Conheça as 10 melhores “universidades jovens” na engenharia civil

Curso de graduação em engenharia civil da Universidade Estadual de Londrina está entre os 4 melhores do Brasil, na categoria “universidades jovens”. Crédito: Agência UEL
Curso de graduação em engenharia civil da Universidade Estadual de Londrina está entre os 4 melhores do Brasil, na categoria “universidades jovens”.
Crédito: Agência UEL

Times Higher Education, especializado em rankings mundiais de universidades, organizou uma lista com as melhores “universidades jovens” do mundo. A organização define como “universidades jovens” aquelas fundadas a partir de 1971. A Coreia do Sul lidera a lista global, com 3 universidades tecnológicas entre as 10 melhores, apesar de a 1ª colocada ser de Cingapura. Trata-se da Universidade Tecnológica de Nanyang. No Brasil, na categoria engenharia civil, 10 instituições foram ranqueadas.  

Destaque para o Paraná, com 3 entre as 10 melhores. Confira a lista: 1º. Universidade Estadual Paulista-SP; 2º. Universidade Estadual de Santa Cruz-BA; 3º. Universidade Federal Rural do Semi-Árido-RN; 4º. Universidade Estadual de Londrina-PR; 5º. Universidade Federal de Uberlândia-MG; 6º. Universidade Estadual do Oeste do Paraná-PR; 7º. Universidade Federal do ABC-SP; 8º. Universidade Tecnológica Federal do Paraná-PR; 9º. Universidade Federal do Piauí-PI, e 10º Universidade de Fortaleza-CE. 

Um dos destaques do departamento de engenharia civil da Universidade Estadual Paulista (UNESP) é o Grupo de Pesquisa em Materiais Alternativos de Construção (MAC). Em 2017, em parceria com Universitat Politècnica de València, na Espanha, foi desenvolvido um tipo de cimento com 20% de cinzas resultantes da queima de caroços de azeitonas e 80% de escórias de alto-forno. Uma das características do experimento é que ele não precisa atingir temperaturas acima de 1.400 °C para desencadear as reações que resultam no material. Consequentemente, há menor emissão de CO₂. 

Terceira colocada no ranking, a graduação em engenharia civil da Universidade Estadual de Santa Cruz, localizada em Ilhéus-BA, foi implantada em 2011, mas já está consolidada entre os 10 melhores cursos da região nordeste. Na Bahia, ocupa o 2º lugar. A graduação tem foco na construção sustentável. Outro curso de engenharia civil bem jovem é o da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), localizado em Mossoró-RN. Inaugurada em 2014, a graduação é bem avaliada pelo MEC. Entre suas pesquisas, está a que usa cinzas de casca de arroz na produção de Cimento Portland. O estudo foi desenvolvido em 2018. 

Universidade Estadual de Londrina (UEL), localizada no norte do Paraná, passou a integrar recentemente a “Aliança Construção Modular”. O grupo une universidades e startups da construção civil para desenvolver projetos que busquem popularizar a construção modular no Brasil. Já a Universidade Federal de Uberlândia conta com o conceituado LabMat (Laboratório de Materiais de Construção Civil) que realiza pesquisas com materiais compósitos, fibras vegetais em concretos e argamassas e reaproveitamento de resíduos da construção. 

Pesquisas com nanotecnologia e ensino com base na plataforma BIM se destacam 

Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), com campus espalhados nas principais cidades do oeste paranaense, foi uma das primeiras do Brasil a se dedicar ao desenvolvimento de projetos de construção sustentável. Em 2002, antes mesmo de as certificações de sustentabilidade proliferarem no país, ela criou a “Casa Inteligente”, que fazia o uso de energia solar, reaproveitamento de água da chuva e ventilação cruzada.  

Outra ranqueada pelo Times Higher Education, a Universidade Federal do ABC Paulista é uma das 17 instituições de ensino escolhidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), em parceria com o Ministério da Educação (MEC). O departamento de engenharia civil da UFABC é responsável por pesquisas que aplicam a nanotecnologia na construção civil. Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) o destaque é o desenvolvimento de projetos ligados à plataforma BIM, e que fazem os engenheiros civis e arquitetos formados na universidade saírem para o mercado com conhecimento da tecnologia. Desde 2011, a UTFPR possui convênio com a Cia. de Cimento Itambé. 

9ª e a 10ª colocadas no ranking Times Higher Education, com base nas graduações de engenharia civil, são a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a Universidade de Fortaleza (UNIFOR). A primeira tem uma pesquisa reconhecida internacionalmente com tijolos ecológicos. A segunda é uma das poucas do continente sul-americano a oferecer a disciplina de Ciências da Cidade para graduados em engenharia civil e arquitetura e urbanismo. 

