e obras de engenharia e arquitetura)
- ABNT NBR 5738:2015 Versão Corrigida:2016 (Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova)
- ABNT NBR 8953:2015 (Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por grupos de resistência e consistência)
- ABNT NBR 9833:2008 Versão Corrigida:2009 (Concreto fresco – Determinação da massa específica, do rendimento e do teor de ar pelo método gravimétrico).
Para o presidente da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem) o engenheiro civil Jairo Abud, a ABNT NBR 7212 vai contribuir para aumentar a produtividade no canteiro de obras. A razão é que, ao admitir sistemas automatizados, a norma técnica abrirá espaço, por exemplo, para a medição eletrônica do slump (consistência do concreto) ainda dentro da betoneira, com o uso de sensores instalados no balão. Tais procedimentos já são adotados nos Estados Unidos e na Europa e agora podem chegar ao Brasil graças à versão 2021 da ABNT NBR 7212.
Entrevistado
CB-018 (Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados) da ABNT e ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem) (via assessoria de imprensa)
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cb-18@abcp.org.br
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Manual ensina boas práticas para montar obras com pré-fabricados
O documento, como ressalta Luiz Livi, que é diretor de marketing da ABCIC e diretor de estruturas pré-fabricadas da ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural), atende “obras de qualquer tipo e de qualquer porte”. O engenheiro civil também destaca que o manual prioriza as operações que não estão cobertas nas normas técnicas e que são executadas diariamente nas obras que utilizam elementos pré-fabricados de concreto. “O manual não foi feito para ficar no escritório, mas sim para ser manuseado no canteiro de obras”, diz.
O guia contempla planejamento da montagem, carga e descarga, montagem, tolerância relativa à montagem, projetos, segurança na montagem, ferramentas de gestão da montagem e qualidade. Seu conteúdo também está alicerçado nas duas principais normas técnicas para a construção industrializada de concreto: a ABNT 9062 (Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado) e a ABNT 6118 (Projeto de estruturas de concreto-Procedimento). O documento ainda considera as normas
regulamentadoras para a construção civil, como a NR-18 (Condições de segurança e saúde para o trabalho na indústria da construção).
Objetivo central do guia é impedir que aconteçam acidentes nas obras
Luiz Livi reforça ainda que o manual remete aos conceitos do selo de excelência da ABCIC. Ele frisa que o guia aborda principalmente questões que ficam nas fases transitórias, entre a produção do elemento na fábrica e sua execução no canteiro de obras. O transporte é um deles. “Criamos um modelo sobre os esforços que devem ser considerados na aceleração, na frenagem, nas curvas e na passagem de lombadas. Isso antes ficava a cargo de quem fazia o frete”, afirma.
Ainda sobre as “fases transitórias”, Livi deu um exemplo de como os projetos com elementos industrializados de concreto têm especificações muito diferentes dos que utilizam concreto armado ou concreto pré-moldado in loco. “Peguemos o exemplo de um pilar. Na fábrica, ele é concebido na horizontal. Daí ele é armazenado, transportado e chega para a montagem. Um dia esse pilar foi solteiro, sozinho, mas na obra ele terá que desempenhar sua função na vertical e em conjunto com outros pilares. Essa peça precisa ter garantias de que possui estabilidade. O que o manual ensina é como testar essas garantias”, completa.
O dirigente da ABCIC e da ABECE também afirma que boas práticas impedem acidentes na obra, e que esse é “o objetivo central do guia”. Elaborado em 2019, o documento é destinado para um amplo público. Desde clientes, passando por projetistas, supervisores, técnicos, trabalhadores da construção civil, pesquisadores e estudantes de engenharia civil. Clique aqui para adquirir o Manual de montagem das estruturas pré-moldadas de concreto.
Entrevistado
Reportagem com base na live promovida pelo comitê técnico IBRACON-ABCIC CT 304, com palestra do engenheiro civil Luiz Livi.
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abcic@abcic.org.br
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Como fica o engenheiro de cálculo na era da Engenharia 4.0?
Dia 4 de maio comemorou-se o dia do engenheiro de cálculo, também conhecido como calculista, projetista ou engenheiro de estruturas. Independentemente da nomenclatura, é ele quem define os parâmetros para que uma construção se mantenha em pé ao longo de sua vida útil. Se no passado a régua de cálculo era o instrumento inseparável desse profissional, hoje há softwares cada vez mais sofisticados para auxiliar na tarefa de projetar estruturas, seja em concreto armado, concreto protendido, aço ou madeira.