Acesse o ranking

Entrevistado
Times Higher Education e departamentos de engenharia civil da UNESP, da UESC, da Ufersa, da UEL, da UFU, da UNIOESTE, da UFABC, da UTFPR, da UFPI e da UNIFOR 

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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330


Legado de Bruno Contarini vai muito além da Ponte Rio-Niterói

Bruno Contarini atuou em obras icônicas, como a construção de Brasília e a Ponte Rio-Niterói. Crédito: Renato Araújo/Agência Brasília
Bruno Contarini atuou em obras icônicas, como a construção de Brasília e a Ponte Rio-Niterói.
Crédito: Renato Araújo/Agência Brasília

Brasil perdeu dia 8 de junho um de seus principais engenheiros de estruturas. Reconhecido internacionalmente, Bruno Contarini deixa um legado relevante de obras para a engenharia civil. A principal delas, como ele mesmo reconheceu em podcast concedido em 2011 à Cia. de Cimento Itambé, é a Ponte Rio-Niterói. “A Rio-Niterói foi o meu projeto mais relevante. Na época, era a maior do mundo. Não é todo dia que se projeta a maior ponte do mundo”, diz. 

Contarini cita a série de inovações implementadas na engenharia com a construção da Rio-Niterói. “Foi a primeira do mundo a utilizar a injeção de concreto submerso nas fundações. Essa tecnologia nunca havia sido usada em grandes obras de infraestrutura na época”, recorda. O volume de concreto submerso empregado na construção da ponte foi da ordem de 150 mil m³. “A obra também foi inovadora no uso de sistemas de perfuração de rocha para fazer as fundações”, completa. 

engenheiro cita ainda que os ensaios de concreto também deram um salto de qualidade por causa das obras da Rio-Niterói. O motivo é que a equipe de engenheiros de estruturas coordenada por Bruno Contarini precisa encontrar um concreto que resistisse à agressividade das águas da Baía de Guanabara. Optou-se pelo concreto protendido. “A água da Baía de Guanabara é altamente agressiva ao concreto, por causa do enxofre em sua composição”, revela no podcast. 

Contarini destacava-se por defender a qualidade da engenharia brasileira 

No total, o volume de concreto utilizado na ponte passa de 1 milhão de m³. Foram 950 mil m³ de concreto protendido e 150 mil m³ de concreto submerso. Perguntado se, em pleno século 21, ele teria projetado uma ponte diferente daquela inaugurada em 4 de março de 1974, Contarini disse que não. “Incluiria novas tecnologias, mas manteria o projeto intacto”, afirma. Em 2024, a Ponte Rio-Niterói completa 50 anos. Apesar de não ser mais a maior do mundo, segue reconhecida como um dos ícones da engenharia global.

Ponte Rio-Niterói: construída na primeira metade da década de 1970, obra inovou no uso de concreto especiais. Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil
Ponte Rio-Niterói: construída na primeira metade da década de 1970, obra inovou no uso de concreto especiais.
Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

Na opinião de Bruno Contarini, a Rio-Niterói, a hidrelétrica Itaipu e a construção de Brasília são as grandes contribuições do Brasil para a engenharia civil mundial. No podcast, o engenheiro de estruturas exalta a qualidade dos brasileiros que atuam projetando e tocando obras no país. “Confio muito no engenheiro civil brasileiro, no encarregado brasileiro e no peão brasileiro. Na Ponte Rio-Niterói, havia 10 mil operários e 130 engenheiros civis. Tudo funcionou perfeitamente”, ressalta.   

Bruno Contarini morreu aos 88 anos. O engenheiro esteve presente também na equipe que projetou e construiu Brasília, além de assinar o projeto estrutural do Museu de Arte Contemporânea de Niterói – outra obra em que atuou em parceria com Oscar Niemeyer -, da Cidade da Música do Rio de Janeiro e do estádio olímpico Nilton Santos, conhecido como “Engenhão”. Contarini formou-se engenheiro civil em 1956, na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil (atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro).  

Entrevistado
Reportagem com base em podcast e série de reportagens publicadas pelo Massa Cinzenta, da Cia. de Cimento Itambé, com o engenheiro civil Bruno Contarini.

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
 


Legado de Bruno Contarini vai muito além da Ponte Rio-Niterói

Bruno Contarini atuou em obras icônicas, como a construção de Brasília e a Ponte Rio-Niterói. Crédito: Renato Araújo/Agência Brasília
Bruno Contarini atuou em obras icônicas, como a construção de Brasília e a Ponte Rio-Niterói.
Crédito: Renato Araújo/Agência Brasília

Brasil perdeu dia 8 de junho um de seus principais engenheiros de estruturas. Reconhecido internacionalmente, Bruno Contarini deixa um legado relevante de obras para a engenharia civil. A principal delas, como ele mesmo reconheceu em podcast concedido em 2011 à Cia. de Cimento Itambé, é a Ponte Rio-Niterói. “A Rio-Niterói foi o meu projeto mais relevante. Na época, era a maior do mundo. Não é todo dia que se projeta a maior ponte do mundo”, diz. 

Contarini cita a série de inovações implementadas na engenharia com a construção da Rio-Niterói. “Foi a primeira do mundo a utilizar a injeção de concreto submerso nas fundações. Essa tecnologia nunca havia sido usada em grandes obras de infraestrutura na época”, recorda. O volume de concreto submerso empregado na construção da ponte foi da ordem de 150 mil m³. “A obra também foi inovadora no uso de sistemas de perfuração de rocha para fazer as fundações”, completa. 

engenheiro cita ainda que os ensaios de concreto também deram um salto de qualidade por causa das obras da Rio-Niterói. O motivo é que a equipe de engenheiros de estruturas coordenada por Bruno Contarini precisa encontrar um concreto que resistisse à agressividade das águas da Baía de Guanabara. Optou-se pelo concreto protendido. “A água da Baía de Guanabara é altamente agressiva ao concreto, por causa do enxofre em sua composição”, revela no podcast. 