São ferramentas que se tornaram imprescindíveis para o calculista que queira sobreviver na era da Engenharia 4.0. Mas qual software de cálculo estrutural é o melhor? A resposta é “depende”. Existem passos a serem seguidos para se chegar ao melhor aplicativo. Os principais são: verificar o quanto ele está adequado às normas técnicas, analisar se opera em conjunto com o BIM, ver qual atende melhor as características do projeto e observar a curva de aprendizagem.
Se o cálculo for para um projeto de edificação de até 5 pavimentos, recomenda-se um tipo de software. Caso seja para um prédio superalto, uma ponte ou uma hidrelétrica, aí a ferramenta precisa ter mais sofisticação tecnológica, e também vai exigir mais conhecimento de quem irá operá-la. No Brasil, as 5 ferramentas mais usadas pelos engenheiros de estrutura são as seguintes:
SAP2000
Existe há 30 anos. Popularizou-se por ser um programa com interface intuitiva, vasto conjunto de recursos e por permitir concepção e análise de estruturas em 3D. É mais usado em projetos de obras de infraestrutura, principalmente pontes e viadutos.
TQS
É um software nacional. Usado principalmente no cálculo estrutural de edificações em concreto protendido e armado, e também em estruturas pré-moldadas. O engenheiro estrutural fornece os dados estruturais de pilares, lajes, vigas e fundações e o software calcula e fornece simulações. Vem adequado às versões mais novas das normas técnicas brasileiras relacionadas com estruturas de concreto.
Cypecad
É outro software nacional. Realiza cálculo de estruturas em concreto armado, protendido, pré-moldado e misto de concreto e aço. Abrange uma ampla gama de tipos de pilares, lajes e fundações. É muito usado por ter uma curva de aprendizado rápida e por notificar quando existe alguma não-conformidade no projeto.
Eberick
Possui múltiplas funções, como modelagem, análise e dimensionamento, para estruturas em concreto armado e estruturas mistas. O ponto central é o nível de detalhes gerados em 3D.
Metálicas 3D
De origem espanhola, é um dos mais completos para projetos que utilizam estruturas mistas de concreto e aço.
Ferramentas devem operar com base nas normas técnicas atualizadas
Todos os softwares devem atender as versões mais atualizadas das normas técnicas relacionadas com estruturas de edificações. No caso dos projetos que utilizam concreto, as normas relevantes são: ABNT NBR 6118 (Estruturas de concreto armado – Procedimento), ABNT NBR 8681 (Ações e segurança nas estruturas – Procedimento), ABNT NBR 6123 (Forças devidas ao vento em edificações), ABNT NBR 9062 (Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado) e ABNT NBR 10837 (Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto – Procedimento).
Quanto à ABNT NBR 8800 (Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios) os softwares utilizam a versão de 2008, mas o processo de revisão da norma está a caminho. A ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) irá reativar a comissão (CE-002:125.003 – Comissão de Estudo de Estruturas de Aço e Mistas de Aço e Concreto) a partir de 13 de maio de 2021. O projeto do texto-base para sua revisão tem sido discutido desde 2020.
Entrevistado
Computers & Structures Inc., TQS Informática, Multiplus Softwares Técnicos, AltoQi e ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural)
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altoqi.com.br/contato
financeiro@multiplus.com
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Crossrail inicia fase de testes na primavera britânica
A linha de trem Crossrail, a maior obra de mobilidade urbana da Europa, entrará em fase de teste em junho, durante a primavera no hemisfério norte. A previsão é da prefeitura de Londres. A obra é praticamente uma linha reta com 108 quilômetros de extensão, dos quais 42 quilômetros são percorridos em túneis. O trajeto corta a capital britânica de leste a oeste, interligando também cidades vizinhas à metrópole inglesa. A construção começou em 2008 e era para ter sido concluída em 2018. Escassez de recursos e lentidão em processos de desapropriações dilataram o prazo. O custo final da obra chega a 18,7 bilhões de libras (cerca de 130 bilhões de reais).
O projeto do eixo metroviário utilizou-se amplamente da construção industrializada do concreto. Uma das inovações usadas na obra foi a central de concreto sobre trilho, para dar agilidade à logística de distribuição do material nos vários canteiros de obras instalados no percurso da Crossrail. A composição de 465 metros, com capacidade para produzir até 50 mil m³ de concreto por mês, será utilizada em futuras obras no Reino Unido. Além de produzir o insumo principal para a construção da linha metropolitana, o trem serviu também para transportar parte das 250 mil aduelas de concreto usadas para revestir os túneis escavados.
Para a produção das aduelas foram consumidos 140 mil m³ de concreto. Cada elemento pesa 3,4 toneladas e no auge da produção a fábrica de pré-fabricados contratada para fornecer os segmentos chegou a fabricar 330 unidades por dia. Outra inovação na obra da Crossrail foi o uso de concreto com densidade de 3,6 t/m³ para a construção de uma laje de via flutuante (do termo em inglês, floating track slab [FTS]) sobre os 42 quilômetros de túneis – comparativamente, o concreto convencional pesa em média 2,4 t/m³. O objetivo é minimizar os impactos de ruído e de vibração na infraestrutura acima do solo. O trecho subterrâneo da linha de trem é o que cruza a área mais densamente povoada de Londres, cujas obras foram concluídas no final de 2020.
Obra propiciou a criação de uma escola para formar profissionais especializados em túneis
Com a etapa de engenharia finalizada, a Crossrail ficará cerca de 6 meses em operação-teste até ser liberada para o público – previsto para o começo de 2022. Quando entrar efetivamente em operação, a linha dará um upgrade em Londres, estimam consultores imobiliários. Além de gerar 300 mil novos empregos diretos e indiretos, a obra promete transformar os bairros de Ealing, Woolwich, Ilford e Romford, atraindo empresas e estimulando a construção de 90 mil novas residências, além de edifícios corporativos e centros comerciais. “Calcula-se que os novos empreendimentos possam ocupar uma área de 280 mil m², com investimento de 500 milhões de libras (cerca de 3,5 bilhões de reais)”, diz relatório da consultoria britânica GVA.
A Crossrail também deixa um legado para a engenharia britânica. Em 2011, no início do andamento das obras, foi criada a Academia de Túneis e Construção Subterrânea (TUCA, do inglês Tunneling and Underground Construction Academy). Entre engenheiros civis, operadores de equipamentos e operários da construção civil, a escola especializou mais de 15 mil profissionais em 10 anos. A academia não será descontinuada e seguirá formando trabalhadores para futuras obras no Reino Unido.
Entrevistado
Crossrail Ltd. (via assessoria de imprensa)
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pressoffice@crossrail.tfl.gov.uk
www.crossrail.co.uk
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Em 2021, financiamento imobiliário bate novos recordes
Balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal sobre o desempenho do financiamento imobiliário no 1º trimestre de 2021 mostra que os recordes alcançados em 2020 tendem a ser superados este ano. O banco concedeu quase 29 bilhões de reais em empréstimos para a aquisição da casa própria e assinou 134.800 novos contratos, entre janeiro, fevereiro e março. O volume é 35,5% superior ao concedido no mesmo período do ano passado.
A Caixa também financiou a construção de 562 empreendimentos no 1º trimestre, o que coloca 68.900 novas unidades em produção. O número é 48% maior que o apurado no mesmo período de 2020. Atualmente, o banco financia mais de 7 mil novas obras habitacionais, que resultam em 940.000 unidades em construção. O volume gera 212.600 postos de trabalho diretos e indiretos na construção civil.
Para o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o desempenho do 1º trimestre confirma que o segmento imobiliário é o “coração da Caixa”. O dirigente também assegura que os juros do financiamento da casa própria não acompanharão as altas da taxa Selic, porque a modalidade com taxa fixa leva em consideração a curva longa de juros e não a de curto prazo. “A vida média de crédito imobiliário da Caixa fica em torno de 8 anos. Só vamos elevar os juros se houver expectativa de taxas longas superiores às atuais”, assegura.
O banco oferece modalidades pré-fixadas e pós-fixadas de crédito imobiliário – essas são corrigidas pela poupança, pela inflação ou pela TR (Taxa Referencial). “A que é corrigida pela poupança é diretamente influenciada pela taxa básica, porque a modalidade rende 70% da Selic, quando a taxa básica está abaixo de 8,5%. Em relação à taxa atrelada pela TR, que hoje está em zero, pode ter uma variação na parte fixa se houver aumento contínuo, mas não estamos discutindo isso no momento”, completa Pedro Guimarães.