Contarini destacava-se por defender a qualidade da engenharia brasileira 

No total, o volume de concreto utilizado na ponte passa de 1 milhão de m³. Foram 950 mil m³ de concreto protendido e 150 mil m³ de concreto submerso. Perguntado se, em pleno século 21, ele teria projetado uma ponte diferente daquela inaugurada em 4 de março de 1974, Contarini disse que não. “Incluiria novas tecnologias, mas manteria o projeto intacto”, afirma. Em 2024, a Ponte Rio-Niterói completa 50 anos. Apesar de não ser mais a maior do mundo, segue reconhecida como um dos ícones da engenharia global.

Ponte Rio-Niterói: construída na primeira metade da década de 1970, obra inovou no uso de concreto especiais. Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil
Ponte Rio-Niterói: construída na primeira metade da década de 1970, obra inovou no uso de concreto especiais.
Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

Na opinião de Bruno Contarini, a Rio-Niterói, a hidrelétrica Itaipu e a construção de Brasília são as grandes contribuições do Brasil para a engenharia civil mundial. No podcast, o engenheiro de estruturas exalta a qualidade dos brasileiros que atuam projetando e tocando obras no país. “Confio muito no engenheiro civil brasileiro, no encarregado brasileiro e no peão brasileiro. Na Ponte Rio-Niterói, havia 10 mil operários e 130 engenheiros civis. Tudo funcionou perfeitamente”, ressalta.   

Bruno Contarini morreu aos 88 anos. O engenheiro esteve presente também na equipe que projetou e construiu Brasília, além de assinar o projeto estrutural do Museu de Arte Contemporânea de Niterói – outra obra em que atuou em parceria com Oscar Niemeyer -, da Cidade da Música do Rio de Janeiro e do estádio olímpico Nilton Santos, conhecido como “Engenhão”. Contarini formou-se engenheiro civil em 1956, na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil (atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro).  

Entrevistado
Reportagem com base em podcast e série de reportagens publicadas pelo Massa Cinzenta, da Cia. de Cimento Itambé, com o engenheiro civil Bruno Contarini.

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Altair Santos MTB 2330
 


Construção civil é principal atividade industrial na maioria dos estados

Construção civil se destaca pela capacidade de movimentar outros setores econômicos e de gerar empregos rapidamente. Crédito: Renato Alves/Agência Brasília
Construção civil se destaca pela capacidade de movimentar outros setores econômicos e de gerar empregos rapidamente.
Crédito: Renato Alves/Agência Brasília

Em 14 dos 26 estados da União, mais o Distrito Federal, a construção civil é a principal atividade industrial, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O setor lidera o PIB industrial nos seguintes estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.  

Em outros 8 estados, a construção civil aparece como o 2º setor industrial mais importante. São os casos de Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Sergipe. É 3º no Mato Grosso do Sul, Rondônia, Espírito Santo e Pará. A única exceção acontece no Amazonas, onde aparece na 5ª colocação entre os segmentos industriais que mais se destacam. 

Dos estados em que a construção civil lidera, em 4 o setor ocupa mais de 40% da atividade industrial. São os casos de Distrito Federal, com 51,1%; Roraima, 49,6%; Piauí, 44,4%, e Tocantins, com 42,5%. O levantamento da CNI também mostra que em economias mais diversificadas a construção se destaca, mas com diferenças percentuais menores em relação a outros setores industriais. São os casos de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Pernambuco (acesse o infográfico para ver os comparativos). 

Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o que explica a construção civil liderar a atividade industrial na maioria dos estados é a capacidade que ela tem de movimentar outros setores econômicos e de gerar empregos rapidamente. “Nos seus diversos campos de atuação, a construção alavanca importantes segmentos industriais, proporcionando reflexos positivos no desenvolvimento econômico e na qualidade de vida da população”, acrescenta. 

Resiliência é característica comum da indústria nacional, diz presidente da CNI 

De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, a capacidade da construção civil de estimular outros setores é única. “A construção civil impacta diretamente 62 setores das áreas industrial e comercial e mais 35 setores de serviço. São 97 torneiras que são abastecidas quando se enche essa caixa d’água. Não há como irrigar a economia sem a construção civil”, compara. 

Segundo dados recentes do Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) no 1º trimestre de 2021, a construção civil contribuiu com a geração de 111.987 novas vagas formais de emprego. Ao longo de 2020, no auge da pandemia, o setor criou 112.174 postos de trabalho. O próprio ministério da Economia qualificou como “surpreendente” o desempenho da construção no ano passado. “A construção civil atravessou a crise gerando empregos”, elogiou o ministro Paulo Guedes. 