Caixa afirma ter estoque de 3 anos para o crédito habitacional, e espera crescer mais
Com o resultado do 1º trimestre, a carteira de crédito habitacional da Caixa, que mede o estoque de empréstimos, atingiu 514 bilhões e 100 milhões de reais. O banco continua como o maior financiador da casa própria no Brasil, concentrando 68,5% do mercado, e, de acordo com Pedro Guimarães, não faltarão recursos para o crédito imobiliário. “Temos aproximadamente 400 bilhões de reais em poupança e 500 bilhões de reais em crédito imobiliário. Como parte da modalidade é feita com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) temos uma sobra de cerca de 150 bilhões de reais. Ainda temos muito espaço para crescer e não faltará fonte de recursos por pelo menos 3 anos”, diz.
O Banco Central estima que, além da Caixa, as outras instituições financeiras também seguirão ofertando financiamento imobiliário em volume maior que em 2020. A projeção é de crescimento de 11%, na comparação com o ano passado. Outra perspectiva é de que a taxa de inadimplência também continue baixa. Em 2020, a carteira habitacional da Caixa para pessoa física encerrou o ano com 1,28% dos contratos inadimplentes.
Entrevistado
Caixa Econômica Federal (via assessoria de imprensa)
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imprensa@caixa.gov.br
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Engenheiras civis e arquitetas movem a construção sustentável
A construção sustentável avança no mundo movida pelas mulheres. Profissionais da engenharia civil e da arquitetura são as que mais praticam conceitos de “prédio verde”, reciclagem de materiais e redução de emissão de CO₂, além de serem também as que mais participam de organismos e conferências relacionadas com o tema. Levantamento da World Green Building Council mostra que mais de 50% dos conselhos espalhados em todo o planeta têm mulheres no comando.
É uma tendência mundial. Na Jordânia, por exemplo, Ala’a Abdula comanda o GBC do país - o Jordan GBC. Ela estabeleceu como meta tornar a construção civil da capital do país, Amã, Zero Carbono até 2050. No Chile, a CEO do Green Building Council local (Chile GBC) é Maria Fernanda Aguirre Busto. “Podemos fazer com que a construção civil seja mais produtiva, não contamine e não consuma muitos recursos”, resume. O mesmo pensa Dorah Modise, CEO do Green Building Council África do Sul (GBCSA), que resume sua gestão: “Aumentei o número de edifícios verdes na África do Sul e trabalho junto ao governo para desenvolver protocolos que garantam emissão zero de carbono e reaproveitamento de resíduos e de água da chuva em todos os prédios públicos do país.”
No Reino Unido, a certificação BREEAM é comandada por uma mulher: Charlene Clear. O certificado existe desde 1992 e é um dos mais rigorosos entre os que qualificam “prédios verdes”. Dos que buscam atender os requisitos BREEAM, só 10% conseguem obter a certificação. Clear justifica o rigor. Ela afirma que 60% dos edifícios que obtêm certificação de sustentabilidade em sua fase de projeto, de construção e de início de operação após a conclusão da obra não conseguem manter os requisitos depois de 5 anos em funcionamento. “Prezamos pela sustentabilidade contínua dos edifícios”, diz.
Conheças as 10 mulheres que mais influenciam a construção sustentável no Brasil
Apesar da construção civil mundial ser uma indústria tradicionalmente dominada por homens, as mulheres ocupam cargos estratégicos para influenciar os construtores e também quem legisla e faz a gestão pública. É o que revela Cristina Gamboa, diretora-executiva do World Green Building Council. “As mulheres estão liderando o caminho em direção à sustentabilidade, com a missão de estimular os edifícios verdes em todos os segmentos da construção civil: da habitação popular aos prédios corporativos”, comenta. Atualmente, além de Jordânia, Chile e África do Sul, outros quatro países têm mulheres no comando dos conselhos de construção sustentável: Cingapura, Reino Unido, Alemanha e Austrália.
No Brasil, recente pesquisa apontou as 10 mulheres que mais influenciam a construção sustentável no país. São elas:
- Maíra Macedo, gerente de relações institucionais e governamentais do Green Building Council Brasil.
- Celina Llerena, sócia–fundadora da Ebiobambu, escola de bioarquitetura e centro de pesquisa e tecnologia experimental em bambu.
- Rosana Correa, consultora de sustentabilidade do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro-RJ.