Para o presidente da CNI, a resiliência da construção civil é uma característica comum a outros setores da indústria nacional. “Temos uma estrutura industrial diversificada, com empresas inovadoras, além de competência acumulada na área de ciência e tecnologia. Possuímos ainda empresários e trabalhadores que sempre foram capazes de realizar grandes feitos quando confrontados com situações adversas e que costumam crescer vertiginosamente em ambientes propícios e com políticas adequadas”, finaliza. 

Entrevistado
Confederação Nacional da Indústria (via assessoria de imprensa)  

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imprensa@cni.com.br 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330


Construção saudável: o que é e por que cresce o interesse?

Paredes com trincas e rachaduras desencadeiam não apenas transtornos na construção como tornam o habitat vulnerável a doenças. Crédito: PxHere
Paredes com trincas e rachaduras desencadeiam não apenas transtornos na construção como tornam o habitat vulnerável a doenças.
Crédito: PxHere

home office durante a pandemia de COVID-19 despertou as pessoas para o ambiente em que residem. Muitas descobriram que dividem suas casas e apartamentos com o mofo, a umidade e as infiltrações. Esses problemas estão em 85% das construções brasileiras, apontam dados do IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização), mas não são os únicos. Residências que recebem grandes emissões de ondas eletromagnéticas, têm problemas de iluminação ou que foram construídas com materiais fora da conformidade também podem ser consideradas “domicílios enfermos”. É o que apontam os parâmetros do Healthy Building Certificate (certificação para construção saudável). 

O conceito é novo e considerado uma evolução das certificações voltadas para construções sustentáveis, como explica o CEO da Healthy Building Certificate no Brasil, o engenheiro civil Marcos Casado. Mas qual a diferença da construção saudável para a construção sustentável? “As certificações de construções sustentáveis têm foco na redução dos impactos sobre o meio ambiente. Por exemplo: quando elas tratam de água, se concentram na redução de consumo, no tratamento das águas cinzas e na captação de água pluvial. Já a construção saudável tem foco no usuário. Quando ela aborda o tema água, quer saber qual é a qualidade da água que entrará em contato com quem vai habitar ou trabalhar na edificação”, compara. 

A certificação sobre construção saudável aborda 10 parâmetros: o projeto arquitetônico, a iluminação, a qualidade acústica, a qualidade dos materiais de construção, a canalização e a qualidade da água, o projeto elétrico, a qualidade do ar, o paisagismo, a sustentabilidade e a manutenção da edificação. “É uma evolução das certificações que abordam apenas construção sustentável”, afirma Marcos Casado, que recentemente palestrou em webinar promovido pelo Instituto de Engenharia. O engenheiro civil afirma que se trata de um mercado que movimenta cerca de 4,5 trilhões de dólares por ano em todo o mundo. Isso envolve desde construções novas até retrofit de prédios e residências já construídos, mas que precisam de reformas para se adequar à certificação. 

Além da Healthy Building Certificate, Brasil conta com o Movimento Construção Saudável 

No Brasil, além da representação do Healthy Building Certificate, existe também uma organização liderada por arquitetos e engenheiros civis chamada de Movimento Construção Saudável. O objetivo é combater os vícios construtivos que desencadeiam em problemas nas edificações e na saúde de seus moradores. Quando o movimento foi lançado apresentou um manifesto com dados da The Global Impact of Respiratory Disease (O Impacto Global das Doenças Respiratórias). O levantamento mostra que mais de 70% das pessoas que possuem doenças pulmonares crônicas residem em construções onde o ar é insalubre. “Com a pandemia, a preocupação com o ambiente construído potencializou”, relata a presidente do Movimento Construção Saudável, a arquiteta Fabíola Vasconcellos Cecon. “Mais do que mudar a decoração, a preocupação com ambientes saudáveis teve um avanço exponencial com a pandemia”, completa. 

Entrevistado
Healthy Building Certificate e Movimento Construção Saudável 

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Altair Santos MTB 2330


Pandemia antecipa futuro do ensino de engenharia civil

Desde o final de 2020, o Sistema Confea/CREA e suas respectivas câmaras de engenharia debatem o ensino híbrido nas universidades. Crédito: facebook/Confea/CREA
Desde o final de 2020, o Sistema Confea/CREA e suas respectivas câmaras de engenharia debatem o ensino híbrido nas universidades.
Crédito: facebook/Confea/CREA

O ensino híbrido de engenharia, seja civil ou outras especialidades, já é admitido pelas principais universidades brasileiras e visto como inexorável por organismos fiscalizadores da profissão – entre eles, o Sistema Confea/CREA. Recentemente, em entrevista aos canais digitais da Concrete Show, a diretora da Escola Politécnica da USP, Liedi Bernucci, disse que o futuro aponta para o ensino híbrido. “Engenharia não é algo que, com sua amplitude, seja possível dar só aulas online. Mas há disciplinas que podem ser dadas no formato online, exceto as aulas práticas, aulas de campo e aulas que envolvam trabalho de equipe. Então, o futuro aponta para o ensino híbrido”, diz. 