- Patricia O’Reilly, fundadora do Sustainable Reference no Brasil.
- Alessandra Caiado Cardim, consultora em sustentabilidade para fabricantes de materiais de construção.
- Adriana Hansen, primeira especialista no Brasil em Avaliação do Ciclo de Vida para produtos e empreendimentos sustentáveis.
- Ana Rocha Melhado, engenheira civil autora dos livros “Projetar e Construir bairros sustentáveis e “Sustentabilidade nas Obras e Projetos”.
- Sandra Pinho Pinheiro, arquiteta pioneira na adoção de práticas de sustentabilidade em obras da região sul do Brasil.
- Suênia Maria Cordeiro de Sousa, gestora do Centro Sebrae de Sustentabilidade, criado para disseminar os conceitos de construção sustentável no país.
- Irina Biletska, nascida na Ucrânia e radicada no Brasil desde 2011. É especialista em bioconstrução e bioarquitetura.
Entrevistado
World Green Buildind Council (via departamento de mídia)
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media@worldgbc.org
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Pós-obra estende ciclo produtivo da construção civil
O ciclo produtivo de uma construção não se encerra com o “Habite-se” ou com a entrega das chaves do imóvel ao proprietário. A partir desse momento, inicia-se o pós-obra, que envolve as reformas para adequar a moradia a quem irá ocupá-la. Esse investimento representa, em média, 36 centavos de cada 1 real de custo da edificação. “O pós-obra não se limita ao período de aquisição do imóvel, mas pode se estender ao longo dos primeiros 3 anos de moradia do usuário”, explica a economista da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) Ieda Vasconcelos.
O estudo encomendado pela CBIC avalia os efeitos do pós-obra na cadeia produtiva da construção civil. Foi realizado pelos economistas Ana Castelo e Robson Gonçalves, da consultoria Ecconit. Eles apontam que em imóveis de alto padrão, os gastos extras com melhorias na construção podem chegar a 25% do valor pago pela habitação. Já em imóveis de médio padrão, esse percentual equivale a 15%, enquanto que, em habitações populares, chega a 10%. Em empreendimentos de alto padrão, o gasto com mobiliário é o que consome a maior parte do pós-obra, chegando a 6,5%, seguido de reformas (4,3%).
Já em imóveis de médio padrão e em habitações populares, as reformas lideram o volume de dinheiro investido na casa nova, e representam, respectivamente, de 3% a 3,5% do valor do imóvel. Nesses dois segmentos, o mobiliário aparece em 2º lugar na relação de gastos com pós-obra. Na relação apurada pelos economistas também se destacam os seguintes consumos: itens de cama, mesa e banho, confecção de acessórios de decoração, móveis planejados, compra de eletroeletrônicos e instalações elétricas. “O pós-obra tem uma relevância econômica muito importante, por gerar multiplicadores em outras cadeias produtivas”, sinaliza Robson Gonçalves.
Pós-obra movimenta um montante de recursos que equivale a 0,44% do PIB
O economista apresenta um comparativo sobre esse efeito multiplicador da construção civil. De cada 200 bilhões de reais investidos na construção de novas moradias, são gerados outros 170 bilhões na cadeia de suprimentos do setor e mais 120 bilhões nos demais setores da economia. O estudo também revela que o pós-obra movimenta um montante de recursos que equivale a 0,44% do PIB brasileiro, além de gerar mais de 650 mil empregos. “A demanda induzida no pós-entrega das chaves equivale a 1/3 do que foi investido na compra do imóvel”, explica Robson Gonçalves. Ou seja, se o proprietário desembolsou 300 mil reais na compra da casa própria, ao longo dos primeiros 3 anos de moradia ele poderá investir até 100 mil reais na melhoria desse mesmo imóvel.