Assim como a Escola Politécnica da USP, o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), a Unicamp e a UFRGS também passaram a adotar formatos híbridos de ensino para alunos das engenharias, após as mudanças impostas pela pandemia de COVID-19. Três docentes ligados a essas universidades relatam o que mudou com a adoção do ensino híbrido. No IMT, o pró-reitor Marcello Nitz afirma que o maior desafio é manter o interesse do aluno. “As aulas têm uma dinâmica diferente quando mediadas por tecnologia e exigem técnicas especiais para promover o engajamento dos estudantes“, comenta. 

Na Unicamp, o coordenador do Grupo Gestor de Tecnologias Educacionais (GGTE), Marco Antonio Garcia de Carvalho, entende que ainda levará tempo para se descobrir toda a potencialidade do ensino híbrido. “Por enquanto, ele se impõe como uma migração compulsória por causa da pandemia”, avalia. Na UFRGS, o Núcleo de Ações Discentes da Escola de Engenharia (Nadi/EE) realizou uma pesquisa para medir a satisfação dos alunos dos cursos de engenharia. Descobriu que somente 33,5% dos estudantes se adaptaram plenamente ao formato híbrido. Outros 41,2% se declararam neutros e 25,3% disseram estar insatisfeitos ou muito insatisfeitos 

Confea/CREA vê como necessária discussão aprofundada sobre ensino híbrido 

No entender do coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil (CCEEC) do Confea/CREA, o engenheiro civil Rogério de Carvalho, é necessária uma discussão aprofundada sobre ensino híbrido nas escolas de engenharia. “Existem disciplinas que não podem ser ministradas por aulas virtuais, o que impede a vivência dos alunos na prática. São as aulas que exigem laboratório e manuseio de equipamentos. Uma aula de engenharia tem toda uma dinâmica de discussões, na qual os estudantes participam, dividem dúvidas e onde exemplos práticos são debatidos”, cita.  

No final de 2020, o Confea/CREA reuniu suas câmaras de engenharia e deliberou que uma comissão passaria a se reunir com representantes do ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Educação (CNE) para tratar de pontos de interesse relacionados com o ensino híbrido nas engenharias. O coordenador da Câmara de Engenharia de Minas, o engenheiro Augusto José Gusmão Lima, comenta que a discussão é inadiável. “A forma de ensinar não será a mesma depois da pandemia. É mais que urgente definir quais matérias podem ter sua teoria ensinada virtualmente e quais exigem a prática de campo e a participação presencial”, conclui. 

Entrevistado
Sistema Confea/CREA, Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e Associação Brasileira de Educação em Engenharia (ABENGE) (via assessorias de imprensa) 

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Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330


Triângulo Mineiro tem o maior canteiro de obras do país

Canteiro de obras da fábrica de celulose solúvel da LD Celulose: quase 7 mil empregos diretos no auge da construção. Crédito: facebook/LD Celulose
Canteiro de obras da fábrica de celulose solúvel da LD Celulose: quase 7 mil empregos diretos no auge da construção.
Crédito: facebook/LD Celulose

canteiro de obras que mais emprega mão de obra e consome concreto atualmente no Brasil está localizado entre os municípios de Indianópolis e Araguari, no Triângulo Mineiro. Trata-se da construção de uma fábrica da LD Celulose - joint-venture entre a austríaca Lenzing e a brasileira Duratex -, com capacidade para produzir 500 mil toneladas de celulose solúvel por ano. A execução do empreendimento encontra-se em seu auge e gera quase 7 mil empregos diretos. A construção utiliza elementos pré-fabricados e serão consumidos 100.328m³ de concreto, além de 12 mil toneladas de aço.  

Comparativamente, a Ponte da Integração, em construção entre o Brasil e o Paraguai, terá consumido cerca de 35 mil m³ de concreto quando concluída e emprega atualmente 650 trabalhadores da construção civil. Por causa do volume de elementos pré-fabricados para a obra em Minas Gerais, as duas unidades da empresa fornecedora das peças - a Protendit, localizada na região noroeste de São Paulo - dedicam 60% de sua capacidade instalada exclusivamente para abastecer a fábrica de celulose, cujo canteiro de obras ocupa uma área de 1 milhão e 500 mil m². 

Segundo Luís Künzel, CEO da LD Celulose, a opção pelo pré-fabricado de concreto para viabilizar a obra atende protocolos de sustentabilidade e de baixa emissão de CO₂, além de buscar os benefícios da construção industrializada, que são: controle de custo, qualidade da obra, baixo desperdício de materiais, adequação a projetos arrojados, emprego de novas tecnologias e melhoridas condições de trabalho no canteiro de obras. “Trabalhar com as melhores práticas é o nosso compromisso”, diz. Outro fator é a redução de prazo para o início da operação da fábrica, estimado para o 1º semestre de 2022.  

Obra se compara às maiores construções com elementos pré-fabricados do mundo    

As duas unidades da Protendit, no interior de São Paulo, fornecem elementos pré-fabricados para a obra em Minas Gerais. Crédito: Protendit
As duas unidades da Protendit, no interior de São Paulo, fornecem elementos pré-fabricados para a obra em Minas Gerais.
Crédito: Protendit

O investimento para que a produtividade no canteiro de obras mantenha ritmo acelerado não cessa e é estimado em 5,2 bilhões de reais até a conclusão da planta. Além disso, o projeto inclui a construção de uma usina de reaproveitamento de biomassa (cascas, ponteiras, galhos de árvores, licor negro e resíduo do cozimento) para gerar 144 MW de energiaDesse volume, 95 MW serão lançados na rede elétrica da região. Para atender a demanda, grandes torres de concreto pré-fabricado irão percorrer 22 quilômetros para a montagem da rede de transmissão que abastecerá a indústria de celulose solúvel e parte dos municípios do Triângulo Mineiro.  

fábrica que detém o maior canteiro de obras do Brasil pode ser comparada às maiores construções com elementos pré-fabricados de concreto do mundoUma delas é a Gigafactory, em construção na região de Berlim, na Alemanha. A unidade, que vai abrigar a produção de carros elétricos da Tesla para abastecer o mercado europeuconsumiu o equivalente a 75 mil m³ de estruturas pré-fabricadas. Batizada de GF4, a obra está na fase final de execução e empregou um processo de construção industrializada que utilizou menor quantidade de mão de obra. Em seu auge, a fábrica alemã da Tesla gerou pouco mais de 2.800 empregos diretos. A previsão é de que seja inaugurada em julho deste ano. 

Entrevistado
LD Celulose e Protendit (via assessoria de imprensa) 

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falecom@comunic.com.br 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330


Brasil terá a 1ª certificação para cidades inteligentes

São José dos Campos-SP servirá de laboratório para o desenvolvimento da certificação nacional para cidades inteligentes. Crédito: flickr/Cláudio Vieira/Fotografia PMSJC
São José dos Campos-SP servirá de laboratório para o desenvolvimento da certificação nacional para cidades inteligentes.
Crédito: flickr/Cláudio Vieira/Fotografia PMSJC

Até o final de 2021, a cidade de São José dos Campos, em São Paulo, começará a testar a 1ª certificação brasileira voltada para cidades inteligentes. Os protocolos estão em desenvolvimento no Parque Tecnológico de São José dos Campos, em parceria com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A certificação terá como pilares 3 normas técnicas recentemente publicadas: ABNT NBR ISO 37120 (Cidades e comunidades sustentáveis - Indicadores para serviços urbanos e qualidade de vida), ABNT NBR ISO 37122 (Cidades e comunidades sustentáveis - Indicadores para cidades inteligentes) e ABNT NBR 37123 (Cidades e comunidades sustentáveis - Indicadores para cidades resilientes).  

A intenção é fazer com que certificação tenha instrumentos para auditar quais municípios, de fato, podem receber o “selo” de cidade inteligente no país, como explica Marcelo Nunes,
coordenador do APL TIC Vale - programa do Parque Tecnológico São José dos Campos que trabalha no desenvolvimento da certificação. “A certificação criará um contexto valioso para ajudar as administrações na condução de estratégias municipais, com evidências baseadas em normas internacionais para cidades inteligentes”, declara. O pesquisador alerta ainda que a certificação não busca criar um ranking de cidades inteligentes, mas servir de bússola para municípios que queiram se adequar a novos parâmetros de gestão 

O presidente da ABNT, Mário William Esper, reforça o objetivo central da certificação. “Com o processo de certificação, gestores públicos terão acesso a dados padronizados e auditados por organismo independente, que serão usados para pautar decisões de gestão, planejamento e investimento. As cidades necessitam de indicadores padronizados, consistentes e que possam ser comparáveis para mensurar seu desempenho. A ABNT participa de maneira ativa na elaboração da primeira certificação nacional para cidades inteligentes, garantindo um processo totalmente independente de qualquer setor público ou privado”, afirma. 

Até 2024, cidades inteligentes devem receber mais de 2 trilhões de dólares em investimento 

Mário William Esper também ressalta que a certificação não vai funcionar como uma bula para ensinar a moldar cidades inteligentes, mas sim levar os municípios a descobrirem suas próprias vocações“Não existe um rótulo ou uma padronização do que é uma cidade inteligente. O que existe são estratégias específicas para cada cidade, e que podem levá-las a se tornar mais inteligentes, mais sustentáveis, resilientes, inclusivas, ambientalmente amigáveis, mais centradas no cidadão e voltadas à qualidade de vida. Cada cidade cria sua estratégia e seu próprio caminho a partir das boas práticas recomendadas pela futura certificação”, complementa. 

A comissão da ABNT que atuará diretamente na confecção da certificação é a ABNT/CEE-268 - Comissão de Estudo Especial de Cidades e Comunidades Sustentáveis -, que tem o professor-doutor da USP, Alex Abiko, como coordenador. A CEE-268 avalia 19 indicadores para definir as cidades inteligentes: economia, finanças, governança, educação, habitação, esporte e cultura, recreação, saúde, população e condições sociais, esgoto, água, resíduos, segurança, telecomunicação, agricultura urbana, meio ambiente, planejamento urbano, transporte e energia. 

Estima-se que, em todo o mundo, as cidades inteligentes recebam investimento de 2,118 trilhões de dólares nos próximos 3 anos, segundo a empresa de consultoria e pesquisa tecnológica Technavio. O mesmo levantamento estima que o volume global de cidades inteligentes certificadas aumentará 23% por ano até 2024. Por isso, é crescente o volume de países que buscam criar protocolos e normas técnicas sobre o tema. A expectativa é que o texto da 1ª certificação brasileira voltada para cidades inteligentes esteja concluído até novembro deste ano. 