Quanto às reformas no imóvel, as práticas mais comuns do pós-obra são pintura interna da habitação, colocação ou a troca de pisos, instalação de elementos de iluminação, fusão de cômodos, arquitetura de decoração e limpeza. Isso movimenta especialmente o varejo de materiais de construção, as pequenas empreiteiras e os escritórios de arquitetura especializados em pós-obra. A pesquisa contou com dados levantados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e números da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Assista à palestra sobre pós-obra
Entrevistado
Reportagem com base na palestra “O impacto pós-obra de investimento em construção” e no estudo “Pós-obra: geração de renda e emprego na economia”, divulgados pela CBIC
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bancodedados@cbic.org.br
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Altair Santos MTB 2330
Ciência e tecnologia impulsionam de vacinas ao concreto
Na abertura da edição virtual do 62º Congresso Brasileiro do Concreto, o diretor-presidente do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto), Paulo Helene, destacou que a pandemia de COVID-19 deixou claro para o mundo e para o Brasil o quanto é importante investir em ciência e tecnologia. “A velocidade com que se chegou às vacinas imunizantes da doença é a prova cabal de que ciência e tecnologia são vitais. Transportando isso para o nosso setor, a aplicação da ciência e tecnologia na produção de concreto também gera qualidade de vida”, diz.
Em sua palestra-aula, Paulo Helene ressalta que o concreto também requer investimento permanente em ciência e tecnologia. “Ele é o principal material com o que fazemos pontes, viadutos, portos, aeroportos, hospitais, escolas e habitações, que são bens que melhoram a vida das pessoas”, destaca. O professor-doutor também afirma que essa é a missão do IBRACON: incentivar a aplicação da ciência e da tecnologia no material. “Nosso novo desafio é fazer o Brasil avançar em direção às novas tecnologias do concreto”, completa.
O presidente do IBRACON lembra que os resultados da ciência e da tecnologia não vêm por passe de mágica. É necessário comprometimento de vários setores, além de investimento. Ele cita os exemplos de Estados Unidos e Canadá - berços das pesquisas sobre concreto de alto desempenho, entre o final dos anos 1980 e a década de 1990. Nos EUA, o pesquisador Surendra Shah comandou uma cooperação entre 5 universidades e esteve à frente do centro avançado de materiais à base de cimento. Os estudos permitiram que o concreto se tornasse soberano na construção de edifícios superaltos a partir de 1998, com o projeto da Petrona Towers, em Kuala Lumpur, na Malásia.
Já o Canadá é praticamente o precursor do concreto de ultra-alto desempenho, desenvolvido através de pesquisas lideradas por Pierre-Claude Aitcin e um grupo que envolveu 11 universidades, 15 instituições governamentais, 5 organismos setoriais da construção civil e 65 empresas. Entre 1989 e 1999, esse consórcio investiu 1 milhão e 400 mil dólares anualmente para produzir um concreto que permitisse obras esbeltas, porém com resistências superiores a 150 MPa e de longa durabilidade. “Percebe-se que o investimento em pesquisa e desenvolvimento do concreto gerou um novo conceito de construir”, afirma Paulo Helene.
Produção de cimento do Brasil em 2020 é destacada no Congresso Brasileiro do Concreto
Helene também ressaltou a pujança da indústria de cimento no Brasil, mesmo em tempos de pandemia. “Nossa indústria de cimento dá orgulho. Ela existe há praticamente 100 anos e hoje tem condições de produzir 100 milhões de toneladas anualmente. Em 2020, ela teve um desempenho fenomenal. A produção de cimento voltou ao patamar de 60 milhões de toneladas por ano, o que não acontecia desde 2015. Frise-se que foi um ano de pandemia”, completa. No ano passado, os 6 países que se destacaram na produção de cimento foram China (2,2 bilhões de toneladas), Índia (340 milhões), Vietnã (96 milhões), EUA (90 milhões), Indonésia (73 milhões) e Turquia (66 milhões).
O Brasil fechou 2020 na 8ª posição mundial, com 60,8 milhões de toneladas de cimento produzidas, ficando um pouco abaixo do Irã. Paulo Helene ressalta que o país tem potencial para ocupar a 3ª ou a 4ª posição no ranking, se atingir 100% da capacidade instalada de suas fábricas. “De qualquer maneira, foi uma vitória o setor ter conseguido crescer 10,9% no ano passado (segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento [SNIC])”, completa o presidente do IBRACON.
Se mantiver o ritmo de crescimento registrado no 1º semestre de 2021, o Brasil tende a fechar o ano com uma produção maior de cimento do que em 2020. Entre janeiro, fevereiro e março, o setor cresceu 19% na comparação com o 1º trimestre de 2020, atingindo 15,3 milhões de toneladas. “A construção civil deu exemplo no ano passado. Não só no aspecto de produtividade, mas também no quesito segurança perante a pandemia. Tivemos um baixíssimo nível de infectados e mortes entre os trabalhadores. Enquanto o país fechou 2020 com 1.359 mortes por milhão de habitantes, a construção teve somente 167 por milhão. Essa organização no combate à doença nos canteiros de obras também é resultado da ciência e da tecnologia”, conclui.