Entrevistado
Arranjo Produtivo Local de Tecnologias da Informação e Comunicação (APL TIC Vale), vinculado ao Parque Tecnológico São José dos Campos (PqTec), e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) (via assessoria de imprensa) 

Contato
aplticvale@pqtec.org.br
certificacao@abnt.org.br 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330


Brasília inspira construção da nova capital do Egito

Prédio do parlamento da nova capital administrativa do Egito: principal obra da fase 1 do megaprojeto. Crédito: twitter/Mahmoued Gamal
Prédio do parlamento da nova capital administrativa do Egito: principal obra da fase 1 do megaprojeto.
Crédito: twitter/Mahmoued Gamal

Distante 45 quilômetros do Cairo, está em construção a nova capital administrativa do Egito. A concepção é inspirada na Brasília projetada por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, há 61 anos. Inclusive com uma esplanada de prédios administrativos, culminando no edifício que vai abrigar o parlamento egípcio. A construção da cidade tem 3 fases. A primeira prevê a conclusão para 2022, quando 52 mil funcionários do governo serão transferidos para as novas estruturas; a segunda, em 2030, quando a cidade começará a receber parte dos cidadãos que estão adquirindo imóveis e estabelecimentos comerciais na cidade, e a terceira, em 2050, quando a nova capital administrativa do Egito deverá estar com 6,5 milhões de habitantes 

A fase 1 tem como obra mais importante o prédio do parlamento egípcio. A construção envolve 6.400 operários e 300 engenheiros civis, além de investimento de 58 bilhões de dólares. A execução já consumiu 210 mil m³ de concreto. Na fase 2, o destaque será a conclusão do edifício com 385 metros de altura, que será o maior do Egito e da África. Já a conclusão da etapa 3 terá como símbolo um obelisco com 1.000 metros de altura, e que será a estrutura em concreto mais alta do mundo. Os projetos são do escritório norte-americano de arquitetura Skidmore Owings and Merrill e a execução envolve todas as construtoras do Egito, além da gigante chinesa China State Construction Engineering Corp..  

Sobreposição de viadutos vai permitir que fluxo de veículos trafegue sem interrupção. Crédito: The Arab Contractors
Sobreposição de viadutos vai permitir que fluxo de veículos trafegue sem interrupção.
Crédito: The Arab Contractors

1ª etapa da nova capital administrativa do Egito já consumiu 16,5 milhões de horas de trabalho. A carga horária engloba também as obras de mobilidade que estão em andamento. O projeto inclui a construção de seis viadutos e eixos que evitam a interrupção do fluxo de veículos. Outra característica da cidade é que ela não terá a convivência direta entre pedestres, ciclistas e veículos. As calçadas e ciclovias não cruzam ruas e avenidas e também não obrigam que os usuários tenham que aguardar o fechamento de semáforos para atravessar faixas de pedestres. Não é à toa que a nova capital administrativa do Egito está entre as mais ousadas cidades inteligentes em construção no mundo, segundo a revista Forbes. 

Egito fará controle populacional da cidade, para evitar o que ocorreu em Brasília 

Além dos prédios administrativos, as embaixadas estrangeiras também serão realocadas do Cairo para a nova capital administrativa. Com a transferência, o governo egípcio espera aliviar o congestionamento de veículos e a superpopulação na antiga capital. Cairo tem atualmente 18 milhões de moradores. No entanto, os gestores da cidade em construção alertam que haverá controle populacional para evitar que se repita o que aconteceu em Brasília, que hoje está cercada por bolsões de pobreza no entorno do Plano Piloto. Tanto é que a nova capital foi projetada para ter, no máximo, 6,5 milhões de habitantes. 

Esplanada dos ministérios de Brasília: inspiração para a nova capital administrativa do Egito. Crédito: Ana Volpe/Agência Senado
Esplanada dos ministérios de Brasília: inspiração para a nova capital administrativa do Egito.
Crédito: Ana Volpe/Agência Senado

Não significa, porém, que moradores do Cairo, que não sejam funcionários públicos ou que não trabalhem na nova capital administrativa, não possam frequentá-la. principal ligação entre as duas cidades será por transporte público. Haverá um sistema de monotrilhos que percorrerá 54 quilômetros e terá 21 estações. Outra característica que diferencia a nova capital administrativa do Egito da capital federal do Brasil é que a cidade egípcia tem financiamento majoritariamente privado, enquanto Brasília contou apenas com recursos públicos. Além disso, o projeto de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa foi concebido e executado em apenas 5 anos, enquanto o egípcio começou em 2015 e será concluído em 2050. 

Entrevistado
Construtora The Arab Contractors - Osman Ahmed Osman & Co. (detentora da maior parte dos contratos da fase 1 da nova capital administrativa do Egito) e Skidmore Owings and Merrill (via departamentos de comunicação) 

Contato
press@som.com
info@arabcont.com 

Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330


Estados Unidos reabrem feiras presenciais da construção civil

Precast Show, realizado de 20 a 22 de maio, em New Orleans, marcou o retorno dos eventos da construção civil nos Estados Unidos. Crédito: NPCA
Precast Show, realizado de 20 a 22 de maio, em New Orleans, marcou o retorno dos eventos da construção civil nos Estados Unidos.
Crédito: NPCA

1º evento presencial da construção civil em todo o mundo, após a chegada da pandemia de COVID-19, aconteceu de 20 a 22 de maio em New Orleans, nos Estados Unidos. Foi a Precast Show 2021, principal feira sobre pré-fabricados e pré-moldados de concreto da América do Norte. O encontro promovido pela NPCA (National Precast Concrete Association), com apoio da PCI (Precast/Prestressed Concrete Institute [Instituto do Concreto pré-fabricado e protendido]), reuniu 240 expositores e, em 3 dias de evento, atraiu quase 20 mil visitantes, além de contar com um staff de 3 mil pessoas 

realização da Prescat Show foi possível graças à vacinação em massa nos Estados Unidos, que já imunizou mais de 2/3 da população do país. A feira antecedeu o retorno daquele que é considerado um dos principais eventos da cadeia da construção civil mundialWorld of Concrete (WOC). A feira deveria ter acontecido em janeiro, no centro de convenções de Las Vegas, mas foi realizada entre 8 e 10 de junho. Nos 3 dias, mais de 30 mil pessoas estiveram na WOC. A presença surpreendeu os organizadores, apesar de ter ficado abaixo da média das edições anteriores à chegada da pandemia, que girava em torno de 55 mil visitantes. 

Os eventos que começam a acontecer nos Estados Unidos servem de modelo para que outros países voltem a organizá-los com público, neste período pandêmico. No Brasil, o calendário prevê o retorno de feiras presenciais da construção civil a partir de 2022Uma que já agendou data é a M&T Expo, prevista para acontecer de 30 de agosto a 2 de setembro do ano que vem, em São Paulo-SPA tradicional bauma - a maior do mundo em equipamentos e maquinários para a construção -, que acontece em Munique, na Alemanha, também ficou para 2022. A 33ª edição acontecerá de 24 a 30 de outubro 

Em 2021, a tendência é de que no Brasil sigam acontecendo os eventos online e híbridosFoi assim que, no final de março, o IBRACON realizou o 62º CBC (Congresso Brasileiro do Concreto) e a ABECE e a ABPE promoveram recentemente o XVII Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas. A exceção deve ser a Feicon, que envolve vários segmentos da cadeia produtiva da construção, e tem data agendada entre 14 e 17 de setembro deste ano para seu retorno presencial. O evento acontecerá em São Paulo-SP e também está na expectativa de que a vacinação avance consideravelmente no Brasil para divulgar seus protocolos de visitação. 

Encontro Nacional da Indústria da Construção ainda não está definido se será virtual ou presencial  

Cerimônia de abertura do World of Concrete 2021 aconteceu na 2ª semana de junho, em Las Vegas. Crédito: Twitter/WOC2021
Cerimônia de abertura do World of Concrete 2021 aconteceu na 2ª semana de junho, em Las Vegas.
Crédito: Twitter/WOC2021

 a 93ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), teve a data confirmada, mas ainda não definiu se será virtual ou presencial. Foram reservados os dias 20 e 21 de outubro de 2021 para o evento. Até lá, caso os vacinados no Brasil tenham atingido um percentual superior a 50% da população, a CBIC irá avaliar a possibilidade de promover o ENIC presencialmente.  

E o Concrete ShowPrincipal evento sobre concreto no Brasil, a feira não tem previsão para voltar a ser presencial. Desde 2020, vem realizando insights virtuais, como foi o Concrete Show Xperience e como tem sido com as entrevistas dentro do Minuto Corporativo da Construção, dentro do canal da Concrete Show no YouTube 

Antes da pandemia, o último evento vinculado à construção civil que aconteceu presencialmente no Brasil foi a ExporRevestir, realizada de 10 a 13 de março de 2020, em São Paulo-SP. No dia 17 de março, o país reconheceu oficialmente a 1ª morte por COVID-19 e passou a seguir os protocolos da Organização Mundial da Saúde para a pandemia: uso de máscara, distanciamento social, higienização das mãos, interrupção das aglomerações - principalmente em ambientes fechados. As medidas restritivas causaram a paralisação do mercado de feiras e eventos, que com o avanço da vacinação ensaia retorno gradual. 

Entrevistado
NPCA (National Precast Concrete Association), World of Concrete, baumaM&T Expo, Câmara Brasileira da Indústria da Construção (promotora do ENIC), InformaMarkets (promotora da Concrete Show), Reed Exhibitions Brasil (promotora da Feicon), ANFACER (promotora da ExpoRevestir), IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto) e ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) 

Contato
info@ThePrecastShow.org
contactus@worldofconcrete.com
info@bauma.de
info@mtexpo.com.br
informamarkets@informa.com
feicon@kbcomunicacao.com.br
imprensa@anfacer.org.br
abece@abece.com.br
office@ibracon.​org.br 

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