Assista à palestra-aula do professor-doutor Paulo Helene (entre 38min e 1h09min)
Entrevistado
Reportagem com base na palestra-aula do professor-doutor Paulo Helene, diretor-presidente do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto), na abertura do 62º Congresso Brasileiro do Concreto
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Novas rodadas de concessões incluirão “joias da coroa”
O sucesso da Infra Week, que leiloou 28 ativos, entre os quais 22 aeroportos, animou o ministério da Infraestrutura para os futuros leilões que devem ocorrer entre o 2º semestre de 2021 e o 1º semestre de 2022. Mais 50 ativos serão concedidos à iniciativa privada e neles estarão as chamadas “joias da coroa”. São a rodovia Presidente Dutra, principal ligação entre São Paulo-SP e Rio de Janeiro-RJ, e os aeroportos de Congonhas, na capital paulista, e Santos Dumont, na capital fluminense. Também irão a leilão as BRs 153 e 163, os portos do Espírito Santo e novos terminais do porto de Santos, além de outros 14 aeroportos.
O governo tem a expectativa de arrecadar mais 84 bilhões de reais com essas concessões. Em 2 anos, já foram leiloados 41 ativos e contratados 44 bilhões de reais em investimentos e mais 13 bilhões de reais de outorga. Quando todas as concessões planejadas estiverem concluídas, o Palácio do Planalto projeta retorno de 250 bilhões de reais em investimentos na infraestrutura. "Estamos procurando seguir o que estabelecemos desde o 1º dia de governo", diz o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, sobre o projeto de transferir grande volume de ativos para a iniciativa privada.
O presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), Venilton Tadini, avalia que o governo tem feito “golaços” com os leilões. “O resultado desses leilões mostra que o Brasil continua estruturando bons projetos com racionalidade econômica, capazes de atrair o interesse de investidores com foco no longo prazo. Mas o impacto positivo desses projetos na economia vai levar um tempo até as empresas assinarem os contratos e depois começarem a captar os recursos para os investimentos”, afirma. O setor econômico especializado em infraestrutura estima que os efeitos das recentes concessões só serão percebidos em 2022.
Brasil precisaria de 10 Infra Week por ano para suprir gargalos de infraestrutura
O próprio ministério da Infraestrutura admite que o impacto da Infra Week comece efetivamente a aparecer a partir do 3º trimestre de 2021. “Após a assinatura dos contratos, há um período de transição antes do início dos investimentos privados. Normalmente, cerca de 70% do total de investimentos previstos para o período de concessão são realizados nos primeiros 5 anos de contrato. Ou seja, o reflexo na geração de empregos deve se dar a partir de 2022”, revela nota oficial do ministério, após os 3 dias de leilões da Infra Week. Essa etapa de concessões rendeu ao governo 3,5 bilhões de reais e o compromisso dos blocos vencedores de investir 12 bilhões em 30 anos.
Os 22 aeroportos leiloados foram divididos em 3 blocos (sul, central e norte). O sul foi arrematado pela Companhia de Participações em Concessões, parte do grupo CCR, por 2,1 bilhões de reais, e engloba os terminais localizados em São José dos Pinhais-PR (Aeroporto Internacional de Curitiba), Foz do Iguaçu-PR, Navegantes-SC, Londrina-PR, Joinville-SC, Bacacheri, em Curitiba-PR, Pelotas-RS, Uruguaiana-RS e Bagé-RS. Compõem o bloco central os aeroportos de Goiânia-GO, São Luís-MA, Teresina-PI, Palmas-TO, Petrolina-PE e Imperatriz-MA. O norte tem os terminais de Manaus-AM, Porto Velho-RO, Rio Branco-AC, Cruzeiro do Sul-AC, Tabatinga-AM, Tefé-AM e Boa Vista-RR.
Também foram leiloados 4 terminais do porto de Itaqui, no Maranhão, e 1 no porto de Pelotas-RS, além de um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), entre Ilhéus e Caetité, na Bahia. Segundo projeções da Abdib, o Brasil precisaria de 10 Infra Weeks por ano para suprir os gargalos em infraestrutura.
Entrevistado
Ministério da Infraestrutura e Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base)
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